fer 28/01/2021
eu amo o caio.
inteiramente.
ah cara..
cenas hollywoodianas rolaram soltas na minha cabeça nessas descrições perfeitas:
"como se navegasse no espaço, como se pilotasse uma nave espacial. perdido em galáxias, a cabeça jogada para trás, as pálpebras azuis semicerradas, longe de nós e de tudo, sozinho no volante de sua loucura."
"ela espiou o relógio de mergulhador submarino:
- já devíamos estar no Hiroshima.
mas nós estamos lá, pensei, no meio do cogumelo atômico, no segundo da explosão, cegos e mudos com a luz horrível."
"galáxias, buracos negros, supernovas, anãs brancas, pulsares, quasares, constelações, asteroides, cometas, planetas, satélites, anéis, pontos de sombra e de luz. minha cabeça girava, acompanhando o movimento determinante das estrelas sobre meus ombros que suportavam o mundo.
(...) céu tão habitado que, a qualquer ponto escuro que eu fixasse mais tempo, imediatamente se enchia também de estrelas.
para não me perder, abri a boca e os olhos, me enchi de estrelas feito ele."
e trouxe emoção nessas linhas curtas:
"no silêncio incômodo, parecia perfeitamente calma. ou exausta demais para espantar-se."
"- eu mudei muito, como você lembra?
- eu mudei também, quem sabe por isso lembro."
a moral do livro é tão banal, e é por isso que ele é bom.