Larissa3491 14/09/2014
[RESENHA] SE EU FICAR GAYLE FORMAN
Mia Hall às vezes pensa que foi trocada na maternidade, se considerando até como uma alien na família, por não se parecer com nenhum deles (em vários aspectos). Filha de pais roqueiros, e com um irmão mais novo (Teddy ?) que segue o mesmo caminho, Mia se sente diferente por não partilhar desse mesmo universo, já que, quando descobriu o violoncelo, ela se apaixonou completamente.
QUOTE: Eu sei que é bobo, mas sempre me perguntei se papai está desapontado por eu não me tornar uma roqueira. Eu queria. Então, na terceira série, eu me deparei com o violoncelo na aula de música ele parecia quase humano para mim. Parecia que se você o tocasse, ele te contaria segredos, então eu comecei a tocar. Faz quase 10 anos agora e eu nunca parei.
Muito talentosa, Mia, pratica todos os dias (incansavelmente até), e é num desses ensaios, na escola, que ela e Adam se conhecem, e se apaixonam. O romance dos dois é algo extremamente palpável, com todas as coisas boas e ruins existentes em um relacionamento descobertas, insegurança, fofuras... Mas, engano seu se pensa que o livro trata apenas disso, Se eu ficar fala de amizade, a intensidade de um amor na adolescência, escolhas, sonhos, família; enfim, muitas coisas, especialmente a música, que é um fator que está envolvido em tudo.
QUOTE: [...] em minha família, tocar música era ainda mais importante do que o tipo de música que você toca [...]
QUOTE: Eu temia ir a shows com Adam. Eu não sentia ciúmes. E também não era porque eu não gostava do tipo de música dele. Eu amava ver ele tocar. Quando ele estava no palco, era como se a guitarra fosse um quinto membro, uma extensão natural de seu corpo. E quando ele saia do palco depois, ele estaria suado mas era um suor tão limpo que parte de mim estava tentada a lamber a lateral de seu rosto, como se fosse um pirulito. Mas eu não fazia isso.
Um dos pontos chave da história, e que puxa o fio para todo o resto, é o acidente de carro que Mia e sua família sofrem. Ele é o ponto inicial que destrincha a história, havendo trechos intercalados do presente manhã de neve, acidente e hospital , e de Mia contando sua história para o leitor sobre sua infância, a banda do pai, o nascimento de Teddy, sua relação com sua melhor amiga Kim, sobre seus avós, Adam, Julliard etc. E durante o tempo em que está fora do corpo, observando o que acontece externamente e relembrando sua vida, notamos a luta de Mia entre decidir ir (morrer) ou ficar (viver); o que deixa o leitor com os nervos a flor da pele até a última linha do último capítulo.
Particularmente, eu gostei bastante do romance da Gayle, tanto que assim que terminei de ler, procurei imediatamente a sequência (que me fez sofrer demais, sofrer mais um pouco, e depois me apaixonar). Ah, e Para onde ela foi é narrado pelo Adam (lindo, maravilhoso, meu eu masculino). E acho que já falei demais. Leiam leiam leiam!
site: http://cahblack.blogspot.com.br/2014/09/resenha-dupla-se-eu-ficar-gayle-forman.html