Freddy Bacus 21/01/2024
Macário
Fenomenal, os clássicos são clássicos... E esse não é nem um pouco diferente. Essa forma de dramaturgia mas não para palco é genial, pois junta a forma dos diálogos sem nenhuma condução com apêndices que colaboram para a narrativa suprema que Álvares de Azevedo cria. Temos o complemento do que a personagem escreveu quando relatou que escrevia, o que é um ganho enorme para a obra. Além disso, as personagens se mesclam, pois um sonha depois o outro, e eles deliram, e não conseguimos acreditar totalmente naquelas personagens, e a forma dramaturgia colabora nesse processo de desconfiança do leitor e das personagens. Foi interessante Álvares dizer que não é uma peça para ser encenada, pois dá outro carácter para a forma do texto e consequentemente para seu objeto. E o conteúdo é espetacular também, dramático, intenso, mórbido e apaixonado. Muito muito bom, fantástico.