Resenhas - Um Copo de Cólera

matheus656 07/01/2022

Não entendi esse livro
Eu achei muito confuso a estrutura do livro, me perdi o tempo todo, cheguei no final sem entender quase nada do que aconteceu

de Paula 19/12/2021

Lá em cima do piano tinha um copo...
Este é meu primeiro contato com o autor e esperava que o livro fosse um compêndio de análise profunda da alma humana e foi o que encontrei. O título me lembrou a música infantil "lá em cima do piano tinha um copo de veneno, quem bebeu fui morreu, o culpado não fui eu" e penso que tem uma estrita relação com o narrador e seu copo de cólera.

A escrita de Nassar é única e se assemelha aos blocos de Saramago, porém, cada capítulo conta com apenas um parágrafo onde tudo se desenrola. Não há aprofundamento nos personagens, apenas o momento que se vive e o que se desencadeia dele.

O livro tem uma proposta erótica, porém não é vulgar. Trata-se de um relacionamento sexual entre um casal que se suporta pelo prazer, ainda que não o bastante, só o suficiente. Na primeira parte fiquei incomodada com a cena do banho, a qual só fui entender no final do livro.

Como é a segunda vez que escrevo a resenha, portanto, perdi muito tempo na primeira vez para o Skoob não registrar, vou fazer comentários mais simples. O copo de cólera é despejado em todos os que são miúdos e inferiores ao narrador, como as formigas, os empregados e claro, a mulher. Ela por sua vez o tira do sério por atingir o seu âmago de forma mais assertiva que ele faz com ela, tendo que recorrer, como uma criança ou adolescente, a ameaça física e ao erotismo, jogando logo depois na cara dela que sua sexualidade é repulsiva. Após "vencer", ele vira um menino e relembra como sua vida era mais fácil naquela época. Claro que sua vulnerabilidade transparece depois da mulher ir embora.

Como vítima de abuso psicológico e físico, a portadora da síndrome de Estocolmo, volta correndo para o agressor no final do dia, onde pretende angariar benefícios no relacionamento sexual, mas a sua recompensa sempre será não o bastante, só o suficiente. A semente geminada com o esperma dele em seu uterozinho cerebral faz efeito e ela narra a própria história como ele, como o exemplo do homem vestido de mulher no carnaval ou boneco de ventrículo em seu circo particular. Ele, que por sua vez só quer que a parceira cuide dele como se fosse sua mãe, a aguarda deitado em posição fetal, o que desperta o "amor" nela de novo.

A história te prende, você sente o clímax chegando com ansiedade e angústia, assim como a indignação por todo esse ciclo doentio do casal. É uma leitura que acaba, mas não te deixa em paz tão cedo. Muito feliz de saber que foi escrito por um brasileiro. Vale a pena conferir e analisar por si próprio se o veneno do copo de cólera faz mal em quem é derramado ou em si próprio, remoendo as entranhas por não aceitar e aproveitar o momento da vida que se vive, retornando a infância, como refúgio para fugir das próprias responsabilidades.

Vitor Y. 09/12/2021

Intenso
Um livro curto e intenso. Uma despretensiosa manhã se tornou uma erupção de raiva e cólera. É possível separar a razão da emoção?

Katia Rodrigues 04/12/2021

Genial
""não que me metessem medo as unhas que ela punha nas palavras(...) sabia, incisivo como ela, morder certeiro com os dentes das ideias"

Alanna Fernandes 08/11/2021

Todo mundo fala que é bom. Acho que vou ter que ler novamente pois pareço não ter entendido a essência do livro.

Talvez tenha sido porque peguei ranço do cara que é extremamente violento, abusivo e chega a ser nojento. É difícil engolir. Pensei em abandonar o livro várias vezes. Mas vou tentar ler de novo...

ize 30/10/2021

Fiquei completamente imersa na leitura. Presa do início ao fim, e agora nem sei o que pensar. Tenho certeza que vai alugar um triplex na minha cabeça por dias, amei.

Thiago 16/09/2021

Uma leitura atípica
Com uma escrita direta, como quem narra estivesse em cólera, a novela tem muitos poucos pontos, assim como esta resenha qual escrevo, para atesar o estilo de escrita composta por Raduan Nassar nesta obra, leitura na qual achei muito maçante, mesmo já conhecendo esse estilo mais direto com poucos parágrafos, esta leitura foi extremamente densa e pouco proveitosa da minha parte, compreendo a metáfora existente na narrativa, mas a escrita com palavras rebuscadas e muito poucos pontos me deixou a impressão de ser um texto muito prolixo e pouco prazerosa como um todo.

Giselle 11/09/2021

Autor brasileiro agraciado pelo Prêmio Camões,  Nassar nos apresenta aqui uma novela que faz metáfora à época da ditadura dos anos 70. Narrativa quase ininterrupta, sem muita definição de parágrafos, os personagens sem nomes discutem afloradamente e tomados pela raiva (numa cólera!), após uma noite de amor. Ele narciso, isolado, agressivo....ela uma "jornalistinha de merda" que finge se importar com as diferenças de classes, e daí as críticas sociais à época. Destaque para a força das palavras, talvez estas a protagonista do livro. Li quase que num fôlego só!

thaisdandaro 25/08/2021

livro que precisa de releitura
no primeiro contato com a escrita do autor rola um estranhamento. é um texto corrido, muitas vírgulas, sem pausas de pontos finais.
no meio da narrativa, no desenrolar do conflito entre os personagens, é difícil pausar a leitura. como se fosse necessário ler de uma só vez, passando de um personagem para o outro, sem se saber ao certo quem é que está falando no momento.
o narrar das sensações físicas do sentir a cólera, pra mim, é bastante primoroso.
sensação de que preciso ler novamente pra começar a ver toda a dimensão do autor.

boemillys 30/07/2021

Uma grande DR
A leitura me lembrou o filme Malcolm & Marie, por ser uma grande discussão - entretanto, temos aqui o fluxo de consciência como destaque narrativo. Impossível parar de ler até chegar ao ponto final. Gostei da escrita, vou procurar mais do autor.

EduardoCDias 04/07/2021

Normalidade de casais
Um casal se ama e nos descreve um dia na sua vida, do encontro, retirada das roupas, noite de amor, despertar? até ocorrer uma briga por um motivo banal.

amandinhanog 28/06/2021

Que DR, hein?
O livro é bom, as analogias que os personagens fazem realmente são muito boas. Algumas falas são um pouco confusas e eu não consegui compreender... mas, basicamente, o livro é sobre o chorume daquele típico cara medíocre que se acha o mais intelectual dos homens e é derrotado em uma discussão por uma mulher que ele tem prazer em diminuir.

bia 20/06/2021

válido de releitura
é um livro pretensioso, nao é pra qualquer um. sinto que no futuro conseguirei abstrair melhor o bom do livro

Aline221 19/06/2021

dedo no cu e gritaria. no sentido literal mesmo.

não li outras obras desse autor, mas amei a escrita (e odiei ao mesmo tempo). o cara descobriu um jeito de prender o leitor, que é não usar nenhuma pontuação além da vírgula. pq o leitor não pode parar de ler se a frase não tem final. genial.

stéfanie 15/06/2021

o livro é curto e tem um ritmo ditado pela própria escrita. é uma crescente de atropelos que resultam num copo bem servido de cólera (e outros sentimentos)

ela não teve o bastante, só o suficiente.