O natimorto

O natimorto Lourenço Mutarelli




Resenhas - O Natimorto


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uaterr 08/03/2024

O Natimorto
É um livro bem peculiar, cheio de metáforas! Achei muito interessante a forma como o personagem interpreta as imagens nos maços de cigarro e associa com as cartas de tarô. O final é meio intrigante?
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Elpidio 24/02/2024

Muta é brabíssimo.
Segundo livro que leio do Mutarelli e o cara é brabo. Esse é um daqueles livros que você começa e só para quando termina, vai de uma vez! Tanto por sua premissa maluca e inteligente de um homem que lê as imagens horríveis de advertência dos maços de cigarro como se fossem cartas de tarô, quanto pela história que vai te prendendo cada vez mais pela singularidade e complexidade do personagem principal.
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douglaseralldo 15/11/2023

10 Considerações sobre A arte de produzir efeito sem causa, de Lourenço Mutarelli ou Heirs Kills Writer..
1 - A arte de produzir efeito sem causa é o quarto livro na cronologia de Lourenço Mutarelli e o seu primeiro publicado originalmente pela Companhia das Letras. E o livro é Mutarelli na veia, uma pancada incômoda e indigesta sobre a degradação, a degradação máxima, no caso representada pela morte da linguagem e a radicalização da paranoia. Não sei se há alguma obra do autor que não seja incômoda, mas essa traz o incômodo em seu ápice, certamente;

2 - No romance temos Junior, um homem típico da classe média brasileira que em seu processo de fuga volta ao colo do pai, no caso o apartamento, onde Sênior divide a moradia com uma estudante de arte. Como de praxe nas personagens mutarellianas a degradação é um processo em acontecimento, cada vez mais radical e intransponível ao passo em que a mente de Junior se deteriora todos a sua volta passam a correr risco;

3 - Não a toa, quando olhamos a página do livro no Skoob encontramos dezenas de abandonos da leitura. Além disso, por parte de alguns leitores há a queixa da incompletude, do caos, das pontas soltas, das faltas de explicações de Mutarelli, justamente aquilo que se constitui o grande valor do romance. Tudo é caos, tudo é absurdo, a literatura se reconhece como literatura quando se explica, talvez Mutarelli vá além da literatura pois quem disse que precisa-se atar pontas? explicar? O que faz é de certa forma a arte de produzir efeito, muitos efeitos sucedem aos leitores ao entorno da obra, agora não sabemos se é sem causa;

+ no Blog

site: https://www.listasliterarias.com/2023/11/10-consideracoes-sobre-arte-de-produzir.html
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Victor Daniel 11/11/2023

Está nos maços
Caso eu fumacê e soubesse interpretar o que o destino me relevaria ao ler este livro ainda assim eu não estaria preparado
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Daniel 15/06/2023

Tarô e os maços de cigarros
Mutarelli é uma gênio e sua genialidade está em conseguir se aprofundar no estranho, no não convencional, das relações humanas, dos traumas e das manipulações. Nesse livro o Agente é quem nos mostra sua forma de pensar e apresenta sua relação, entre as imagens anti tabagismo nos maços de cigarros e as cartas do tarô.
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Diego Piu 08/06/2023

Fluido (clichê escrever isso em resenhas literárias? Que seja). Um romance com muito Tarô envolvido, sou altamente suspeito para julgar.

Tirando a parte que ele atribui uma origem muito esotérica ao baralho de 78 cartas (e tudo bem pq aqui é um romance e esse ar de mistério ajuda no clima da trama), boa parte dos significados dos arcanos está bem fiel, e isso já é maravilhoso, um romance que leva o Tarô a sério (que eu descubra outros).

A escrita é de uma poesia encantadora!
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gabrielvgcosta 25/11/2022

Mutarelli com um sabor agridoce
As barrreiras entre teatro, quadrinhos, poesia, cinema e romance são quebradas novamente por Lourenço Mutarelli em mais uma grande obra.

Não contém o humor habitual do Mutarelli, mas o incômodo marca presença. Um livro para se ler e reler com atenção.

Falta-me bagagem para absorver toda a complexidade da obra.

Uma releitura em um futuro próximo vira acalhar.
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Gabriel 12/09/2022

Peça de teatro, romance, poesia, roteiro de filme... ou tudo isso? Mutarelli é um dos autores brasileiros mais inventivos que já li. Escrita crua, direta. Porém, livro denso cheio de camadas e metáforas. Nada está ali por acaso, as referências devem ser absorvidas não apenas na periferia do romance, mas como sua espinha dorsal. Símbolos e significados para dar sentido a vida de um sujeito transtornado que vai se reconhecendo ao longo do processo de fechamento em si mesmo e abandono do mundo real. O 'não lugar' como área nebulosa, um limbo. Processo mórbido, desconfortável e agonizante. Uma representação bem contemporânea do caminho que o homem medíocre e ressentido desse início de século pode trilhar.
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Coisas de Rufino 30/05/2022

Um Musical Silencioso
Um agente e uma voz (que meros mortais não conseguem ouvir) vivendo num quarto de hotel. Destinos interpretados de maços de cigarros. Um misto de romance, peça de teatro e poesia. Temos aqui um dos Mutarelli mais originais e expressivos em sua carreira na literatura, e isso sendo tipicamente minimalista e econômico nas palavras, mas dizendo tudo o que precisa. Um dos meus favoritos.

site: https://youtu.be/FAlXjmGbgNM
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Adriano 27/01/2022

Lourenço Mutarelli segue se mostrando, no mundo literário, tão genial quanto foi enquanto se dedicou aos quadrinhos. Em "O Natimorto", o autor nos traz, tal qual em "O cheiro do ralo", personagens sem nome, situações e diálogos que flutuam entre o fascinante e perturbador, e uma experiência de leitura, no mínimo, marcante. Tudo isso através de uma escrita muito particular.
Ainda devo levar um tempo digerindo os diálogos entre "O Agente" e "A voz", e a relação entre as imagens chocantes dos maços de cigarro e as cartas de tarô. Ainda assim, não vejo a hora de abrir mais um livro do genial Mutarelli.
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Marcos.Paulo 28/10/2021

Desorientado
Acho que levarei uns dias para realmente ter uma noção concreta da experiência de ter lido este livro, é a terceira obra de Mutarelli que tenho o prazer de ler e concluir e a cada experiência, tenho mais certeza que o cara é gênio, vocês precisam conhecer a obra dessa lenda viva, que vontade de tomar um café com esse cara, conversar e tentar desvendar de onde e como surgi esse processo criativo tão fora da curva e único.
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Dara 27/12/2020

O grito mudo da intrusão ressentida.
O Mutarelli é um pouco de tudo. Ator, escritor, quadrinista.

Eu já ouvi falar dele antes, mas nunca havia escutado. Hábito que admito inevitavelmente cultivar.

Ouvi justamente sobre "O Natimorto". Na realidade, folheei-o enquanto encontrava um amigo. Lembro-me de ler um trecho. Lembro-me de ter sentido minha mão pesar com a gravidade da Terra sobre o que lia. Esqueci-me até ganhá-lo num presente súbito. Recebi-o com uma surpresa alegre e com uma familiaridade desconhecida. Foi no 'só depois' que o re.conheci.

Gosto da solidão ressentida e pessimista do Agente. Não posso deixar de admitir, é um pouco a minha.

"Quem quebrará o silêncio?
Ninguém quebra o silêncio.
Nós apenas o cobrimos com palavras.
Com ruídos e palavras."

É também um pouco a da Voz. Personagem esta que é nomeada precisamente com aquilo que inexiste em si. Sua falta é anunciada com luzes de neon que piscam nervosamente. O outro faz do seu buraco a evidenciação mais aberta e escrachada. Em certo nível a produz. (Será que a falta da voz era uma falta tão dolorosa antes?).

O Agente diz "O nada é ausência. Não há graça na ausência" e a Voz responde "Será?". Questão que abre e não fecha. O feminino e o vislumbre do movimento possível unicamente pela falta. As ausências podem ser grandes estradas.

A dinâmica do amigo intruso que "pede uma coisa aparentemente tão inoportuna... com tanta doçura". Entra e fica e vai ficando. Contra intuitivo deixa-lo ficar. Lembrei-me do conto do barba azul. Em um dado momento da trama pensei que ele caminhava em direção ao destino que buscava evitar. Mas não. Depois vi que não.

Registro da anotação que fiz na página 32: MUITO cuidado com a redoma que os homens nos querem dentro.

"A Voz - Se minha voz é tão... maravilhosa como você diz... não seria egoísta demais você tê-la só para si?". As transparências enganam. O ressentimento ciumento compõe a arte dessa rica metáfora que é este livro.

Colapso.

"Antes, tudo o que eu dizia era fantástico e deveria ser escrito num livro, agora tudo o que falo é bobagem." Lembrei-me da capa do Seminário 4. O quadro do Francisco de Goya. Escrevi "O tempo devora muita coisa".

E depois, por fim, a introjeção e ingestão do outro.

Nossa! Quanta coisa reverberou desse encontro literário!
Espero ainda ler muito Mutarelli.
Alê | @alexandrejjr 07/06/2021minha estante
Que resenha fantástica! Parabéns!


Dara 07/06/2021minha estante
Oi, Alexandre. Obrigada pelo comentário e por me lembrar desse texto!
Um abraço!




Patrick 26/09/2020

Essa leitura engaja e te faz ir até o fim. Você se envolve nos devaneios d'O Agente. Questiona-se sobre aquilo tudo, assim como A Voz.
No entanto, o fim da leitura é um grande clímax que nunca atinge sua catarse - "simplesmente termina assim".
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Herval 15/02/2018

Aquém às expectativas
Após dois livros e um filme, ficou a impressão de que os protagonistas do Mutarelli, sempre cambaleantes pelo limiar da sanidade, na verdade são representações do mesmo personagem... Seria um alter ego do autor?

Essa atmosfera de estranheza que caracteriza suas histórias, e talvez o próprio, numa persona pública que ele faz questão de alimentar, me interessa de muitas formas, mas dessa vez não embarquei na viagem.

Apesar da originalidade da premissa, aproximando as imagens dos maços de cigarro às cartas do tarô, a trama não me pareceu apropriar-se da mesma, revelando-se simplória no seu desenrolar. Os personagens também soaram como fantoches para os devaneios do autor, em grande parte devido aos diálogos pouco convincentes.

Enfim, fiquei na plataforma. Pretendo dar outra oportunidade ao Mutarelli, mas agora nas HQs, sua mídia de origem.
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