Marcella.Pimenta 28/09/2022
A ideologia é a transformação do homem pela corrupção dele
O autor fala do comunismo e do nazismo dos pontos de vista filosófico, político, histórico, religioso e moral. Além de discorrer sobre semelhanças e diferenças, Besancon busca explicar porque o segundo é tão demonizado enquanto os males do primeiro são esquecidos.
São amplamente divulgados os guetos nazistas, os campos de concentração, as câmaras de gás, as táticas de desumanização dos judeus e outros grupos, o que durou 12 anos.
A ideologia comunista acumulou, ao longo de mais de 50 anos em vários países, o Holodomor (genocídio ucraniano pela fome nos anos 30 promovido por Stalin), os gulags soviéticos, o extermínio de mais de 1 milhão de cambojanos durante o Khmer Vermelho de Pol Pol nos anos 70, etc.
No fim, ambas as ideologias, pela própria definição, prometem a salvação da humanidade, o paraíso, o mundo perfeito. O nazismo identifica o judeu como o problema. Para o comunismo, a propriedade privada é o principal entrave. Para alcançar o objetivo, há que se fazer uso da violência. Este é o aspecto político, histórico.
Besançon vai além disso, porque para transformar o mundo, antes é preciso transformar o homem. Daí surge a corrupção dos valores humanos, da alma. E nisso o comunismo é muito mais sorrateiro que o nazismo.