O livro das ignorãças

O livro das ignorãças Manoel de Barros
Manoel de Barros




Resenhas - O Livro das Ignorãças


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maddy5 14/02/2024

O livro das ignorãças - Manoel de Barros
?Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas?.

Só isso mesmo.
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Ed Carvalho 03/01/2024

Marvailhoso
Fiquei impressionado com a escrita de Barros. Eu fiquei me perguntando porque não dei atenção antes à obra deste autor. A terceira seção deste livro é de te maravilhar, te levar para o Pantanal, te fazer ouvir cantos de pássaros...
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robson_lourenco 14/11/2023

"Sou puxado pelo vento e por palavras" e sou encantado pela agramática de Manoel de Barros. É sempre orimo me desligar das preocupações e pensar na formiga que puxou um pedaço de Rio para ela e tomou banho em cima.
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Guilherme.Eisfeld 25/09/2023

Eu amo Manoel
"Me procurei a vida inteira e não me achei - pelo que fui salvo."

Manoel de Barros cria jogos com a simplicidade e a alegoria do seu quintal, mostrando onde mora a verdadeira relevância: nas borboletas, lagartixas, rios, pedras e gafanhotos.
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maria 25/08/2023

Muito bonita a forma q manoel brinca com as palavras e faz relações com as coisas simples e cotidianas da vida. muito bonita sua poesia. tem leveza e faz pensar na beleza do mundo. sua poesia tem um estilo bem característico, ele brinca com as palavras, cria, improvisa e com toques de humor e ironia.
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Juh 20/06/2023

"Me procurei a vida inteira e não me achei - pelo que fui salvo."

A poesia de Manoel é das coisas mais lindas que a palavra em toda a sua potência permite. Seu Manoel é bárbaro! Com toda a sua sensibilidade, nos permite desver o mundo para enxergá-lo melhor.

Cada verso é um portal pro onírico, pro incrível. Seu olhar infantil nos convoca a ultrapassar os limites do sentido frástico e chegar à imagem.

Seus poemas lançam uma pequenina luz sobre a escuridão, é puro deslumbramento, é a redescoberta das coisas bestas e, por isso mesmo, maravilhosas.

Ele fala de árvore, de passarinho, de insetos, de pedras, de "gente besta e pau seco" pra falar da gente, pra falar de amor, pra falar da importância do ínfimo, do simples.
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vênus 26/05/2023

"Fazer o desprezível ser prezado é coisa que me apraz."
Não sou chegada à poesia... ou melhor, não era chegada à poesia ? até ler esse livro.

O volume chegou até minhas mãos de presente e ainda fermentou muito na estante até que eu finalmente me encorajasse a lê-lo. E que surpresa deliciosa!

Manuel de Barros faz, em O Livro das Ignorãnças, uma desconstrução do mundo em "agramática" (como o autor faz referência à própria poesia).

A brasilidade, a simplicidade, os detalhes e a arte pura são LINDOS nessa obra, lindos!

A princípio, achei que a experiência seria ruim, já que nunca leio poesia, e pensar em iniciar por um livro "difícil" me deixou apreensiva. Logo percebi o engano e me percebi totalmente envolvida em desvendar a arte dentro dos versos de Manuel.

O autor brinca com palavras e nós brincamos ao desarrumá-las. Pelo menos, eu me senti assim ao entrar em contato com tamanha expressão da linguagem.

Além disso, por estar acostumada a ler poesias desgarradas (em questões de vestibulares), poder apreciar uma obra que tem um fio conciso de início, meio e fim foi esclarecedor. Adorei as autoreferências!

Penso que esse livro tem que ser lido, digerido e relido, contemplado e re-relido. Há muito o que sentir nos versos que voam para fora da asa.

Enfim, foi uma leitura tão boa que eu fiquei na necessidade de ne derramar sobre essa resenha. Leiam, leiam!


"Me procurei a vida inteira e não me achei ? pelo que fui salvo."

PS: FIQUEM COM O MAIS CHEIROSO TRECHO:

"As coisas que não existem são mais bonitas"
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Côrtes 09/03/2023

Desaprender por 8 horas
Manoel de Barros é aquele tipo de escritor que para mim serve como refúgio. Estou passando pelo ano de vestibular então tudo é corrido, mas ler Manoel traz um alívio, estar sentindo a poesia dele e principalmente redescobrindo as palavras é uma maravilha.
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Dea 01/03/2023

Para quando você quer sorrir de dentro pra fora
Encantamento, leveza, pureza, alegria, luz! Manoel de Barros é magia pura... e ele chama a criança que dorme dentro de nós para acordar e brincar através das cores, dos aromas e das letras harmoniosamente desconjuntadas da sua poesia. Nasceu pra ser livro de cabeceira. Mas, atenção: se quando você vê uma pedra, só enxerga uma mera pedra, esse livro não é pra você...
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Maria Santana 08/12/2022

Pois é nos desvios que se encontram as melhores surpresas?.
Realmente pois foi em um desvio que encontrei esse livro,estava lendo ?meu quintal é maior que o mundo? e achei esse livro das ignorâncias por acaso.
Comecei a ler e terminei primeiro que o outro,acabou sendo esse o primeiro livro completo que li do Manoel de Barros,não foi o primeiro contato mas foi o primeiro que li completo.
Que livro lindo,um poema melhor que o outro,li em ebook e a vontade era de marcar tudo e todas as páginas. Por coincidência achei ele quando foi na livraria procurar outro livro,de novo um acaso,um desvio?
E que desvio com ótima surpresa? amei muito e recomendo a todos.
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Everton Vidal 18/11/2022

Se divide em três partes, cada uma revelando aspectos da sua poesia: método, estratégia e habitat.
1) Uma didática da invenção: desconhecer as coisas para conhecê-las.
2) Os deslimites da palavra: ir além dos significados e da sintaxe para se aproximar do âmago das coisas.
3) Mundo pequeno: a importância do sem importância, o valor das coisas inúteis.
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Marília Medeiros 13/11/2022

Poesia
? Lembra que és pó e que ao pó tu voltarás.
Ou no verso das folhinhas:
? Conhece-te a ti mesmo.
Ou na boca do povinho:
? Coisa que não acaba no mundo é gente besta e pau seco.
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Renata 02/11/2022

Um livro cheio de jogos de palavras que me encantaram desde a primeira frase. O autor faz um jogo genial de rimas e histórias.
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Sâm 12/10/2022

"Ajeito as nuvens no olho."
Ah, o Manoelzito de Barros...
Sou totalmente apaixonada por essa escrita sensorial, irônica, reflexiva e genial.
Coisa mais bonita é ele falando sobre o silêncio da altura, que o incolor é maior que o infinito, que desenha o cheiro das árvores, que escuta o som das cores, que apalpa o som das coisas, eu sou sinesteta então ler isso é meio que uma identificação, um acalanto.
Livro fantástico!

"O azul me descortina para o dia.
Durmo na beira da cor."

"Lugar sem comportamento é o coração."

"Fazer o desprezível ser prezado é coisa que me apraz."

"Descobri que todos os caminhos levam à ignorância."

"As coisas que não existem são mais bonitas."
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Onassis Nóbrega 19/08/2022

Poeta das coisas simples e da desconstrução da linguagem?
Descobri o Manoel de Barros já tardiamente por intermédio de um paciente que foi para consulta com um livro seu em baixo do braço. Ao pergunta-lo sobre do que se tratava, o mesmo teceu elogios maravilhosos para o autor. Fiquei curioso e comprei inicialmente uma antologia (Meu Quintal é Maior que o Mundo). Não deu outra. Paixão a primeira lida. Nesta coletânea um fragmento de poema me impressionou especificamente:

?No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz de fazer nascimentos?-
O verbo tem que pegar delirio. ?

Justamente deste livro aqui resenhado. Manoel é um poeta das coisas simples e da desconstrução das palavras e das sentenças. Nele realmente o verbo delira e este delírio traz uma sensação deliciosa à sua poesia. Difícil explicar. Tem que ler. Não li outros livros seus. Mas se tiver algum melhor que este, então não terei mais estrelas para dar.
Quanto a edição, excelente qualidade do projeto gráfico, material das folhas e capa. Muito material extra como cronologia, fotos, textos nas orelhas, verso da capa, apresentação, bibliografia. Não encontrei erros grosseiros.
Recomendo demais a leitura. Conheçam e se deliciem com Manoel de Barros.
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