Os dragões não conhecem o paraíso

Os dragões não conhecem o paraíso Caio Fernando Abreu




Resenhas - Os Dragões Não Conhecem O Paraíso


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Clio0 20/06/2022

Caio Fernando Abreu é o autor do amor, mas não desses dois tão em voga: o romântico impossivelmente doce da literatura jovem ou o desequilibradamente sexual dos romances eróticos atuais. Seu amor é uma mistura dos dois em que vários aspectos são contemplados, principalmente em suas facetas homossexual e bissexual.

Publicado primeiramente em 1988, o livro foi bem recebido pela crítica especializada e basicamente ignorado pelo resto da sociedade. O que foi bom ou hoje seria ainda mais difícil achar edições em sebos e nas quase extintas livrarias.

Contudo, não se deve tomar a obra de Abreu como uma levantadora de bandeira. Não era essa sua ideia. Seus dezesseis textos, carregados em experiência própria, falam mais sobre as dificuldades de aceitação e a solidão.

Também há o distinto Rio da década de oitenta... é algo que pode se identificar não apenas nos nomes citados, mas no estilo de vida retratado, nas companhias mencionadas.

É um ótimo trabalho que deveria figurar na lista de livros LGBT, normalmente dominadas por obras internacionais.
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OceaneMontanea 20/05/2010

Um livro sobre a solidão
No início do livro, o autor introduz dizendo que esse é um livro sobre amor. Amor de todos os jeitos, intensidades, cores, tempos, etc. Eu ouso dizer que esse é um livro sobre a solidão. O amor sim, mas sempre, mesmo que profundamente escondida, uma solidão imensa. Uma vontade de encontrar-se nos becos da cidade, nos bares, nas aventuras sexuais diversas. É sobre o vazio que fica depois que algo ou alguém nos abandona ou por nós é abandonado. Trata do mal-estar, de nunca pertencer, nunca se sentir em casa, vagar sempre na vida se perguntando: pra onde?
É dessa solidão íntima e persistente que o livro trata.
Eliza 22/02/2012minha estante
Achei perfeita a tua descrição!


Mi 05/02/2021minha estante
Faz muitos anos que li este livro e foi o melhor livro do Caio que li. Tenho vontade de reler.




Jules 07/08/2022

Contos...
? O livro constituísse em contos, alguns desses contos são maravilhosos, fácies de ler, fazem você querer saber mais da história do personagem e te levam a refletir sobre a vida. Outros contos você só quer que acabem o mais rápido o possível, talvez seja a história, ora seja o personagem ou meu dia maçante. Enfim, falarei apenas do último conto, aquele que encerra o livro e que seu título é o nome do mesmo.
? O último conto nos leva a refletir sobre os prazeres da vida, as formas de amar, os vícios e os declínios da vida de uma pessoa. Há momentos de felicidade, anseio e preocupação, mas até onde devemos esperar ou tentar qualquer coisa para colorir ou realizar tal feito?! Dragões? Cheiros? Seus desejos? Como satisfazer a si mesmo e não ser viciado e uma relação?
Difícil, difícil!
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A.Jares 17/03/2021

Ele esse livro foi como ter um longa conversa sobre solidão, das mais diversas possíveis. Me arrependo de ter demorado tanto tempo para ler Caio. Esse livro me tirou o ar.
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larissa dowdney 06/01/2010

Sabe quando você lê alguma coisa que muda sua vida? Então... são os contos desse livro!

É vontade de devorar e reler ad infinitum.
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bianca 11/09/2021

"Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada."
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Giovana.rAdua 31/08/2021

?Os dragões não conhecem o paraíso, onde tudo acontece perfeito e nada dói nem cintila ou ofega, numa eterna monotonia de pacífica falsidade. Seu paraíso é o conflito, nunca a harmonia.?
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Mendes78 20/03/2020

O Caio é o Caio
Cada vez mais eu me apaixono pela leitura de Caio Fernando Abreu, a narrativa dele é única, recheada de referências e você pode ir tanto de grandes gargalhadas a lamentos e suspiros em apenas um parágrafo de distância.

A forma como ele narra trás tanta veracidade que me faz querer saber mais sobre os personagens, querendo mais sobre suas vidas. Esse gostinho de quero mais sempre me faz parar pra refletir entre um conto e outro e dessa forma eu nunca consigo ler rápido demais os livros dele. Preciso digerir os contos antes de partir pro próximo, é quase como se fosse uma mini ressaca literária no meio do livro hahaha.

Enfim 5 estrelas pois não consegui encontrar meu conto favorito, cada vez que eu lia uma novo eu dizia, não não, esse aqui sim é o meu favorito.
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Rodrigo 06/03/2021

Visceral
Um sentimento que vem de dentro e inunda todo o ser dos protagonistas desses treze contos tão intensos quanto crus, tão viscerais quanto doloridos, tão incríveis quanto cruéis.
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Bruna 06/01/2021

"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce."
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_CKlein 01/01/2011

Então que seja doce,
Um daqueles livros capazes de mudar sua maneira de enxergar o mundo. Só se necessita um pouco de sensibilidade...
Dois trechos:
Os dragões não conhecem o paraíso, onde tudo acontece perfeito e nada dói nem cintila ou ofega, numa eterna monotonia de pacífica falsidade. Seu paraíso é o conflito, nunca a harmonia.


“... Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada..."
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Larissa1313 14/07/2022

gostei
é um livro muito bom, alguns contos me prenderam bastante, mas outros me fizeram querer só fechar o livro
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LaraF 19/12/2009

Como sempre Caio Fernando Abreu com sua intensidade, delicadeza, força e sua capacidade de dizer coisas que não conseguiríamos...
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José 14/04/2020

Na beira da sanga
Leitura intensa. Gostei muito da exploração que o escritor faz sobre a homoafetividade. Em várias histórias me vejo como protagonista e em vários finais encontro alguns começos já vivenciados por mim. O texto dialoga comigo, c minhas experiências. Com certeza dialogará com quem opte por lê-lo. Recomendo!
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Juno 01/10/2020

Caio como sempre é perfeito e belíssimo naquilo que procura mostrar:
as faces e fases duras de relacionamentos;
os términos passados que ainda doem como feridas quentes;
o beijo amargo que outrora fora amante;
aquela primeira relação, a descoberta de se ter um corpo com tesão que encontra em outro corpo similar o êxtase prematuro e para sempre gravado na pele mesmo em vista da despedida precoce;
os passos de loucura e compreensão e desespero e alívio que o luto de uma relação pode causar num peito atormentado.

Contos favoritos do livro: "sem Ana blues", "os dragões não conhecem o paraíso", "à beira do mar aberto", "os sapatinhos vermelhos".
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