Tissa 14/07/2013
Heroísmo hereditário.
Que existem fanfics de extrema qualidade no mundo literário, é apenas um fato que muitos conhecem. E se não conhecem, bem... Comecem por James Potter!
Quando a leitura se inicia, provavelmente você terá baixas expectativas, e eu sugiro mesmo que seja assim. Harry Potter não pode ser melhorado, ou superado, eu penso. E não é nada disso que James Potter e a Travessia dos Titãs tenta fazer.
Sendo extremamente honesta, em um primeiro momento, não é James que o conquista. É Zane. O melhor amigo recém adquirido em viagens de trem, no melhor estilo Rony Weasley. O que mantém a leitura, se quer realmente saber, é a sensação nostálgica que nos causa observar novamente os nossos antigos personagens favoritos. Mas, após algum tempo, quando o estilo de escrita objetivo na medida certa te agarra, você simplesmente não pode ir embora. Você assiste James Potter tomar forma, e distanciar-se da sombra de seu pai. Assiste-o como assistiu Harry, sem saber exatamente o que esperar de um garoto de onze anos.
E James não decepciona! Ele é inseguro como tem de ser, e é preocupado com coisas mundanas, como se espera de uma criança na idade dele. Você não tem uma personalidade forçada e plastica, de algo irreal.
Como era de esperar, em algum ponto - e eu não sei dizer bem onde - você acaba adotando novos personagens como favoritos (Zane! Ted!), e odiando tao intensamente outros, que quer bater-lhes para fora das paginas (morte a Tabitha Corsica!).
James Potter tem os elementos que um bom livro tem, e um ritmo envolvente e compreensivo. Nós temos a apresentação de novos elementos - e alguns bem complexos - do mundo bruxo.
George Norman sabe como prender. E ele pegou-me neste. Com um James nada explosivo, vingativo, ou mesmo amedrontado, nós nos deparamos com o que acredito que o próprio Harry teria sido, caso os pais ainda vivessem. É instigante, é rápido, e cada segundo é uma corrida para algo inesperado.