Um Estranho no Ninho

Um Estranho no Ninho Ken Kesey
Ken Kesey
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Resenhas - Um Estranho no Ninho


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Daniel1841 13/06/2021

Tive de favoritar, porque eu não seria um escritor hoje se não fosse pelo filme adaptado
Esse livro é um retrato fiel da contracultura, movimento que denunciava instituições, governos, o sistema em si, questionando as regras e o que seria "civilidade".

O narrador, um homem indígena forçado a apagar sua identidade. O protagonista, alguém que conseguiu burlar o sistema jurídico para escapar de uma condenação e que não é alguém confiável, mas que mesmo sendo um criminoso sexual, consegue ser melhor com todos os outros pacientes do que a chefona da clínica. A antagonista, uma enfermeira que segue todas as regras, ela é uma santa diante de todos, porém não muda nada no sistema, deixando os pacientes inertes, monótonos e infelizes, tudo para que as coisas não saiam do controle, e ao invés de ajudá-los psicologicamente, ela os machuca sempre que pode.

Acho que esse trio de personagens é de longe um dos mais fortes que já vi nos livros. Feliz pelo filme estar a altura deste livro, e quem sabe até ser melhor, por conseguir passar mais a mensagem sobre o tipo de maldade da vilã Ratched, no qual encontramos em nossos professores, familiares, figuras religiosas e de autoridade. O nosso sistema é cheio de McMurphy's que burlam as regras em nome do prazer próprio, machucando outros ao seu redor, mas ainda conseguindo trazer felicidade para quem está a margem da sociedade. Também cheio de Ratched's, que deixariam o mundo pegar fogo para provarem que estão corretas e usariam das piores palavras contra os mais fracos, somente para "corrigi-los" de suas divergências.

Para quem não gosta de machismo, homofobia, capacitismo e racismo nos personagens, fique longe dessa leitura, porque você vai ter que aturar mais de 300 páginas de todo tipo de atrocidade dita por eles.

Só não dei 5 estrelas por achar o início lento e confuso, assim como o final corrido (mesmo ele sendo excelente e passando uma ótima mensagem). De resto, digo que aqui está uma das melhores reflexões em uma ficção sobre qualquer instituição quebrada em nossa sociedade, e infelizmente identifiquei aspectos dele que me remetem a "educação brasileira".
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João Paulo 05/08/2009

Uma viagem...
"Um estranho no ninho" é uma viagem ao interior de uma mente humana que não consegue se encaixar na sociedade. O livro nos dá vários personagens, e o autor consegue aprofundar cada um deles, mostra como cada um chegou ao estado que se encontra, nos mostra como um homem perde sua sanidade. Claro, também faz uma enorme crítica ao modo como os hospícios cuidavam de seus pacientes, como não conseguiam entender que seus tratamentos eram prejudiciais a eles. É um livro carismático, subjetivo e um dos meus preferidos.
Gabriella.Papatelli 17/08/2020minha estante
me sinto assim




Kess 28/08/2021

Um índio que finge ser surdo/mudo paciente de um hospital psiquiátrico é quem conta a história de McMurphy.

Um prisioneiro que se passa de "louco" para fugir do trabalhado árduo na prisão. McMurphy com todo o seu carisma galanteador tenta "melhorar" a rotina e monotonia dos internos.

É aí, que ele começa a viver uma realidade revoltante - triste - e percebe que o hospício pode ser muito pior do que a cadeia.

Contradizendo as ordens McMurphy é alvo da enfermeira-chefe (Sra Ratchett) que o faz "sofrer" sérias consequências por sua atitude.

O livro só "desanda" lá pra metade: onde acontece uma rebelião silenciosa contra o sistema opressor comandando por McMurphy um "fora da lei".

Sobre o final: eu sabia que o sistema venceria (normalmente ele sempre vence), mas O FINAL ME SURPREENDEU foi um tapa na cara!!!

Quem é o louco afinal?
Rodrigo 10/02/2024minha estante
Marca Spoiler




Reccanello 23/07/2021

Um espírito livre contra um sistema autoritário!
Escrito de forma rápida e com uma linguagem que facilmente nos transmite a força e a energia dos personagens, para além de uma viagem ao interior de uma mente doentia (não se espante ao descobrir que, diferentemente do filme, o doente mental não é o personagem principal), o livro retrata a forma como a sociedade em geral (representada pela moralista, disciplinadora, autoritária e cruel enfermeira Ratched) limita, tolhe, segrega e, ao final, mutila (através de eletrochoques e lobotomia, procedimentos que devem ser entendidos tanto de forma literal como figurativa) os espíritos livres (representados pelo subversivo, insubmisso, confuso, exagerado, extrovertido e um tanto quanto perturbado McMurphy) que, por não conseguirem aceitar a conformidade, não se encaixam nos padrões impositivos com os quais tentam nos moldar a vida e, em verdade, a própria forma de pensar. Uma forte e contundente metáfora sobre a necessidade de luta contra a opressão da sociedade coletivista e em favor da liberdade individual e de nossa própria humanidade, cujos defensores, caracteristicamente, são chamados de "loucos" (aterrador é o momento em que o personagem principal entende que a maioria de seus colegas de manicômio ali estão por vontade própria; o momento que nós percebemos que, por um pouco de segurança imaginária, aceitamos nos submeter aos desmandos de uma autoridade que apenas nos quer submissos).
===
Mais nova adição à minha lista de favoritos, é um livro que vai me atormentar por muito tempo.

site: https://www.instagram.com/p/CVvpiIalVNV/
Bruna.Elisa 23/07/2021minha estante
Muito bom, amigue!




Nati Sampaio 16/03/2023

Eu não imaginava que ia gostar tanto desse livro. Até porque, o começo dele me pareceu bem arrastado e sofrido de seguir em frente. Mas a partir da segunda parte, foi super fluido e me prendeu muito.
Mas vamos lá: o livro é separado em 4 partes, e é contado em 1a pessoa pelo sr. Bromden, um velho índio que se fingia de mudo no hospital. O livro se passa no Hospital Psiquiátrico e é comandado pela sádica enfermeira Ratched, que por sinal é uma pessoa horrível.
Temos como nosso personagem principal e herói o McMurphy, um sentenciado pela justiça.
O livro traz muitos questionamentos interessantes sobre várias questões, mas principalmente como os homens são ?quebrados? pela sociedade, e o quão ?pequenos? eles podem se tornar. McMurphy muda muita coisa nesses homens, através da risada, do bom humor e da auto confiança.
O livro também critica alas psiquiátricas e os tratamentos absurdos da época, assim como o sadismo das enfermeiras, e a pouca alegria das pessoas que lá vivem.

Não posso esquecer de mencionar que há várias (várias mesmo) passagens racistas e machistas na obra, e isso não pode ser ignorado. Por muitas vezes me vi irritada com o autor, momentos esses que nem mesmo o contexto da época me fez relevar. Não dá para ignorar.

Ainda assim, levando em consideração o contexto do autor - época e lugar em que viveu - é um livro incrível, muito bem escrito e que traz grandes reflexões interessantes. Não à toa teve um filme maravilhoso como sua adaptação.
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Alê 13/12/2021

Bom livro, mas não ótimo. A história fica boa do meio pro final e traz uma boa reflexão sobre os manicômios.
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Gi Santos 19/10/2023

Um Estranho no Ninho é um romance interessante. A história é ambientada em um hospital psiquiátrico e gira em torno de Randle McMurphy, um prisioneiro que finge insanidade para escapar do trabalho na prisão e acaba sendo transferido para a instituição, mas a narrativa é do Chefe Bromden, um paciente que simula ser surdo e mudo e que observa o mundo ao seu redor.

A obra é uma crítica à desumanização dos tratamentos psiquiátricos da época e à institucionalização excessiva dos pacientes. Kesey utiliza a metáfora do hospital para questionar a autoridade e o conformismo na sociedade. É uma leitura impactante e provocativa, que levanta questões sobre a liberdade individual, o poder institucional e a identidade. Kesey aborda temas profundos, como a loucura e a sanidade, de uma maneira que desafia o leitor a refletir sobre o que é considerado normal e quem são os verdadeiros "loucos" na sociedade.
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Juliano.Ramos 13/08/2020

Um livro carregado de drama e com um humor raro, entrar na mente do fantástico "chefe bromden" e suas observações do que acontece dentro do hospício, acompanhando o McMurphy é uma viagem para dentro da loucura ou lucidez, pq não da pra saber que é louco ou não em toda a história...
Rubens 13/08/2020minha estante
Vai ver a série da netflix?


Juliano.Ramos 13/08/2020minha estante
Sim, por isso li a obra que serve de introdutório para a série...




Glauber 24/04/2021

Narração impecável.
Esse é um daqueles livros que vai ficar na minha cabeça por muito tempo.

A história se passa em um hospício, em que chega um homem transferido de uma colônia penal. Esse homem, cujo nome é McMurphy, põe de cabeça para baixo a rotina do lugar. Provocando a autoridade da enfermeira Ratched e atiçando os outros internos a irem contra as normas.

Isso me pareceu o tempo inteiro uma metáfora do homem comum contra a ordem vigente que o expreme e o ameaça. No hospital, o tratamento com choque elétrico e a lobotomia são exemplos de controle.

Mas o que eu achei mais genial foi a história ser narrada por um índio internado no hospício. Isso deu um tom belo à escrita, pois sua visão é perturbada por efeitos psicológicos seus e do tratamento, dando forna a uma crítica escancarada contra tudo o que é "diferente" ou fora dos padrões dA sociedade ocidental. O autor foi atuante dos movimentos de contra cultura dos anos 60.

O livro teve adaptação para o cinema, com bela interpretação de Jack Nicholson, que assisti há muito tempo. Agora verei novamente. E recentemente foi lançada uma série pela Netflix inspirada no livro.

O livro é realmente genial.
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Flavinha 12/10/2020

Uma leitura que nos faz refletir sobre a real loucura humana. Desperta um desprezo e dúvidas sobre os personagens. Vale muito a leitura.
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Egídio Pizarro 06/04/2014

Incrível
Vi o filme antes de ler o livro e agora fiquei com vontade de rever o filme. E provavelmente depois de rever o filme vou ficar com vontade de reler o livro, e depois de rever o filme de novo, e depois...
sol 10/01/2016minha estante
kkkkkk Isso acontece comigo




Sibery 30/11/2020

Inesquecível
Eu comprei esse livro há uns dez anos atrás, mas só li agora.
Eu sempre começava com o primeiro capítulo e parava. Começava e parava. Até colocar o livro na minha meta de leitura de 2020.

E o que eu posso dizer?
Leiam esse livro até o fim. O começo é lento e um pouco disperso. Você é apresentado a muitos personagens ao mesmo tempo, mas, no fim, o papel de cada um faz sentido, como engrenagens de uma máquina. E a engrenagem principal é o McMurphy. Para mim, o melhor personagem da literatura americana. Ele é energia pura. Ele movimentava a narrativa de um jeito que me tirava o fôlego. Um personagem muito melhor do que a enfermeira Ratched. Quando as pessoas falam dessa história, sempre mencionam a enfermeira má, mas McMurphy é a razão desse livro existir. A enfermeira Ratched é quase impessoal, sem qualquer história ou vida. Mas o McMurphy, ele parece pessoa de verdade.

Ainda assim, o livro não é sobre McMurphy ou Ratched. O protagonista do livro é o Chefe Bromdem. E que protagonista, que mudança, que evolução ele passa ao longo do livro, ao longo de cenas magníficas. A cena do barco, por exemplo. Eu nunca vou me esquecer de ter lido, de ter vivido aquele entardecer com aqueles personagens. É o Chefe Bromdem quem toma a decisão mais difícil do livro e, por isso, toda a história se fecha em um círculo.

Livro magnífico, um dos meus favoritos.
Obrigado, Chefe. Obrigado, Billy Bibbit. Obrigado, McMurphy.
E obrigado, Ken Kesey.
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Natália 29/07/2020

O que é real?
Este se tornou um dos meus favoritos! O livro, que passa num manicômio, faz a gente passar o tempo inteiro se perguntando o que é real e quão confiável é o discurso do chefe, já que ele é um dos internos. Afinal de contas, o que é loucura? Podemos desqualificar o depoimento, por muitas vezes tão lúcido, de um interno de uma clínica psiquiátrica apenas por ele ser quem é? Sabemos que uma clínica como esta não era um dos melhores lugares para se estar na época, mas quanto dos fatos relatados teriam realmente acontecido? Eu não sei precisar. E depois de ler essa obra, acho que deveríamos encarar qualquer narrativa que ouvimos dessa maneira, afinal de contas boa parte da vida acontece somente dentro da nossa cabeça e isso não faz essas coisas menos reais.
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