Jessica 16/11/2012Ultrapassado em sua condutaO livro começou bem... Logo nas primeiras páginas dava a impressão que de que o livro foi feito de um pai para um filho, como herança... Até bem bonito...
Mas chegou na p. 43 e desandou por completo.
O livro tem MESMO. O caráter "de pai pra fiho"... deu várias boas dicas de conduta, mas começou com uma história de como deve ser a mulher/esposa que se escolhe:
"No dia que decidires construir um lar, cuida que esse lar seja o mais íntimo possível; que jamais se converta em um lugar de reuniões, propício à liberdade de teus amigos. (...) A mulher que escolheres para esposa deverá saber todas estas coisas; do contrário faça-a conhecê-las. Se não as escuta ou não as leva em conta, em tempo a corrigirás, ajudando-a a compreender. Se se obstina em contrariar teu conselho, serás enérgico e lhe mostrarás a gravidade de sua conduta. Se, apesar disso, ainda se empenha em não lhe dar importância, então não demores em compreender que essa sua mulher não é digna de teu carinho nem de teu respeito. Mostra-te, por esse motivo, profundamente afetado; censura inexoravelmente sua falta de afeto, de tato, e seu desrespeito, fazendo-a sentir o rigor da sua indiferença. Se após isso, ela não cumprir com os deveres que lhe impõe sua qualidade de esposa, não te restará outro remédio que separar-te legalmente em resguardo de teu nome e de tua tranqüilidade."
Enfim, uma doideira! Fui então descobrir que o autor do livro fala de uma ciência chamada Logosofia e que, embora tenha coisas interessantes, perdeu meu crédito depois desse parágrafo.
O que ficou para mim é que essa é uma conduta ultrapassada, em que os pais ainda aconselhavam os filhos a amar suas mulheres, enquanto elas lhes fossem obedientes. É uma pena que isso esteja no livro, pois algumas "bases" poderiam ser aproveitadas ainda hoje. Mas depois desta, em específico, me desfaço do livro sem pesar.