O Anti-Édipo

O Anti-Édipo Gilles Deleuze
Félix Guattari




Resenhas - O anti-Édipo


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Brovanna 24/01/2024

Excepcionalmente complexo em tudo que é o movimento do seu ser interior, de querer colocar o teu desejo em um outro significado.. q pode ser o significado diferente do desejo interno.. e, com isso, podemos perceber também que o deleuze e guattari, ambos estabelecem um esquizofrênico como modelo, o neurótico como modelo de análise, e, esse esquizofrênico ele goza das máquinas desejantes por si só, fazendo com que ele não viva a natureza como uma, mas como o processo de produção como o esquizo...
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Nosremekk 16/09/2023

Isso mata...
Dificil e incrível, não tem como continuar pensando da mesma maneira depois de ler este livro. Apesar da dificuldade de primeiro contato deem uma chance pra obra!
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Israel68 11/07/2023

Muito além que uma critica a psicanalise
Acho que um erro absurdo que muitos cometem a comentar esse livro é resumi-lo a: "uma critica da psicanalise." E isso é um erro tremendo. O anti-édipo é um livro que ultrapassa em muito uma simples "nova forma de terapia e analise." Mas é, na verdade, toda uma nova interpretação histórica-mundial.
Uma leitura do anti-édipo é uma leitura que passa por todos os momentos históricos e seus desenvolvimentos até o capitalismo contemporâneo. As maquinas desejantes, os conjuntos molares e moleculares, as sínteses conectivas, objetos parciais, grupos sujeitos e sujeitados, o territorialismo e seu oposto, o corpo sem orgãos etc. Todos esses conceitos trabalham em prol de um conceito que busca uma reinterpretação dos processos históricos de uma forma que busca a libertação do individuo. VIVA AS MAQUINAS DESEJANTE
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Paulo Silas 16/12/2022

Buscando evidenciar e potencializar a noção de desejo - para além de pretensões outras tantas -, Deleuze e Guattari fazem uma ampla, densa e profunda abordagem crítica contra algumas categorias engessadoras da psicanálise e da psiquiatria, tendo como resultado uma obra complexa que pode ser considerada também como revolucionária no âmbito em que se situa, produção essa resultante do influxo de Maio de 68. Tem-se em "O Anti-Édipo" uma espécie de leitura filosófica crítica da psicanálise, propondo os autores uma leitura diferente sobre a constituição do sujeito e da sociedade em que se situa e constitui, o que resulta naquilo que no campo clínico é designado como esquizoanálise.

Nessa robusta obra que ultrapassa as 500 páginas, há uma divisão capitular que estabelece de forma não necessariamente ordeira os campos tratados em cada qual. No primeiro capítulo, "As máquinas desejantes", os autores abordam e definem importantes conceitos como 'produção desejante', 'corpo sem órgãos', 'máquina' e outros. No segundo capítulo, "Psicanálise e familismo: a santa família", critica-se o imperialismo do Édipo e de algumas outras estruturas na psicanálise. Já no terceiro capítulo, "Selvagens, bárbaros e civilizados", a máquina capitalista civilizada é abordada dentro do contexto de análise proposto pelos autores. No quarto capítulo, "Introdução à esquizoanálise", os autores explanam sobre os conceitos e o processo da proposta esquizoanalítica. A obra é encerrada com um apêndice que funciona como um "balanço-programa para máquinas desejantes".

"O Anti-Édipo" é de uma leitura bastante complexa, cujo processo de estudo é árduo, difícil, exigindo do leitor um mínimo de conhecimento prévio sobre muitas categorias psicanalíticas - ou sobre a psicanálise em geral -, além de pressupor a leitura de obras tantas outras. É um livro desafiador, portanto, que traz uma contundente crítica contra a psicanálise, não a refutando no todo, mas construido diferentes leituras sobre muitas questões tratadas pelo campo psicanalítico - como o inconsciente, por exemplo. Uma obra que reúne elementos da filosofia, da psicanálise, da antropologia, da literatura, da economia, das artes em geral, da ciência, da biologia e da política, constituindo assim uma abordagem plural por Deleuze e Guattari que é e deve ser considerada como uma clássico necessário para o campo das ciências humanas e sociais.
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Mariah 17/08/2022

Les Déclencheurs
IV.

"CAPITULO 4 = INTRODUÇÃO A ESQUIZO-ANÁLISE = Qual é o primeiro? A galinha ou o ovo? Qual é o primeiro? O pai, a mãe ou o filho? __________A psicanálise procede como se fosse o filho (a única doença do pai é a sua própria infância) mas é obrigada, ao mesmo tempo, a postular uma pré-existência parental (o filho só o é em relação a um pai e a uma mãe). O próprio Édipo não seria nada sem as identificações dos pais com os filhos; e não se pode esconder que tudo tem origem na cabeça do pai: > [...] > AA4 > O Édipo antes de ser um sentimento infantil de neurótico,______é uma ideia de paranoico adulto. É assim que a psicanálise não consegue evitar >>>>> uma regressão infinita: o pai teve que ser filho, mas só o foi em relação a um pai, que também foi filho em relação a um outro pai."

A tese da esquizo-análise é muito simples: o desejo é máquina, síntese de
máquinas, arranjo maquínico - máquinas desejantes. O desejo é da ordem da
produção e qualquer produção é ao mesmo tempo desejante e social. Acusamos
assim a psicanálise de ter esmagado esta ordem da produção, de a ter substituído
pela da representação.

Longe de ser a audácia da psicanálise, a ideia de uma representação inconsciente assinala, desde o início, o seu fracasso ou a sua renúncia: um inconsciente que não produz, mas que se limita a acreditar ...

O inconsciente
acredita no Édipo, acredita na castração, na sua lei. ..

É indubitável que o psicanalista é o primeiro a dizer que, em rigor, a crença não é um ato do inconsciente mas do pré-consciente. E não se deverá mesmo dizer que é o psicanalista que acredita, o psicanalista que vive dentro de nós? Será a crença um efeito exercido à
distância sobre o material consciente, pela representação inconsciente?

Mas, inversamente, o que reduziu o inconsciente a esse estado de representação não foi
um sistema de crenças que substituiu o das produções?

Na realidade, a produção
social é alienada em crenças supostamente autónomas,

ao mesmo tempo que a produção desejante é desviada
para representações
supostamente inconscientes.

E é uma mesma instância - a família, como já vimos - que realiza esta dupla
operação,
desnaturando, desfigurando e colocando num impasse a produção desejante social.

Assim, a ligação da representaçáo-crença com a família não é acidental, porque é da essência da representação o ser representação familiar. Mas isso não consegue suprimir a produção, pois ela continua a bramir, a roncar sob a instância representativa que a abafa, mas que, em compensação, ela pode abalar até ao limite da ruptura. É portanto necessário que a representação recorra a todo o poder do mito e da tragédia, que apresente uma família mítica e trdgica (e um mito e uma tragédia familiares), para conseguir atingir efectivamente as zonas de produção.

Mas o mito e a tragédia não serão também produções, formas de produção?

É claro que não; só o são quando se relacionam com a produção social
real, com a produção desejante real. Doutro modo são formas ideológicas que
usurparam o lugar das unidades de produção. Quem é que acredita no Édipo, na
castração, etc.? Os Gregos? Mas os Gregos não produziam da mesma maneira que
acreditavam? Serão os helenistas que acreditam que os Gregos produziam assim?
pelo menos os helenistas do século XIX, de quem Engels dizia.
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Franciele143 20/03/2021

O código do Anti-Édipo é o corpo sem órgãos, ou todo espaço territorial e corpo humano se transforma em máquinas, sejam elas de desejo ou desejantes. O corpo sem órgãos é a falta, a necessidade pois um completa o outro, a terra precisa do trabalhador para ser cultivada, o trabalhador precisa das máquinas para cultivar a terra, as máquinas tem um custo que saem dos bolsos dos investidores, ricos e etc, e por sua vez a terra dar frutos que alimentará todos, um com uma grande fatia e outros com míseras unidades. Em todo caso o complexo do Édipo liga a complexibilidade de interesses capitais a abuso sexual, polarizando corpos sem órgãos que seria a necessidade dos trabalhadores, mais tudo em uma forma lúdica e abstrata, pois a mitologia do Édipo explica uma tragédia familiar, na teoria de Deleuze o abuso sexual infantil vistos de forma a condenar o capitalismo, o corpo sem órgãos, os abusos da alma o castramento mental por ondem imaginada dos pais. É bem complexo mas se ler e reler dá pra chegar a uma conclusão.
Charles 03/07/2021minha estante
Fiquei com vontade de ler AGR rsrs


Douglas 04/08/2021minha estante
Excelente resenha




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