Um Artista do Mundo Flutuante

Um Artista do Mundo Flutuante Kazuo Ishiguro




Resenhas - Um Artista do Mundo Flutuante


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edineideo 19/03/2021

Não é Ruim Experimentar
Livro: Um Artista do Mundo Flutuante
Título Original: Na Artist Of The Floating World
Autor: Kazuo Ishiguro
Editora Companhia das Letras, 2018, 1ª edição, 225 páginas.
Literatura: Japonesa em inglês
Gênero: Ficção

A obra aborda as consequências da 2ª guerra mundial, o período de transição sob o ponto de vista de quem não foi à guerra, incorporada da cultura familiar japonesa, casamento, influências ocidentais, reflexões do passado, escolhas, conflito entre as gerações.

“Quando a gente é jovem, muitas coisas parecem chatas e sem graça. Mas ficamos mais velhos e descobrimos que essas são as coisas mais importantes.” P. 53

Narrado em 1ª pessoa, Masuji Ono, idoso, aposentado, pintor de renome durante a guerra, apresenta a história da sua vida, através de memórias fragmentadas, nostálgicas, misturadas ao presente.

“Existe certamente uma satisfação e uma dignidade que se conquista ao encarar os erros que cometemos no curso da vida.” P. 137

Apesar da ambientação intimista e escrita elegante, o protagonista não me cativou como eu esperava, achei ele meio arrogante e isso me desanimou um pouco.

“Não é preciso olhar as coisas sempre dos cansativos ângulos de sempre.” P. 152

As questões da juventude x velhice, modernização x conservadorismo, culpa, lembranças, as escolhas que fazemos e suas consequências diretas e indiretas na vida familiar... a sutileza com que são tratadas pelo autor, achei muito interessante.

“Não, não é ruim experimentar. Faz parte de ser jovem.” P. 195

Tudo se passa em um período histórico de transição, em meio aos escombros da guerra, com mudanças profundas na sociedade japonesa. Sem grandes reviravoltas, os relatos de Masuji Ono explicam como ele se tornou um artista famoso, a trajetória, questões familiares, perdas, luto, influências ocidentais, transformações sociais.

“A preocupação do artista é captar beleza onde quer que a encontre.” P. 189

Gostei de descobrir o significado de alguns termos, como haraquiri e miai.

Narrativa simples, sensível, reflexiva, com uma pitada de mistério, porém não me agradou tanto quanto eu esperava.
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Krishna.Nunes 04/03/2021

Nostálgico e sutil
"Um artista do mundo flutuante" nos apresenta um idoso que testemunha um momento de transição na história do Japão e vivencia o conflito entre gerações.

Em meio aos escombros de uma cidade depois da Segunda Guerra Mundial, um pintor aposentado conserva com certa nostalgia as memórias do seu passado e do prestígio do qual usufruiu um dia. Apesar de fingir humildade em todas as situações, ele tem orgulho de sua história (ou pelo menos não se arrepende de nada) e resiste a aceitar as mudanças culturais do pós-guerra.

Com sutileza e sensibilidade, porém sem melancolia, e revelando mais nas entrelinhas do que nas palavras, a narrativa em primeira pessoa nos transmite uma sensação de intimidade.

Quando começa a refletir sobre os motivos para ainda não ter conseguido um casamento para sua filha mais nova, que é bonita, inteligente e interessante, o protagonista alterna entre um sentimento de orgulho que flerta com a arrogância e o receio de que haja algo que possa envergonhá-lo em seu passado. Esse receio aumenta quando ele passa a ser bombardeado com indiretas de suas filhas.

Ainda que nunca questione se seu passado é tão digno e honrado quanto supõe, o velho artista se esforça para mostrar-se modernizado, ao passo que em seu íntimo preserva ideais conservadores.

Refletindo sobre um momento histórico que viria a mudar profundamente a sociedade japonesa, a obra também pinta um retrato sobre a velhice, a resignação e a culpa.
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Karina.Sasaki 22/11/2020

Gostei muito da experiência de ter lido, a tradução foi impecável, pra mim fez toda a diferença o tradutor ter deixados algumas palavras como "oji", "sensei", "obasan", em japonês. Foi um livro que eu tive vários pensamentos e conversando com outras pessoas, percebi que poderia ter várias interpretações. Mas acho que por eu saber que o autor* ganhou um prêmio Nobel de literatura (eu nunca tinha lido antes), eu estava esperando que seria o livro da minha vida, mas não foi bem assim. Foi uma leitura fluida, mas não me prendeu taaanto.
Krishna.Nunes 03/03/2021minha estante
Não é um livro que ganha o prêmio Nobel de Literatura, mas sim o autor. O prêmio não é por uma obra específica.


Karina.Sasaki 12/03/2021minha estante
ah sim. deixo a minha retificação.




Patricia 01/11/2020

A vida contada sobre a perspectiva de um idoso que viveu em um momento delicado da história e agora tem que lidar com os conflitos entre as gerações. Vale muito a pena a leitura.
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Isabela Zamboni | @resenhasalacarte 21/07/2020

Melancolia e nostalgia
Comecei a ler Um Artista do Mundo Flutuante, de Kazuo Ishiguro, porque amei o livro Não me Abandone Jamais. O estilo do autor é único: sutil, poderoso, sensível e comovente. Nesta obra, que conta a história de Masuji Ono —professor e pintor aposentado no período Pós-Segunda Guerra Mundial — de novo me encantei com a delicadeza do autor. Mesmo sendo uma história que, a princípio, dificilmente chamaria minha atenção, Um Artista do Mundo Flutuante é um livro sobre memória, culpa, envelhecimento e a melancolia de um país devastado pela guerra.

O narrador é o próprio personagem, que intercala seus dias de juventude no período pré-guerra com sua vida atual: um homem aposentado, cansado, que precisa arranjar um casamento para sua filha Noriko. Aparentemente, era uma prática bastante comum no Japão daquela época, chamada de Miai. A história se passa no final dos anos 40, enquanto o Japão se reconstruía após um período de devastação.

Masuji Ono perdeu a esposa e o filho na Guerra, então segue a vida apenas com as duas filhas e o neto. Também é frequentador assíduo de um bar que sobreviveu aos escombros, alternando seu tempo entre beber, conversar com amigos do passado, cultivar o jardim e rememorar seus anos de prestígio.

Sempre sinto um tom de melancolia nas obras de Ishiguro. Parece que estou lendo algo tão íntimo, que me sinto invasiva, como se estivesse lendo o diário de alguém, sabe? É uma sensação de estar fazendo algo errado, mas que exerce bastante fascínio.

Mesmo que no livro não existam grandes acontecimentos ou reviravoltas, acompanhamos os sentimentos, saudades e memórias de um velho pintor que precisa aprender a lidar com as novas gerações. Ono se surpreende com seu neto gostar de cowboys e tentar falar inglês. Ao mesmo tempo, faz críticas às pessoas e estabelecimentos que desejam “agradar os americanos”. Como artista, professor e pessoa que alcançou um alto nível de respeito, o personagem vive uma luta interna para tentar seguir seus dias sem se lembrar das dores do passado.

{Resenha completa no blog!}

site: https://resenhasalacarte.com.br/resenha/um-artista-do-mundo-flutuante-kazuo-ishiguro/
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Fabio.Filho 20/06/2020

Leveza em prosa
Kazuo Ishiguro conseguiu a proeza de contar uma história marcada por destruições e tristezas de uma forma leve e envolvente.
Um Artista do Mundo Flutuante narra a vida de um pintor japonês antes e depois da segunda guerra mundial.
Inicialmente pouco se sabe sobre Ono, mas seu passado e presente são gradativamente descortinados ao mesmo tempo em é colorido um quadro do Japão e da sociedade japonesa antes e depois da guerra.
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Amanda 16/06/2020

Reflexivo para os dias atuais!
Um artista do mundo flutuante tem sua ambientação no Japão, logo após a Segunda Guerra Mundial e conta a história de Masuji Ono, um artista renomado e aposentado que começa a relembrar o seu passado e diversas atitudes tomadas quando as negociações para o casamento de sua filha mais nova são canceladas devido seus atos no passado. Durante todo o livro, Ono tem um tom reflexivo sobre os valores que moldaram sua vida, desde quando ele desafiou o próprio pai e as tradições impostas a ele, para se tornar um artista, até os questionamentos/?alfinetadas? de suas próprias filhas sobre o seu passado. O livro permite ao leitor entender que a vida é feita de escolhas e independente se achamos que ela é certa ou errada, teremos uma hora que encarar suas consequências. E muitas vezes é necessário dar passos ousados e com extrema determinação para sermos reconhecidos e sairmos do comum. Além disso, a escrita de Kasuo Ishiguro, nesse livro, é extremamente fácil e ele sempre brinca com o leitor com a questão dos flashbacks, algo que percebi ser características de sua escrita e que me agrada muito.
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Gabriel 04/06/2020

Como vivem os vencidos
Tanto a guerra quanto o fenômeno industrial que a sucedeu teve profundo efeito no espírito coletivo do Japão. Isso é perceptível inclusive em muitas das grandes obras da cultura pop do país que aludiam a um universo saturado por tecnologias, empresas, business. A efusão da metrópole redesignava toda uma série de códigos da vida comum japonesa. Era como se uma espécie de ruptura entre dois momentos absolutamente opostos introduzisse um novo zeitgeist e todos os civis deveriam seguir novas regras de um novo mundo. Essa ideia de uma realidade inédita surge inclusive diversas vezes nos discursos de Ono, um renomado pintor do período entre guerras, quando compara a nação com uma criança aprendendo a andar, e talvez esteja recebendo estas lições de um adulto estranho e estrangeiro.

Masuji Ono é convocado a confrontar as escolhas de seu passado e, principalmente, as consequências do que defendeu enquanto um homem que contribuiu com o governo fascista da época. Uma vez que esta postura é vista com profunda desaprovação com o mesmo ardor com o qual era defendida o protagonista passa a recear que sua carreira tenha um resultado negativo nas negociações para o casamento de sua filha mais nova, Noriko. Ocorre que Noriko já está um pouco mais velha do que o consenso da época entendia que era o tempo adequado para uma mulher solteira e seu primeiro pretendente declinou. Por acreditar ter tido parte neste fracasso Ono revisita seu passado tanto geograficamente quanto em memória em discursos extremamente dispersos onde memória e tempos diferentes se interverem e se invadem de uma maneira mais bruta do que o jeito cerimonioso do personagem em vagar nos permite achar de primeira.

É particularmente cativante o modo como a narração trafega pelos relatos da memória de Ono, inclusive por vias muito dos detalhes para nos elucidar sobre a própria forma autocomplacente que elas são retomadas. Há sempre uma desculpa, um porém, uma reparação do protagonista de que "talvez não tenha sido dito assim, mas muito próximo disso". Sempre conduzindo o depoimento para que justifiquei-o, mas talvez tropeçando no caminho e não tendo tanto controle de seu fluxo de pensamento Masuji Ono deixa escapar suas mágoas, suas saudades e suas frustrações. Muitas vezes lembra de episódios em que terceiros afirmaram lhe considerar em muita estima para logo em seguida emendar com um discurso sobre "sempre se impressionar com isso" num padrão repetitivo que deixa suspeitas sobre sua tão orgulhosa humildade.

Também lembrando do empenho que deslocou para sua arte no passado e nas pessoas que abandonou nesse processo o protagonista soa ressentido com os méritos de seu esforço ao final serem algo do qual deveria resignadamente se desculpar tendo em vista onde levaram. É todo um novo empreendimento argumentativo no livro, tendo em vista como o casamento de sua filha estava em jogo, para que Ono possa se orgulhar de "não se orgulhar" do passado, mantendo a compostura de um patriarca seguro, mesmo que a própria família já não o trate com a reverência de antes. O "antes" acompanha o olhar de personagem e autor por cada rua que antes emoldurava festejos de um futuro próximo promissor, mas hoje desmembra as ruas de uma lembrança recente para pavimentar novos caminhos.

De alguma forma é a intenção de todos os outros personagens ao redor de Ono buscar um futuro que remete à indústrias, ao crescimento econômico e uma internacionalização muito explicitada no clamor de seu neto por heróis ocidentais. Ainda que tenha de aceitar isso com o suspiro vencido de um homem que já teve seu tempo, os personagens mais velhos que visita, alunos, mestres e companheiros de bebida não estão verdadeiramente satisfeitos com essa mudança e não parecem ser capazes de abandonar o passado.

É um passado que resguarda as memórias de esposa e filho perdido na guerra, mas também assina a culpa mal admitida de ter entregue seu melhor aluno para órgãos repressores e o levado à tortura. Tempo em que houve convicção e glória ao lado de traição e remorso. É esse tempo que torna Ono um artista incapaz de alienar-se e ascender a um mundo flutuante onde a felicidade pode ser obtida como um desvio na curva de um mundo destruído. Esta alegria gentil e enganosa que deitava nos traços finos e suaves de cortesãs não estaria mais ao alcança de um homem que pintou a fúria impetuosa de um país em vias de autodestruição.
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Felipe 07/05/2020

Interessante
Achei o livro bastante interessante, e a algum tempo queria ler alguma coisa do autor, e por eu ter achado o título muito interessante decidi começar por ele mesmo.
Bom, a história não é muito complexa de se entender, pois basicamente são relatos de certos momentos da vida do protagonista Ono, que era um artista plástico de grande renome na época dele. O pano de fundo que tem maior influência nos relatos, é situação de pós guerra no qual o Japão se encontra, então é através dessa situação que vai sendo contado esses relatos, que vão desde de como o Ono se tornou esse artista famoso, situações familiares, e a grande transformação que o Japão sofreu devido à influências do mundo ocidental.
Sinceramente eu fui desgostando cada vez mais do protagonista no decorrer da história, porque parecia que ele tinha a necessidade de inflar o próprio ego pelo simples fato de ter tido grande influência na vida de muitas pessoas que ele ajudou, e isso foi bem chato. Além disso, ele ainda queria ter a razão o tempo todo, e enquanto ele contava essas histórias, parecia que ele estava destratando todo que não tivesse o talento igual ao dele.
Mas, apesar de tudo, foi uma leitura leve e uma boa experiência que tive em relação a cultura japonesa, e escrita do autor colaborou muito para isso.
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otxjunior 04/05/2020

Um Artista do Mundo Flutuante, Kazuo Ishiguro
Selo de qualidade Nobel Ishiguro: narrador não confiável, memórias fragmentadas, escrita elegante e fluida. Mas já havia lido tudo isto e melhor em Os Vestígios do Dia. Pareceu mais um rascunho de seu romance mais famoso.
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Sara Muniz 20/04/2020

RESENHA - UM ARTISTA DO MUNDO FLUTUANTE
Um Artista do Mundo Flutuante é um romance de Kazuo Ishiguro, vencedor do Prêmio Novel da Literatura. A obra é protagonizada por Ono, um pintor japonês "rebelde" durante a Segunda Guerra Mundial, enfrentando as autoridades do governo imperial.

A história tem como narrador-protagonista, Masuji Ono, um homem já idoso e aposentado, mas que foi um pintor reconhecido por suas pinturas de teor de propagandas, durante a Segunda Guerra Mundial. O enredo tem um fluxo leve e, conforme o passar das páginas, vamos conhecendo mais a personalidade do protagonista, o passado dele, suas filhas e seu neto.

Inclusive, as interações de Ono com Ichiro, seu netinho, são extremamente interessantes, principalmente pelo fato de Ono ser um senhor de idade e ter uma visão um tanto quanto machista demais para a atualidade. Esse aspecto reflete nos ensinamentos que ele tenta passar para o neto, falando de suas filhas e de coisas que só eles, enquanto homens, podem fazer. De certa forma, ele desmerece as mulheres e demonstra o seu ponto de vista enquanto pessoa pertencente de sua geração.

A abordagem cultural japonesa também se mostra forte, somada ao conservadorismo e tradicionalismo japonês, uma vez que podemos acompanhar, durante o desenrolar da história, o casamento arranjado para a filha mais nova de Ono: os jantares com a família no noivo, a escolha dos pretendentes e o fato de o neto dele ter vindo do casamento arranjado da filha mais velha.

Além disso, Ono reflete bastante sobre os impactos que a guerra e o fim da guerra tiveram em seu país. Como o evento afetou alguns bairros que ele costumava frequentar antigamente e quais impressões deixaram para a juventude atual. O personagem passa a impressão de sentir culpa, principalmente porque desde sua infância, seu pai reprovava a ideia do filho se tornar um pintor. Ono, na verdade, nada mais fez do que tentar defender os menos favorecidos naquela época.

O modo como Kazuo Ishiguro conduz o enredo, sob os olhos de um idoso que contribuiu para um evento muito importante, é impressionante. De um lado, temos um senhor que vive dias tranquilos e sem tarefas, mas que relembra o passado vividamente. Do outro lado, temos um homem que participou de momentos conturbadíssimos e que todos os dias cravava nas memórias os efeitos que a guerra tinha em seu povo. Por isso Ono é um artista em um mundo flutuante. O tempo flutua sempre, mas a arte, se importante, afetará e perdurará flutuando por gerações.

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS, LINKS E IMAGENS DO LIVRO, VISITE O MEU BLOG:

site: https://interesses-sutis.blogspot.com/2019/11/resenha-um-artista-do-mundo-flutuante.html
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Laerte 09/04/2020

Livro bem levinho, apesar do período histórico em que se passa. É um pouco parado, trazendo na maior parte do tempo as rememorações de um pintor aposentado, dos seus tempos de auge e do inicio de sua carreira.
Acho que o que deixa o livro mais interessante, além do fato de ser em primeira pessoa, é a dinâmica familiar do personagem principal. O choque de gerações, e de uma cultura que aos poucos foi perdendo tanto do seu brilho e absorvendo aspectos do ocidente.
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Flavia Sena 31/03/2020

Ao longo da história dá pra perceber uma certa dualidade em vários aspectos. Ao mesmo tempo a força de vontade e intenções de Ono me parecem aplicáveis também ao ideal "oposto". É como se através do vai-e-vem de suas memórias, passeando pelo passado e presente de modo bem fluido, fosse possível entender melhor suas motivações. Adorei as descrições dos lugares e as observações que ele fazia sobre como as pessoas se comportavam neles. A narrativa te prende bastante, mas ainda assim, por algum motivo, não me envolveu totalmente.
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