Um artista do mundo flutuante

Um artista do mundo flutuante Kazuo Ishiguro




Resenhas - Um Artista do Mundo Flutuante


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Helena 28/03/2021

Morno
O tipo de livro que a gente lê esperando que algo aconteça, e não acontece nada.
História bem leve de um idoso contando sua vida, com a sua família e só.
Lerinha80 28/03/2021minha estante
Do Ishiguro já li os vestígios do dia, que adorei, e o gigante enterrado, que não gostei tanto, mas foi válida a leitura.


Helena 28/03/2021minha estante
Lerinha, cheguei com expectativas altas por ter lido Não Me Abandone Jamais, que eu gostei muito! Me decepcionei um pouco com esse, mas é assim mesmo né rsrsr


Lerinha80 28/03/2021minha estante
Tenho muita vontade de ler não me abandone jamais. ??


Helena 28/03/2021minha estante
É muito sensível, vc vai gostar, certeza




Pappa 09/11/2009

Leitura leve
Um Artista do Mundo Flutuante conta a história de Masuji Ono, um velhinho japonês aposentado, que havia sido um pintor de renome na época da segunda guerra mundial. Enquanto ele tenta ajudar a filha a arranjar um bom casamento, vai se lembrando do seu tempo de aprendiz, e diversas passagens da sua vida profissional e pessoal.

A história é leve, trivial. Não traz aquela vontade de não parar de ler, mas de tão simples e com um personagem principal muito cativante, consegue manter o leitor até o fim do livro. Apesar de não ter uma história com muito apelo, também não nenhum ponto negativo forte. Mais para o fim do livro, algumas passagens do seu aprendizado até passam a ser bem interessantes.

O autor consegue manter uma linha nem um pouco cronológica na história (principalmente as lembranças do senhor, que vão e vem) sem tornar o livro confuso. Eu parei de ler o livro por algumas semanas e isso acabou atrapalhando um pouco, porque alguns personagens da sua lembrança vão e voltam, e eu acabei esquecendo da história de pelo menos um deles.

A única coisa irritante é a forma como as filhas tratam o sr. Ono, mas isso talvez seja até um ponto positivo, pois mostra mais uma faceta do livro que achei interessante: ele é muito plausível. Parece quase como se o velhinho estivesse te contando pessoalmente a história da vida dele.

No fim é uma história sobre as mudanças, sobre dar tudo de si quando se tem fé e não negar o seu passado. E a mensagem é bem passada.
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Disotelo 11/04/2023

A Obra Antes da Obra Prima
Essa obra data de 1986, Vestígios do Dia, obra-prima do mesmo autor, é de 1989. Os protagonistas tem bastante em comum, ambos estão velhos e atravessam o processo auto-crítico de revisão da vida, ambos tiveram a segunda guerra como palco de suas fases mais críticas. De certo modo, sinto que são variações da mesma ideia inicial, ideia que foi bem trabalhada aqui mas que alcançou a excelência em Vestígios do Dia.
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Krishna.Nunes 04/03/2021

Nostálgico e sutil
"Um artista do mundo flutuante" nos apresenta um idoso que testemunha um momento de transição na história do Japão e vivencia o conflito entre gerações.

Em meio aos escombros de uma cidade depois da Segunda Guerra Mundial, um pintor aposentado conserva com certa nostalgia as memórias do seu passado e do prestígio do qual usufruiu um dia. Apesar de fingir humildade em todas as situações, ele tem orgulho de sua história (ou pelo menos não se arrepende de nada) e resiste a aceitar as mudanças culturais do pós-guerra.

Com sutileza e sensibilidade, porém sem melancolia, e revelando mais nas entrelinhas do que nas palavras, a narrativa em primeira pessoa nos transmite uma sensação de intimidade.

Quando começa a refletir sobre os motivos para ainda não ter conseguido um casamento para sua filha mais nova, que é bonita, inteligente e interessante, o protagonista alterna entre um sentimento de orgulho que flerta com a arrogância e o receio de que haja algo que possa envergonhá-lo em seu passado. Esse receio aumenta quando ele passa a ser bombardeado com indiretas de suas filhas.

Ainda que nunca questione se seu passado é tão digno e honrado quanto supõe, o velho artista se esforça para mostrar-se modernizado, ao passo que em seu íntimo preserva ideais conservadores.

Refletindo sobre um momento histórico que viria a mudar profundamente a sociedade japonesa, a obra também pinta um retrato sobre a velhice, a resignação e a culpa.
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Karina.Satie 28/06/2021

Um livro que eu não queria acabar de ler! Favoritado da vida
Quero ler mais livros do autor, a escrita é bem fácil e eu me conectei rapidamente. Me ?perdi? várias vezes nos pensamentos do personagem e me encontrei sentada no banco no Japão com o Ono - personagem principal - escutando suas histórias. É um livro sobre memórias e a história do personagem, não é nada fantástico ou de outro mundo, mas traz vários ensinamentos que irei levar para vida. Amei! Possivelmente lerei novamente no futuro.
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FerBonomo 01/08/2023

Um retrato da vida
No Artista do Mundo Flutuante, Kazuo vai nos levando pelas lembranças do senhor Ono, um artista que viveu os tempos das guerras e pós guerras e soube se adaptar aos obstáculos para seguir vivendo bem! Dentro de seu contexto histórico e cultura, é um lindo relato sobre como a vida flutua e nós temos que ir nos adaptando ao longo dos anos!
É necessário fazer um distânciamento histórico para conseguir curtir cada momento do livro; é preciso entender o tempo e a cultura em que a história vai sendo contada, senão fica difícil gostar dela, pelos olhos de hoje e do ocidente!
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skuser02844 27/02/2023

Kazuo Ishiguro era um autor que me chamava muita a atenção, primeiramente por ser japonês, apesar de naturalizado inglês, e seus livros serem considerados também literatura inglesa, já que ele saiu do Japão aos 5 anos de idade... tipo Clarice Lispector, que não era brasileira, mas era... outra coisa que me despertava o interesse no autor era o fato de ele ter recebido, em 2017, o Prêmio Nobel de Literatura, meu primeiro contato com sua obra foi há alguns anos com o livro O Gigante Enterrado, sobre o qual já falei aqui no blog, foi uma experiência de leitura maravilhosa e decidi que leria tudo que pudesse desse autor, mas sem pressa, pra não esgotar a obra hehe.

  Como meu segundo livro dele resolvi pegar o segundo livro que ele publicou, aqui conhecemos Masuji Ono (????? provavelmente escrito com ideogramas, mas como não é falado no livro vamos deixar em hiragana mesmo), Ono é um pintor aposentado, é a ele que o título se refere, o tal mundo flutuante diz respeito à vida noturna do Japão da geração passada, as festas elegantes, a vida boêmia...

  É um livro que vai nos apresentar um conflito de gerações, localizado cronologicamente no pós-guerra, depois de todo o desastre das bombas nucleares e da ocupação americana na terra do sol nascente. Ono é aquele narrador do qual você não gosta, não que você vá morrer de amores por qualquer personagem aqui, mas Ono é quem nos conta a história, ele é um homem arrependido e amargurado.

  Depois de perder seu filho para a guerra e ter um relacionamento complicado, para dizer o mínimo, com suas filhas, Ono reflete sobre seu papel, enquanto artista, em propagandear a guerra, se culpa pelas obras panfletárias que criou e que, indiretamente, levou tantos jovens japoneses, assim como seu filho, que foi convencido mais diretamente, a ingressarem e morrerem em uma guerra na qual o Japão não precisava, realmente, ter se envolvido.

  Ao mesmo tempo que questiona a prostituição da arte para propaganda bélica, Ono tambem sofre com pensamentos de que a arte não tem toda essa influência e que todo o seu trabalho pode não ter significado nada nem influenciado ninguém... E ele não sabe qual dos temores é o pior.

  Esse narrador levemente rabugento, antipático e frio com a própria família nos conduz pela história se contradizendo em meio a paranóias melancólicas e mostrando o conflito de ideias entre ele e suas filhas,  questionando suas convicções interiormente enquanto questiona a dos demais de forma aberta e em voz alta. É o tipo de narrador que amamos odiar, pois no final da história, não sabemos exatamente quanto do que ele nos contou sobre si e sobre os outros podemos tomar como verdade absoluta, já que o decorrer dos fatos já nos mostra que o mundo não é  exatamente como ele pintou para o leitor.

  Sobre a edição do livro eu tenho que parabenizar a editora, adoro quando dão um padrão para um autor, e aqui vemos esse livro de cor vibrante,  com o corte do miolo da mesma cor, com esse hot stamp na ilustração de capa que conversa com o título e harmoniza muito bem como um todo.

  É um livro bem diferente do outro que li do autor, ainda acho que gostei mais daquele, mas sem dúvida é uma leitura envolvente e reflexiva, lenta, mas que vale a pena.
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otxjunior 04/05/2020

Um Artista do Mundo Flutuante, Kazuo Ishiguro
Selo de qualidade Nobel Ishiguro: narrador não confiável, memórias fragmentadas, escrita elegante e fluida. Mas já havia lido tudo isto e melhor em Os Vestígios do Dia. Pareceu mais um rascunho de seu romance mais famoso.
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Paulo 03/01/2023

O tempo passa
Esta leitura foi, sobretudo, sobre o passar do tempo. Este tempo que passa é bem evidenciado nos conflitos entre gerações, no ambiente urbano (as casas e os apartamentos , o "bairro dos prazeres"...) em constante transformação e nos costumes e valores morais colocados em xeque.
Neste contexto, o protagonista, que ao chegar a idade idosa, encontra-se questionando suas escolhas e ações passadas: desde a infância e adolescência até a vida adulta. Nisto, acaba reconhecendo erros e passa a lidar com um sentimento constante de culpa quando percebe que muito do que tomou como garantido ao longo dos anos foi estilhaçado.
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Lucas.Hagemann 23/04/2021

Condução narrativa maravilhosa
Fantástica a forma como o Ishiguro, através do narrador, conduz nós leitores pela história de vida do protagonista e seus passados e o presente. Primeiro livro que leio do Ishiguro e já me fez coloca-lo entre os meus autores preferidos.
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Camila.Szabo 05/09/2021

Confrontos e mudanças sutis trazidas pelo pós Segunda Guerra
Ono, o protagonista é um pintor idoso que ao tentar resolver uma questão familiar, percebe e vai assimilando mudanças no comportamento das pessoas, na geografia do Japão pós guerra, na visão que as pessoas têm dele e de seu trabalho.
Ele, ao longo do livro, vai nos contando sobre esse caso familiar e mesclando com suas memórias e suas questões em relação ao seu próprio passado.
É muito interessante observar as diferenças culturais que nós, ocidentais e latinos, temos em relação aos japoneses, principalmente ao protagonista que além de tudo é de outra geração.
Um livro bem leve e gostoso de ler.
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Giovana 11/05/2021

A leitura me cansou um pouco. Talvez pelo excesso de divagações, o que faz sentido pela narrativa e tema.

Pensei bastante sobre as situações que estamos vivendo e como pessoas acham que estão fazendo algo bom, quando na verdade estão completamente enganadas em suas ações.
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Higor 01/09/2018

'Lendo Nobel': sobre o passado que condena
Há tempos esgotado no Brasil, ‘Um artista do mundo flutuante’ ganhou casa editorial, capa e tradução novas por conta da nomeação de Kazuo Ishiguro ao Nobel de Literatura. Antes desprezado na Editora Rocco, o título fora resgatado pela Companhia das Letras, casa que sempre atendera os pedidos do autor, desde que começara a publicá-lo, no final da década de 80.

Por conta do tratamento indiferente ao livro, mais parecia se tratar de uma história esquecível, que não iria agregar mais nada a quem quisesse conhecer a bibliografia inteira de Ishiguro. Ledo engano. O livro é grandioso.

Embora aborde um assunto batido, mesmo em 1986, época em que foi originalmente lançado, que é o da Segunda Guerra Mundial e suas conseqüências, 'Um artista do mundo flutuante' é contado por um prisma diferente, e até então não explorado: o de pessoas que não foram para a Guerra, mas que enviaram seus filhos e netos, e eles não voltaram.

Concentrando-se em Masuji Ono, pintor renomado, a história nos conduz à bela e tradicional cultura familiar japonesa, onde o protagonista vive na incompreensão com a solteirice de sua filha, Noriko, uma jovem bonita, inteligente e até interessante, que logo desperta a atenção dos rapazes, mas que fazem com que eles, em algum momento qualquer das negociações, desistam dela.

Angustiado com o que pode estar acontecendo, Ono parte em busca de amigos e pessoas respeitáveis da época de sua juventude, para que eles se tornem fontes de confiança, caso alguém queira investigar o passado da família, o que por si só é uma besteira, segundo o velho Ono, já que o seu passado não envergonha. Ou será que envergonha?

Assunto parcialmente repetido em 'Os vestígios do dia', de 1989, ‘Um artista do mundo flutuante’ leva o leitor a refletir sobre a maneira como usamos nosso tempo, e em que nos dedicamos ao longo da vida. Além disso, temas como culpa e memórias permeiam ambos os livros, com uma sutileza que consegue ser pontuda o suficiente para machucar.

No entanto, ao contrário do que pode parecer, um livro não é uma extensão ou um rascunho do outro. Em ‘Vestígios do dia’ vemos um Kazuo amadurecido (não que ele não seja no anterior), e mais britânico que japonês, propriamente dizendo. Parece uma incrível história oriental que teve sua versão ocidental, com todas as adaptações culturais necessárias, que acabou fazendo mais sucesso.

A diferença está no posicionamento de Musaji e Lord Darlington com relação à Guerra, além do próprio ano de ambientação da história, mas o grosso está em ambos os ótimos personagens, e a maneira como eles refletem sobre o passado, suas escolhas e consequencias deixam o leitor reflexivo.

Belo, como a escrita de Ishiguro em todos os seus livros, ‘Um artista do mundo flutuante’ é preciso e agonizante. Assim como seu magnum opus, ‘Os vestígios do dia’, nos faz refletir quem e como somos na sociedade, e como nossas escolhas reagem não somente na nossa vida, mas na de quem, mesmo que indiretamente, participa dela.

Este livro faz parte do projeto ‘Lendo Nobel’. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
Jorge 19/10/2018minha estante
Que tapa na cara da Rocco.


Flavio Rocha 28/06/2019minha estante
Belo texto!


José Cláudio 19/01/2020minha estante
eu comprei a edição da Rocco no sebo, é vergonhosa mesmo, a última página é efetivamente a última página da encadernação, até fiquei em dúvida se o texto acabava ali mesmo... mas é um livro que vale a pena ler




sara320 11/01/2022

sutil, profundo e necessário
meu primeiro contato com o kazuo ishiguro ocorreu durante a minha leitura de o gigante enterrado, que foi muito proveitosa e marcante. um artista do mundo flutuante é muito bem escrito: os preconceitos e tradições do povo da época são evidenciados, a progressão histórica é perfeita e os impactos da guerra no imaginário coletivo japonês são retratados de forma fiel e impactante. além disso, o autor descreve os cenários, as paisagens e as diversas faces da cultura japonesa de modo inigualável. minha vontade de conhecer os jardins, bichos e cantinhos do japão só cresceu com a leitura. todos nós temos o nosso mundo flutuante, de um modo ou de outro. a obra vale muito a pena!
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Aegla.Benevides 23/12/2021

Leitura sem muitos acontecimentos
Em ?Um artista do mundo flutuante? (1986), Masuji Ono, o protagonista, embarca em uma viagem ao passado ao negociar o casamento da filha mais nova. Ono foi, durante a Segunda Guerra Mundial, um famoso pintor que fugiu do tradicionalismo japonês e utilizou a produção propagandística a favor do seu país. Com a culpa que carrega pelos posicionamentos políticos da época, a reputação que construiu e um pouco de saudosismo, ele recria acontecimentos dos seus anos áureos em uma monótona, mas interessante narrativa.

Sem dúvida nenhuma, Ishiguro tem uma forma única de falar sobre o tempo. Embora o livro em questão não possua um clímax, a história se desenrola de maneira marcante ? palavras de quem pausou a leitura por dias diversas vezes e conseguiu retornar sem precisar ler as últimas 20 páginas para entender o que estava acontecendo. Foi uma boa e cativante primeira experiência com o autor e definitivamente pretendo conhecer mais da sua escrita.
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