A Dança do Universo

A Dança do Universo Marcelo Gleiser




Resenhas - A Dança do Universo


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Fabio Shiva 17/05/2021

Aventura da Ciência
Foi uma verdadeira terapia ler esse livro em plena pandemia do coronavírus. Quando o obscurantismo e o negacionismo no Brasil acarretam centenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas, é ao menos um consolo testemunhar o brilhantismo do cientista brasileiro Marcelo Gleiser, que aqui nos brinda com uma fascinante jornada pela história da ciência. Um dos maiores méritos do livro é justamente apresentar a pesquisa científica não apenas como uma atividade fria e racional, mas também como uma apaixonante aventura:

“A ciência tem o poder de expandir nossa percepção do mundo, permitindo-nos explorar mundos invisíveis e fascinantes, sejam eles células, átomos ou mesmo estrelas ou galáxias distantes. Esse é, provavelmente, um dos motivos que inspiram tantas pessoas a dedicarem suas vidas ao estudo da Natureza. De vez em quando elas se deparam com algo de novo, um mundo previamente invisível, que irá expandir nossos horizontes intelectuais, desafiando nossa imaginação. E, às vezes, esse mundo novo será também importante sob um ponto de vista mais prático.”

Um dos momentos que mais me emocionaram nessa aventura de descobertas foi confirmar que a afirmação de que somos feitos da matéria das estrelas não é só uma bela expressão poética como também a mais pura verdade científica:

“Portanto, o carbono, o oxigênio e outros elementos pesados, que não só fazem parte de nosso organismo como também são fundamentais para nossa sobrevivência, foram sintetizados no interior de estrelas moribundas antes de serem projetados através do espaço interestelar. Nós somos filhos das estrelas.”

Outra poderosa expressão do fascínio da ciência é a vastidão do Universo que ela foi capaz de desvendar:

“Vivemos num Universo povoado por um número gigantesco de galáxias, espalhadas pela vastidão do espaço cósmico. Nossa galáxia, a Via Láctea, é apenas uma entre bilhões de outras, sendo sua posição perfeitamente irrelevante. Nosso planeta não ocupa uma posição especial no sistema solar, nosso Sol não ocupa uma posição especial em nossa galáxia, e nossa galáxia não ocupa uma posição especial no Universo. O que temos de especial é a habilidade de nos maravilharmos com a beleza do cosmo.”

Chega a dar vertigem pensar na amplidão do Universo, que absolutamente não cabe na pequenez da mente humana. Pensar nisso me faz compreender ao menos em parte a atração de ideias anticientíficas como o terraplanismo. Imaginar a Terra como o centro do Universo é uma forma, ainda que tosca, de se sentir importante. Acho que o mecanismo psicológico que leva algumas pessoas a acreditar que a Terra é plana é o mesmo que leva outras a ingressar em alguma religião fundamentalista, que defende que só quem for dessa religião é “de Deus”, e o resto todo é “do Diabo”. Se essas pessoas que sucumbem ao fanatismo parassem para pensar sobre o tamanho do Universo, inevitavelmente perceberiam como estão idolatrando um deusinho minúsculo e mesquinho, do tamanho de seus egos.

Essa questão da ciência em contraponto à religião, aliás, é apresentada de forma muito sensível:

“Você não tem de acreditar nos cientistas. Você tem de compreender suas ideias. Mais ainda, você deve duvidar seriamente de qualquer cientista que tente convencê-lo, baseado em argumentos científicos, da futilidade de sua crença religiosa. Em contrapartida, você também deve duvidar de qualquer sacerdote que tente convencê-lo, baseado em argumentos religiosos, da futilidade da ciência moderna. O importante aqui é evitar uma competição entre ciência e religião.”

“Em outras palavras, não é o ‘Deus tapa-buracos’, invocado toda vez que atingimos o limite das explicações científicas, que faz com que a religião tenha um papel dentro do contexto científico. Se queremos encontrar um lugar para a religião na ciência moderna, devemos examinar as motivações subjetivas de cada cientista, e não o produto final de suas pesquisas. Ao assumir essa posição, estou me aliando a Einstein, que escreveu que ‘religião sem ciência é cega, e ciência sem religião é aleijada’.”

Vivemos em uma era em que a ciência e a religião ainda se enxergam, muitas vezes, como adversárias. Isso é lastimável, uma vez que os verdadeiros inimigos de ambas são a ignorância e o dogmatismo.

“O dogmatismo necessariamente leva à ignorância. E a ignorância inspira o dogmatismo.”

É comum as pessoas associarem o dogma apenas à religião. Contudo, como bem demonstra Marcelo Gleiser, a ciência também precisa constantemente lutar contra esse inimigo dentro de suas próprias fileiras. Dois exemplos apresentados no livro me marcaram bastante. O primeiro foi o caso de John James Waterson, que em 1845 apresentou à Royal Society de Londres uma hipótese corpuscular da matéria, que foi rejeitada e arquivada por puro preconceito:

“Era muito difícil para os físicos do século XIX aceitar a existência de objetos que não podiam ser vistos, mesmo que a hipótese corpuscular explicasse tantas das propriedades físicas dos gases.”

Alguns anos mais tarde, o físico austríaco Ludwig Boltzmann sofreu o mesmo preconceito por parte de seus colegas cientistas, que rejeitaram completamente sua teoria cinética dos gases. Dessa vez as consequências foram trágicas:

“Profundamente deprimido e em péssimo estado de saúde, Boltzmann suicidou-se em 1906, apenas dois anos antes de o trabalho experimental do físico francês Jean Perrin confirmar muitas de suas ideias. Embora jamais possamos saber o quanto do desespero de Boltzmann se devia à rejeição de seu trabalho, sua morte representa um dos episódios mais dolorosos na história da ciência.”

O motivo para que exista tanto preconceito e dogmatismo é o medo do desconhecido:

“Mudança, para melhor ou para pior, sempre demanda coragem. Abandonar velhas ideias, que em geral nos trazem uma confortável sensação de segurança e controle, não é nada fácil.”

“O conhecimento não representa necessariamente sabedoria, mas com certeza a ignorância nunca é uma opção razoável.”

Isso ficou mais evidente do que nunca com os incríveis avanços da ciência no século XX:

“Fenômenos relativísticos ou quânticos são bizarros apenas se vistos por nossa percepção limitada da realidade. Com mentes abertas, o que antes parecia não fazer sentido torna-se fascinante.”

“Mas, como vimos tantas vezes neste livro, certas ideias só são aceitas quando elas se tornam absolutamente inevitáveis.”

Encerro minha resenha, muito grato e feliz por essa leitura, com a deliciosa citação sobre o filósofo pré-socrático Tales de Mileto:

“Quando lhe perguntaram o que era difícil, Tales respondeu: ‘Conhecer a si próprio’. Quando lhe perguntaram o que era fácil, respondeu: ‘Dar conselhos’.”

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/05/a-danca-do-universo-marcelo-gleiser.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Fabio Shiva 18/05/2021minha estante
Olá Pedro! Gratidão por sua Luz somando!


Margô 19/05/2021minha estante
Nossa, que resenha brilhante, principalmente pela introdução, quando você evidencia o malefício do negacionismo! Bravo.


Fabio Shiva 19/05/2021minha estante
Oi, Margô! Gratidão por seu comentário e por essa energia boa!


TAnia.Marcilei 26/05/2021minha estante
Sua resenha me fez querer ler esse livro . Obrigada.


Marlene Koch 05/11/2022minha estante
Tenho esse livro a alguns anos, ficou parado no meio do caminho na estante. Peguei de novo para ler, uma viagem no tempo e por pequenas diferenças o passado não veio ao futuro. E tua resenha Shiva, é incontestável e admirável. Disse tudo. E teu comentário me leva também ao livro A Grande Síntese de Pietro Ubaldi, no teu comentário. ele é você ou você é ele? Reencarnação ninguém provou que existe portanto, não provam que não existe.


jxnxxr13 04/01/2023minha estante
Que resenha sensacional. A introdução contextualizando o momento de negacionismo em que o Brasil se encontra é sensacional. Ainda não terminei de ler o livro, mas a maneira em que o Marcelo Gleiser explica de uma forma acessível para alguém que não é cientista me encanta.


Uedison Pereira 23/12/2023minha estante
Olá Fabio.

Não só o livro A dança do universo foi uma maravilhosa aventura sobre a evolução do pensamento científico mas ler a sua resenha do livro foi uma saborosa aventura também.

Agradeço por compartilhar conosco esse prazer.

Cumprimentos.

Uedison Pereira




Craotchky 22/02/2022

Sobre o todo, o nada e o que talvez exista ali no meio
Um simples problema de relacionamento foi o estopim que levou Trin Tragula a criar uma máquina conhecida como o Vórtice da Perspectiva Total. O invento de Trin Tragula é uma máquina capaz de proporcionar a quem a utiliza uma visão/imagem/percepção "da totalidade do universo a partir do princípio de análise extrapolativa da matéria". Em resumo, o Vórtice da Perspectiva Total "mostra" a você, em um curto instante, a infinitude de tudo que existe, ao mesmo tempo que "mostra" você em relação a esse todo. Ao que eu saiba, apenas um ser resistiu à máquina, isto é, à consciência que ela lhe trouxe e as diversas implicações de se saber tão insignificante. Quase todos os outros tiveram seus cérebros liquefeitos.

A consciência, na verdade impossível, da dimensão total do universo parece ser algo capaz de causar um grande impacto. Algumas vezes, ao tentar (pois de fato é impossível para a limitada mente humana conceber a totalidade de tudo) imaginar de forma visual a impensável dimensão do universo,

[Minhas tentativas invariavelmente me levam a imaginar uma visão aérea se afastando progressivamente. Quanto mais afastada, menores as coisas ficam. Por fim, tento levar esse afastamento até o limite da minha imaginação. O famoso vídeo conhecido como "Pálido ponto azul", de Carl Sagan na série Cosmos, representa bem a ideia (link para vídeo mais abaixo). A diferença é que tento imaginar um afastamento muito mais extremo.]

consigo sentir uma sensação de difícil descrição: como que de pequenez, esvaziamento total, perda de sentido, solidão primal. Tenho certeza que determinadas percepções sensoriais e de consciência participam dessa "sensação". Outra certeza é que jamais vou conseguir ilustrar em linguagem isso que estou chamando de sensação de forma necessariamente imprecisa.

Conjuntamente, brotam reflexões acerca da razão de existir algo ao invés de nada,

(Se é que nada não é alguma coisa, afinal, se nada existe, então parece haver um nada. Eis uma problematização do conceito de nada. Se o nada pode ser entendido como um vazio absoluto, então há/existe pelo menos esse próprio vazio absoluto.
"[...] o Rei Vermelho pergunta a Alice: 'O que você está vendo?', e Alice responde: 'Nada'. O rei, impressionadíssimo, comenta: 'Mas que ótimos olhos você tem!'")

e qual a origem da primeira coisa. Claro que muitas outras reflexões vêm à tona, mas uma das mais importantes é a consciência da insignificância de qualquer pessoa, evento histórico, sociedade, religião, em face da dimensão espacial e temporal do todo. Praticamente tudo que você acha de suma importância aconteceu em um minúsculo pálido ponto azul na escuridão e no tempo.
Assista ao vídeo (menos de quatro minutos), ele fala por si:
https://www.youtube.com/watch?v=SHDelUDudbU

Se fosse realmente possível ter a consciência exata da dimensão do todo e da pequenez de tudo o que conhecemos e chamamos de mundo, estou certo que ela abalaria profundamente qualquer pessoa. (Mantenha-se longe do Vórtice, portanto.)

Para não dizerem que não falei do livro... o excelente livro de Marcelo Gleiser me trouxe reflexões embaralhadas a respeito da vida, o universo e tudo mais. A obra se parece com um documentário no qual você acompanha a história da ciência, sobretudo no que se refere à astronomia e à física. Apenas no terço final o texto apresenta conteúdos mais técnicos e com isso impõe alguma dificuldade, ainda que não muito grande. A dança do universo é um baita passeio pela história científica e vale muito a pena empreendê-lo.

"E como sempre, quanto mais aprendemos, melhor dimensionamos nossa ignorância[...]"
Julia Mendes 24/02/2022minha estante
Coloquei na minha lista! ?


Craotchky 24/02/2022minha estante
Vale a pena. Boa leitura!


Nath 02/03/2022minha estante
Essa sua reflexão sobre o ?nada?, me lembrou uma citação da Clarice: "Pois embaixo do nada e do nada e do nada, estamos nós que, por algum motivo, não podemos perder." Excelente resenha, coração! ? Gostei da sua reflexão acerca da vastidão do universo e da pequenez do planeta Terra, da humanidade.


Craotchky 04/03/2022minha estante
Valeu!




desto_beßer 16/07/2009

Grata surpresa
Sintetizar a história da ciência em um livro é uma tarefa pavorosamente complexa, o que resulta em obras pavorosamente ruins com uma grande freqüência. M. Gleiser, porém, realiza um trabalho fantástico em ‘Dança do Universo’, no qual expõe a evolução das idéias sobre a cosmogênese, evitando simplificações grosseiras e elencando de maneira estupenda os fatos e biografias mais significativas para a compreensão de como os cientistas sabem hoje o que sabem. Como surgiu Tudo? De onde o Universo surgiu? Havia algo antes dele? A linha de raciocínio para respondê-las está muito bem traçada na obra, que compete de igual para igual com outros títulos internacionais mais famosos de divulgação científica escritos por bambambãs da física.
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Nando 17/03/2009

Um livro acessível para leigos.....
Muito interessante este livro que trata da origem do universo começando com os mitos da criação, passando pelos filósofos gregos até chegar paulatinamente nas teorias científicas de criação do universo pincelando os principios de física clássica e quântica de forma leve e acessível para leigos. Qualquer pessoa que, assim como eu, havia lido anteriormente o livro de Stephen Hawkins "Uma breve história do tempo" e, posteriormente, "O Universo numa Casca de Noz" pode notar que Marcelo Gleiser é mais bem sucedido que Hawkins na missão de apresentar os conceitos científicos de forma simples e didática para leigos.
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MACARI0 20/02/2022

O Universo em nossas mãos
Você realmente quer saber um pouquinho mais sobre o universo e seu funcionamento, sobre suas leis e sobre os seus maiores "criadores"? Sim. O universo foi criado. Por mentes tão brilhantes quanto Einstein (que aqui nesse livro ganha muito protagonismo). Einstein, Heisenberg, Hoyle, Friedmann, Lemaitre, Galilei, Hubble, Brahe e Copérnico são alguns dos sobrenomes mais importantes da história da ciência que vai da física quântica á astronomia e cosmologia. Descobertas científicas que mudaram o rumo da ciência e da humanidade.

O livro muito bem narrado por Gleiser conta como a ciência evoluiu desde os primeiros homens racionais até os mais modernos cientistas atuais. Ele próprio um grande cientista e amante do conhecimento, Gleiser consegue sem complicar demais, com uma boa narração de fatos e acontecimentos, trazer um "pouco" da história do universo e seus enigmas. Muitas perguntas serão respondidas. Por exemplo: Como funciona um buraco negro? O que fez de Einstein um gênio? O que é o principio da incerteza de Heinseberg? Qual é a história do telescópio Hubble? Entre outras.

O começo pode ser um pouco maçante e enrolado. Isso porque ele começa realmente do começo da ciência. Gleiser precisa falar sobre porque devemos acreditar na ciência antes de tudo. Ele ainda traz um embate entre fé e razão. Um debate sobre ser ateu ou não. Fala de deuses e de religiões. Sobre os mitos de criações. Ou seja, ele parte do princípio do raciocínio de que para realmente entender o universo científico é preciso antes quebrar preconceitos e abrir a mente.

O livro tem várias figuras, diagramas e tabelas que ajudam na compreensão das explicações dadas durante a leitura. Tem também um excelente glossário no final que também ajuda bastante no entendimento de termos, teorias e palavras que são citadas no livro. Sugiro ler elas durante sua leitura e não só no final como eu fiz.

Conclusão: o melhor livro que compreende a ciência que já lí. Gleiser é muito mais do que só um grande cientista brasileiro. Ele é também um grande escritor e contador de histórias.
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Júlia Aun 18/04/2023

Para os amantes do mistério da criação
Esse livro explora as diferentes teorias e conta um pouco do processo de desenvolvimento científico para encontrar explicações condizentes ao processo de formação do Universo e às leis da física existentes no espaço. Além disso, revela um pouco da vida pessoal dos mais famosos cientistas e suas motivações para realizarem respectivos estudos, o que pra mim, foi algo interessante e novo - é muito comum vermos o trabalho do outro e nem parar pra pensar um pouco sobre quem essa pessoa é/ foi e olhá-la como um ser humano comum como qualquer um de nós, especialmente se a pessoa trata-se de um ?gênio? -. Pelo caráter mais teórico do livro, me permiti ler bem devagar para absorver o que foi dito e li simultaneamente a outros para evitar também que ficasse maçante e fácil de abandonar. Recomendo fortemente para todos os que estão abertos à uma leitura mais técnica e de alto enriquecimento informativo.
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Naty 03/01/2021

Interessante
No início eu me frustrei pois pensei que se tratava de um livro como os de Stephen Hawking, explicando coisas da astronomia e cosmologia. Entretanto A Dança do Universo se trata mais de como foi/é percorrida a história da física/cosmologia, seus protagonistas e acontecimentos. A parte mais legal de ler foi sobre Newton e seus feitos.
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Mauricio186 01/12/2022

Ótima Introdução
A obra não traz muita novidade para a maior parte da história da astronomia, mas valoriza o diálogo entre motivações religiosas e científicas de alguns períodos. Tem o mérito extra de apresentar os avanços mais recentes (até por volta dos anos 80) das teorias cosmológicas de uma forma razoavelmente compreensível para os leigos. De quebra, Gleiser ainda tempera seu relato com temperos com sua interessante história profissional. Ótima leitura para quem deseja se iniciar pelo fascinante universo da divulgação científica.
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Rodrigo Igansi 02/08/2023

A Dança do Universo
"A Dança do Universo" é um livro escrito pelo físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser, publicado em 1997. Nesta obra, o autor explora a relação entre ciência e espiritualidade, questionando a nossa compreensão do universo e a busca do sentido da existência humana.

Gleiser explora diversos temas da física, astrofísica e cosmologia de forma acessível ao leitor leigo, apresentando conceitos como a Teoria da Relatividade de Einstein, a mecânica quântica e a evolução do universo desde o Big Bang. O autor também aborda questões filosóficas, culturais e históricas relacionadas ao desenvolvimento da ciência ao longo dos séculos.

Uma das principais mensagens do livro é que a ciência e a espiritualidade não são mutuamente exclusivas, mas, ao contrário, podem se complementar na busca pela compreensão do universo e do papel do ser humano nele. Gleiser argumenta que a ciência pode nos ajudar a desvendar os mistérios do cosmos, mas que ainda existem questões e experiências que escapam ao alcance da razão puramente científica.

Ao longo da obra, Marcelo Gleiser convida os leitores a explorarem as fronteiras do conhecimento científico e a refletirem sobre as conexões entre ciência, religião, filosofia e espiritualidade, levando-os a uma jornada de autodescoberta e questionamento sobre o significado da existência no vasto universo em que vivemos.
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Rayan GQR 04/12/2020

Uma jornada.
Conta de maneira bem didática a história da Física, ou melhor, a história das grandes perguntas que nos fazemos, já que começa com mitos de criação, avançando pela Grécia Antiga, para depois prosseguirmos por Newton até a Cosmologia moderna. Explica os conceitos de forma simples e contextualiza com os criadores e suas respectivas vidas, o que é sempre muito interessante, eu estava estudando termodinâmica enquanto estava lendo e ajudou a aumentar ainda mais o interesse, assim como a vontade de estudar eletromagnetismo.
Gleiser consegue explicar bem os assuntos e a progressão do conhecimento mesmo sem se aprofundar muito nos cálculos, já que a ideia do livro é um público amplo, ele é muito bom em contar histórias e fala inspiradamente sobre sua área de estudo.
O começo do livro e o fato do autor ter ganho um prêmio Templeton me fez pensar que ele tentaria uma aproximação maior entre ciência e religião, porém não foi o caso, ele deixa a distinção clara, apesar de por vezes tratar a religião de forma ambígua, não ficando tão claro qual papel ele acha que ela desempenha, além de deixar meio confusa a distinção entre inspiração e religião, mas isso não afeta o livro, que é muito interessante e que já imagino reler mais futuramente, pois é muito abrangente em temas.
Não há muitas citações de fontes primárias, são mais secundárias, porém como a intenção é mais um livro interessante ao público que um livro de história da ciência isso não chega a ser um problema a meu ver, já que ele cita historiadores e fontes aparentemente confiáveis.
Definitivamente um livro que recomendo.

"É a persistência do mistério que nos inspira a criar". -Marcelo Gleiser
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silvian 08/08/2010

Mistério!!!
Este livro faz a Física se tornar um assunto apaixonante!De maneira clara e didática, o autor vai falando dos mitos da criação do universo e também da história de vida de físicos e astronomos como Kepler,Isaac Newton,Galileu Galilei,das teorias desde os filósofos Aristóteles,Platão etc.Muito instrutivo.
Eu fiquei curiosa para ler este livro desde quando assisti a entrevista do autor no Programa Roda Viva da cultura e ele disse que não acreditava em Deus,que para ele a teoria que mais explicava a vida na terra era do Big Bang,mas ao ler o livro a gente continua na incerteza,na dúvida.De fato não sabemos nada. O mistério continua.
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Camila.Stephane 27/12/2021

Muito Interessante
O autor consegue abordar um tema difícil, fisica com naruralidade e de maneira compreensivel se fazendo entender com clareza e expandindo o horizonte dos leitores com muita informação importante.
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Thiago 30/09/2020

Maravilhoso
Eu imaginava que era bom, pois já li muitas resenhas e críticas elogiando o livro, mas mesmo assim fui surpreendido. Indicação certa para quem queira conhecer um pouco do surgimento da ciencia até os dias de hoje.
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Rangel 02/10/2016

Ritmo e coordenação do Universo
A obra “A Dança do Universo” de Marcelo Gleiser é dividida em 5 partes: origens, despertar, era clássica, tempos modernos e mostrando o universo.
Em origens, aborda-se os mitos da criação e depois como os gregos concebiam a origem do universo, em busca do princípio de tudo (arque).
No despertar, aborda-se, historicamente, a era da dominação da Igreja Católica, a nova astronomia que surgiu como heresia e o triunfo da razão sobre a questão da ciência e da astronomia.
Na era clássica, o mundo é concebido como máquina complexa, em tempos modernos, trata do mundo veloz e muito pequeno.
Em modelando o universo, busca-se conceber novos universos e recuperar suas origens, como a questão do átomo primordial, questão da expansão do universo, o devir cósmico, a grande explosão, a cosmogonia revisitada (se existe começo do nada, ou do caos, ou a partir de algo, ou se o universo sempre existiu, logo, eterno, ou rítmico, cíclico).
Busca-se compreender, talvez, o incompreensível sobre a existência do universo, mas que sua concepção exige uma lógica de equações e dados experimentais, independente de crer em divindade, uma vez que há grandes questões sobre as origens do universo. Quanto mais se estuda sobre relatividade, mecânica quântica, do universo se aprende algo novo, o que o cosmo pode ser infinito na sua concepção criativa da natureza.
O livro é uma incrível viagem sobre as ideias da origem, funcionamento e finalidade do universo. Merece uma leitura atenta nas concepções apresentadas e mentalidade aberta para compreender a física quântica, que está em voga nos últimos estudos cósmicos. Vale a pena ler plenamente!
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b1ktwpas 15/04/2022

A dança do universo.
Demorei um pouco para dar uma chance ao Marcelo Gleiser e não sei exatamente o porquê. Bem, esperei de bobo, pois o cara escreve muito bem. Diria, após a leitura deste livro, que temos um cientista brasileiro à altura de Sagan na divulgação das ideias científicas e no compartilhamento de sua paixão pela ciência.

O livro "a dança do universo" é uma bela escolha para aqueles que desejam aprender um pouco ou conhecer melhor como se deu a evolução dos ideais da ciência (com foco nas ciências físicas) e como essas ideias científicas podem ter semelhanças ou parentescos com ideias religiosas. Como de alguma forma o desejo dos religiosos e dos cientistas por entender os mistérios do cosmos pode ser intrinsecamente o mesmo.

Para mim, como professor de física, foi uma leitura especial, a qual pretendo retomar de tempos em tempos para refrescar a memória com passagens marcantes que remetem a diferentes temas que trato em sala de aula, como a gravitação universal, a termodinâmica e até mesmo a atomística.
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