Resenhas - Os Adoráveis Trapalhões

Mutante X 10/03/2024

Deliciosa homenagem
Sou um daqueles que cresceu assistindo Os Trapalhões na Globo, uma tradição nos domingos à noite. No entanto, nunca me inteirei totalmente da história anterior da "marca", que começou muitoantes do programa global com o famoso quarteto, numa época em que eu nem era nascido. Este livro faz um resgate histórico muito competente, num texto simples e acessível, repleto de depoimentos de vários artistas que fizeram parte dessa história. Um texto gostoso, envolvente e cheio de curiosidades, que a gente lê de forma tão leve, como era o programa do quarteto. E, para completar, um capítulo especial com toda filmografia dos Trapalhões, com ficha técnica, sinopse e bilheteria. Além, claro, de muitas fotos exclusivas. Um livro tão adorável como eram Didi, Dedé, Mussum e Zacarias e um registro de um dos períodos mais criativos da TV brasileira.

site: http://mutantexis.wordpress.com

Henrique Machado 17/02/2024

O quarteto Didi, Dedé, Mussum e Zacarias foi um fenômeno de audiência nas noites de domingo na Rede Globo, fez shows pelo Brasil inteiro e levou milhões aos cinemas para assistir seus filmes, mas hoje em dia, infelizmente, somente aqueles que viveram entre as décadas de 1960 e 1980 ainda se lembram dos Trapalhões. Esse livro faz um apanhado desde o início do grupo até seu fim.

Cleber 11/12/2023

Os Trapalhões
Com um gostinho de infância. Depois de ler a biografia do Mussum fiquei curioso para saber mais sobre esse quarteto fantástico brasileiro. O livro é bem estruturado, com capítulos curtos, rápidos e concisos. Com algumas curiosidades, fazendo um apanhado geral da trajetória do grupo. Parece que faltou alguma coisa, mas acho que o objetivo do livro é o de ser o mais enxuto possível. Gostei da leitura e agora bora esperar p ver o filme do Mussum.

leitorDedicado 16/02/2021

Direto do Túnel do Tempo !!!
Excelente livro, como o autor cita logo no começo é uma viagem ao passado, muitas recordações pessoais vieram a tona ao ler esta obra, Os Trapalhões não foi apenas um programa legal, era um programa de sonhos e esperanças diante de tudo que assolava o país na época. Naqueles domingos, a triste realidade era esquecida por uns momentos e podíamos rir alguns minutos.

Luis 08/12/2013

Panfleto bem intencionado e atrapalhado
Para os que têm acima de 35 anos a lembrança é bem nítida : As noites de domingo, 19 horas, antes do Fantástico, eram religiosamente marcadas pelos acordes iniciais do jingle que abria um dos mais bem sucedidos programas da história da TV brasileira. Na atração, durante muito tempo um dos únicos momentos de refresco na briga dominical da Globo com o seu ex locatário Silvio Santos, era o palco maior de uma verdadeira máquina de humor, que expandia a sua imensa popularidade em revistas em quadrinhos, cinema e licenciamento de uma série de produtos, em especial os destinados ao mercado infantil.
Uma história tão rica e importante não poderia ser contada em meras 158 páginas. Visto por esse prisma, “Os Adoráveis Trapalhões” de Luís Joly e Paulo Franco, já sai perdendo no mínimo por quatro a zero.
Fruto de uma tese universitária , o livro avança muito pouco no conhecimento básico que está ao alcance de qualquer um que tenha acesso ao google. Além de não explorar como as individualidades funcionavam na estrutura do quarteto, Joly e Franco passam ao largo da rica história pré-globo do grupo, desde os primeiros trabalhos da dupla Didi Dedé, passando pela formação inaugural , criada por Wilton Franco para aproveitar o filão da então fama ascendente do astro Wanderley Cardoso, o reencontro da dupla, o advento de Mussum e , mais tarde, já por volta de 74, com a entrada de Zacarias, a cristalização da escalação que, três anos depois, se consolidaria em um dos mitos do humor televisivo. Não que a obra não cite esse longo caminho pregresso até a emissora do Jardim Botânico, mas, infelizmente, essa abordagem está muito longe do mínimo necessário para justificar a publicação.
Também faltam respostas a questões que incomodam muitos fãs, como os detalhes da separação, ocorrida em 1983, e que, embora de breve duração, teve marcas profundas na carreira do grupo. Coincidência ou não, alguns associam esse episódio à guinada do estilo de humor que era praticado até então, baseado em uma certa anarquia politicamente incorretíssima que foi deixada de lado em favor de uma maior fixação no público infantil, o que empobreceu fortemente o programa. Essa “nova estratégia” também contaminaria as atividades cinematográficas dos Trapalhões, que a partir de então, passaram a ter cada vez menos destaque em suas próprias produções, que contavam com artistas como Xuxa, Gugu Liberato, grupos adolescentes como Dominó e cantores galãs de ocasião. A coisa chegou a tal ponto, que o último filme que teve participação completa do quarteto clássico, “ Um Escola Atrapalhada” (1990), o grupo era praticamente coadjuvante.
Seria também importante ter revelado um pouco mais dos inúmeros atores que ajudaram na glória do quarteto, como Roberto Guilherme (talvez o mais importante e longevo colaborador do grupo), Carlos Kurtz, Dino Santana, Ted Boy marino (integrante original), Tião Macalé, Felipe Levy, entre outros.
O livro peca ainda por subdimensionar as mortes de Zacarias (1990) e Mussum (1994), essa última, o golpe de misericórdia no combalido programa, que já vinha de frequentes e infrutíferas reformulações. A magia, definitivamente havia acabado.
Embora o trabalho seja superficial e repleto de omissões, não se pode deixar de enxergar a boa intenção dos autores, verdadeiros fãs, que queriam perpetuar em letra de forma uma homenagem aqueles que fizeram a alegria de inúmeras crianças ao longo do final dos anos 70 e na década seguinte. Infelizmente, esse espírito, embora louvável, não foi suficiente para fazer uma obra à altura do fenômeno que tanto brilhou naquelas noites de domingo.