Lermetransforma 21/07/2023
A prosa de Gabo é inconfundível e você viaja no tempo nessa leitura tão fluida e envolvente.
O livro tem uma introdução contada por ele que vale a pena pra você entender de onde surgiu a narrativa explanada nesse romance.
Apesar de ser filha de Marqueses, Sierva Maria era por eles negligenciados, com uma relação bem turbulenta, eles sempre ignoraram a menina.
Ah, ao nascer, o pai fez a promessas de somente cortar os seus cabelos quando ela se casasse.
Sierva Maria, diante desse negligência dos pais, foram criadas pelas escravas da casa, o que a fez conhecer a fundo a religião praticada por eles, assim como línguas e dialetos específicos. Por isso, a menina se comunicava facilmente em iorubá e outras línguas africanas. Assim, Sierva não se sentia a vontade dentro das regras de comportamento dos marqueses, porque fora criada em outra realidade.
E isso é bem importante pra história, sobretudo após a mordida do cachorro que ela sofrera.
A raiva, temerosa a época, ficou assombrando os pais e todos que convivem com Sierva, pois ninguém sabia ao certo se o cachorro teria ou não a doença.
Com esse acontecimento, o pai da menina finalmente fica preocupado com a situação, sobretudo pelos possíveis efeitos da raiva na sanidade mental de Sierva. O que fez submetê-la a várias sessões de todo tipo de tratamento - ou seja lá o que era aquilo, a fim de curá-la. E a ferida do cachorro que já estava curada, e notoriamente não a tinha transmitido raiva, deu espaço a outras lesões por causa dos tratamentos mais loucos que ela teve que passar.
E, claro, com tudo isso ela reagiu de maneira agresssiva e impaciente. E tinha outra forma?
Acontece que essa hostilidade fez todo mundo se convencer que ela estava possuída por demônios.
Com isso, Sierva Maria, com apenas 12 anos, é internada no convento de Santa Clara para ser exorcizada.
Apesar de tudo, o destino ainda reservou a Sierva uma história de amor improvável.
Eu amei demais. Li com prazer e super envolvida.
Favoritado com sucesso!