O Mito da Beleza

O Mito da Beleza Naomi Wolf




Resenhas - O Mito da Beleza


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Thai Zavadzki (@meowbooksblog) 16/01/2024

Uma leitura intensa.
O Mito da Beleza é um livro muito famoso e reconhecido no âmbito do feminismo, que eu diria que todas as mulheres precisam ler.
É um livro um tanto datado, muitos dados citados lá já não condizem com a contemporaneidade, algumas ideias já foram mudadas, mas no geral, esse livro é muito relevante para entendermos o mundo (e o mercado) em que estamos inseridas.
Aliás, o fato de ser um livro mais antigo me traz muito interesse para ler um que aborde o cenário atual, com o Instagram ditando de uma forma piorada (na minha visão) o que antes outras mídias ditavam, com a romantização da lipo lad, de Virgínias e similares. Enfim, divagação aqui no meio, haha.
Voltando para o assunto central, O Mito da Beleza traz muitas estatísticas, informações e reflexões que te fazem refletir sobre os seus próprios pensamentos e princípios. Eu consegui me ver em muitas coisas ali, quase tudo. O livro me trouxe muitas lembranças, me fez ver vários momentos da minha vida de forma diferente e, talvez, até mais dolorosa. Por exemplo, uma vez, quando eu tinha 11 anos, fui me pesar na farmácia, eu já tinha algumas questões com algumas pessoas me chamando de gorda na escola e, olhando na balança, tinha engordado um pouco mais, saí de lá chorando muito, com meu pai precisando me consolar. 11 anos e o Mito da Beleza já estava completamente entranhado em mim. Aos 13, ?tentei? desenvolver bulimia, feliz ou infelizmente, sempre fui muito ansiosa e comer era e é minha válvula de escape, o que me impediu de seguir nessa loucura. Acho que muitas mulheres vão ter histórias similares, o que é uma tristeza. Nós crescemos com isso e a verdade é que só tende a piorar, conforme envelhecemos. A pressão, a culpa? coisas que homens jamais entenderão, porque foram sentimentos criados exatamente para a gente. Além dessas reflexões sobre momentos da minha vida em específico, a obra também me fez entender muitas coisas da sociedade no geral que eu nunca tinha parado para pensar direito e concluir.
É uma experiência bastante rica, de verdade, é difícil você não sair dela minimamente mudada, porém, por descargo de consciência, ressalto: como muitas dizem, é um livro que abrange mais a realidade de mulheres brancas, é inegável. Então é possível que o impacto para mulheres negras seja diferente.
Ressaltado isso, volto a falar do livro. Ele trata sobre o papel da mulher da sociedade no decorrer dos séculos, do aprisionamento dentro de nossa própria mente que o conceito de beleza criado pelo meio nos causa e de várias nuances decorrentes disto.
No meio disso tudo, a escrita é verdadeiramente acadêmica, recheada de outras fontes, o que pode parecer meio cansativo em determinados momentos. Alguns dados, por exemplo, eu achei meio deslocados, parece que caberiam melhor em outros tópicos, sabe? Parecia-me que a autora ia muito além do que estava tratando no capítulo. Além disso, senti que algumas coisas eram muito repetidas no decorrer das páginas, o que ajudou na minha demora para ler esse livro. Não é uma leitura fácil, o conteúdo já é muito pesado, e a escrita também é cansativa. Não que eu tenha começado esperando um livro fluido, mas ainda assim, como eu disse, acho que houve repetições e dados demais, podia ser mais objetivo até para que a reflexão ali ficasse mais clara. Mas enfim, percepções pessoais, pode ser que para outras pessoas faça mais sentido do que foi para mim.
Como um todo, o livro é excelente e com certeza vai me fazer repensar certos conceitos a partir de hoje. Mesmo antigo, ainda é muito atual. Vale a pena ler e refletir.
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Davi 13/01/2024

Legado Barbie
Quando assisti ao filme 'Barbie' em 2023 fiquei com vontade de ler e conhecer mais sobre alguns assuntos do gênero: Feminismo, Patriarcado, Cultura, sexo...

Em 'O Mito da Beleza' creio que temos exatamente esse "guia inicial" que eu esperava, a autora constrói a narrativa a partir de aspectos históricos para mostrar como o papel e visão sobre a mulher se modificaram com tempo. Pautado na ideia de que a mulher é o sexo frágil e deve estar inserida em contextos diferentes desenvolveu-se um ambiente em alguns casos até misógino, tanto dos homens com as mulheres, quanto das próprias mulheres com elas próprias. O livro passa pela visão religiosa, problemas psicológicos e físicos, relação entre o sexo e "beleza", oferecendo uma gama muito interessante de enfoques.

Os tópicos que mais me chamaram atenção:

O aspecto cultural como justificativa de determinados comportamentos, acabamos de sair de uma copa do mundo na Arábia Saudita em que os direitos das mulheres foram colocados em pauta exatamente por uma sociedade colocá-las em posição servil, e os capítulos principalmente de religião mostram como desde crianças as meninas são privadas até de alimentação.

A indústria da pornografia: eu esperava uma narrativa neste tema voltada a sexualização da mulher para "agradar" aos homens, mas é muito pior que isso, essa sexualização se inicia na infância, em conteúdos, revistas, anúncios e levam a normalização da cultura do abuso físico e intelectual, sendo em alguns casos o padrão ser abusada e aceitar, além disso, em uma cultura tão sexualizada pareceria esperado que as mulheres estivessem intimamente satisfeitas, conhecendo melhor o próprio corpo, mas também não é o indicado.

Aceitação: principalmente nos capítulos finais fala-se um pouco sobre a mudança no sentido de aceitação, essa, na minha opinião, é a principal mudança que se pode ser feita internamente, sem precisar de "revolução para com o estado", é importante pensar na beleza não como uma obsessão ou necessidade de estar em uma caixa.

Apesar de ter gostado muito, o que justifica ter dado 4 estrelas passa por 4 pontos que me incomodaram/senti falta, são eles: os aspectos biológicos, a narrativa de exemplos, as dúvidas e a atualidade.

Dúvidas: Não sei se por ser "leigo", mas em vários capítulos me surgiram dúvidas que pareciam pertinentes, e eu achei que elas fossem ser sanadas, mas a autora passa por esses temas sem chegar a tal, pode ser uma sensação, mas acho que faltou esse a mais em alguns momentos.

Narrativa: Em alguns momentos a autora começa a citar exemplos, por exemplo de campanhas e meio que simplesmente sai da narrativa, não entendi o motivo disso, fica estranho para o leitor de repente ficar lendo vários minutos de frases soltas. Não é nada demais, mas isso me chamou bastante atenção.

Biologia: São poucos os momentos em que o aspecto biológico é discutido, ainda que não seja o foco narrativo ou mesmo a causa principal do problema, vejo que em vários momentos seria interessante focar um pouco nesses aspectos.

Atualidade: Esse livro parece que caiu no mesmo problema de 'Cosmos' de Sagan, é uma obra muito boa e referência no assunto, mas sofre com o tempo passado, em vários capítulos a autora se apoia em pesquisas que são de 40/50 anos atrás, não que a situação melhorou ou piorou (acho que um pouco das 2 coisas em determinados momentos), mas fica clara a necessidade de uma atualização.

Creio que no geral seja isso, é um bom livro, me gerou reflexões e quebra de expectativas muito interessantes, recomendo bastante pelos pontos que já defendi.
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Wenrui 13/01/2024

Tema relevante
Livro bom, foca no tema do mercado da beleza e sua influência na construção da sociedade para as mulheres. Alguns pontos neste livro, na minha opinião, devem ser interpretadas com ressalvas...
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BeatrizLeone 11/01/2024

Alguns dados desatualizados e exemplos que podem não ser taao atuais, mas acredito que todas as mulheres devam ler

Pode ter alguns gatilhos
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thaixx_ribeiro 04/01/2024

Uma crítica maravilhosa, mostrando como a suposta perfeição e ?a beleza? recai sobre as mulheres de forma totalmente sob pressão da sociedade.
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visreading 31/12/2023

"A religião diz que a beleza de uma mulher não lhe pertence, da mesma forma que o antigo credo dizia que sua sexualidade pertencia aos outros. Ela é culpada de transgressão se profanar essa beleza com substâncias impuras, alimentos saborosos, loções baratas. O que é belo em seu corpo não lhe pertence, mas, sim, a Deus. O que for feio é exclusivamente seu, prova de seu pecado, merecedor de qualquer insulto. Ela deve tocar o próprio rosto com reverência, pois a ?beleza? de um suave rosto juvenil é uma bênção de Deus. Mas pode espremer, espancar e dar choques elétricos em suas coxas de mulher, que são a prova de seu desregramento."
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Lia 31/12/2023

Você já tem esse livro na sua estante? Se não, seria muito bom ter. Ele nos possibilita olhar sobre alguns temas por um outro prisma. Esse mito está em todas as partes, no sexo, no trabalho, na religião, nas dietas, nas cirurgias estéticas, nas relações com homens e mulheres.

A leitura desse livro foi feita em conjunto com outras mulheres pela @liasdantas_psi . As nossas conversas foram transformadoras durante a leitura dele.

"A terrível verdade é que, mesmo que o mercado promova o mito, ele não teria poder algum se as mulheres não o utilizassem umas contra as outras. Para qualquer mulher poder superar o mito, ela precisará do apoio de muitas mulheres. A mudança mais difícil, porém mais necessária, não virá dos homens nem da mídia, mas das mulheres - da forma pela qual encaramos as outras mulheres e nos comportamos com relação a elas."
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Simona.Karen 31/12/2023

Leitura obrigatória para todos
Neste livro Naomi Wolf faz uma viagem sobre a reflexão do panorama feminista do início da década de 90. Ele é muito interessante e nos faz viajar através das batalhas feministas das últimas décadas, mas também traz reflexões muito válidas pros dias de hoje. Reflexões que podem ser bálsamo de cura para ajudar a entender a nós mesmas, mas que ao mesmo tempo traz um certo desconforto por enxergarmos que 33 anos depois do lançamento do livro as lutas propostas continuam muito atuais. O livro aborda essencialmente o universo feminino do ponto de vista do mito, no entanto, entendo que seja extremamente útil para nossa evolução como sociedade que os temas ali retratados sejam de interesse popular, até porque, segundo a autora, a visão masculina sob o mito é fundamental para termos a evolução no convívio que procuramos.
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-HR 26/12/2023

Insuportável
Um dos piores livros que já li (se não o pior)
Extremamente repetitiva, faz comparações grotescas e não fala sobre minoria ou inclusão (somente sobre mulheres brancas, norte americanas e europeias).
Se resumisse esse livro em 100 páginas, ainda seria ruim, mas menos pior.
Me senti lendo um artigo de faculdade.
Teria tudo para ser um livro fantástico mas a escrita é cansativa por falar várias vezes a mesma coisa e vindo com bibliografias aleatórias, sem um contexto bem escrito.
Além disso, tudo que está aqui parece que li em posts da internet, não há nada de inovador ou surpreendente
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julia 02/12/2023

O livro é excepcional, a escrita é bem desenvolvida e abrangente, acredito que é pertinente pra todas as mulheres. porém, é massante, apesar da leitura ser fácil, ela é cansativa e os temas são relativamente intensos, mas de mega importância!!!

acho que todo mundo deveria ler, mas ler com calma e várias vezes pra conseguir realmente aproveitar tudo que a autora quer dizer
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kiara55 20/11/2023

O livro tem fundamentos muito bons e interessantes que podem fazer com que várias mulheres se inspirem, e acima de tudo, se aceitem. Mas é pouco recomendável para pessoas que estão começando a aprender sobre o feminismo (ou começando a ter o hábito de ler num geral)
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rafaelladelua 30/10/2023

Revelador
De 1991, a obra aborda, de forma muito atual, como o conceito de beleza aprisiona as mulheres num nível bem além do que pensamos. blindadas pela ideia de que estamos apenas usufruindo da liberdade que o feminismo nos consagrou, nós mulheres nos submetememos a regimes de fome e a mutilações cirúrgicas, em prol de tentar alcançar conceito. conceito que está constantemente se renovando, de modo que ele torna inaceitável.

naomi wolf deixa bem claro a maneira que o mito se constrói e envolve às mulheres, de modo que, por mais que tenhamos os valores de sororidade e apoio fincados em nós, ainda somos todas vítimas de um único sistema.

a autora propõe ainda que partamos engajadas em uma terceira onda do movimento feminista, a partir do compartilhamento das amarras que ainda nos são impostas e da revolução contra elas, para, assim, ocasionar a libertação de cada vez mais mulheres.

a minha avaliação só não conta com mais estrelas, porque, por mais que a cada capítulo eu sentisse como se uma venda me fosse tirada dos olhos, eu achei a leitura BEM difícil e arrastada. no entanto, admito que, para época, é sim um título bem escrito.
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Jéssica Silvestre 19/10/2023

É um bom livro, traz um ponto de visto bem interessante sobre a ditadura da beleza e apresenta dramas reais sofridos pelas mulheres. Traz uma grande carga de sentimentalismo em alguns trechos, o que pode tornar a leitura um pouco maçante.
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luaraaap 16/10/2023

O pior livro que já li
Comecei esse livro com altas expectativas, e terminei chocada que ele seja tão exaltado, quando tem tantos defeitos.
Começando pelo básico, o livro é chato e repetitivo. Os primeiros dois ou três capítulos foram difíceis de aguentar, e parece que ela só repete as mesmas três ou quatro ideias durante mais de 100 páginas. Outra coisa que me incomodou foi que, durante o livro todo, eventualmente alguns parágrafos super longos eram apenas dados sem muita explicação, páginas inteiras de números e mais números sem ou com pouquíssimo contexto, o que deixou a leitura cansativa. Além de, claro, a maioria das ideias serem super batidas hoje em dia, não é um livro muito atemporal.
Mas agora para as partes realmente ruins, e que não me deixaram aproveitar quase nada da leitura, e me deixaram realmente chocada que as pessoas conseguem ignorar ao elogiar horrores isso aqui. O livro é, desde o começo, totalmente da perspectiva de mulheres brancas, ricas e heterossexuais do primeiro mundo. Não somente falta recorte pra muita coisa, como é efetivamente danoso em muitas passagens. Ela compara adolescentes ricas com TAs com judeus em campos de concentração, e afirma que não há diferença nos efeitos fisiológicos nem psicológicos de garotas que passam fome por opção e judeus que eram negados comida, bem como pessoas pobres que até hoje não têm acesso. Compara também essas mesmas garotas com presos políticos, na mesma leva de falar sobre o Holocausto. Mas não para por aí, pois também compara mulheres adultas que optam por cirurgia de silicone com mutil*ação gen*tal de crianças e bebês na África. Fiquei com um nojo absurdo ao ler isso. Existem milhões de formas que ela podia criticar a cultura de cirurgias plásticas no ocidente e discutir até onde vai a "escolha" da mulher nessa situação, sem fazer uma comparação tão absurda e ofensiva assim.
O livro é repleto de comparações no começo desconfortáveis e depois simplesmente absurdas entre racismo e o sofrimento de mulheres brancas ricas, e depois desse parágrafo sobre a alemanha naz*sta foi difícil continuar a ler. É também de uma falta de tato tremenda ao mal falar de classe, e o próprio suco do feminismo liberal, fazendo até críticas quase que descabidas à outros movimentos disruptivos como o movimento punk.
No todo, acho que o livro tem pouquíssimas coisas a se aproveitar, é lento, repetitivo, não possui recorte nenhum de classe, raça, sexualidade e até cultura, e, no fim, faz mais mal do que bem. Não recomendaria a ninguém, ainda mais depois de terminar a leitura descobrir que a autora aparentemente tirou dados de contexto, inventou outros e recentemente na pandemia se revelou até anti-vax. Acho um absurdo que esse livro continue recebendo tantos elogios quando é uma pilha de estr*me. Depois de escrever essa resenha até acho que ter dado 1,5 estrelas foi uma nota alta demais.
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Valnísia 22/09/2023

Não consegui terminar de ler, achei interessante mas começou a ser repetitivo demaaais. Talvez volte a ler mais pra frente. Mas agora não deu pra mim
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