Érika dos Anjos 16/10/2009É complexo resenhar esse livro. A história é boa. Índio com branca é um excelente mote. Porém, achei muito arrastada a forma como ela foi contada. Acho que poderia ter acontecido muito mais coisas ou o livro poderia ter sido diminuído em umas 30 ou 40 páginas. No entanto, isso não tira totalmente o brilho da obra.
Marie é a filha de um coronel super linha-dura, que nunca a viu como filha e sim como herdeira. Ao completar 21 anos, o coronel a chama para morar com ele (ela vivia com a tia) a fim de que ela se case com um dos seus majores. Porém, não é bem assim que a banda toca. Ao chegar no forte do pai, Marie conhece um índio tudo de bom: Falcão da Noite, um dos homens de confiança do seu coronel. Mas, mesmo assim, um homem que não poderia desposar uma mulher branca e bem nascida como ela.
Em pouco tempo, a paixão pelos cavalos e pelos animais em geral une Marie e Falcão da Noite. Eles passam a se amar e a lutar contra o preconceito. Só que, como não poderia deixar de ser, ela engravida e o pai fica uma fera, deserdando Marie e a obrigando a voltar para a casa da tia. Só que a menina é arretada e com 8 para 9 meses de gravidez faz uma viagem de duas semanas de volta para o forte a fim de dizer ao seu amado que quer ficar com ele, custe o que custar!
Os pontos fortes do livro na minha opinião são os animais, que tem função vital na obra, e a hombridade do major Ned, o homem que o coronel queria que se casasse com a Marie. Ah, e como não poderia deixar de ser, apesar de um pouco covarde por não querer assumir a Marie antes dela falar com o pai, Falcão da Noite é um hômi-tudo, mesmo tendo apenas 22 aninhos. Os pontos fracos são a história arrastada, como já disse no começo da resenha, e a pouca participação do núcleo índio da história, acho que ficaria bacana se eles se envolvessem mais.
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