O Diamante do Tamanho do Ritz e Outros Contos

O Diamante do Tamanho do Ritz e Outros Contos F. Scott Fitzgerald




Resenhas - O Diamante do Tamanho do Ritz e Outros Contos


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Azenath0 12/04/2024

Um diamante que é brilho, espelho e reflexo
Comecei a ler o livro no ônibus a caminho da faculdade, sem muitas surpresas, crente de que logo ia abandonar a leitura por outra mais interessante. Me enganei: no caminho de volta, reli todo o começo do conto "O diamante do tamanho do Ritz" e me deparei com exatamente uma mesma frase que ouvi na aula. A partir dessa feliz e estranha coincidência, a leitora hesitante e cautelosa que há em mim foi substituída pela leitora voraz, adormecida na época de minha adolescência.

É perceptível nas histórias de Fitzgerald as críticas sociais e reflexões inerentes a elas, mas acho que a leitura de cada conto tornou-se cativante e envolvente para mim porque, além de bem construído, os personagens e enredo são capazes de se conectar, de alguma forma, com nossos pequenos e secretos pecados do cotidiano, com aquela versão de nós mesmos que é facilmente refletida no orgulho de Berenice, na vaidade de Marjorie, na ambição de Sally Carrol ou na ganância de John. Conseguimos nos imaginar no lugar deles, fazendo o que eles fariam - ou, pelo menos, entendendo o que fizeram ou relembrando coisas que já fizemos parecidas -, assim como a natureza dos seus desejos que são puramente humanos.

Assim, a escrita de Fitzgerald capta o denso, primitivo e visceral com sofisticação, imaginação e humor. Ela me conquistou justamente pela transparência e sinceridade que sinto carregar em si mesma por refletir os dilemas de, certo modo, próprio autor, presentes tanto em sua época e contexto quanto na atualidade, o que a torna atemporal. Consigo facilmente visualizar uma moça no mesmo lugar em que estive, nas próximas décadas, talvez na volta para casa como eu: lendo o livro, deixando-se ser lida por ele e gerando significados que ligam-se com a sua subjetividade e contexto para as cenas, sem que pareçam sem sentido, distantes da realidade ou mortas. De algum modo, Berenice, John e Sally ainda parecerão vivos à sua forma, espelhando anseios juvenis, dúvidas e diálogos.
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honnegeyserzznn 31/08/2022

MUITO BOM
Segundo livro do Fitzgerald que leio e O CARA MANDA MUITO BEM, são histórias inicialmente sem um fundamento tão concreto, mas facilmente ele consegue dar sentido a tudo e fazer dar certo! Me perdi um pouco no final do primeiro e do segundo conto?PORÉM me encantei mais uma vez com a escrita, principalmente com as descrições sobre personagens e lugares, extremamente bem narrado! Meu conto favorito com certeza foi ?Bernice corta o cabelo? achei FODA demais, queria que o Warren tivesse ficado com a Bernice so?.ele agiu bem cuzao no final?..ENFIM ótimo ótimo e ótimo!
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duda202 09/01/2022

Bernice corta o cabelo é o melhor
Gostei bastante de "Bernice corta o cabelo" dei 4?, "O diamante do tamanho do Ritz" foi bom mas algumas partes foram bem chatas então dei 3? e "O palácio de gelo" foi uma montanha russa então dei 2.5?
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Tevo 02/07/2021

Contos de Fitzgerald...
Gosto bastante do autor e das críticas à alta burguesia americana. Sempre me faz refletir sobre questões como a necessidade de status, poder e dinheiro. Boa obra!
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Lilian 09/05/2021

Fitzgerald explora relações sociais em situações limite
Os contos neste livro mostram o comportamento das pessoas, seus preconceitos, sua obsessão pelo poder, pelo dinheiro e por destacar-se socialmente (...).

No primeiro conto "O diamante do tamanho do Ritz" o ponto é induzir o leitor a imaginar o que a riqueza sem limites poderia influenciar o comportamento das pessoas: seja de quem possui e não quer perder, seja de quem quer tomar parte da riqueza para si.

No segundo conto "Bernice corta o cabelo" o tema ao invés de riqueza é o posto de centro de todas as atenções dentro dos limites de um grupo social. De novo: o autor explora quais os limites e até onde vai (quais os limites que são transpostos) para manter ou alcançar uma determinada posição social.

No terceiro e último conto "O palácio de gelo" a questão fica entre a vontade de conhecer uma cultura e um lugar diferente e o enfrentamento dos conflitos e a incompatibilidade dos diferentes comportamentos.
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@somegood.books 15/01/2021

Fitzgerald sabe como construir uma história ??
Quando me deparo com autores que permanecem sendo apreciados décadas depois de terem partido, por obras escritas em contextos completamente diferentes do nosso, que inclusive muda todos os dias, sempre me surpreendo.

Eu começo encantada com algumas resenhas e trechos, mas sempre com o pé atrás, pensando se não é exagero, se não é um endeusamento assoberbado dos artistas em questão, mas sempre me surpreendo. Com Fitzgerald não foi diferente. Me apaixonei, confesso, e sigo feliz por conhecer mais algumas obras suas.

Esse livro reúne 3 contos curtos e espetaculares, especialmente o ?Bernice bobs her hair?. É impressionante como em poucas páginas, apenas 50 ou até 30 em um dos casos, o autor consegue construir uma aura glamourosa, irônica e cativante. É um talento raro, ?tão espontâneo como o desenho que o pó faz nas asas de uma borboleta?, como bem disse Hemingway anos atrás. É um privilégio enorme poder ler um autor assim. ?
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Laís 15/02/2020

De tudo que já li de F. Scott Fitzgerald, este livro foi o menos interessante. Mas nem por isso deixaria de recomendar. Me assustou o tamanho do livro, minúsculo e fininho.
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Franco 28/10/2012

São três contos. O destaque, que parece inevitável, fica com o primeiro, escrito com um quê de ficção científica, e digna de figurar entre os top's do gênero.

Já os outros dois são mais o estilo Gatsby, com aquele jeito incrível que Fitzgerald tinha de criticar uma época e suas pessoas, uma crítica precisa, mas não pesada; eficiente, mas não obscena; agradável de ser lida, e nem por isso esvaziada de conteúdo. Aliás, o tipo de crítica presente também no primeiro conto.

Livro bom, curto, e ótimo para se adquirir ainda mais interesse por tudo que o autor já escreveu.

Kelly 07/09/2016minha estante
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robertablo 29/03/2012

Muito bom!
Como é meu primeiro Fitzgerald, não sei comparar este livros com os outros, mas posso dizer que é muito bom!

Pela fama de grande escritor, esperava um livro pesado e complexo, mas me enganei. A narrativa é firme e certeira, mas também suave. Não há grandes partes sobre reflexões nem exageros de adjetivos/descrições. Tudo me pareceu na medida certa.

E cada conto é especial e marcante por seu motivo. Estou em dúvida se gosto mais do "Bernice corta o Cabelo" ou o "Palácio de gelo".
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Cela 17/08/2011

O conto que dá título ao livro é muito bom. Uma ficção que chega a nos fazer pensar o quão imbecil é o modo de vida de quem tem uma riqueza tão grande que sequer arrisca mostrar isso para o mundo.

"Bernice corta o cabelo" foi o meu favorito. Um conto sobre uma prima popular tentando ajudar a prima bobona a se dar bem com os meninos nos bailes. O final me surpreendeu de forma positiva.

Por fim, "O palácio de gelo" é o mais sem sal dos contos, mas continua sendo bom. A história de uma menina do sul dos EUA e se prepara para casar com um nortista.

Foi minha primeira leitura de um livro de Fitzgerald e fiquei encantada. O autor retrata a juventude rica dos anos 20 de forma realista, já que viveu em meio dela. Recomendo!
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