Sagarana

Sagarana João Guimarães Rosa




Resenhas - Sagarana


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raviiiiii 10/04/2024

É uma leitura complicada, devido ao seu vocabulário muito específico, mas foi uma experiência muito interessante para mim. No começo do livro, queria entender toda palavra que desconhecia, mas ao longo da leitura percebi que não havia como, e que talvez uma intenção do autor foi mostrar ao leitor o quanto este é ignorante perante o mundo do sertão mineiro; isso não por causa de uma arrogância de Guimarães Rosa, mas como uma maneira de tornar o leitor a respeitar aquilo que desconhece e que, muitas vezes, menospreza, no caso do sertão mineiro.
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Luís Gustavo 31/03/2024

Relido mais de 10 anos depois
Agora que eu reli esse livro, depois de mais de 10 anos de ter lido no Ensino Médio, eu entendo o motivo de ter sido um parto a leitura na época e, também, entendo o motivo de ser uma leitura para vestibular!

São nove novelas que tratam de diferentes temas do interior de Minas Gerais, com muito vocabulário da região e muitos neologismos.

Eu li com bastante calma, e procurando uma palavra ou outra mais frequente, pra entender um pouco melhor da história.

Muito bom!
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booksdalaus 28/02/2024

Sagarana
"Sagarana" traz cenários e personagens típicos do interior do país, mais especificamente do sertão de Minas Gerais. A linguagem inventiva do livro é outro aspecto que distinguiria para sempre o autor no campo da literatura brasileira. Ao mesmo tempo em que incorpora fragmentos essenciais da oralidade sertaneja, pescando regionalismos e recuperando antigas expressões de linguagem do sertão, Rosa inova com a criação de neologismos cuidadosamente lapidados. Dentre os nove contos que fazem parte do livro, destacam-se os célebres ?A hora e vez de Augusto Matraga?, ?Conversa de bois? e ?O burrinho pedrês?
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Jorlaíne 26/02/2024

Semelhante a uma saga
A obra tem 9 contos que representam a vida do sertão de Minas Gerais.
Mistura o cotidiano do jagunço e do sertanejo com o fantástico e o lendário local.
Os costumes, as crenças, os comportamentos e os preconceitos estão presentes no falar e no agir de cada personagem.
A linguagem é o grande diferencial da obra. Não é fácil de entender se você não faz parte desse contexto.
Amei alguns contos como a volta do marido pródigo e duelo. E outros foram bem cansativos e difíceis pra mim.
Mas, no geral, estou bem feliz por começar a entender esse universo do autor.
A leitura de GR é um grande desafio!
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Anna.Julia 17/01/2024

O livro da minha vida. leitura envolvente e brilhante como guimaraes rosa. lindo, tocante e emocionante.
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Cachamorra 08/01/2024

A Saga dos semelhantes...
Sagarana é um neologismo que podemos interpretar com a frase título dessa resenha. O livro é uma coletânea de nove novelas escrita em idos de 1940 (1946). Esse é um dos primeiros livros regionalistas e até onde pesquisei tem.um caráter universalista e, sim, isso está nas páginas do livro.

Dito isso, as novelas aqui tem um tom muito sertanejo. 'O Burrinho Pedrês' é uma das novelas que mais me pegou aqui, porque é um grupo de vaqueiros contando casos ao longo de uma viagem. A paisagem e o espírito das personagens são narrados com primor.

Depois dessa novela, acho que "Duelo" merece menção pela qualidade da narrativa regionalista e por trazer o sentido de Sagarana, um Duelo entre o Bem contra o mal e tudo o que isso representa.

O livro cansa. Eu mesmo abandonei ele duas vezes e só terminei agora em momento de férias. Mas, mais por não estar acostumado com o regionalismo retratado. Depois que entendi isso, retomei com mais gosto a obra.

Vale a pena a leitura.
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Milena 04/01/2024

Sagarana
Histórias dentro de histórias, nomes de todas as coisas por todos os lados, detalhes ao ponto de que você consiga sentir o cheiro do que se passa no livro. Esse livro é uma grande proclamação da própria arte, apesar de ser denso e as vezes meio difícil, vale muito a pena.
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JosA225 30/12/2023

Sagarana
Da série livros deliciosos. O melhor livro de contos que já li. Cada conto mais gostoso que o anterior. Guimarães Rosa prova não é necessário escrever sobre a classe alta mas quando sabe escrever, pode até escrever sobre conversa de bois.
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Mary Stella 12/12/2023

Encantador
Leitura fabulosa, enriquecida nesta versão com uma carta do próprio autor falando a respeito de cada conto (inclusive dos que não entraram no livro). Para quem gosta de literatura regionalista é um deleite.
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sol 03/12/2023

3 estrelas?
Li esse livro por causa da escola e é um clássico. tenho problemas com clássicos, pq geralmente não entendo nada devido as palavras difíceis q obviamente não estão no meu vocabulário (sim, eu sou burra). porém, quando a professora explicava as histórias eu gostava muito das histórias, msm não tendo entendido nada anteriormente.
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Procyon 28/11/2023

Sagarana ? comentário
?Lá em cima daquela serra,
passa boi, passa boiada,
passa gente ruim e boa,
passa minha namorada?.

Sagarana se trata de uma antologia de contos com narrativas centradas na ruralidade brasileira, mais especificamente em Minas Gerais. Escrito por Guimarães Rosa, o moderníssimo livro apresenta estilos e temas caros ao autor de Grande Sertão: Veredas. Aliás, Sagarana ? palavra híbrida que significa algo como ?parecido com uma saga? ? é um prenúncio da narrativa épica de Grande Sertão. A integração de antigas tradições se aliam à revitalização da linguagem que Rosa propõe. O popular e o erudito se fundem para criar um universo mítico-poético, cujo elemento empírico caminha junto com o alegórico e o mítico. A linguagem, aqui, está a serviço da temática ? e vice versa.

O autor ambienta sua narrativa em localidades periféricas e foca em personagens desajustados, narrando a experiência do homem interiorano iletrado, integrado à natureza, à religiosidade e ao trabalho, em contraponto a uma certa fidelidade feminina flexível, incorporados ao faroeste caboclo, onde a violência é regra e onde a barbárie convive com o progresso, e o arcaico, com o moderno. Rosa imbui seu texto de falares populares e regionais, usando do regionalismo e do neologismo, de ditados e arcaísmos. A inventividade linguística, a recriação da fala do sertanejo, a fusão do oral com o literário ainda captam uma narrativa simbólica de um poder fabular impressionante, e uma prosa poética desafiadora, embora formidável.
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Gláucia 15/11/2023

Sagarana - João Guimarães Rosa
Classificar como regionalista reduz muito uma obra com temas tão universais.

1) O Burrinho Pedrês
2) A Volta do Marido Pródigo
3) Sarapalha
4) Duelo
5) Minha Gente
6) São Marcos
7) Corpo Fechado
8) Conversa de Bois
9) A Hora e a Vez de Augusto Matraga
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CrisIngrid 13/11/2023

Minha experiência de leitura
“Ai, que mundo triste é este, que a gente está mesmo nele só p’ra mor de errar!... E, quando a gente quer concertar, ainda erra mais...”

Publicado pela primeira vez em 1946, “Sagarana” reúne nove peças (a maioria, novelas) que servem como amostra do que João Guimarães Rosa tinha de melhor para oferecer à literatura brasileira. Nas palavras de Lins, o autor, em sua grande estreia, apresenta “completo domínio dos recursos literários [documento, estilo, riqueza, descrição, ciência, densidade] e com uma requintada experiência pessoal da arte de ficção.”

E não dá para falar de Rosa sem citar o inestimável Antonio Candido que, além de chamá-lo de mestre, considerou seu regionalismo mineiro “menos uma região do Brasil do que uma região da arte”.

Em minhas humildes palavras, que pouco me aventurei nas águas profundas da crítica literária, mas muito me adentro em minhas leituras, digo que o encantamento das histórias de Rosa se escondem em sua capacidade de nos fazer pulsar junto de seus personagens, como um só coração. Se por um descuido você se deixa levar pela narrativa dele, já era... Você será sugado para um sertão mineiro mais vibrante que um diapasão. Torcerá pela concretização da ving4nça de fulano, esperará que ciclano tome jeito na vida.

E algo que me fez regozijar por ser leitora foi me deparar com frases como

“boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...”; “dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito...”; “Vai, vem, volta, vem na vara, vai não volta, vai varando..”

Que exemplos deliciosos de aliteração, de trabalho linguístico refinado. Inclusive, caso se aventure, aconselho a ler em voz alta. É uma delícia sentir a musicalidade que essas linhas criam.

Contudo, além do sabor do estilo, Rosa encanta por seu conteúdo universal e humano. Ainda estou comovida com a humanidade densa de “A hora e a vez de Augusto Matraga” – a história de um valentão arrependido que, após ser deixado quase morto pelos capangas de seu inimigo, leva anos para recuperar a saúde do corpo e acalmar o espírito vingativo. Igualmente inquieta me deixou “Duelo” – peça na qual acompanhamos dois adversários armando várias emboscadas para acabar um com o outro. Só posso dizer que o fim é inesperado.

Para não me estender mais, só gostaria de dizer que esta obra é para ser lida com calma, com gozo, deixando o coração participar do processo. Ler Guimarães Rosa faz bem pra vida. Ouso dizer que ensina a viver.

“[...] porque chorar sério faz bem.”
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