Umbigo sem fundo

Umbigo sem fundo Dash Shaw




Resenhas - Umbigo Sem Fundo


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Livrogram 21/10/2012


É, sim essa é a graphic novel que fez com que o mundo dos quadrinhos me ganhasse definitivamente e para sempre. Uma prova do quanto essa linguagem pode ser densa. A história é simples, uma família se reúne na casa dos pais que após 40 anos de casados resolvem se divorciar. A história é dividida em três partes e foi impossível para mim seguir a recomendação do autor: dar um tempo entre a leitura de cada uma delas. A calma é mesmo necessária para que nenhum detalhe escape, as descrições minimalistas nos situam perfeitamente no espaço e os desenhos mostram de uma maneira muito sutil o ponto de vista dos personagens. Existe uma ingenuidade cortante em todos eles, que vivem momentos solitários de suas vidas ao mesmo tempo que, nessa curta semana, relembram o passado, quando viviam juntos, e pensam em seus pais que já no fim da vida percebem que deixaram de se amar.
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rroncato 11/04/2011

Para a posteridade
Perfeito, maravilhoso. Melhor do que Retalhos! Um clássico no melhor dos melhores sentidos da palavra!
Djullie 25/12/2020minha estante
Melhor que retalhos sim kkkk




Martha Lopes 24/04/2010

Sobre o livro
David tinha o umbigo para fora. Maggie tinha o umbigo para dentro. Juntos, o encaixe era perfeito, até o dia em que o amor acabou. A separação do casal, junto há 40 anos, é o ponto de partida para "Umbigo sem Fundo", de Dash Shaw, história em quadrinhos que discute os meandros de um divórcio e os problemas particulares de uma família.

Quando os pais decidem se separar, os filhos Dennis, Peter e Claire vão visitá-los. Claire leva Jill, sua filha, fruto de um casamento mal-sucedido. Dennis carrega a esposa Aki e seu bebê. Peter chega sozinho -- e permanece assim em boa parte da trama.

A matéria completa está em http://www.colheradacultural.com.br/content/20091027235009.000.4-M.php
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Cilmara Lopes 21/05/2016

Um quadrinho excepcional!
Dash Shaw tinha apenas 23 anos quando escreveu e desenhou esse épico familiar, moderno e cheio de reflexões.
Família, é uma temática que gosto muito, então tenho muito receio de pegar um filme ou literatura que me desagrade. Mas, fui plenamente surpreendida, comprei por curiosidade e estou muito contente de ter apreciado cada página.
Logo no início dá 2 advertências:
1 História em quadrinhos proibida para crianças;
2 Três partes- Faça uma pausa em cada uma;
Somos apresentados a família "Loony", 5 pessoas, após 40 anos casados, o Sr. e Sra. Loony decidem se separar, os 3 filhos já crescidos nao sabem muito bem como agir ou até mesmo como se sentir numa situação dessas. Os pais reúnem a família para contar a decisão do divórcio. E na antiga casa que cresceram, cada filho age de uma forma diferente, o mais velho, Dennis, nao aceita de forma alguma essa separação dos pais, a do meio, Calire se conforma, assimilando com o próprio divórcio ocorrido á pouco tempo e o mais novo Peter, bom...ele não sabe o que sente, ele representa o lado disfuncional da família, o caçula que sempre foi meio que deixado de lado, e todos dizem que não o entende, mas ninguém procura entendê-lo. E é nessa reunião familiar que o enredo se desenrola de forma muito humana e cativante. Dash Shaw consegue frisar ações que mostram as nuances do psicológico dos personagens, de forma intrigante e inteligente.
Lembre-se "Nos Lonny Buraco Negro, cada membro é uma entidade flutuante e separada dos outros membros. Uma não família." (e toda família no fundo não acaba sendo assim?)
Uma narrativa envolvente, verdadeira e bem dinâmica. Você termina 720 páginas rapidamente, pois a leitura é bem fluída e arte bem produzida.
Melhor quadrinho do ano (nessa temática), por enquanto!
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Mila F. @delivroemlivro_ 07/06/2016

Que Impressionante!
A Graphic Novel é dividida em três partes e a proposta e recomendação do autor logo na primeira página do livro é que o leitor faça uma pausa entre cada parte. É uma proposta maravilhosa, pois proporcionaria uma reflexão ao que foi exposto na parte lida, no entanto, o difícil é conseguir pausar a leitura, pois cada quadrinho tem uma cadência tão fluída que lemos tudo num piscar de olhos sem ao menos sentir.
Li de um fôlego só, mas quando fui reler fiz como o autor sugeriu e li uma parte por dia. Foi bem interessante seguir a experiência. Vale a pena frisar que Umbigo Sem Fundo não é um quadrinho infantil, pelo contrário, é uma Graphic Novel cujo público alvo é o adulto.

Umbigo Sem Fundo tem como trama a reunião da família Loony após os patriarcas, Maggie e David, anunciarem o divórcio após 40 anos de casados. Todos estão numa casa de praia e vão lidar com o anúncio de separação das mais variadas formas, no entanto são formas individualistas e egocêntricas e não é possível em momento algum notar a união familiar, porque todos os membros da família se sentem deslocados ao conviverem juntos. Dash Shaw vem trabalhar muito bem a personalidade e os problemas familiares de cada um dos membros da família, sobre tudo dos três filhos do casal: Denis, Claire e Peter.
É impressionante poder ver como cada um dos filhos encarou a separação dos pais de forma bem diferente. O que mais entrou em choque foi Denis (o filho mais velho, que já tem uma família), ele começa a vasculhar baús antigos, cartas dos pais para tentar entender porque após 40 anos de casados seus pais decidiram se separar.

Para mim, Denis é o personagem mais paranoico em relação a situação e eu achei um pouco exagerado as ações e atitudes do personagem, sobretudo por ele já ser um homem maduro e ter a própria família. Confesso que isso me deixou um pouco chateada, mas depois eu fiquei imaginando: Denis tem o direito de sofrer com a situação e tem o direito de lidar com ela de sua forma. Foi isso que o personagem fez. Ele não entendia, apenas queria entender. Achei-o cheio de insegurança e talvez com medo de que o mesmo destino estivesse sondando sua família (esposa e filho).
Também temos a filha do meio, Claire, que não vê muito problema na separação dos pais - age de forma indiferente - até porque ela própria é separada do marido e está bem mais preocupada com sua filha adolescente, Jill, do que com os problemas de seus pais.

Por fim tem o filho caçula, Peter, que também já é um homem formado, mas age como um adolescente inseguro e isolado de tal forma que não se sente parte da família Loony, é como se ele vivesse em seu próprio mundo e não está nem aí para a separação de seus pais, de tal forma que a própria representação do personagem pelo quadrinista foi feita com um rosto de sapo, como Peter fosse de outra raça, outra espécie e não um Loony.
Na minha primeira leitura de Umbigo Sem Fundo fiquei mesmo incomodada com algumas das atitudes dos personagens, mas na leitura posterior - e pausada - pude visualizar que, como personalidades diferentes, independente da idade e do sexo, eles embora fazendo parte da mesma família tiveram uma vida e uma criação diferente e muito individual, sem muito carinho e aproximação, portanto cada um deles tem seus traumas e a notícia da separação dos pais foi o estopim para uma infinidade de sentimento.
Sem dúvida alguma, Umbigo Sem Fundo, foi uma leitura impressionante e, diferente de outros quadrinhos que já li, ele só pode ser melhor compreendido numa segunda leitura, fazendo pausas e refletindo sobre cada parte. Na verdade, esta Graphic Novel é surpreendente não só pelo que está escrito/desenhado, mas muito pelo não dito e exposto.

site: www.delivroemlivro.com.br
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Who's Thanny 08/04/2016

"Épico" familiar
Umbigo sem Fundo centra-se na história da família Loony, que após anos separada, se vê obrigada a se reunir novamente. O acontecimento que delibera essa reunião é a separação, repentina para os personagens, do patriarca (David) e matriarca (Maggie) da família após 40 anos de casamento. Logo Denis (filho mais velho), Janie (filha do meio) e Pete (filho mais novo) são imersos em novos e velhos dilemas, obrigados a refletir sobre o que viria a ser o conceito de família para cada um deles, juntamente com projetos e aspirações que nem sempre se concretizam. Denis rejeita de todas as formas a separação por acreditar piamente em um conceito mais tradicional de família, enquanto Janie e Pete encaram essa tomada de decisão de seus pais de uma forma mais compreensiva, buscando apenas tentar entender as motivações que os levaram a tomar uma decisão tão ponto sem retorno.

Um ponto bastante interessante na obra é que Pete é o único personagem que é antropomórfico, possuindo uma cabeça de sapo e usando sempre luvas brancas, com aquele ar cartunesco e debochado das grandes animações dos anos 60. O que traz um certo contraponto à própria personalidade do personagem, que para além de ser o mais novo dos irmãos, é o que menos se enquadra nos padrões normativos ao qual seus irmãos se encaixam. Estudante de cinema, tímido, usuário de THC, questionador, alguém que sempre se sente menor do que o é, com baixa auto estima, inseguro, humano.

Janie meio que representa o quão difícil é ser mulher até mesmo dentro de um lugar fraternal como é a família. Em todos os momentos ela é questionada por seu irmão mais velho sobre o porque de sua separação e apesar da mesma afirmar os motivos, existe uma premissa de desqualificação de seus argumentos que são entendidos apenas como uma espécie de sublimação do seu sofrimento. Fora que Janie acaba se tornando uma espécie de mãe solteira, já que seu ex-marido não assume as responsabilidades de pai, impondo a mesma assumir mais responsabilidades na criação de sua filha adolescente Jill, que passa por aqueles dilemas e problemas comuns a maioria dos adolescentes, inclusive esse que vos escreve se identifica com vários.

Denis, irmão mais velho, nos parece ser o representante dos ideias conservadores da família, assim como dos papéis assumidos por cada um a partir de hierarquias de gênero, idade e etc. Desempregado, vê-se em uma crise existencial, após o anúncio da separação de seus pais, dando a entender que o casamento dos mesmos era o único elemento que ainda sustentava a sua maneira de enxergar as coisas. Ele se vê na responsabilidade de evitar com que a família, que nunca foi lá muito unida, se esfacele, impondo muitas vezes valores que são só seus. Isso fica muito evidente na relação dele com sua esposa.

David e Maggie apesar da separação, o que causa bastante desconforto em Denis , vivem muito bem e dividem entre si um respeito e um afeto enorme. Não apenas pelo fato de resolverem se separar que o respeito e o afeto que fora construído pelos mesmos tem que ruir. Essa relação é um dos pontos positivos da obra, e um dos pontos que mais causa estranhamento, até mesmo para quem lê a narrativa.

No final os Loony são um família. Entre brigas e desavenças, eles acabam sempre ficando juntos, ou em algumas vezes ensinando respeito a opiniões e valores diferentes dos seus. O que fica bastante evidente em Umbigo sem Fundo, é que Dash Shaw constrói um épico familiar não com o intuito de nos apresentar uma resolução ou um final feliz a um problema, muito menos uma projeção de um modelo familiar perfeito, mas pra demonstrar o que há de mais real nas relações sociais: o conflito. E como muitas vezes o caminho compreensivo é bem mais gratificante que simplesmente a imposição de uma única visão. Indico com toda certeza a leitura dessa Graphic Novel, que possui 720 páginas, sendo divida em três partes durante o período de mais de 2 anos. Apesar do tamanho que pode gerar medo em alguns leitores, a narrativa é bastante palatável e com um gosto de quero mais, que consequentemente transforma o litígio de tanta informação em um processo lúdico e dinâmico.

site: http://whosthanny.com/umbigo-sem-fundo-dash-shaw
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@quadrinsdobatera 21/08/2017

Genial!
Que trabalho delicado, atencioso e verdadeiro!
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Fraga 11/09/2015

Esse quadrinho me pegou pelo coração, amassou, jogou na parede, martelou, me jogou no chão, pisou em mim e eu quero mais T_T
É lindo, eu não consigo fazer uma resenha objetiva, desculpa... uau, foi muito, muito foda, eu só quero deitar em posição fetal e digerir essa leitura.
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Dude 14/08/2019

Recomendo
Não dá para largar essa história sobre a vida como ela é.
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spoiler visualizar
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MENINALY 05/07/2013

FANTASTICO!
Umas das melhores HQS que já li....Emocionante do começo ao fim. Um retrato do "ser" família, perfeito! Li rápido apesar das 720 paginas (não da vontade de parar de ler). O desenho é incrível, cada detalhe que te deixa de boca aberta.
Recomendo muito!!!!
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Gláucia 15/06/2015

Umbigo Sem Fundo - Dash Shaw
Porque algumas coisas precisam de explicação.
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Gabriel 28/11/2014

Linda HQ. Obra-prima.
Dash Shaw, aos seus 23 anos, escreveu e desenhou um livro digno de mestre, cheio de sutilezas emocionais permeado por um toque de humor sutil porém orgânico, nesta gigantesca história em quadrinhos de 720 páginas. Trata-se de uma excelente crônica familiar. A história em si é bem simples, e em 200 páginas se poderia desenvolvê-la com início, meio e fim. Mas se assim procedesse, ele jogaria fora o que sua obra tem de mais bonito, que é a poesia das situações, a análise pormenorizada do esfacelamento familiar digna, em muitos momentos, de filmes de Ingmar Bergman (a relação de Dennis com seus pais, sua natureza questionadora, conflitiva e atormentada em busca de respostas, me fez pensar nos embates entre mãe e filha em Sonata de Outono, filme do mestre sueco), retratando a individualidade de cada ente daquela família, individualidade esta que faz com que, a medida em que cada um tenta traçar a sua história, viver sua vida, mais afastados fiquem um dos outros. Ainda assim, ao final, sentimos uma esperança de que aquela família vai ficar mais unida de algum modo a partir de então, mas essa esperança é algo que fica em nossa mente, podendo muito bem ser falsa.
Umbigo sem fundo conta a história da família Loony (que remete a tolo, imbecil, idiota, em inglês), composta por David (o pai), Maggie (a mãe), e seus filhos Dennis, Claire e Peter. Essa é a primeira geração da família, retratada brevemente no início da HQ de maneira muito concisa e bem humorada. O início serve como um contraponto ao restante da história, pois tem o intuito de mostrar a diferença na dinâmica familiar em duas épocas distintas (e para mostrar que a personalidade de algumas pessoas evoluem muito mais que as outras). Logo em seguida, Shaw insere na segunda geração a esposa de Dennis (Aki e seu filho, ainda bebê) e a filha de Claire (Jill). Peter ainda não possui namorada nem filhos. E então, na fase adulta, cada um em seu canto no mundo, se reúnem novamente na casa de praia da infância para que seus pais façam um comunicado: após 40 anos de casados, David e Maggie, muito idosos, resolveram se divorciar, pois não se amam mais. A partir desse motivo, Dash Shaw explora seus personagens e suas atitudes após esta bomba com um olhar analítico, mas ao mesmo tempo, emocional. As pessoas reagem de modo diferente às situações. Como você reagiria a esta notícia? Entraria em busca de respostas e motivos concretos para a atitude de seus pais, como faz Dennis? Encararia calmamente a situação, como faz Claire? Se afastaria cada vez mais, como faz Peter?
Ao longo das páginas, nos envolvemos nos dramas de cada um dos personagens, criamos empatia e compaixão para com eles, mesmo quando percebemos o quão ridículos e imaturos eles estão sendo. Por exemplo, cito Dennis, obcecado em busca de respostas e ridicularizado de uma maneira implícita por simplesmente não aceitar a decisão dos pais, dá uma de detetive em uma investigação sem sentido ou futuro. Então, o que temos que analisar não são as ações dele, mas como elas representam sua psicologia, os sub-textos. Eis um exemplo de um diálogo muito interessante:

"Dennis: Não tem como explicar porque não faz o menor sentido! Porque só eu me preocupo com isso? Vocês não estão nem aí!!
Claire: Dennis, você sabe que isso é assunto DELES. Nós somos adultos agora.
Peter: É, a gente não é mais criança, de graças de estar acontecendo agora e não antes.
Dennis: NÃO, NÃO. NÃO!!!! Eu tenho INVEJA das crianças com pais separados. Elas são mimadas, vão ao psicólogo. Elas PODEM ficar tristes. Todo mundo aceita, até ENCORAJAM. Mas EU NÃO POSSO ficar triste? Porque aí vocês ficam me OLHANDO e acham que estou EXAGERANDO! Vocês não percebem que tudo isto é uma merda?"

Em relação aos traços, o HQ é simples, não busca a estilização. No entanto, não deixa de ser minimalista. A quantidade de quadros que ele usa para retratar uma cena aparentemente sem importância, como quando Aki tenta forrar a cama, mas não consegue, ou quando Peter vai fazer sexo pela primeira vez, serve para mostrar sutilezas nas expressões faciais, nas emoções. Em outros momentos, os quadros são usados para fazer rima poético visual interessante, por exemplo, quando ele usa, no início, um quadro por página para falar sobre os tipos de areia, e outra série, no fim, sobre os tipos de água. Areia e água: dois símbolos que unem aquelas pessoas, num aspecto memorialístico.
Umbigo sem fundo é uma obra-prima, cujo único pecado é a escolha de Shaw de escrever cada movimento (SENTA, COÇA, ESFREGA), mesmo quando ele está bem representado no quadro, e o fato de alguns personagens exclamar "Rá" tantas vezes. Mas é uma história envolvente e tocante. Vale a pena ser lida. É um reflexo de tantas famílias esfaceladas nos dias de hoje, das pessoas cada vez mais desapegadas de suas raízes.

Mais resenhas:

http://oquadropintadodecinzas.blogspot.com.br/2014/02/em-umbigo-sem-fundo-dash-shaw-tras-uma.html
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Gabriel Farias Martins 20/12/2021

É ótimo poder ver o divórcio de outras perspectivas.
O autor diz para fazer uma pausa pra cada final de capítulo, mas não é possível, li tudo tão rápido, e com certeza vou reler.
A história mostra diversos pontos de vista e formas de lidar com uma separação.
Nunca é tarde para ser livre
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