Tenda dos Milagres

Tenda dos Milagres Jorge Amado




Resenhas - Tenda dos Milagres


108 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Pedro Luiz da Cunha 01/08/2020

"Uma reflexão sobre a formação da nacionalidade brasileira"
Escrito em 1969, "Tenda dos Milagres" é um romance "que mostra a importância da mistura e da luta contra o racismo no Brasil" nas palavras do próprio autor.

A história acontece na virada do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. O personagem principal, Pedro Arcanjo é um mestiço pobre que vive na periferia de Salvador. Ao lado de personagens tão cativantes como Lidio Corró e Zabela, desenvolve seus estudos sobre o sincretismo cultural e genético do povo da Bahia. Bedel da Faculdade de Medicina em um momento em que grassavam as teorias do racismo "científico", a exaltação da cultura africana e da miscigenação, presente em seus estudos, golpeia profundamente a elite acadêmica da época.

Depois de sua morte, sua obra é redescoberta por um estudioso norte-americano e em plena ditadura militar, seus livros são incorporados pela elite branca, que transforma Arcanjo em herói nacional idealizado, esvaziando o seu conteúdo político e apagando sua trajetória de vida marginalizada.

Podemos pensar que a obra dialoga com os estudos de Gilberto Freyre que apostou na singularidade brasileira presente da ideia de "democracia racial". No entanto, Jorge Amado trabalha muito bem as desigualdades sociais e o preconceito racial presentes em nossa sociedade. A cultura africana e o sincretismo são exaltados e não diluidos em nome da miscigenação.

Por fim, há que se dizer que a leitura é muito prazerosa, com grandes reflexões. Apesar de pouco conhecida, é mais uma obra espetacular do grande autor que foi Jorge Amado.
Nic 01/08/2020minha estante
Perfeito ??


Chokito Kakarico! 01/08/2020minha estante
Resenha chamativa e atraente. Já quero muito ler


Pedro Luiz da Cunha 01/08/2020minha estante
Obrigado! Vc não vai se arrepender, é uma ótima leitura




Lista de Livros 10/11/2023

Lista de Livros: Tenda dos Milagres, de Jorge Amado
“(...) Definição do viver de Rosa, de seus particulares, só Majé Bassan a tem, os porquês e a consequência, tudo bem guardado nos desmedidos seios. Seios de mãe-de-santo devem ser assim, enormes, para neles caber a aflição dos filhos e filhas e de estranhos e estrangeiros. São arcas de desesperos e rancores, de esperanças e sonhos; são cofres de amor e ódio.”
*
*
“— No julgamento dos homens, prefiro superestimar, pois quem subestima em geral mede os demais por sua própria medida.”
*
*
“— Você, mestre Pedro, é um devasso, um libertino. Nada sabe do amor, só sabe de mulheres.”
*
*
“— Quando se quer aplicar as teorias a ferro e fogo, elas nos queimam a mão.”
*
Mais do blog Lista de livros em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com/2023/10/tenda-dos-milagres-parte-i-de-jorge.html
comentários(0)comente



Bia 07/05/2022

Jorge Amado não decepcionar.
Fala muito sobre como o povo brasileiro somos uma misturas de várias povos, e ainda fomos tão preconceituosos. Fico impressionada como esse livro parecia ter sido escrito em 2022, Infelizmente.
Alex 07/05/2022minha estante
Jorge amado sempre atual


Bia 11/05/2022minha estante
Sempre




William LGZ 09/04/2022

De alta riqueza cultural
Uma leitura essencial e importantíssima nos tempos atuais, que exalta a cultura afro-brasileira e a miscigenação entre os povos através da admirável figura de Pedro Archanjo, porém que não consegui assimilar tão bem por conta de certas questões com o texto bem pessoais minhas.

Entre elas a principal foi a dificuldade que senti para entender diversas passagens desse livro por conta de muitas expressões e palavras que não eram do meu conhecimento, coisa que não aconteceu tão frequentemente com outras obras do mesmo ator e que acabou tornando a experiência bem maçante, principalmente ao começo e durante a reta final.

Além disso, achei a alternância da história entre os tempos atuais e a vida de Pedro Archanjo bem dispensável e preferiria bem mais que a narrativa se focasse no protagonista e nos núcleos relacionados à ele, em sua época.

Porém, mesmo com minhas ressalvas que dizem mais respeito a mim do que à um leitor médio, ainda reitero que é um livro que todo brasileiro deve ler alguma vez em sua vida para conhecer seu país e o povo que faz parte bem mais profundamente. E o recomendo desejando que vocês tenham uma leitura muito melhor do que a minha foi!
Raimundo.Sales 13/07/2022minha estante
Irei ler mais pra frente! Show sua resenha!


William LGZ 13/07/2022minha estante
Obrigadão, espero que goste! ??




Fê Gaia 27/10/2013

Grito de Liberdade!
Esse livro me encanta principalmente pela paixão com que Jorge Amado o escreveu. Pedro Arcanjo é um dos personagens mais carismáticos que conheço (e dentre as figuras masculinas idealizadas por Jorge, a minha favorita), representando a luta pela igualdade racial e o respeito pela diversidade cultural, diversidade esta que nosso país tem de sobra, temperando o povo brasileiro. Viva a liberdade de sermos quem somos!
comentários(0)comente



Layla.Ribeiro 13/07/2022

Desafio literário 2022- Autor Preferido
Sou suspeita para falar sobre o autor, mas sinceramente não estava esperando muito por este livro e fui positivamente surpreendia. Aqui encontrei um Jorge bem irônico, a ponto de gargalhar com uma certa situação, livro carregado de críticas sociais principalmente a hipocrisia de uma sociedade elitizada, na quais o autor trouxe falas assustadoramente atuais na qual uma pessoa desconhecida sobre o autor e o ano de publicação acharia que fosse escrito por essa década. No livro fala sobre a intolerância à cultura africana que aconteceu na Bahia nos anos 20, fala sobre a negação dos saberes populares, do pensamento elitista que para ser intelectual precisa-se além de ser elite, ser branco e o tema principal sobre a importância da miscigenação na qual o autor defendia assim como seu contemporâneo e também nordestino, Gilberto Freyre. E por esses temas estava o personagem a qual me encantei, a estrela principal deste livro, Pedro Archanjo, personagem bem construído e desenvolvido, mistura de figuras reais baianas. O livro é cheio de informações na qual exige mais atenção do leitor e essa edição possui um posfácio muito explicativo de um dos melhores historiadores, João José Reis. Recomendo este livro principalmente para quem gosta de livros que abordam temas sociais.
comentários(0)comente



Luiza 19/04/2021

Inesquecível pardo, paisano e pobre Ojuobá ?
Livro [MARAVILHOSO!] escrito por Jorge Amado, na Bahia, de março a julho de 1969.

Foi uma releitura. Fiquei mais emocionada do que da primeira vez que li. Eu choro de emoção lendo Amado. Vejo direitinho as cenas de suas histórias, como um filme que nos comove todas as vezes que assistimos... São cenas vívidas que não esquecemos jamais.

?????

?? Pardo, paisano e pobre ? tirado a sabichão e a porreta? (de um relatório policial sobre Pedro Archanjo, em 1926). 

?? ?Iaba é uma diabo sem rabo?. CARYBÉ


No amplo território do Pelourinho, homens e mulheres ensinam e estudam. Universidade vasta e vária, se estende e ramifica no Tabuão, nas Portas do Carmo e em Santo Antônio Além-do-Carmo, na Baixa dos Sapateiros, nos mercados, no Maciel, na Lapinha, no Largo da Sé, no Tororó, na Barroquinha, nas Sete Portas e no Rio Vermelho, em todas as partes onde homens e mulheres trabalham os metais e as madeiras, utilizam ervas e raízes, misturam ritmos, passos e sangue; na mistura criaram uma cor e um som, imagem nova, original.

Aqui ressoam os atabaques, os berimbaus, os ganzás, os agogôs, os pandeiros, os adufes, os caxixis, as cabaças: os instrumentos pobres tão ricos de ritmo e melodia. Nesse território popular nasceram a música e a dança...

"Louvemos pois as glórias alcançadas
Nas suas grandes jornadas 
Nesse mundo de meu Deus
E tudo que expomos nas avenidas
São histórias já vividas
Contada nos livros seus"


Capoeiristas, filhas-de-santo, iaôs, pastoras, orixás, o Terno de Reis e o Afoxé, passistas e formosas cantam, dançam e abrem alas. Mestre Pedro Archanjo Ojuobá pede passagem...

Pedro Archanjo Ojuobá vem dançando, não é um só, é vário, numeroso, múltiplo, velho, quarentão, moço, rapazola, andarilho, dançador, boa-prosa, bom no trago, rebelde, sedicioso, grevista, arruaceiro, tocador de violão e cavaquinho, namorado, terno amante, pai-d?égua, escritor, sábio, um feiticeiro. Todos pobres, pardos e paisanos.
comentários(0)comente



Rodrigo Scarabelli 31/05/2023

Olhos de Xangô na tenda dos milagres
Livro formidável! Transborda cultura e religiosidade de matriz africana compondo o sincretismo cultural baiano. Não sem preconceitos e repressões das elites, dos formadores de opinião e dos pretensos intelectuais da época abordada. Haviam de querer esconder as africanidades e marginalizá-las.

Porém, nessa história temos o super Pedro Archanjo, Olhos de Xangô, de uma intensidade, inteligência e carisma ímpar, que faz fervilhar e renascer a força e o reconhecimento da negritude no ethos da Bahia!

A história entrelaça o presente, quando se comemora o centenário do nascimento de Pedro Archanjo, com o passado, onde acompanhamos a vida da personagem. Salta aos olhos o contraste entre seu modo de viver real e o que se narra da vida e personalidade dele no presente, cheio de interesses no jogo de versões de quem seria e quais seus méritos para entrar pra história.

Nessa transformação de Pedro Archanjo em mito, um século depois, esvaziaram a vida da pessoa de carne e osso, e sua negritude, para transformá-lo em "busto embranquecido" de alguém supostamente defensor da moral e dos bons costumes pátrios e cristãos. Surreal e tão real essa construção de mito do establishment de alguém que seria na verdade oposição ao status quo!

Não posso deixar de citar o amor proibido entre Pedro Archanjo Olhos de Xangô e Rosa de Oxalá, a mais bela dos terreiros de então!

Brasilidades, sincretismos e racismos costuram as tramas dessa rica história, que fala da nossa própria formação, com todas as agruras e potencialidades. Personagens fascinantes povoam a história. Simplesmente mágico ao mesmo passo que realista sobre a condição da população negra em um país até recentemente escravocrata e persistentemente racista.
comentários(0)comente



Polly 11/06/2020

Tenda dos Milagres: um mesmo Brasil (#116)
Antes de Tenda dos Milagres, eu tinha lido apenas um único livro de Jorge Amado em minha estrada como leitora: Mar Morto. Na verdade, já tinha o lido duas vezes. A primeira, aos treze anos, e acho que por ser tão desinformada e ainda cheia de preconceitos, eu estranhei bastante a sensualidade e a religiosidade (diferente da minha) presentes na narrativa. Na segunda vez que o li, eu já tinha mais de 18 e tinha iniciado minha busca pela quebra dos meus preconceitos. Só então eu soube apreciar a beleza e a sacralidade da escrita de Jorge Amado.

Tenda dos Milagres estava aqui em casa, há anos, saindo da estante e voltando outra vez, só esperando o momento certo para ser lido. E, amigos, querem saber de uma coisa? Eu devia ter lido esse livro muito antes. Pois, que livro espetacular! Uma pena que a realidade descrita nele, mesmo depois de 51 anos, é ainda tão atual. Tenda dos Milagres é nosso Brasil de 2020, sem tirar nem pôr, cheio dos seus preconceitos e intolerâncias e desigualdades e, lamentavelmente, num flerte sem fim com o autoritarismo.

Pedro Archanjo é o nosso herói, que só será reconhecido 25 anos depois de sua morte, e apenas através do famoso estadunidense vencedor do Prêmio Nobel da Paz, James Levenson. Bem a cara do nosso país tupiniquim com síndrome de vira-lata, tão sedento por alguém que o colonialize, não é? No entanto, Archanjo não vai ser verdadeiramente valorizado por aqui, até por que Archanjo é tudo o que nossa elite odeia: mulato, pobre, filho de santo e, além de tudo, um agitador social, transgressor do sistema. As portas da universidade só se abrem para ele para o simples cargo de bedel, mesmo Archanjo merecendo muito mais do que isso.

O conhecido Ojuobá é um intelectual dos bons (autodidata, para dar mais raiva ainda). Um antropólogo daqueles que só Tio Sam pra reconhecer mesmo. Archanjo vai burlar o sistema e mostrar que o que falta é só oportunidades iguais, e o resto é balela de supremacista branco.

Archanjo vai escrever quatro livros, um deles estudando a genealogia das principais famílias da Bahia, livro este que será seu fim em vida e sua glória na morte. Sua obra mostrará e escandalizará à elite baiana mostrando que a miscigenação é a identidade do nosso povo e que, se teorias supremacistas já são absurdas por si só, aqui elas não fazem sentido algum, nem se sustentam.

A morte do personagem é linda e triste ao mesmo tempo. Por desafiar à elite, Archanjo vai perder o pouco lugar que conquistou com o seu mérito. Acabará maltrapilho, numa esquina qualquer, esquecido pela Academia ingrata, mas não estará sozinho. O ojuobá é o exemplo e a promessa de que o povo pode vencer. Ele é a fé e a fonte de admiração de um povo sofrido, seu funeral é cheio de poesia, de amor e de gratidão. E de alegria. Por quê, não?
A religiosidade que Amado descreve é uma das coisas mais lindas que já vi. Amo mesmo como os seus personagens se conectam com o Divino, ainda que eles duvidem de sua existência.

Enfim, Tenda dos Milagres só me confirmou o quanto eu preciso ler a obra de Jorge Amado. Acho que não falei nem metade de tudo o que esse livro me fez refletir. Tenda dos Milagres é, ainda, atual e reflete nossas persistentes desigualdades, sendo superválido lê-lo. Indico sem ressalvas!
comentários(0)comente



Paola 13/02/2023

Múltiplo
Um livro baiano; internacional; popular: erudito; revolucionário; questionador; múltiplo.

A história de Pedro Archanjo é a história de todos os povos retraídos, satanizados.

Assim como dos esbanjadores, endeusados.

Toda a obra, com seus mais diversos personagens, provém da multiplicidade de culturas e preconceitos acumulados em toda sociedade.

É impossível se referir ao livro como algo único, unitário. É um universo de significados.

Os livros múltiplos que cabem em um.

Leitura incrível.
comentários(0)comente



iasmin 24/07/2022

Demorei pra ler esse livro. Mesmo sendo visível a escrita de Jorge Amado e a Bahia retratada é bem bonita, verdadeira e valorizada, a história não me prendeu como outras do autor. Mesmo assim, uma leitura de Jorge Amado sempre vai ser uma leitura de Jorge Amado.
comentários(0)comente



Isabela 29/09/2021

Vai Ojuobá, os olhos de Xangô
Tenda dos Milagres, livro considerado o favorito de Jorge Amado, escrito e publicado em 1969, traz um interessante e forte desenho da Bahia do século XX.
?
Narrado em dois tempos, conhecemos no início do século Pedro Archanjo, o Ojuobá, filho de Xangô e bedel da faculdade de medicina, intelectual autodidata e negro que causa alvoroço ao demonstrar a persistência da cultura africana na Bahia em 4 pequenos livros que publica com a ajuda de seu amigo, Lídio Corró, o riscador de milagres do pelô. Avançando na história, a chegada de um americano prêmio Nobel, resgata o nome de Archanjo do esquecimento e o eleva, 25 anos depois de sua morte, a condição de mais inteligente intelectual do país.
?
Archanjo (personagem inspirado na vida de Manuel Querino), em que pese o peso de sua produção acadêmica, viveu e morreu na miséria, apenas acumulando amigos, filhos (de santo reconhecidos), mulheres e leituras.
?
O livro é bem interessante, retrata a sociedade onde a criminalização do candomblé e da capoeira legitimou durante anos a morte de inúmeras pessoas negras ao mesmo tempo em que surgia o discurso da democracia racial, tudo narrado com a ironia que marcou as obras do autor.
Porém, a narração em duas épocas diferentes fazia com que eu perdesse o fio da meada muitas vezes e também, a forma como o autor retrata certos personagens, os negros sempre de forma caricata e sensual (ver Rosa de Oxalá e Dorotéia em contrapartida de Kirsi) de certa forma me passou a ideia de reforçar o racismo que pretendia denunciar.
comentários(0)comente



Carolina CM 26/06/2020

Reflexivo, truncado...
Temos muitas discussões válidas nesse livro: a ciência x religião, raças, teorias arianas x mestiçagem brasileira, a capacidade de um auto didata escrever um livro de importância, respeito, desrespeito, coragem...também aparece forte a hipocrisia da sociedade quando, ao querer homenagear um gênio local (porque um estrangeiro disse que era um gênio) há inúmeras distorções e uma total falta de vontade de entender realmente essa figura e respeitá-la. Esse é um livro de inúmeras reflexões e críticas. Mas eu senti que nesse monte de reflexão e crítica, a história em si fica subentendida. Ela não é propriamente contada...é totalmente retalhada entre passado e presente e os acontecimentos não tem muita conexão entre si. Você termina achando que entendeu um pouco de quem foi Pedro Archanjo, seus propósitos...mas não muito. O escritor do presente, nem lembro o nome...É um livro que tem o seu valor, claro, mas eu não achei um livro gostoso de ler. Me faltou aquela narrativa gostosa do Amado. Beleza, que venha o próximo: Tieta.
comentários(0)comente



MarcosQz 30/03/2021

"É mestiça a face do povo brasileiro e é mestiça a sua cultura."

A história de Tenda dos Milagres se passa em dois momentos, durante a vida de Pedro Archanjo até sua morte e alguns anos depois, na comemoração do centenário de Archanjo, até então homem negro baiano esquecido por sua terra.
Com a chegada de James D. Levenson, um nobel americano que veio ao Brasil, mais especificamente para a Bahia, apenas para conhecer a terra do grandioso escritor Pedro Archanjo, após ter lido seus livros, enviados na época dos lançamentos para diferentes instituições do mundo.
Pedro Archanjo, bedel da faculdade de medicina, escreveu quatro pequenos livros sobre a cultura, família, histórias e culinária da Bahia, homem de sorriso no rosto, amigo e querido por todos, fez história, levou estudiosos, na época dos lançamentos, a levantarem as bandeiras do racismo, trazendo o assunto pata dentro da ciência e além.
O livro, mais do que a história de Pedro, é uma história sobre o racismo, a discriminação religiosa e a violência contra negros e terreiros, contras as religiões de matriz africana, sem deixar de assuntar, desde o começo do livro, o regime nazista e o levante do poder ariano.
Um livro extremamente atual e poderoso, cativante e gostoso de ser lido, com personagens incríveis, que nos causam amor, pena, raiva e ódio. Jorge Amado nos apresenta diferentes histórias, momentos históricos e insanos e assim apresentando diferentes personagens, todos de grande impacto na vida de Archanjo e não menos cativantes que o protagonista.
Tenda dos Milagres foi o primeiro livro que li de Jorge Amado e se tornou um preferido antes mesmo do fim da leitura que recomendo com todo amor.
comentários(0)comente



Fabio Shiva 30/04/2018

viva a mistura!
Reli este livro, que considero dos melhores de Jorge, com grande emoção, bebendo cada página como se fosse um gole da melhor cachaça já produzida na Bahia – e assim é!

A história de Pedro Archanjo, “pobre, pardo e paisano” que combateu o racismo de teorias pseudocientíficas (como a antropologia física) com a própria vida e obra, é fascinante, cativante, emocionante. Cheguei às últimas páginas com um nó na garganta, por estar perto do fim, por ter que dar adeus a mestre Archanjo, mesmo lendo o livro pela segunda vez.

Quanto mais leio Jorge, mais ele é Amado por mim! Que gratidão pela existência desse grande mestre da literatura universal!

Salve Jorge!!!

***
“É mestiça a face do povo brasileiro e é mestiça a sua cultura.”

#1livropordia

http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2018/04/tenda-dos-milagres-jorge-amado.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
José Frota 01/05/2018minha estante
Que legal


Fabio Shiva 02/05/2018minha estante
Salve amigo!


José Frota 02/05/2018minha estante
Salve. Te escrevi.




108 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR