A cor púrpura

A cor púrpura Alice Walker




Resenhas - A Cor Púrpura


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Millalud 11/08/2023

Leitura necessária
Ambientada no sul dos Estados Unidos, A Cor Púrpura é uma obra de inúmeras vertentes, escrita em forma epistolar vemos em especial, a crueldade do racismo e do machismo.
De cara já somos chocados com as maldades que acometem nossa personagem principal, a Celie, e acompanharemos todo seu processo de amadurecimento, todas as barreiras que precisa enfrentar, um casamento infeliz e opressor, a partida de sua irmã, o encontro de um amor e a perda deste.
O livro carrega um peso enorme, uma carga de emoções intensa, vê-se aqui a crueldade nua. Celie é um retrato do que ocorreu - e ainda ocorre, com muitas mulheres, principalmente em relação a falta de acesso à educação e a objetificação de seus corpos. E além dela, outras personagens são essenciais para obra, como sua irmã Nettie, trazendo uma perspectiva extremamente interessante sobre valores culturais e ancestralidade em sua viagem para a África, e a Shug Avery, ainda que possua um desfecho inesperado, foi uma das maiores contribuições para o crescimento da Celie, trazendo uma nova visão sobre si enquanto mulher negra.
No mais, esse livro me trouxe um misto de sensações, indico para todos como algo para ser lido e relido.


"Eu sou pobre, eu sou preta, eu posso ser feia e num saber cuzinhar, uma voz falou pra toda coisa que tava escutando. Mas eu tô aqui."
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Mateus 01/10/2020

Dor e felicidade.
Um livro triste e emocionante do começo ao fim, a protagonista é ingênua, mas não burra no começo e você se pega o tempo todo torcendo por ela e foi incrível ver todo o desenvolvimento e evolução da personagem.
O livro é contato através de cartas, tanto da protagonista como de sua irmã e algumas da irmã são tediosas, fazendo eu ler rápido para voltar ao ponto central da história com a personagem principal.
O final foi bem corrido, gostaria que tivesse mais detalhes sobre o futuro de cada um.
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Fer Paimel 09/11/2020

Sensacional
Adorei essa leitura. Já tinha ouvido falar muito bem, mas ainda assim superou minhas expectativas.
A narrativa é envolvente e eu me via lendo por horas sem parar... o olhar das narradoras é simples e puro, o que torna o livro muito sensível e emocionante.
Gostei de tudo... uma história muito triste, mas de superação, não se mostrando desesperançosa na humanidade, embora haja muitos motivos para tanto... vale a pena ler essa obra!!
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Queria Estar Lendo 05/03/2019

Resenha: A Cor Púrpura
A Cor Púrpura, livro de ficção da feminista e ativista pelos direitos civis Alice Walker, não é apenas um clássico da literatura norte-americana, como também vencedor do prêmio Pulitzer em 1983. Editado no Brasil pela José Olympio - selo do Grupo Editorial Record, o livro conta, através de cartas, a jornada de crescimento e auto-descobrimento de Celie, no inicio do século XX.

A história começa quando Celie tem apenas 14 anos e escreve sua primeira carta para Deus, contando sobre o abuso sexual que sofreu nas mãos do pai. Ela, uma jovem negra vivendo no interior no sul dos Estados Unidos, em uma época ainda mais machista e racista, se vê sem ter a quem recorrer e, por tanto, escreve a Deus.

E nós acompanhamos sua vida pelos próximos 30 anos enquanto ela escreve suas cartas, também, para Nettie, a irmã desaparecida que Celie acredita estar morta. E é através das cartas que lemos sobre o abuso que ela sofreu nas mãos do pai, dos filhos que teve com ele e foram arrancados de seus braços, do casamento forçado com o Sinhô, da violência que sofre nas mãos deles e, principalmente, de sua solidão.

Nettie é a única pessoa que já amou Celie, e ela, por sua vez, ama a irmã ferozmente, fazendo de tudo para impedir que ela também seja abusada pelo pai. Porém, ao longo dos anos e através da amizade que firma com Shuga Avery, uma cantora da cidade que já foi amante de seu marido, e com Sofia, a esposa de seu enteado mais velho, Celie passa a descobrir que seu mundo pode ser muito maior do que trabalhar e servir o Sinhô e apanhar dele.

"Eu nem olho pros homem. Essa é que é a verdade. Eu olho para as mulher, sim, porque não tenho medo delas."

Aos poucos, ela descobre a amizade e o amor e a força, o poder da educação e o direito a ser reconhecida como um ser humano. A Cor Púrpura levanta temas muito relevantes ainda hoje, não só ao tratar da violência contra a mulher e o racismo, mas também ao falar da precária educação das mulheres - em especial as negras -, do machismo, do patriarcado, da segregação, da vivência da mulher negra, da espiritualidade versus a religião, da descoberta (e aceitação) da própria sexualidade.

Ao passo em que é um livro de leitura muito fácil, quebrado em cartas geralmente curtas que você lê e lê sem ver o tempo passar, ele traz reflexões grandes de formas descomplicadas. Quando terminei de ler, fiquei parada um tempo absorvendo o fato de que essas personagens não são reais, algo que parece tão absurdo visto o nível de envolvimento que tive com elas.

Ao falar da espiritualidade, especialmente, foi onde Alice Walker mais me pegou. Mostrar Celie se voltar para Deus em busca de ajuda, se frustrar, o negar e então finalmente entender a diferença entre espiritualidade e fé, e a religião foi, para mim, muito importante.

"Mas eu num sei como brigar. Tudo o queu sei fazer é cuntinuar viva."

A Cor Púrpura fala de uma realidade distante e, ao mesmo tempo, muito próxima. Ela não marca, exatamente, o tempo em que foi escrita. Não cita propriamente datas ou grandes acontecimentos para que possamos nos localizar, mas não é apenas isso que o torna atemporal. Infelizmente, muitas das mazelas vividas por Celie - e pelas mulheres a sua volta - ainda são bastante atuais.

Porém, são justamente essas mulheres que constroem a melhor parte do livro. Celie, Nettie, Sofia, Shuga, Mary Agnes... Elas são tão diferentes entre si e, ainda assim, conseguem firmar laços de amizade e gerar cenas de pura sororidade. Chorei com elas, ri com elas, sofri por elas e também as aplaudi. No fim, faz pensar que se essas mulheres tão diferentes conseguiram se amar e se apoiar, porque nós temos tantos problemas para fazer isso?

"Você deveria ver como elas mimam o esposo. Louvam suas menores realizações. Enchem eles com vinho de palmeira e doces. Não é de admirar que os homens quase sempre sejam tão infantis. E uma criança adulta é uma coisa perigosa, especialmente quando, como entre os Olinka, o marido tem o poder de vida e morte sobre sua esposa."

No fim de tudo, A Cor Purpura chegou ao topo dos meus favoritos. Celie agora anda de mãos dadas com Mariam, a protagonista de A Cidade do Sol, no meu ranking de protagonistas preferidas, e se tornou uma leitura que eu indico para todo mundo. Uma leitura rápida, direta, o retrato de uma sociedade que ainda, infelizmente, existe, cheia de reflexões tão extraordinárias quanto suas personagens.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/03/resenha-cor-purpura.html
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Thamy Palloni 08/09/2022

A cor púrpura
A Cor Púrpura, obra da escritora Alice Walker, é uma das obras mais marcantes do final do século 20, tendo umas das personagens mais marcantes da literatura norte-americana.
Ganhadora do Prêmio Pulitzer em 1983, já foi adaptado ao cinema, dando origem à uma (também) obra prima cinematográfica.
O livro é escrito em forma de diário, no início de 1900, na voz da protagonista Celie. Negra, pobre, no meio de uma sociedade terrivelmente racista, é brutalizada pelos homens ao longo de sua vida. Quase analfabeta, detalhe honrado na escrita deste romance e dando uma sonoridade real, sincera e lírica ao texto, ela nos conta suas dores, sua visão que é gradativamente mudada ao longo da história.
Mais que uma voz de vítima (que quase nunca soa fatalista), a voz de Celie tem som de esperança, apesar de carregar perfeitamente o peso da violência à qual sobrevive.
A Cor Púrpura fala de fé, de esperança e amor frente ao que há de mais brutal no mundo. Fala da misoginia em suas formas mais destiladas, mais covardes. Fala de um corpo feminino, preto, vulnerável, nas mãos de quem, apesar de também desgraçados, usavam do poder que tinham para espalhar o desrespeito que não tinham capacidade de suplantar.
Alice Walker ouviu - quase secretamente em forma mediúnica, conforme seu breve agradecimento ao final da obra. Ela ouviu os gritos calados, os gemidos não considerados e mostrou nessa obra a luz inabalável, o canto incansável desses seres humanos femininos, que germinam por natureza, que dão à luz e têm a luz.
Essa obra fala de uma humanidade que não pode ser calada, não importa o quanto a espanquem. Fala de alma, de voz.
A cor púrpura é sobre ouvir, é sobre olhar uma realidade que tantos querem colocar debaixo do tapete. Lê-lo é aceitar estar com Celie, saber suas palavras, vê-la mulher em todas as suas cores, dores e belezas.
Essa obra-prima da literatura mundial, escrita por mãos femininas, ditada por voz feminina, é arte... Pura e simplesmente arte. É um ensinamento para que jamais abandonemos a capacidade de enxergar a flor púrpura entre os vastos campos.
Tay ð· 08/09/2022minha estante
Amei a resenha!!! Fiquei com muita vontade ler! ?


Thamy Palloni 12/09/2022minha estante
Leia!! É uma obra prima ?




Ana Laura 22/05/2020

A Cor Púrpura - Alice Walker
Mais uma leitura obrigatória, mas que no final me ensinou muitas coisas. O livro te toca, uma das falas que mais me marcou foi o Senhor dizendo para a Celie ?és preta, és pobre, és feia, és mulher. Raios te partam não és nada?, porque Celie é uma das personagens mais fortes que já tive o prazer de ler, visto que ela suporta coisas que eu não sei se eu seria capaz de suportar, enfim Celie é uma personagem incrível. O livro aborda assuntos como abusos físicos e psicológicos, a exploração da África no século XX, a questão lgbt+ junto com a descoberta da sexualidade e outros assuntos muito atuais. Um livro que eu recomendo a todos.
Bárbara Paradiso 22/05/2020minha estante
Comprei recentemente e já queria muito ler! Agora quero mais ainda!!




Rodrigo 07/04/2021

Resistência
Uma história de luta e resistência. Com certeza, uma das melhores leituras que tive a oportunidade de realizar. Impressionante a força de Celie!
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Barbara Hellen 15/03/2021

@cactosliterarios
Na?o ha? du?vidas que a histo?ria de luta poli?tica de Alice Walker influenciou suas obras. Por incentivo da sua ma?e, Alice foi a u?nica dos irma?os a ter acesso a educac?a?o. Engajada, chegou a presenciar, anos mais tarde, a Marcha de Washington, onde Martin Luther King fez o seu famoso discurso ?eu tenho um sonho?.

A Cor Pu?rpura tem tudo a ver com essa histo?ria, pois se Martin Luther King lutava por direitos, ha? tambe?m uma clara cri?tica sobre a falta deles nessa obra. E? um livro forte, em que vemos a personagem principal Celie lidar com viole?ncias, falta de oportunidades e educac?a?o.

Torci muito pela Celie, quis coloca?-la em um potinho e proteger de tudo. E na?o foi a toa que me senti assim, pois essa e? uma obra inteligente. Ela na?o simplifica o relacionamento humano. Mostra suas diversas camadas e complexidades. E por isso, ensina. E as melhores obras na?o sa?o aquelas que nos ensinam?
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Emmanuele.Machado 06/01/2024

Ainda não sei se é um favorito ou não e preciso refletir muito sobre todas as camadas desse livro, mas QUE LIVRO. Com certeza merecedor de todos os prêmios e aplausos que recebe até hoje. Um 5 estrelas fácil e certo.
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vicqs 02/07/2022

Um dos mais emocionantes que já li
Eu devorei esse livro, eu consegui sentir toda a dor e sofrimento, é inevitável. Nessa história que é um clássico (e você vai entender o porque quando ler), nos deparamos com mulheres fortes e destemidas, que aprenderam a não ser mais reféns do medo
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25/02/2021

Linguagem simples para grandes reflexões
Um livro leve, delicioso de ler, mas com discussões inteligentíssimas e profundas. O envolvimento com Celie é inevitável. Acabo o livro já sentindo sua falta.
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null 28/09/2020

Li esse livro porque estava na lista de obras literárias de um vestibular e me surpreendi muito. Não vou prestar o vestibular mas foi uma boa leitura, apesar de ser um livro muito pesado.
(07/07)
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Aurea31 31/05/2020

Observando-se o contexto da atualidade nacional e mundial, em que organizações fascistas tentam consumir os espaços de poder para eliminar com maior força os alvos de opressão diária, a leitura de A cor púrpura de Alice Walker ao mesmo tempo que se expõe uma narrativa dura e real me trouxe a pequena ponta, a pequena faísca de esperança para a realidade do povo preto. Uma narrativa que aborda todas as mais diversas opressões sobretudo dispensadas às mulheres negras e como a luta unificada destas pode operar mudanças para o futuro da negritude. Triste contextualizar a realidade do século passado com o cenário contemporâneo, onde crianças negras não podem planejar sua faculdade de Direito, não podem sonhar, sobretudo, vidas pretas que são impedidas de respirar. Que seja propagado o recado, como Bia Ferreira cantou, muitas vezes por nós seja replicado: Nascem milhares dos nossos, cada vez que um nosso cai! Todos nós temos responsabilidade de nos posicionar contra toda manifestação de ódio e opressão das minorias. TODOS! Quem se cala é conivente! Cada vida negra importa!
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Dani 10/01/2022

Emocionante e histórico, um clássico cheio de ensinamentos e sofrimento, mas de luta e de vitória.
Um Romance Epistolar (livro escrito que usa uma técnica literária que consiste em desenvolver a história através de cartas), a história já começa com um tapa na cara e eu já percebi que seria um livro bem pesado.

Ambientado no Sul dos EUA entre os anos de 1900 e 1904, A Cor Púrpura é um livro intenso e repleto de reflexões. O racismo, o sexismo, o abuso verbal e físico são alguns temas tratados no decorrer da história.
Celie se comunica através de cartas com Deus e com sua irmã e expõe a fragilidade, a dor, o sofrimento e a violência. Um personagem criado em camadas que não vive só de dores, mas sabe tirar força, alegria e esperança mesmo de momentos de pura angústia e descrença.

Ganhador do Prêmio Pulitzer de Literatura, é uma obra rica pra refletir sobre o quão a sociedade é ingrata e que todos somos iguais perante Deus, cada um lutando, sofrendo e vencendo, mas sem perder a esperança e a fé.
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Lívia.Beatrice 31/07/2020

Resenha A cor púrpura
A Cor Púrpura é um livro de 1982, escrito por Alice Walker, e premiado pelo Prêmio Pulitzer.

A personagem principal, Celie, uma negra de 14 anos vivendo no início do século XX no sul dos EUA, foi abusada sexualmente e tratada como mercadoria ao ser vendida como esposa ao vizinho. Você está aí pensando: “Mais um livro com uma história violenta”. Mas confie em mim, não é.

Para começar, é um romance epistolar, ou seja, toda a história é escrita através de cartas que Celie escreve para Deus, trazendo muito realismo, e fazendo com que o leitor sinta todos os sentimentos que são vividos. Algumas situações muito chocantes acontecem tão diretamente, que por muitas vezes eu reli algumas páginas para checar se realmente era aquilo que tinha acontecido. E sim, aconteciam. Nessas horas eu quis entrar na história para dar um abraço em Celie. Eu não senti a violência das situações vividas, eu senti a ternura da protagonista, que, apegada à sua fé (a única coisa que realmente possuía) lidava com tudo. Os erros de ortografia e concordância na narrativa são estranhos, mas rapidamente substituídos por empatia a personagem.

Com dificuldades de reagir aos problemas da vida, Celie afunda em seu mundo solitário. Essa perspectiva muda quando Shug Avery entra em sua história, aparentando ser tudo que ela não é. Shug é a amante do homem que a “comprou”, o Sinhô, ou Albert, mas não é sentimento de inveja ou ciúmes que ela sente, e sim de admiração.

Como pano de fundo, vejo o machismo, racismo, patriarcado, submissão, mas também vejo amor, sororidade e amizade. Toda vida de Celie é narrada. Entendemos sua evolução, suas dificuldades, suas aceitações, suas libertações. É triste ler tudo que os negros já viveram, e sabemos que vivem até hoje, é triste ver como as mulheres sempre foram tratadas como objeto. Essa leitura funciona como uma bomba de energia na luta por igualdade, tanto racial quanto de gênero.

Ainda temos o núcleo de Nettie, que, escrevendo cartas para Celie, sua irmã, narra a colonização inglesa sobre africanos, destruindo seus costumes, crenças e tomando suas terras.
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