A cor púrpura

A cor púrpura Alice Walker




Resenhas - A Cor Púrpura


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Flávia Menezes 17/01/2024

? A COR DO CORAÇÃO ?
?A Cor Púrpura? é um romance epistolar da escritora, poeta e ativista feminista norte-americana Alice Malsenior Tallulah-Kate Walker, que foi originalmente lançado em 1982. No ano seguinte, a autora recebeu por ele o Prêmio Pulitzer e o ?National Book Award?.

Em 1985, seu romance foi adaptado para o cinema com a direção de Steven Spielberg, sendo protagonizado por Whoopi Goldberg, e ainda contando com as presenças de Danny Glover (como Albert) e Oprah Winfrey (como Sofia). Em 2005, foi feita uma adaptação musical do romance que estreou no Teatro Broadway, em Nova York ficando em cartaz por três anos, e em 2016 recebeu uma nova montagem vencedora de 2 prêmios Tony e Grammy de melhor ?Álbum de Teatro Musical?.

No último Natal (2023), Spielberg e Oprah se uniram junto à Warner Brothers Pictures e lançaram um remake desse grande clássico!

Com uma escrita que utiliza uma linguagem simplória, com seus erros gramaticais e regionalismos que retrata a fala usada na região agrária dos Estados Unidos, o livro narra a história de uma garota de 14 anos chamada Celie, onde acompanharemos os próximos 30 anos da sua vida.

Ambientado nos anos 1930, essa narrativa feita através de cartas escritas para Deus e para Nettie, irmã da protagonista, vai criando esse clima de intimidade entre Celie e o leitor, a cada página em que vamos recebendo relatos tão detalhados sobre uma vida repleta de muita violência e crueldade.

Muito embora a história tenha como pano de fundo o racismo e a segregação no sul dos Estados Unidos, o machismo e o patriarcado, e das carências educacionais para as mulheres (especialmente de mulheres negras), também acompanhamos os bonitos relatos da protagonista sobre a sua descoberta da amizade, do amor, da força e do poder que a educação possui em conceder a uma pessoa os direitos que lhe são devidos como ser humano.

Além das cartas de Celie, também acompanhamos as cartas que a sua irmã Nettie lhe enviava contando sobre a sua vida logo após a separação das duas, e preciso dizer que essa é uma das partes mais belas desta história.

Diferente de Celie, Nettie foi aquela para quem o pai incentivou sua educação, se tornando assim uma mulher que através dos seus estudos ganha o mundo, saindo da bolha de crueldades e violências em que viviam, para conhecer outras partes do país, e ver todas as diferenças da vida que os negros do norte levavam, quando decidiu expandir ainda mais as suas possibilidades e partir para uma missão na África.

Seus relatos sobre a África são uma verdadeira aula de história, onde aprendemos sobre os costumes e crenças de um povo que tem seu próprio modo de viver, e que muito se diferencia da visão e da vida do negro norte-americano. Foram tantos os ensinamentos que recebi lendo os relatos da Nettie, que me senti como se realmente tivesse tido uma aula de cultura africana, e a isso inclui o fato de ter sido lembrada sobre a importância do consumo de inhame para a nossa saúde.

Esta é uma história simples, que fala sobre uma vida repleta de violência, dores e cicatrizes, porém que através da sua natureza agridoce, também é capaz de arrebatar os nossos corações, nos fazendo rir tanto quanto chorar, mas principalmente de nos conscientizar de como os atos de crueldade deixam marcas profundas por toda uma vida, se tornando (inclusive!) cumulativos.

Afinal, as estações vêm e vão, os anos se passam, mas a verdade é que algumas feridas permanecerão abertas para sempre nos lembrar da responsabilidade que precisamos assumir no exato momento em que nos aproximamos mais de alguém, ou de quando nos decidimos por trazer ao mundo uma nova vida.
Leo Moura 17/01/2024minha estante
Ótima resenha, Flavia! Esses livros com relatos mais sofridos costumam nos ensinar bastante.


Flávia Menezes 17/01/2024minha estante
Muito obrigada, Leo!! ?
Um livrinho com um apelo mais dramático tem horas que é tão bom! E esse é um grande clássico. Alice traz uma miscelânea de mulheres e suas personalidades que não há como não aplaudir e de pé um livro desses! ???


Núbia Cortinhas 18/01/2024minha estante
Flávia, que resenha gostosa de ler! Se o filme já é emocionante, imagine o livro!?!! Mais um pra lista!


Flávia Menezes 18/01/2024minha estante
Núbia querida muito obrigada! ?
Acredita que eu nunca vi o filme? Então a leitura foi uma surpresa pra mim. Mas é um livro que vale mesmo a pena ser lido! ?


Cleber 18/01/2024minha estante
Adorei a resenha, Flávia! Gostei do filme do Spilberg e lançaram um filme musical, acho que chega esse ano por aqui.


Flávia Menezes 18/01/2024minha estante
Cleber, muito obrigada! Esse é um livro que merece uma bela resenha! ?
Você assistiu ao filme do Spielberg de 1985 ou o remake que saiu neste último Natal? Eu até atualizei a resenha pra incluir esse, porque como não vi nenhuma das adaptações, fui procurar o trailer do remake e já me interessei!!
Vi também sobre esse musical aqui no Brasil. Que bacana isso, porque esse é um livro com uma temática tão importante de ser sempre relembrada.


Gabriela_Sut 18/01/2024minha estante
Resenha linda e super completa de um livro que eu amo ??


Flávia Menezes 18/01/2024minha estante
Gabi, que bom que gostou, porque eu me lembrei disso, de que esse era seu livro predileto enquanto escrevia. E tem razão? que bela história! A Nettie foi a minha preferida, e eu vi as cenas da África no trailer da nova adaptação que saiu ano passado? que lindo! Já estou louca pra assistir!


Yasmin V. 18/01/2024minha estante
Ai, eu amo a carta que a Celie escreve pra Nettie, contando sobre a conversa que ela e a Shug tiveram sobre Deus.. ?

"Eu acho que Deus deve ficar fora de si se você passa pela cor púrpura num campo qualquer e nem repara" ??


Flávia Menezes 18/01/2024minha estante
Yasmin, essa parte foi bela mesmo!
Que delicadeza a escrita da Alice e como até nas partes mais sofridas ela consegue nos tocar de uma forma tão profunda! ?


Cleber 18/01/2024minha estante
Assisti o filme de 1985 com a Whoopi Goldberg, mas quero ver o remake tbm :)


Flávia Menezes 18/01/2024minha estante
Esse foi um clássico, não é Cleber! Mas bom saber pra ver os dois! ?


Fabio.Nunes 18/01/2024minha estante
Fiz um comentário gigantesco e essa droga de skoob acho q não publicou...


Flávia Menezes 18/01/2024minha estante
Skoob e seus boicotes, Fábio!! Eu entendo!!!
Poxa! Agora fiquei curiosa com o comentário ?


Fabio.Nunes 18/01/2024minha estante
Cara, que ódio que me deu agora. Deixa passar o furor. Amanhã coloco de novo rsrs


Flávia Menezes 18/01/2024minha estante
Claro, meu querido! Eu super te entendo! Esse skoob é de deixar a gente possesso! ?


Fabio.Nunes 19/01/2024minha estante
Bem, vamo lá.
Esse livro foi marcante pelo processo de autodescoberta da Celie, que saiu de um espaço de dominação e abuso para um ambiente propício à consciência de si mesma, sem julgamentos. É aí que entra a personagem mais incrível do livro, Shug.

"A gente fica sim muito preocupado com Deus. Mas depois que a gente sente que Deus ama a gente aí a gente quer fazer o melhor que pode para agradar ele com o que a gente gosta de fazer."

"Todas essas cara parecem muito felizes, Shug falou. Grandes e rosada. Olho claro e inocente, como se eles num subessem que os outros tão se fudendo na primeira página. Mas eles são as mesmas pessoa, ela falou."

"A última coisa que os negro querem pensar do deus deles é que ele tem cabelo pixaim. (...) Deus era branco, e era homem, eu perdi o interesse."

Essa personagem é um símbolo de força extraordinário. Pra mim, o ponto alto do livro (fora a narrativa, claro).


Flávia Menezes 19/01/2024minha estante
Fábio, que bom ler seus comentários, porque você o que você escreveu aqui é tudo o que esse livro tem de especial: esse desenvolvimento e autodescoberta da Celie. E muito graças à outras mulheres ao seu redor, em especial a Shug. Esses quotes que você citou, traduz muito do que esse livro é, e eu entendo o que quis dizer sobre o quanto esse é um livro incrível.
Obrigada por ter voltado para me contar. Que quotes! Valem muito a pena ficar registrado aqui!


Ana Sá 24/01/2024minha estante
Resenha à altura deste livraço! Os relatos de Nettie também foram um ponto alto pra mim! Você me deixou com vontade de reler o livro!




Jaynne Borges 25/01/2021

LEIA ESSE LIVRO!
Que história, meus amigos. O início é muito forte e cruel, e aos poucos as coisas vão se transformando. Eu sempre ficava esperando pelo pior a cada fim de capítulo, tão acostumada que eu sou a ler histórias trágicas, e fui surpreendida com um lindo crescimento dos personagens, que vão ganhando experiência e se tornando mais sábios, serenos.

Esse clássico precisa ganhar mais visibilidade. É um livro que te muda e ensina tanto, tanto.
Luísa 25/01/2021minha estante
é uma biografia?


Jaynne Borges 25/01/2021minha estante
Não, é ficção :)


Thayna.Schisnayder 31/01/2021minha estante
É enorme o desenvolvimento da protagonista, maravilhoso demais!


Jaynne Borges 31/01/2021minha estante
Sim! Uma mulher forte que sabe o quer é bem difícil de achar na literatura, viu.


Thayna.Schisnayder 31/01/2021minha estante
Há um filme baseado no livro, nunca assisti mas dizem que é ótimo também. Já assistiu?


Jaynne Borges 01/02/2021minha estante
Não, mas pretendo!




spoiler visualizar
Fran 14/10/2020minha estante
Parece ser uma leitura incrível


Mike 14/10/2020minha estante
Sim, vale a pena a leitura


Tati 17/10/2020minha estante
Tem um filme tbm. Chorei horrores rs


Mike 22/10/2020minha estante
Sim, como não vi o filme ainda quis ler o livro antes




Ari Phanie 16/11/2020

Querido Deus, obrigada pela Alice Walker e o seu A Cor Púrpura
Eu fui uma criança e adolescente cinéfila, que fazia vaquinha entre os parentes pra levantar dinheiro pra alugar filmes (devo milhões pros meus familiares), e desse tempo lembro da maioria dos filmes que aluguei, apesar de não recordar grande coisa de suas histórias, a não ser que me marcassem muito. A Cor Púrpura não me marcou. É um filme do Spielberg (o que já diz muito por si só), mas só lembro de que achei os personagens tão sofridos e a história tão triste... então, quando peguei o livro sabia que me sentiria assim de novo. E com o começo do livro eu confirmei isso. Mas quando eu terminei, eu estava feliz. Não por ter terminado, mas porque o livro não é o que eu pensei que fosse ser.

Alice Walker conta a história de Celie através do recurso de cartas, começando com as cartas da adolescente Celie para Deus. Não para pedir algo, mas para contar o que não podia contar a mais ninguém: que seu padrasto estava abusando sexualmente dela. Sem mãe, rodeada de irmãos com os quais tinha que se preocupar, principalmente com a irmã mais nova, Celie logo se ver em mais um problema sobre o qual precisa desabafar com Deus. Ela é dada a um homem mais velho e desconhecido para se casar. Felizmente sua irmã mais nova se reúne a ela. Mas não por muito tempo. E logo Celie fica sozinha no mundo, tendo que criar várias crianças que não são suas e que a odeiam, e ainda precisa aceitar os caprichos de um homem violento. O único momento em que ela pode usar a sua voz é só quando escreve suas linhas para Deus.

Celie é inicialmente uma mulher obediente, que abaixa os olhos e a voz em casa, mas que através de outras mulheres percebe que não precisa viver em opressão. A primeira a mostrar isso foi Sophia, a esposa do filho do Senhor _ , marido de Celie. Há tantas personagens maravilhosas nesse livro (todas mulheres) que fica difícil escolher uma preferida, mas sem dúvida, pra mim Sophia está muito perto disso. A personagem é a própria encarnação da liberdade e rebeldia, que luta para que não lhe seja tirada nenhuma possibilidade de escolha e nem tirem proveito dela. Ela sofre por isso, mas não abaixa a cabeça. E com ela, Celie experimenta pela primeira vez que ninguém é dono de ninguém, que as mulheres não precisam aguentar os punhos de um marido como disciplina e que podem revidar.

"Toda minha vida eu tive que brigar. Eu tive que brigar com meu pai. Tive que brigar com meus irmão. Tive que brigar com meus primo e meus tio. Uma criança mulher num tá sigura numa família de homem. Mas eu nunca pensei que ia ter que brigar na minha própria casa.”

A segunda mulher que muda as perspectivas de Celie é a Shug Avery, amante do seu marido. Assim como Sophia, Shug desconstrói algumas das ideias incutidas na Celie pela convivência com homens tão machistas e abusivos. E também a ajuda a perceber como funciona sua própria sexualidade.

Eventualmente, o destinatário das cartas de Celie muda de Deus para sua irmã, Nettie. E as cartas de Nettie são incrivelmente interessantes ao trazer uma realidade muito diferente daquela que Celie vive, mas com alguns pontos semelhantes que parecem existir e persistir em qualquer tipo de sociedade. As cartas escritas por Celie também ficam diferentes. Essa Celie que escreve para a irmã tão amada é diferente daquela do começo. A trajetória dela é marcante e a personagem tem um crescimento gigante, passando de um bichinho com medo no canto da cozinha, que abaixava o cabeça para todos e aceitava tudo, para finalmente um indivíduo que mostra suas dores, desejos e mágoas. É imensamente satisfatório ver a Celie crescer.

"Ela falou, Dona Celie, é melhor você falar baixo. Deus pode escutar você. Deixa ele escutar, eu falei. Se ele alguma vez escutasse uma pobre mulher negra o mundo seria um lugar bem diferente, eu posso garantir."

Finalizando, essa é uma das obras mais importantes da literatura americana, e sem dúvida, merece tal posição. O livro que é contado por uma mulher negra semianalfabeta em um contexto histórico duplamente opressivo, que ao mesmo tempo que é muito sensível, é também muito duro; encanta, pesa e marca. O final foi um dos melhores que li na vida, e me deixou imensamente feliz. Terminei aquecida pelo poder da família, da luta, da resiliência, do amor que esse livro transmite. Eu não esperava mesmo, e afinal, foi ótimo que eu não lembrasse nada da história. Livro incrível!
Craotchky 16/11/2020minha estante
Bela resenha


Ari Phanie 17/11/2020minha estante
Obrigada, Filipe ?


Thaís Damasceno 17/11/2020minha estante
Amo esse livro também, Ari ?


Ari Phanie 18/11/2020minha estante
Eu tbm miga ?




let 15/03/2022

me identifiquei mais com a personagem principal do que é saudável. a história é triste e alegre ao mesmo tempo e o final me deixou brava mas ao mesmo tempo é tão compreensível no contexto que é muito legal. tem muitos assuntos delicados abordados de uma forma tão perfeita no enredo.
Mih 15/03/2022minha estante
Oi, sou novata aqui... Tem que pagar pra ler os livros?


Ãlex Santos 15/03/2022minha estante
Oi Mih, o Skoob não é um aplicativo de leitura. Aqui você pode cadastrar os seus livros e organizar sua estante virtual em categorias: quero ler, lendo, lidos, desejados etc. Você também pode participar dos desafios de leitura, escrever suas impressões e resenhas sobre as leituras e interagir com outros leitores. Seja bem vinda!


Mih 15/03/2022minha estante
Ah, sim! Entendi, muito obrigada


Ãlex Santos 16/03/2022minha estante
??




Ratinha de Biblioteca 07/08/2022

Filme e livro são complementares
Ler "A Cor Púrpura" ou ver "A Cor Púrpura"?! Definitivamente os dois! Ainda que se saiba a história, e ela não difere muito entre as obras, ambas as peças artísticas possuem sua beleza própria.
O livro é escrito em forma epistolar: Cellie, a protagonista, escreve cartas para Deus, e em seguida para sua irmã Nettie sobre fatos de sua vida. Posteriormente, teremos cartas de Nettie para Cellie, contando sobre a vida daquela na África, onde vive como missionária cristã.
O filme possui um elenco maravilhoso e estrelado: Whoopi Goldberg, Oprah Winfrey, Dani Glover, direção de Steven Spielberg e co-produção de Quince Jones, que também assinou a trilha sonora.
Fica o alerta de gatilhos: violências diversas, situações de racismo, etc. Basta dizer que Tina Turner recusou o papel de Shug Avery para não reviver no cinema o que viveu com o marido Ike.
A escrita não é simples à primeira leitura, porque Cellie é semi-alfabetizada. No entanto, facilmente nos acostumamos com o ritmo de leitura, pelo poder da história.
Resumindo: se conseguir fazer a leitura/ver o filme, (ou os dois) será uma experiência fantástica para você, com muito aprendizado e reflexões.
Andréa 16/08/2022minha estante
Eu amo esse livro ??
Já li várias vezes, assisti o filme umas 3 vezes ?


Ratinha de Biblioteca 16/08/2022minha estante
Muito bom mesmo! Recentemente realizei a exibição do filme para meus alunos! Essa semana iremos discuti-lo. E quanta coisa para falar! Espero que eles gostem tanto quanto nós! ?


Andréa 17/08/2022minha estante
Com certeza, vão sim!?


Margô 21/08/2022minha estante
É simplesmente uma obra inesquecível!!! Livro e filme...os dois são ótimos!




Na Literatura Selvagem 18/07/2016

Uma tocante história sobre amor, fé, racismo e machismo... A cor púrpura, de Alice Walker...
2016 está sendo um ano de leituras interessantes, mas estou me permitindo revisitar livros que há muito tinha lido e que senti necessidade de trazer minhas impressões para o blog... A cor púrpura foi a última dessas obras...

Escrito por Alice Walker, e recentemente publicado numa linda edição pela Editora Record, esse ganhador do Prêmio Pulitzer de 1983 foi escrito um ano antes e traz em suas páginas a história da personagem Celie, que desde muito cedo aprendeu que o mundo pode ser bem hostil quando se nasce mulher, pobre e negra numa região ao sul dos Estados Unidos, num período de segregação racial...

Desde nova, Celie sofreu abusos por parte de seu pai e acabou tendo filhos desses abusos. Sua mãe acaba morrendo de desgosto por ver sua filha sendo mãe tão nova, mas logo seus filhos são apartados da jovem, e seus paradeiros são desconhecidos... Logo ela se vê forçada a casar com um viúvo, que já tem filhos e mais velho que ela, sendo separada da companhia de sua irmã Nettie. Sua vida se torna um pesadelo regado a surras e maus-tratos, mas Shug Avery aparece para minimizar a dor diária que Celie é submetida... Com a chegada dessa misteriosa mulher, as coisas parecem melhorar um pouco. Ainda assim, ela é constantemente torturada pelo destino, e passa a ditar cartas para Deus, numa tentativa de amenizar seus sofrimentos...

leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/07/uma-tocante-historia-sobre-amor-fe.html
Antonio 18/07/2016minha estante
Vi o filme no cinema, e confesso que não tenho coragem de assistir novamente.


Na Literatura Selvagem 20/07/2016minha estante
Sério? Tão forte assim? Ainda não vi o filme, mas a obra foi lida pela segunda vez...


Antonio 02/08/2016minha estante
Eu vi no cinema na época do lançamento então já faz um bom tempo, a questão é que hoje em dia eu não consigo mais ver nenhum filme cujo tema seja a escravidão, talvez pela minha origem eu me sinta bastante incomodado com a crueldade do ser humano para com o outro.




V_______ 10/04/2022

A Cor Púrpura
Um clássico. A Cor Púrpura da autora negra, bissexual, feminista, ativista e para completar o quadro nascida no sul dos Estados Unidos, região conhecida pelo preconceito, em especial aos negros, Alice Walker conseguiu criar uma das mais belas obras da literatura, clássico reconhecido mundialmente. A direita conservadora pira !
O livro conta a história de Celie, negra, pobre, semi analfabeta, nascida no sul dos Estados Unidos por volta da década de 10. Foi estuprada, teve seus filhos tirados dela, e obrigada a casar com um homem para sofrer mais abusos, físicos e mentais. Celie passa a escrever a Deus, relatando sua vida.
O livro trata dos mais diversos assuntos, fé, descriminação racial, abuso, machismo, a estruturação social, sexualismo, enfim, bem abrangente, o livro dá muito para se refletir, uma leitura essencial.
Dear.Manoel.Neto 13/05/2022minha estante
Eu preciso muito pesquisar mais sobre a Alice Walker, agora entendo muito a leitura bisexual da Shug. Conheci o musical e o filme, mas ambos não consegui enxergar claramente a visão que tive no livro.. amei de mais??


V_______ 13/05/2022minha estante
Vi o filme, apesar de ter gostado, notei que a questão bissexual abordada muito superficial, diferente de como é apresentada no livro.


Dear.Manoel.Neto 14/05/2022minha estante
Exato, é muito superficial! E até mesmo o destino final do trio é mal explorado.. mas ainda bem que tive a oportunidade de conhecer a obra literária e espero que o remake musical possa abordar de uma forma melhor as questões do livro?




Dear.Manoel.Neto 17/05/2022

A inocência de saber discutir temas importantes com emoção
Depois de conhecer as músicas do musical da Broadway, da montagem brasileira, até mesmo alguns recortes de performances (na verdade muitos), e o próprio filme, achei que nada mais nessa história poderia me surpreender, e que engano meu, primeiramente, essa edição especial de capa dura (lindíssima), contendo prefácios especiais dão uma emoção a mais, e não só isso, a narração em primeira pessoa, em sua maior parte pelo ponto de vista da Celie em forma de cartas, torna tudo mais íntimo e real.

E apesar de não ser uma biografia, não seria essa, a história de diversas mulheres negras, que sofreram e ainda sofrem com o racismo, ou abusadas por seus familiares, agredidas por seus maridos, ou ainda são julgadas apenas por serem mulheres, pelas roupas que decidem vestir e pela sua sexualidade.

O livro aborda esses temas bastante pesados, mas sem esquecer de nos dar esperança que dias melhores virão, debate religião, mas não segue uma coisa específica, e sim abre nossos olhos para algo além do que é nos apresentado na bíblia ou igreja, algo bem mais real e do coração.

Somos recheados de mulheres fortes aqui, cada uma com sua personalidade, passando por suas dificuldades e lutas, mas ter a Celie como protagonista é fundamental para o andamento de tudo, já que sua inocência é pura, e assim conseguimos entender suas atitudes, questionamentos, reflexões, fazendo com que aos poucos ela vá desabrochando, no sentindo sexual, afetivo, religioso, e assim amadurecendo e se tornando uma mulher cada vez forte.

?Eu vivi tão ocupada pensando nele queu na verdade nunca reparei nada do que Deus faz. Nem na espiga de milho (como será que ele faz isso?) nem na cor púrpura (de onde será que ela vem?). Nem nas florzinha silvestre. Nada. Agora que meus olho tão abrindo, eu pareço boba.?
Dear.Manoel.Neto 17/05/2022minha estante
Mal posso esperar pro remake do filme, em musical agora??


V_______ 17/05/2022minha estante
Ótima resenha!


Dear.Manoel.Neto 18/05/2022minha estante
Obrigado!




Fabio.Nunes 07/09/2023

Baita livro
A cor púrpura - Alice Walker
Editora: José Olympio, 2021

Por duas vezes eu tive de me certificar de que este livro era uma obra ficcional.
Conheço poucas ficções tão palpáveis, que conseguem refletir um tempo e espaço de modo tão complexo e ao mesmo tempo em linguagem simples. A protagonista, Celie, nos apresenta toda a narrativa por meio de cartas, endereçando-as primeiramente a deus e depois à irmã, Nettie.
Um romance forte, sem apelações emocionais desnecessárias, que nos mostra as mazelas de um mundo racista, religioso e patriarcal.
Uma obra sobre sofrimento, sobre redenção, e sobre a força do negro e do feminino. Uma edição tão bonita que fiquei com pena de marcar.
Vai sem medo.
Max 08/09/2023minha estante
Ótima resenha!


Fabio.Nunes 08/09/2023minha estante
Valeu Max!


Ana Rocha 12/09/2023minha estante
Tive a mesma sensação que você relatou no começo. Por um momento achei que não era ficção. O livro é muito envolvente.




Anny50 21/05/2023

Estou sem palavras!
Que livro! ainda estou impactada. Parece um livro tão simples, mas é gigantesco em sentido, complexidade e profundidade. Trata sobre tantos temas, é narrado de forma tão doce, incrível. Apenas leia, é um dos livros mais bonitos que já li na vida. Um dos livros da minha vida, certamente, violência e esperança, tanta nuances que a vida abarca. Transformador.
Arthur 21/05/2023minha estante
Também estou lendo e gostando


Jardim de histórias 21/05/2023minha estante
É uma bela história mesmo!


Adriana1037 21/05/2023minha estante
Livro maravilhoso ?




Carlinha 18/08/2021

Tão verdadeiro que dói
Provavelmente essa é a resenha mais difícil que já fiz, pois ainda estou tentando assimilar esse livro.
Já nas primeiras páginas, ficamos barbarizados com a crueldade humana e, infelizmente, não é algo que passa ao longo da obra. Contudo, nela também (ou principalmente) aprendemos: sobre redenção, superação, violência, família, religião e questões sexuais, raciais e de gênero. Enfim, não são temas fáceis, mas que são muito bem abordados, tanto que é impossível não sentir que realmente conhecemos esses personagens. Mas, pensando bem, depois de os acompanhar por mais de 30 anos, ao longo de 90 cartas, sem dúvidas já somos próximos.
Bem, convido todos a fazer parte desse grupo: dêem uma chance para Celie, Nettie, Shug Avery, Sofia e todas as outras figuras emblemáticas presentes, aposto que valerá a pena...
Jess 19/08/2021minha estante
Eu amo suas resenhas, poxa ???


Carlinha 19/08/2021minha estante
Não vale, sua opinião é super parcial, você gosta até das ruins


thexbia 23/08/2021minha estante
já queria ler, mas me convenceu.




HAgata2 29/12/2023

Triste e lindo
Celie foi uma verdadeira batalhadora, esse livro tem a escrita muito fluida prende o leitor e a história e magnífica. Esse livro e arte!
Titi 29/12/2023minha estante
Nossa simmm!!!! Eu amo esse livro, é muito triste. Celie foi guerreira


HAgata2 08/01/2024minha estante
Amiga ela foi guerreira o tempo todo!!!


HAgata2 08/01/2024minha estante
Amig ela foi guerreira o tempo todo




júlia. 02/05/2022

é um livro muito interessante, e como ele está escrito coloquialmente e na forma de ?diário? senti que a leitura foi bem leve, fui lendo sem ver o tempo passar. em algumas partes achei meio parado e chato, o que me desanimava um pouco, mas o final valeu a pena. retrata assuntos delicados na visão da personagem principal, que retrata de um jeito não tão pesado já que ela sempre tenta relevar e ver o lado bom da vida.
madubaldi 02/05/2022minha estante
quatro e meia??????? nuu


madubaldi 02/05/2022minha estante
pelo menos né eba


Dear.Manoel.Neto 13/05/2022minha estante
Eu acho que já sou tão envolvido nessa história pelo musical e filme, que Qnd li não achei um momento parado, mas compreendo a situação..e ainda assim não tira a beleza da escrita ?




Clio0 03/01/2012

Uma das histórias mais tristes e reais que você pode ler em toda a sua vida.

O enredo é simples, a vida de uma menina negra que é oprimida diariamente pelo marido que não a ama e pelos filhos dele, que graças a vida e a influência dela vão pouco a pouco se transformando.

Não pense nisso como um romancezinho água-com-açúcar, porque não é. Nesse livro a violência chega a ser gráfica, Alice Walker não mede palavras ao retratar o abuso provocado pela misoginia.

O final feliz em vista não existe; o que a autora faz é narrar aquele dito tão popular: você colhe o que planta.

A personagem principal e todos a sua volta transmitem isso... enquanto suas ações são medíocres e mesquinhas, suas vidas também o são, mas quando começam a mudar, os acontecimentos a sua volta também mudam. E quem não muda vai piorando cada vez mais.

Há um ótimo filme de 1986 dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Whoopi Goldberg e Danny Glover.
Aline Michele 08/04/2021minha estante
Parabéns pela resenha! Fiquei com vontade de ler


Pedróviz 08/04/2021minha estante
Uma boa resenha faz toda a diferença.


Gerson 08/04/2021minha estante
Livro maravilhoso!!!




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