Umbigo sem fundo

Umbigo sem fundo Dash Shaw




Resenhas - Umbigo Sem Fundo


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Leandro Souza 28/04/2021

maravilhoso. os personagens são ótimos, o Peter ser o único retratado como não-humano é um detalhe muito bom - aliás, os detalhes da ilustração dessa obra são incríveis. a ilustração, por si, é linda também. e o final é perfeito pra história.
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Menezes 21/09/2009

Complexo mundo de Dash Shaw
Se Retalhos é o quadrinho perfeito para fazer alguém que subestima quadrinhos a se interessar, Umbigo sem fundo é quadrinho para afastar alguém devisado. Longe de ser ruim, é uma história bem simples retratada de maneira complexo pelo jovem Dash Shaw, cujo trabalho também pode ser conferido em www.dashshaw.com, em suas hq's digitais.
Você é lançado de maneira analítica a vida dos Loony, Malucos em inglês, um família que olhando atentamente é muito parecida com qualquer uma. Após um breve passeio naturalista sobre a vida da família, vamos uns 20 ou 30 anos para frente quando as crianças estão grandes e os pais já são avós, para em uma reunião de família ser anunciado a separação do casal que está junto a 40 anos. Cada filho pira de sua maneira, o mais velho realmente surta o cabeção revisitando o passado tentando achar uma explicação para o que ocorre entre o pai e mãe. Claire, a do meio, não dá muita bola a notícia, ela mesmo já se separou (e tudo indica que não superou)e tem que dar atenção a sua filha que sofre as inseguranças da adolescência, mas a melhor história é a de Peter, retratado como um sapo, ninguém nota nele, tanto é que ele acaba se envolvendo com uma moça que acaba de conhecer ao invés de ficar na casa de praia da família. Segundo ele é o “clichê o caçula, que não se encaixa em nada, parece um sapo estranho na família”, o que é genial do ponto de vista formal. Alias a forma é tudo nesse imenso graphic novel de 790 páginas, temos páginas em branco, a descrição de sensações, quadro a quadro com uma minuciosidade incrível, cartas que aparecem no meio da narrativa, incluindo um criptograma e uma conclusão aberta a discussões.
A forma complexa parece uma chave de leitura, pois em sua constituição tudo é explicado em Umbigo sem fundo (alias, você vai ter que decodificar o criptograma para entender o título), a pessoa senta e há um balãozinho escrito (senta), Peter dá os ombros e está escrito (encolhe), assim do começo ao fim, contudo isso é um contraste com as relações humanas que o livro desenvolve, todos estão procurando maneiras de se relacionar, Dennis procurando a relação dos pais no passado, Claire e a filha, Peter e a estranha da paia, Aki (mulher de Dennis), com dennis e o bebê, os pais que enceram um relacionamento sem muita explicação. Tudo isso fica no limbo, porque é inexplicável, e o traço naturalista e minimalista de Dash, acentua essa sensação de estranheza que a história causa. Esse, eu repito, não é uma leitra fácil, a princípio, e uma história que pode deixar um leitor desavisado com uma grande interrogação ao final de sua leitura, mas encarando o monstro, pode-se discutir os muito aspectos da vida que esse texto porporciona.
http:\\metempsicose-metempsicose.blogspot.com
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Marina 08/08/2021

Sensacional
A HQ relata a história de uma família que voltam para a casa dos pais para um final de semana no qual os pais contam aos filhos que vão se divorciar.

Achei um livro muito delicado, realista e que não enrola para chegar no assunto. Achei legal como o autor contou as descobertas e relatou as experiências de cada personagem. Valeu muito a experiência.

Recomendo demais
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egoista 01/10/2009

Menos do que eu esperava
Relendo e relendo o sample até o livro chegar, criei expectativa demais em cima da história. Apesar de suas mais de 700 páginas, o livro passa rápido demais. Porém é algo que nunca vi em quadrinhos, muito diferente e original. Traçados despretensiosos, diálogos sensíveis e às vezes engraçados, personagens cativos apesar de não serem cativantes. Você sente que está assistindo um reality show de uma família em ruínas. Cada personagem tem suas páginas de desenvolvimento e seus anseios e receios são apresentados de forma natural. Não é uma narrativa comum, onde todos os personagens conseguem o que quer e tudo acaba com um desfecho satisfatório, e é isso o que faz o livro algo mais perto da vida real do que qualquer HQ da Marvel ou DC.
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Marcelo 21/03/2010

Uma "novela gráfica" interessante sobre uma familia e seus problemas. Não dá para fazer uma verdadeira resenha sem estragar as várias surpresas espalhadas ao longo de um casamento perfeito entre texto e imagem.
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Djullie 25/12/2020

A melhor HQ que li esse ano sem dúvidas
Eu queria mais kkkkk queria acompanhar a história depois da separação. Mas tudo bem. Ela foi completa e respondeu vários porquês que tinha em mente sobre o enredo sem ser tão na cara. Foi uma leitura gostosa, reflexiva, curiosa e instigante. Queria escrever mais, mas ainda estou digerindo e só sei sentir...
@quadrinsdobatera 27/12/2020minha estante
Deu até vontade de releeer ahahhaha. Bom demais!




Gabriela Couth 02/08/2010

Sempre via a lateral do "Umbigo sem Fundo" nas livrarias, e o seu volume sempre me chamou a atenção. Para mim, um graphic-novel que não acabe rápido sempre tem o seu atrativo. Entretanto, demorei muito, muito tempo para de fato decidir ler "Umbigo sem Fundo": eu simplesmente não entendia como um dos personagens poderia ser um sapo.

Mas foi só sentar com o livro, ter a coragem de abri-lo e ler a sua primeira página para me envolver. Dash Shaw conta a história através dos quadrinhos de uma forma sequencial que faz com que o leitor visualize tudo exatamente como está acontecendo. O drama familiar bem narrado e o personagem Sapo cativam, e quando dei por mim, já tinha lido mais de 300 páginas na livraria. Não parei até terminar de ler tudo, ali mesmo. Mas, como Retalhos, ele é tão bom que me faz querer voltar, comprar e levar pra casa para poder ler mais algumas vezes.
Matheus Cassano 17/02/2012minha estante
A questão do "sapo" foi muito bem pensada.




yomaeli 20/06/2021

Obra criada quando o Dash tinha apenas 23 anos, que consegue expor toda uma família de maneira sincera, humana e cheia de maturidade.

Maggie e David foram casados por cerca de 40 anos e decidiram, agora idosos, pelo divórcio. Seus três filhos, dois netos e uma nora vão até a casa de praia deles e sem cerimônia recebem a notícia.

Dennis é o mais afetado, talvez por sempre ter tido uma relação bem próxima e uma atenção privilegiada. Um homem adulto e já pai que nessa casa de praia se transforma apenas num menino vendo a idealização dos pais casados ser quebrada. Ele passa a agir de maneira quase birrenta, buscando memórias e explicações que elucidem o fim.

Já Claire lida de forma muito natural com a decisão dos pais, junto de sua filha, Jill, pois também já se separou.

O Peter é um dos personagens mais interessantes. Caracterizado como um sapo, elemento que ilustra justamente como é tratado com indiferença pela família, não tem segurança nenhuma quanto à sua carreira ou suas vontades. Sempre é visto como um coadjuvante de sua própria história. Inclusive nem se posiciona sobre essa decisão, ele ganha outros contornos.

"Umbigo sem Fundo" se aprofunda nos personagens de forma concreta, permitindo que eles de fato construam a esfera familiar e que possibilitem nosso olhar enquanto leitor. É claro como cada um é, e é fácil se aventurar em passar esses dias na praia com eles. Também é muito boa a composição da cena, do ambiente, os sons, movimentos, plantas... Tudo.

Uma graphic novel que reafirma pontos importantes: da vida adulta, do final dos ciclos, da complexidade familiar e do manejo das emoções. Eu amei. É bom seguir a dica do autor e ler as partes em doses homeopáticas.
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imapaperguy 19/07/2023

A reveladora reunião familiar de uma família convencional
Dash Shaw produziu essa obra aos seus 23 anos de idade. Umbigo sem fundo, retrata a história dos Loony que no momento estão se reunindo para um ultimo encontro familiar, pois, os pais estão para se divorciar. A partir disso, a história apresenta uma trama com diversos acontecimentos que sobrevém a partir dessa reunião, como já é de se esperar nesses momentos sempre surgem lembranças, acontecem atritos (com uma frequência maior do que o esperado) e novas recordações.

Entrando nos meus 23 anos de idade, percebi que o motivo dessa obra ter sido tão impactante para mim, se deu devido aos fatos e questões sociais que são abordadas pelo autor durante a narrativa, essas são semelhantes às que vivencio no momento em questão, anseios e angústias, forma de entender e enxergar o mundo. Essa identificação facilitou bastante a conexão com a leitura, e ao mesmo tempo que deixou alguns buracos no coração. A HQ foi presente de uma amiga muito querida, que sempre debate comigo os assuntos que acabaram sendo abordados na narrativa, e que nos faz desenvolver diversas construções de ideias.

Ao terminar a leitura, enviei vários áudios para amigos falando sobre o que achei, e como tudo o que li me impactou de uma maneira que eu não esperava. Acontece que, mesmo se eu citar, frisar assuntos ou qualquer coisa do gênero, nada será suficiente para demonstrar a importância dessa leitura, principalmente para jovens adultos, que estão buscando a independência e seu lugar no mundo, ao mesmo tempo que descobrem sobre questões familiares, e já começam a se posicionar. É uma leitura fluida e inquietante, que traz questionamentos sobre coisas tão cotidianas e comuns nos relacionamentos familiares, que no final você se vê parte dos Loony. Indico com toda expressão da palavra, todos deveriam ler.
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Matheus Lins 24/10/2009

http://omegageek.com.br/oneuromancista/2009/10/24/umbigo-sem-fundo/
Umbigo Sem Fundo é uma (grande) amostra da genialidade de Dash Shaw, que, com meros 23 anos, deu cria a uma das graphic novels mais complexas, instigantes e brilhantes desta década – quiçá da história dos quadrinhos.

David e Maggie, os patriarcas da família Loony, após quarentas anos de casório e três filhos, decidem se divorciar, alegando, laconicamente, que simplesmente não se amam mais, o que impele a uma última reunião familiar; Dennis, o filho mais velho, recebe a notícia com espanto e indignação, tornando-se obcecado em entender os motivos para a separação, contrastando com a aparente apatia com que Claire - a filha do meio, divorciada e com uma filha à beira da adolescência – e Peter, o caçula, reagem ao fato.

Ao longo das 720 páginas que constituem a HQ (como eu disse, grande amostra), Shaw disseca a dinâmica familiar dos Loony, explorando como essa ruptura abrupta no gênesis familiar repercute em cada um dos seus membros e como a situação obriga os personagens a lidarem com os seus próprios traumas e temores.

Para esse fim, Shaw recorre a recursos estéticos peculiares aos quadrinhos, explorando todas as possibilidades narrativas que o gênero oferece, como uma diagramação “orgânica” que se molda às exigências dramáticas das cena; painéis que se mergem para representar ações contínuas; onomatopéias que, ao invés de representarem sons abstratos, têm finalidades descriticas etc.

O seu domínio precoce na técnica e na forma de se fazer quadrinhos remete de certa forma ao mestre Alan Moore, que também inovou a linguagem do meio através de Watchmen. É possível inclusive traçar certas influências, como a utilização, em ambas as obras, de excertos de jornais/diários, visando a transmitir informações ao leitor que não poderiam ser obtidas de outra maneira.

No Brasil, a publicação do título pela Quadrinhos na Cia coincidiu com a vinda do autor ao país, que marcou presença tanto na XIV Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, quanto numa sessão de autógrafos e bate-papo em São Paulo, acompanhado pelos gêmeos Gabriela Bá e Fábio Moon.
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Martha Lopes 24/04/2010

Sobre o livro
David tinha o umbigo para fora. Maggie tinha o umbigo para dentro. Juntos, o encaixe era perfeito, até o dia em que o amor acabou. A separação do casal, junto há 40 anos, é o ponto de partida para "Umbigo sem Fundo", de Dash Shaw, história em quadrinhos que discute os meandros de um divórcio e os problemas particulares de uma família.

Quando os pais decidem se separar, os filhos Dennis, Peter e Claire vão visitá-los. Claire leva Jill, sua filha, fruto de um casamento mal-sucedido. Dennis carrega a esposa Aki e seu bebê. Peter chega sozinho -- e permanece assim em boa parte da trama.

A matéria completa está em http://www.colheradacultural.com.br/content/20091027235009.000.4-M.php
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rroncato 11/04/2011

Para a posteridade
Perfeito, maravilhoso. Melhor do que Retalhos! Um clássico no melhor dos melhores sentidos da palavra!
Djullie 25/12/2020minha estante
Melhor que retalhos sim kkkk




Livrogram 21/10/2012


É, sim essa é a graphic novel que fez com que o mundo dos quadrinhos me ganhasse definitivamente e para sempre. Uma prova do quanto essa linguagem pode ser densa. A história é simples, uma família se reúne na casa dos pais que após 40 anos de casados resolvem se divorciar. A história é dividida em três partes e foi impossível para mim seguir a recomendação do autor: dar um tempo entre a leitura de cada uma delas. A calma é mesmo necessária para que nenhum detalhe escape, as descrições minimalistas nos situam perfeitamente no espaço e os desenhos mostram de uma maneira muito sutil o ponto de vista dos personagens. Existe uma ingenuidade cortante em todos eles, que vivem momentos solitários de suas vidas ao mesmo tempo que, nessa curta semana, relembram o passado, quando viviam juntos, e pensam em seus pais que já no fim da vida percebem que deixaram de se amar.
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MiojoGeek 11/05/2017

Resenha Miojo
#umbigosemfundo de #dashshaw foi escrito quando ele tinha 23 anos, isso me impressiona, pois de forma madura e divertida, o autor conseguiu transformar um drama familiar, em algo envolvente e belo. Depois de 40 anos casados, Maggie e David Loony decidem se separar. Vivendo isolados do resto da família em sua casa de praia, eles resolvem reunir seus filhos e os colocar a par da situação. O que se segue depois disso, pode-se considerar um épico familiar. Individualmente, todos os personagens são bem desenvolvidos e a complexidade de cada personalidade, e o motivo de cada um ser como é, são o reflexo do passado narrado aqui. Denis, o filho mais velho, fica obcecado com a repentina separação anunciada, e tenta de todas as formas buscar a origem da falta de amor entre seus pais fazendo um parelelo com sua própria vida. Claire, a filha do meio, aceita super bem, demonstrando apenas ter uma super preocupação com sua filha adolescente Jill. Peter, o caçula, é representado por um personagem caracterizado de sapo, isso metaforicamente ilustra a indeferença com que é tratado pelos outros membros de sua família. Nesse ambiente de reunião familiar à la Os Excêntricos Tenenbaums, eles vão se redescobrir como família e repensar o que é ser família. Esse quadrinho é simplesmente excelente. Desenhos maravilhosos, recortes de cenas dinâmicos conferindo aos quadros sutileza, sem perder o ritmo. Acabamento muito bom dado pela #quadrinhosnacia , diálogos divertidos e inteligentes, e um final corajoso. Facilmente já entrou no meu top 10 de quadrinhos favoritos. Minha nota é 10/10 porque é máximo. Compre e leia pra ontem se você não leu ainda.

site: https://www.instagram.com/p/BPt24_XASSv/?taken-by=miojogeek
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