Um gato indiscreto e outros contos

Um gato indiscreto e outros contos Saki




Resenhas - Um gato indiscreto e outros contos


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Coruja 23/09/2015

Eu conhecia o nome de Saki – ou melhor, Hector Hugh Munro - de outras antologias: ele aparece com destaque sempre que se fala em contos clássicos com pinceladas de sobrenatural, em especial por Gabriel-Ernst, que está em quase todo livro de contos sobre lobisomens com os quais já cruzei.

O caso é que pelas duas ou três histórias que eu já tinha lido de sua autoria, eu simpatizara com o estilo do autor e assim é que, quando descobri essa coletânea dele em português, decidi ver o que mais ele já escrevera. E tive uma agradável surpresa.

Saki é um excelente contista e sabe transitar entre gêneros. Seu humor cáustico e deliciosamente nonsense, bem como a forma como espicaça a sociedade inglesa muito me lembrou Oscar Wilde em peças como A Importância de ser Prudente e Um Marido Ideal. Todos os contos aqui selecionados são excelentes e eu certamente gostaria de ler mais de sua autoria.

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2015/09/livros-para-ler-na-primavera.html
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jota 05/01/2014

Um felino e outros animais londrinos...
Saki, ou Hector Hugh Munro (1870-1916), escreveu contos curtos, carregados de ironia e acidez, também de sarcasmo e nonsense, alguns deles contendo certo teor fantástico ou sobrenatural, conforme informa a sinopse aqui no Skoob.

O mais conhecido deles é mesmo Um Gato Indiscreto, a história de um felino que não apenas fala como é irônico e até mesmo convencido, e que dá título à presente coletânea, composta de vinte histórias, onde até mesmo é possível encontrar uma boa dose de humor negro, como no último conto.

Todos os contos são, em maior ou menor grau, divertidos ou espirituosos, se não no todo ao menos em parte, ou então valem a leitura por algo engraçado que é dito, por uma metáfora que nos é oferecida, por uma comparação divertida que é feita, etc.

Assim, Agnes, garota glutona devora a parte da sobremesa que caberia à amiga. Saki comenta: "Agnes era gorda primeiro e bondosa depois; esses eram os princípios que guiavam sua vida."

Outro personagem, Rollo, tem de utilizar uma carruagem juntamente com dois sujeitos que abomina. Então "Rollo (...) encarou a companhia com um sorriso que imaginava que um aristocrata da melhor estirpe usava ao subir à guilhotina.”

Reginald, um personagem que aparece em pelo menos três histórias, durante uma reunião em que se comentava sobre algo importante, “(...) mantinha o olhar sonhador e distante como o de um vulcão logo após ter desolado vilas inteiras.”

E quando uma senhora pergunta à amiga se está pálida, essa outra pensa que “Ela estava tão pálida quanto uma beterraba que acaba de receber más notícias.”

Um Gato Indiscreto e Outros Contos é tão bom quanto, p. e., quaisquer um dos livros de P. G. Wodehouse. Wodehouse, como se sabe, escreveu aquela saborosa série de livros sobre o almofadinha Bretran Wooster e seu célebre mordomo faz-tudo Jeeves.

Saki e Wodehouse (o primeiro com mais veemência contudo), sempre que possível davam suas alfinetadas nos usos e costumes da alta sociedade inglesa dos primeiros anos do século XX, especialmente a londrina. Mas sempre com certa graça, claro.

Ah, sim, nesta caprichada edição da Hedra a Introdução aos contos de Saki é feita pela professora de literatura inglesa de UFRGS, Rosália Garcia. Um texto bastante interessante, registre-se.

Lido entre 02 e 05/01/2014.
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