Resenhas - As viagens de Marco Polo

Philippe.Trindade 18/03/2024

Uma ode ao Império Mogol
Sempre fui curioso pela história de Marco Polo e nunca tinha visto NADA. Apenas sabia que ele viveu por volta de 1200 e viajava como mercador.
Primeiro assisti a série Marco Polo feita pela Netflix e fiquei muito triste com o cancelamento dela (mesmo a segunda temporada sendo trágica).
O livro é completamente diferente e em resumo: na primeira parte há uma mini biografia de Marco Polo e como ele termina em uma prisão contando suas histórias para que um Frei que também estava preso pudesse transcrvê-las.
A segunda parte são as histórias e eu peguei UM trecho que me chamou atenção acima dos outros (apesar de o livro ser bem legal e bastante rápido):

"A metempsicose é, como se sabe, uma crença hindu que, provavelmente, foi introduzida na China por volta do ano 65 da nossa era. Segundo ela, quando um homem morre, a sua alma passa para o corpo de outro, mas não para um qualquer. Depende do comportamento que teve em vida o defunto. Se este era pobre e o seu comportamento foi virtuoso, reencarnar-se-á no corpo dum cavaleiro e depois no dum nobre. Se, pelo contrário, era nobre e desfrutou de comodidades, que empregou para o mal, sua alma passará a ser na primeira transmigração a dum homem grosseiro, para acabar na dum cão, animal que é considerado vil e desprezível entre os hindus e os tártaros."

O jeito com que ele lida com a cultura oriental e a apresenta ao leitor (não só a cultura do império mongol, mas também cidades chinesas, indianas e até norte-africanas) vale a penas a leitura.

Riva 21/02/2024

Um viajante sem papas na língua
A experiência dessa leitura para mim foi bem diferente, não li sinopse, não sabia nada sobre o livro nem do escritor, fui ler achando que era uma coisa e era outra kkkk.

É uma leitura mais histórica, apesar dos descontraídos comentários sobre as civilizações e suas caraterísticas. Da pra extrair bastante informação legal e importante sobre a história de algumas regiões da Ásia.

Luana.Linsingen 16/11/2023

Descobertas que persistem
Mesmo hoje, quando julgamos conhecer tudo, podemos nos surpreender. Quiçá à época de Março Polo, ano mil duzentos e bolinhas?
Surpreendente perceber que o que se imaginava animais fabulosos e gentes mitológicas eram, com efeito, animais reais e gentes reais, e que foram extintas.
Por exemplo a águia de roque, o pássaro Rok da Sherezade, era a própria águia-de-Haast, imensa realeza capaz de capturar a igualmente enorme (e também extinta) ave-elefante e pessoas. Essa águia maravilhosa foi extinta há meros 1200 anos, o que implica dizer que estava firme e forte na visita de Marco Polo a Madagascar.
Triste demais ler trechos que relatam "a infinidade" de leões, de rinocerontes, de cavalos selvagens, de elefantes, de peixes e de camelos em locais que hoje sabemos que não existem mais, ou que estão já tão raros.
Curioso ler que havia canibais no Japão.
Lamentável perceber que as guerras inúteis por credos religiosos não mudaram em nada.
Apesar do texto ser preconceituoso com culturas e pessoas em vários trechos, ele é também respeitoso e interessado com outras culturas e pessoas em outros, o que achei bastante louvável da parte do narrador, europeu e branco e àquela época, cujas mentes pareciam ser bem fechadas.
Gostei muito.

Ezequiel.Cesar 22/06/2023

Interessante!
Se deixar de lado o preconceito racial e a intolerância religiosa do autor, sobra algumas partes bem curiosas!

Não tem como exigir muito de um relato de viagem escrito no século XIII. O pior são as passagens onde o autor relata como ?ouvi dizer ?, aí beira ao ridículo de tão exagerada que é.

Mas tirando isso consegue-se ter uma leitura interessante.

Rebeca510 29/04/2023

É só isso
O livro traz informações sobre os lugares que Marco visitou durante suas viagens. E é só isso basicamente

Jonathas dos Santos Benvindo 17/05/2022

Achei muito empolgante a forma como Marco Polo narra suas viagens e a forma como foram divididos os capítulos instiga a continuar lendo. Só não gostei de certas passagens intolerantes a outras religiões que ele demonstrou, mas fora isso foi uma ótima leitura.

Matheus656 16/02/2022

Esperava outra coisa
Aqui então temos Marco Polo narrando geograficamente e culturamente algumas regiões por onde ele esteve. São capítulos curtos, que muitas vezes, parecem se repetir. Muitas vezes ele pega e fala "tal região, eram bons em tal coisa, mas agora falaremos de tal parte", chega em outro capítulo e repete a mesma coisa. Entendo que, para um livro escrito na época, era algo importante, mas a leitura dele hoje em dia, chega ser bem chata e monótona. Talvez um livro de viagens mais atual seja uma boa pedida, por se preocupar mais com narrativa e entregar bem mais sobre lugar, cultura e etc.

Digo 27/11/2020

Interessante mas chato
Não é um livro bom, tá. Em 1280 fazia falta técnica de escrita criativa, ter um protagonista que deseja algo, etc. Às vezes o livro é super interessante, tu vê como se acreditava em feitiçaria, como era o máximo alguém ir até a china, costumes estranhos de povo... Só que por muuuito tempo é um livro de geografia. ?Depois de 10 dias de viagem chega-se ao lugar tal, onde comem tal coisa, cultuam tal deus, o vinho é de arroz, encineram seus mortos, sao tributários do Gran Khan. Agora vamos falar do lugar tal.? E aí TUDO IGUAL DE NOVO, UMAS 40 vezes. Seria melhor assistir uma palestra sobre o livro (tem a da Casa Mundi por exemplo: https://youtu.be/YHRO2K8kZJ0
E foda que eu me sentia obrigado a terminar pra poder contar como mais um na minha lista hahah Alguém me faça o favor de perguntar se eu ja li Viagens de Marco Polo pra eu ficar feliz de dizer que já. Agora vou procurar um livro novo, to louco pra ler algo bom pra variar ????

Dan 29/09/2020

Que delícia de leitura
Uma delicia de leitura. Rapidamente você termina o livro e fica querendo "ouvir mais histórias" do senhor Marco Polo.

leiturasdatita 28/04/2019

As Viagens de Marco Polo
Se eu tivesse que adivinhar o signo do Marco Polo eu diria Sagitário, porque ele adorava viajar. Ele sonhava em viajar com seu pai, e quando atingiu idade suficiente e conseguiu convencê-lo, saiu de Veneza rumo à Ásia, onde explorou vários territórios ricos e muitas vezes desconhecidos para as pessoas da época, vivenciando aventuras e entrando em contato com diversas culturas.

Ana 01/04/2018

Aventuras fantasiosas
Esse livro de Viagens de Marco Polo não é dos meus favoritos, mas mesmo assim é bastante intrigante, pois conta-nos sobre as viagens que o veneziano fez, ou supostamente teria feito, por lugares fantásticos.
Marco Polo escreveu sobre suas viagens em uma época em que muitas pessoas da Europa deixavam correr solta a sua imaginação, e acabavam acreditando em tudo o que lhes contavam sobre locais distantes. Bastava um viajante chegar dizendo que viu um unicórnio, que já se espalhavam os boatos da existência de tais criaturas, como se fossem verdade.
A obra de Marco Polo sobre suas viagens possuem, a meu ver, um grande valor literário. Vale a pena conferir.

Rafaela 16/08/2014

Mágico
Li esse livro na adolescência e a obra atribuído ao mercador veneziano despertou em mim um enorme fascínio sobre o Oriente, seus mistérios, riquezas e belezas. Recordo de um lugar (que não lembro o nome) onde a virgindade das mulheres era desprezada e, quanto mais parceiros sexuais uma jovem tivesse antes do casamento, melhor. Ao chegar um forasteiro na cidade, os pais se apressavam em apresentar suas filhas ao recém-chegado. Em troca do encontro amoroso, os estrangeiros presenteavam as moças nativas com uma joia. Os rapazes do lugar escolhiam para esposa aquela com a mais bela coleção de joias.Convém lembrar que boa parte dos relatos do viajante tem um tom claramente fantasioso, mas perfeitamente compatível com o imaginário europeu da Idade Média.

Braguinha 05/02/2014

Um dos maiores livros do Ocidente.
Um clássico da literatura ocidental sobre um viajante que descreve o incrível mundo oriental, até então um poço de mistérios. Muitos historiadores dizem que Marco Polo inventou todas estas (es)histórias enquanto esteve preso, outros dizem que ele sequer existiu. Mesmo assim, um bom livro sobre fábulas fantásticas. Fica uma certeza: existiam mais coisas no Oriente do que supunham os europeus. Ou Marco Polo conseguia ver coisas que ninguém via? Na capa da edição que li, uma figura que representa o suposto viajante.

Marcos Faria 31/12/2013

Quando eu era criança, Marco Polo era um dos meus herois, talvez o primeiro personagem histórico que para mim era tão fantástico quanto os de ficção. Conhecer o Livro das Maravilhas era um desejo, mas teria sido uma grande frustração se na época eu tivesse lido essa edição do Clube do Livro (1989), “As viagens de Marco Polo”. Aos 10 anos, eu teria achado chatas as descrições repetitivas e sem a aventura que eu teria esperado. Adulto, valeu pela curiosidade de ver o mundo pelos olhos de um veneziano do século XIII, seus valores e o seu recorte da realidade que, de tão peculiar que parece hoje, relativiza a nossa experiência atual da realidade.


site: http://almanaque.wordpress.com/2013/12/31/meninos-eu-li-41/