The Doors of Perception and Heaven And Hell

The Doors of Perception and Heaven And Hell Aldous Huxley




Resenhas - The Doors of Perception and Heaven And Hell


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Pol 24/07/2023

Clear Vision
Ganhei esse livro de um amigo que assim como eu compartilha do interesse de experiências lisérgicas e embora conhecesse o Huxley pelas ficções e distopias não fazia ideia da existência desses ensaios. Esperava nada e recebi tudo. O primeiro ensaio que ele descreve a experiência que ele teve quando tomou mescalina é sensacional, a descrição de visão e sentimentos que acessou com certos estímulos visuais (consegui associar muitas com uma experiência com cogumelo que tive) e não sendo relevante mas é muito interessante o fato de que o The Doors tirou o nome da banda por causa desse livro. O segundo ensaio não é tão impactante quanto o primeiro por não ser necessariamente sobre a experiência que ele teve mas ser mais sobre os lugares da mente que existem na mente que cultivamos desde muito tempo com todas as outras referências que existiram, os jeitos que as pessoas tinham essas ?visões? sem saber o que era e todo o contexto histórico da existência de ?revelações? e principalmente sobre a arte. Até os apêndices são muito bons trazendo informações que complementam demaisdemaisdemais as informações do livro. Enfim xx
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Elise 12/03/2018

The Doors
Huxley traz reflexões muito interessantes acerca da sua experiência com mescalina, e mais, sobre o uso de drogas no geral e sobre a (in)consciência humana. O que me trouxe ao livro foi, primeiro, descobrir que a banda de rock psicodélico The Doors retirou seu nome da obra. Em segundo lugar, a recomendação de um professor da liga de Farmacodependências, que ministrou uma aula sobre terapias psicodélicas. De fato, há vários termos científicos no livro, mas creio que eles podem ser entendidos sem problemas por qualquer leitor. Os empecilhos da leitura são de outro tipo, na minha opinião - os devaneios excessivos e com muitos detalhes sobre obras de artes plásticas. Não me leve a mal, o Louvre é um dos meus lugares favoritos do mundo, porém acho que as relações traçadas nesse campo não eram tão pertinentes à proposta inicial. Mas qual era a proposta inicial mesmo?
Um dos primeiros pontos que o autor aborda é a relação entre doenças da mente e doenças físicas, de um jeito muito interessante e que não tinha visto ainda na faculdade de medicina. A lógica é: e se uma doença mental (esquizofrenia) fosse devido a uma disfunção química (adrenocromo, composto de degradação da adrenalina) - e essa, por sua vez, fosse devido a um problema psicológico afetando hormônios (no caso, as adrenais e a produção de adrenalina)? Essa conexão foi algo que me fez ter certeza que eu estava lendo o livro certo (e foi algo que me fez aguentar as longas análises sobre pinturas, risos). É muito necessário enxergar a doença como algo completo assim, para que possamos tratá-la de modo eficaz.
Ainda nessa vibe mais bioquímica, Huxley explica que a mescalina atua inibindo enzimas que fornecem glicose ao cérebro - como consequência, a percepção visual é aumentada. Além disso, ele teoriza sobre a "Mind at Large". É basicamente a proposta que temos uma mente e um subconsciente gigantesco, porém nosso sistema nervoso trabalha para inibi-los (pois ficar contemplando, etc, não seria extremamente essencial para a sobrevivência). É a reducing valve. No entanto, com a ingestão de drogas que diminuem a quantidade de açúcar ao cérebro e, consequentemente, sua eficiência em fazer esse bloqueio da mente por inteiro, é possível ter acesso a outras camadas dela. Esse estado pode ainda ser alcançado por outros métodos que não sejam as drogas - um deles é baixar o nível de CO2 no sangue, através da bradipneia. Essa bradipneia poderia ser decorrente de exercícios de yoga ou mesmo se cantarmos prolongadamente (sabia que ia tocar em música eventualmente na resenha! Bj, Jim Morrison). Outras fontes de bradipneia que Aldous menciona ainda são ritos religiosos e mágicos. De qualquer forma, a consequência é, então, a entrada nas experiências místicas e visuais/visionárias da consciência expandida, que, segundo o autor, permitem que o indivíduo se torne mais sábio, porém menos pretensioso; mais feliz, porém menos satisfeito; e, finalmente, mais humilde em reconhecer sua ignorância, porém melhor equipado para perceber a relação das coisas com o mundo.
Mas... será que queremos chegar nesse estado de "expansão da mente" mesmo? O autor me convence que sim. Afinal, se cigarro está ligado a câncer de pulmão e acidentes de carro com motoristas alcoolizados são tão comuns, por que fumamos e bebemos? Ora, porque queremos, de fato, escapar da realidade e porque buscamos algo a mais. Nesse contexto, uma solução factível seria trocar essas substâncias por outras que seriam menos prejudiciais à saúde e à sociedade, numa espécie de redução de danos. É aqui que entraria o papel dos alucinógenos, que causam baixa dependência e tendem a ter efeitos benéficos (não são como o álcool, por exemplo, que deixa a pessoa eufórica e propensa à violência). Na época de Huxley, os experimentos científicos com LSD e afins estavam no auge, porém acabaram sendo seguidos de um período de negligência e estigmatização (muito provavelmente devido à conotação política e de contestação que essas substâncias adquiriram com a contracultura). Mas agora, no século XXI, vivemos a era do "renascimento psicodélico", em que ecstasy (MDMA) é usado para tratar estresse pós-traumático com incrível eficácia. Assim, The Doors of Perception/Heaven and Hell acaba se tornando um livro atual e necessário.
Deco 24/06/2018minha estante
Olá Elise, obrigado pela sua resenha. Acabei de ler Moksha, um livro póstumo, editado pela esposa do Huxley. Sim, é muito atual o assunto da psicodelia hoje em dia, tanto sua aplicação como novo recurso na psiquiatria como um meio de facilitar o acesso ao místico-religioso por parte de nossa sociedade muito esclarecida e individualizada. Um pedido, vc trocaria este livro? Obrigado.




Rigamont 11/01/2022

Vou focar no texto The Doors of perception

Basicamente é um relato de como foi a experiência com o uso de mescalina, daí o nome do texto. É interessante, do ponto de vista científico, ver quais efeitos tais drogas tem sobre o corpo humano

Li a versão em inglês logo posso ter ficado ?lost in translation?
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Lia 16/02/2022

Fantástico
Sempre amarei o Huxley. Nunca deixa a desejar com seus livros ficcionais e com esse não é nada diferente. Ideia elaboradas e inovadoras o livro mostra o universo psicodélico de forma muito clara a partir da experiência que Huxley teve
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bebs 13/03/2023

É um livro essencial
A principio a ideia é analisar o uso da mescalina e os efeitos na consciência humana, contudo, Aldous Huxley vai muito além e traz grandes reflexões e analogias que enriquecem muito a obra. Devo admitir que preferi "The Doors of Perception", pois percebi que, principalmente ao final, a leitura de "Heaven and Hell" pareceu meio puxada e digressiva, não aprofundando pontos tão interessantes como no restante do conjunto. Mas de maneira geral, é uma pesquisa muito bem feita pelo autor, e me fez refletir sobre o uso recreativo de certas substâncias a fim de alcançar ascendência a uma nova perspectiva de mundo, uma visão quase mística do subconsciente. Recomendo muito!
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