Campo de sangue

Campo de sangue Dulce Maria Cardoso




Resenhas - Campo de sangue


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arlete.augusto.1 01/04/2023

Leia de um fôlego
Sou suspeita para avaliar um livro da autora, sou fã incondicional dela, para mim, é a melhor escritora da atualidade.
Aqui temos quatro mulheres numa sala de interrogatório, desde o início sabemos que um crime foi cometido e essas mulheres lá estão para depor sobre o assassino, para ajudar a traçar um perfil dele, mas quem ele é de verdade? Ao longo do livro, temos a história desse homem na visão dessas quatro mulheres: a mãe, a ex-mulher (a única que tem um nome), a senhoria e a moça bonita; e temos o próprio assassino descrevendo o dia a dia de sua vida vazia e inútil, até o instante crucial do assassinato. Quem senão uma grande escritora conseguiria escrever um grande livro com esse enredo? Dulce Maria Cardoso!
Alê | @alexandrejjr 01/04/2023minha estante
Esse livro parece muito, mas muito interessante mesmo!


arlete.augusto.1 12/05/2023minha estante
Alê, descobri essa autora recentemente e virei fã. Já li três livros dela e é um melhor do que o outro! Vale a pena! Pena que não estão todos disponíveis aqui, tem um que eu quero muito e não consigo: Os meus sentimentos, mas vou continuar procurando.




fev 18/03/2022

Perdi completamente o fio da meada
Eu sinceramente não sei o que pensar dessa história. Talvez eu não tenha captado nem metade do que a autora quisera entregar. Há uma complexidade na narrativa lenta e que foca na construção de um personagem por diferentes perspectivas. É interessante, mas não é tão agradável e meio entediante. É complexo. Enfim, foi uma experiência. Mas recomendo quem já leu ir atrás da resenha do Nicolas Neves no canal las hojas muertas y otras hojas no youtube.
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Lucio.Costa 28/06/2020

Sei lá
Eu fiquei mal durante a leitura. Um sentimento estranho, me pegou no estômago não sei. A escrita rápida, sem muita pontuação. Fluxos de pensamentos caóticos. Personagens detestáveis, estranhos, incompreensíveis.
Um homem que nunca sentiu algo, uma página em branco, que era moldada por desejos de terceiras. Em certa altura do texto ele é invadido por um amar. Um amar como uma doença. Um amar maior que ele, faminto, que devora e o aumenta. Viu a grandeza do sentir e o deixou cego.
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Cinara... 09/06/2020

"... os sentidos são tão insensatos que deve ser por isso que os homens aprenderam a fé..."

Livro MARAVILHOSO!!
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Lusia.Nicolino 29/05/2020

Não há mistério sobre o que aconteceu. Aconteceu um crime.
E quem, se não Dulce, para nos pegar pela mão e nos levar por esse enredo para descobrir quem foi assassinado?
Até chegar lá, vamos atravessar detalhes minuciosos e descrições primorosas do dia a dia de cada uma das quatro mulheres que vão formar esse quebra-cabeça.
Cada desconforto, cada parede descascada, cada janela fechada, cada pedaço de mar ou de céu com sua devida importância na narrativa brilhante de Dulce.
O estilo dela, para mim, na frase que encontramos mais de uma vez na obra e que levará ao desfecho: “um amor exagerado, quase uma doença”.
São quatro mulheres que, entre o passado – vivido, inventado, desejado, esquecido – vão nos deixar conhecer o presente e como ele, o nosso personagem, se apresenta: ensandecido ou finalmente encarando a sua verdade?
A mãe. A ex-mulher. A senhoria. A moça bonita. Sem nomes e sem retratos, para quem ele criou cada um dos roteiros de sua vida vazia de significado?
Portavam-se como estranhos, portavam-se como amantes, portavam-se como apaixonados.
Em que versão ele desejaria viver e em que versão ele desejaria morrer?
Leia de um fôlego, é inebriante e surpreendente.

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Giuliana 28/04/2020

Quero conhecer mais da autora
Gostei da escrita da autora portuguesa. A história, pra mim, fala do processo de loucura, de degradação e de se afastar dos seus desejos. 4 mulheres em torno de um homem, marcando suas vidas , ou a falta dela, com a vida desse homem, que até um certo momento também acredita -se nela. A história é envolvente, pois vai -se caminhando junto com as personagens por seus pensamentos e ilusões.
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katy.lira.7 14/04/2020

Campo de sangue
Esse livro me tirou completamente da minha zona de conforto literária. Misturando o presente com o passado de personagens que não tem nome, mas que nos conquistam. Acabamos nos importando com seus destinos mesmo sem perceber. A mãe, a ex-mulher, a senhoria, a jovem que carrega seu filho na barriga. Todas as quatro, em um mesmo ambiente, por um mesmo homem... o qual em algum momento todas elas desistiram.
A sutileza do processo de loucura demonstrada por um personagem que vai se degradando e que não percebe sua condição. Campo de sangue é interessante e ao mesmo tempo inquietante. Vale a pena a leitura.
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Cho 16/02/2019

O tempo é um material perigoso nas mãos de quem não o sabe usar
Quatro mulheres e um homem. A ex-mulher. A mãe. A rapariga bonita. A senhoria. A única ligação que elas têm é com esse homem que cometeu um assassinato. A Ex-mulher, Eva, é a única personagem nomeada no livro. Eva remete logo ao Gêneses, ao pecado original. O título da obra também faz referência à Bíblia, Campo de sangue foi o lugar comprado com as moedas que Judas recebeu após trair Jesus. Uma metáfora cabalística, que ainda não descobri.

A escrita de Dulce por vezes nos lembra a de Saramago, com parágrafos de duas páginas, vírgulas intercalando os diálogos e os pensamentos das personagens. Embora a escrita deste tenha sido para mim sempre muito clara, a gente demora a se acostumar com escrita de Dulce. O livro começa bem, mas depois que o protagonista tem o relógio roubado parece que se perde, além do controle do tempo, o controle da narrativa. Nada muito simples como O retorno nem muito complicado como Os meus sentimentos, mas também nada bonito como Tudo são histórias de amor.
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Pandora 12/07/2017

O protagonista cometeu um crime, isto se sabe desde o início. Numa sala, encontram-se quatro mulheres que, de alguma forma, fazem parte de sua vida. Esperam para depor. Evitam contato umas com as outras, embora saibam quem são e, por vezes, já tenham convivido no passado. A narrativa alterna o presente com situações passadas vividas pelo protagonista com cada uma das mulheres.


"Apesar de muito rica, de se socorrer da pontuação de forma hábil e original, a sua escrita representa muitas vezes um desafio." (planetamarcia.blogs.sapo.pt)

Concordo. A narrativa de Dulce Maria Cardoso é muito rica e pormenorizada, cheia de detalhes que conjugam: pensamentos, atos, diálogos, sentimentos, tudo junto, entre vírgulas... é realmente um desafio... e confesso que às vezes é cansativo.

Demorei a me acostumar com sua escrita; embora se possa ver semelhança com os longos períodos entremeados de vírgulas de Saramago, o texto deste sempre me pareceu muito claro; o de Dulce não. Mas passada mais da metade do livro, já habituada ao seu universo rico em detalhes, como uma grande colcha de retalhos, um caleidoscópio, que experiência ímpar é ler Dulce Maria!

Um livro incrível, que trata da solidão de um homem inadequado, que para se sentir aceito e respeitável cria várias personas que ele julga, irão agradar àqueles com quem convive, em especial às quatro mulheres da história: sua mãe, a ex-mulher, a senhoria e a amante.

Posso dizer que me senti em relação a este livro um pouco como me senti em relação a "Precisamos falar sobre Kevin". O começo foi bem difícil, cheguei a ficar um tanto desinteressada... no caso de "Kevin" quase larguei o livro. Mas ao final, a recompensa de ter vivido uma experiência nova, diferente das leituras habituais, me fez muito mais rica.

Em tempo: recomendo veementemente a resenha da Nanci feita aqui no Skoob.
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