Mateus 13/07/2011
Quando se fala em Demolidor, quase todas as pessoas se lembram apenas e exclusivamente do filme lançado em 2003. Mas Demolidor vai muito além de Ben Affleck e seu filme mal feito. Quanto mais leio as histórias de super-heróis, mais percebo o quanto as adaptações cinematográficas ficaram péssimas. Demolidor, sem dúvida, foi um dos piores filmes. Para entender o que estou falando, nada melhor do que ler esse incrível livro, que reúne as cinco primeiras edições da série "Diredevil: The Man Without Fear" onde estão as verdadeiras raízes do super-herói.
Matt Murdock não é apenas um garoto que ganha super poderes ao ficar cego com material radioativo. O personagem vai muito além disso: quando criança, já dava sinais de que seria um grande lutador, e não a toa seu pai o proibia de lutar. Ao ficar cego, tudo parecia perdido, mas se não fosse pelo misterioso Sitck, que o treinou durante muito tempo e o despertou para seus apurados sentidos de audição e olfato, ele não seria absolutamente nada. Apenas quando seu pai é assassinado um desejo por vingança começa a transformá-lo em justiceiro, mas um desejo apenas de aniquilar seus inimigos, e não pessoas inocentes. E isto é o que predomina na vida de Matt Murdock, até o dia que se torna o verdadeiro Demolidor.
Mas nem só o Demolidor rouba a cena. A personagem Elektra, sem dúvida, é um dos pontos principais da HQ. Uma mulher com uma beleza singular, de olhar desvairado e que parece estar a beira da loucura. Mas acima de tudo, uma mulher sexy. E é exatamente com isso, e ao lado de sua extrema semelhança com Matt Murdock, que os dois acabam ficando juntos.
Esta edição de Demolidor - O Homem Sem Medo foi escrita por Frank Miller para acabar de vez com todos os furos existentes na infância de Matt Murdock, além de explicar alguns acontecimentos futuros. Vai desde sua infância conturbada, o assassinato do pai, o acidente, a faculdade, até Foggy Nelson e o Rei do Crime. Em capa dura e extremamente bem feita, traz para minha maior alegria (e de todos os fãs) ilustrações e esboços extras de Romita Jr., além de uma pequena reportagem falando sobre essa incrível edição. Sem contar que as ilustrações de Romita Jr. são indescritíveis, além de Frank Miller mais uma vez se mostrar brilhante. Dá para perder?