A Magia de Holy Wood

A Magia de Holy Wood Terry Pratchett




Resenhas - A Magia de Holy Wood


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Clio0 21/11/2023

Décimo volume da saga Discworld e primeiro do arco Revolução Industrial.

Chega no Mundo do Disco a grande novidade de se fazer fotos em movimento - sim, essa é uma sátira da Hollywood dos anos trinta.

Vários personagens são referenciados, com especial atenção aos magos da Universidade Invisível que se veem fascinados pela novidade ao mesmo tempo que os cidadãos de Ankh-Morpork acham uma nova possibilidade de ganhar dinheiro.

Dibbler Cavo-Minha-Própria-Cava deixa de ser um vendedor de rua para farejar a verdadeira mina de ouro que é a indústria do cinema. Seu personagem se torna uma sátira dos grandes produtores de Hollywood com direito a charuto e assédios das atrizes.

Como quase tudo que Pratchett escreve para o Mundo do Disco, é preciso uma boa base de conhecimento histórico para entender as piadas, no caso, a conjuntura de política internacional e a indústria de entretenimentos dos anos 30.

Acredite em mim, vale a pena o trabalho.
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Luciano Luíz 09/01/2023

A MAGIA DE HOLY WOOD, mais um volume da série DISCWOLRD de TERRY PRATCHETT é provavelmente o melhor que li em anos. Um mundo de fantasia povoado por idiotas de todos os níveis intelectuais. E aqui descobrem como produzir filmes ou melhor, imagens animadas com suas câmeras arcaicas com diabinhos dentro que movidos pela pressão duma manivela vão desenhando as cenas para termos a magia do cinema. Obviamente a coisa não é tão avançada e por isso não há som. Os cliques animados são de curta duração, mas assim mesmo estão atraindo multidões aos cinemas. E ali é um ótimo lugar para vender grãos estourados (a gente conhece como pipoca)...
É mais uma aventura repleta de seres imbecis. Mas aqui a coisa anda muito melhor tendo um nível de idiotice ainda mais estúpido. Só é uma pena que como nos demais livros, quando os magos aparecem a qualidade narrativa cai e sempre que há a batalha final, mais uma vez a escrita perde bastante qualidade. Mas fora estes dois detalhes o livro é maravilhoso.
Talvez o que eu realmente não goste é que assim como no restante da série há muitas paródias, sátiras, referências demais a contos de fantasia. E isso é um tanto cansativo.
No entanto, é uma série de humor britânico e tem seu valor consagrado na literatura universal. Compensa dar uma fuçada.

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/lucianoluizsantostextos/
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Coruja 05/12/2011

Este é o último dos livros em português do Pratchett que resenho por aqui. Isso porque, depois dele, só foram lançados mais três, dos quais já falei: O Senhor da Foice, Quando as Bruxas Viajam e Os Pequenos Homens Livres.

Sendo absolutamente sincera, esse talvez seja, de todos os livros que li da série até agora, o que menos gostei (e, ainda assim, é muito superior a muita coisa que a gente vê por aí...).

Segundo o The Folklore of Discworld, certas idéias ecoam entre dimensões, encontram brechas no tecido da realidade, repetindo-se em diferentes mundos. É com base nesse pensamento que temos A Magia de Holy Wood (Moving Pictures no original) e também Soul Music (próximo livro da série que vou resenhar, semana que vem). No caso de Holy Wood, a idéia que se infiltra no Disco é bastante óbvia, não?

Pois bem... os alquimistas do Disco descobriram – ou inventaram, a depender do ponto de vista – os filmes. Claro que tal invenção logo escapada da comunidade científica, indo parar nas mãos de alguns bem intencionados que montam uma indústria de entretenimento na colina de Holy Wood.

Entre eles, estão Victor Tugelbend, um aprendiz de mago relutante (que é também a contraparte do Disco para ninguém menos que Fred Astaire) e Theda “Ginger”, que se transformarão em celebridades do nascente cinema de Discworld.

Jogue nessa equação Dibbler Cava-a-própria-Cova – mais infame de todos os comerciantes do Disco – como produtor de filmes e você terá uma verdadeira receita para o desastre.

Afinal, num mundo em que o poder da crença é o verdadeiro elixir dos deuses e combustível para suas próprias existências, a realidade alternativa apresentada pelo cinema tem todo o potencial de enfraquecer os limites entre os mundos e permitir que não apenas todo tipo de referências ocultas ao nosso cinema clássico apareçam (impagável Dibbler reinterpretando Cantando na Chuva, para ficar só em um exemplo...) quanto criaturas de pesadelo atravessem.

Então, prepare a pipoca! O filme já vai começar!

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
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Gláucia 11/08/2010

Tiradas geniais
"Ele durava tanto no emprego quanto um piloto de teste de pula-pula num campo minado".
O livro é recheado de comparações desse tipo. Nesse volume ele faz uma sátira do universo hollywoodiano, com todos seus personagens e clichês. É pra rir o tempo todo.
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Bruno 04/12/2010

Humor e Fantasia lado a lado.
Surreal. Se há uma palavra para descrever esse livro, é surreal. A história gira em torno de Vitor e Ginger, dois aspirantes a atores que acabam tendo de lidar com forças muito superiores às suas quando o território de Holy Wood começa a sofrer estranhas influências externas.

O plot é esse. Não é algo genial, pioneiro ou algo do gênero. E nem se preocupa em o ser, porque aqui o importante são o humor e as referências. E como existem referências! Aqui você pode relacionar quase tudo do que lê aos grandes clássicos do cinema, sendo algumas delas quase insignificantes e outras que levam às lágrimas de riso. A genialidade da homenagem ao filme 'King Kong' é digna de aplauso.

Quanto aos personagens, os secundários roubam a cena. Além das poucas, mas ótimas aparições da Morte (cujos diálogos são divertidíssimos - em alguns momentos parece que ela chega a duvidar se está levando a pessoa certa), passando por Gaspode, o cão falante (com suas ótimas sacadas sobre os humanos) e, claro, os magos, com suas ideias totalmente non sense.

Quanto ao humor, é humor britânico legítimo, sutil e genial, assemelhando-se bastante à série d'O Guia do Mochileiro das Galáxias. Ele engloba desde explicações do passado dos personagens até as adaptações dos sets de filmagem, equipamentos e equipes dos filmes, passando até pelo "manual" de como deve ser conquistada uma Troll.

Em suma, para quem gosta de temática fantástica, com trolls, magos, gárgulas, etc, e aprecia tb o excelente humor inglês, esse livro é garantia de diversão. Vá sem medo.
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Bruno Leandro 14/07/2011

A magia do cinema
E Holy Wood chega ao Disco. Luzes, câmeras, magia e muita confusão são o que nos esperam neste livro feito pelo melhor escritor inglês de sátiras da atualidade, meu mestre Terry Pratchett.
Sim, eu sei que eu puxo o saco de Pratchett a cada resenha que escrevo dos livros dele, mas é que é impossível não gostar do autor, de suas tiradas sarcásticas, irônicas e cinemáticas. E, quando você pensa que uma história não pode ficar mais absurda, ele surge e dá uma forcinha, mas sempre com humor inteligente, sem força demais. E é isso o que este livro é: mais um pouco do humor inteligente (e britânico) de Pratchett
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Camila(Aetria) 18/07/2013

A Magia de Holy Wood
Primeiro o título já é um trocadilho maravilhoso. A capa começa a fazer sentido depois que você está quase terminando o livro, rsrs, e tem uma linda aparição do meu personagem favorito de todo o Disco. A Morte.
Para quem ainda não conhece, o escritor britânico Terry Pratchett tem essa série que ocorre toda no mesmo mundo, o Disco, são vários livros e os personagens apesar de variarem em relação ao protagonismo, sempre aparecem nem que seja de relance em todos os livros. O que é um fato belíssimo, e cheio de easter eggs, por consequência. Mas que não significa que você precisa seguir alguma ordem específica para começar a ler.

Esse livro me encantou pela quantidade massiva de referências, como cenas de King Kong, Lawrence da Arábia, e uma penca de clássicos láaa do começo das "imagens animadas". As notas de rodapé sempre são um caso à parte, satirizando ainda mais o próprio livro.

Um diferencial dele, é que não tem capítulos, o livro inteiro é um enorme e gigantesco capítulo de 347 páginas. Com apenas mudanças de cenas. A escrita dele é sempre super agradável de ler e os protagonistas são maravilhosos.
Nesse livro, temos Victor, o ápice do preguiçoso, que superou a omissão da preguiça e procrastinação para trabalhar muito duro para não trabalhar.

Quão genial é isso?

Temos também Dibbler, Ginger, Gaspode, o Cão Prodígio, o Bom Garoto Laddie, o arqui-reitor Ridcully (sintam o trocadilho aqui também...) em sua primeira aparição, e o bibliotecário, que é um símio, e não um macaco, que é uma espécie de R2D2 do Disco, pois só diz "oook" e toda a galera entende. E uma penca massiva de trolls, diabinhos, alquimistas esperançosos por uma invenção que dê certo, e uma caverna cheia de portais para uma dimensão inexistente.

É um livro hiper divertido, hiper maluco e com personagens super verossímeis, que enquanto você lê se tornam reais. O real de Holy Wood, que dura apenas o tempo suficiente. E enquanto isso, HOly Wood sonha. Sonha ser importante, sonha não ser esquecida, sonha tornar o irreal em real. É uma ideia muito ocupada. E Ankh Morpork nunca deveria esquecê-la.

Foi uma delícia de ler, e um dia tenho certeza que lerei todos os livros do Discworld. HAHA #fé.

site: http://www.castelodecartas.com.br/index.php/2013/07/18/a-magia-de-holy-wood-ogs-53/
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Vitoca 16/03/2011

Não ganha um Oscar
Sir Terry e a serie Discworld é sempre excelente, embora, nesse volume, acho que ele errou a mão um pouco. Faltou algo para ser um Discworld memorável. Leia os outros livros da série. Quando chegar a esse, mesmo sendo inferior aos outros, você já vai estar fisgado e não vai conseguir largar até terminar.
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Italo 27/12/2012

"Holy Wood está sonhando."
Para falar a verdade, fui eu que sonhei muito lendo esse livro. Mas não entenda mal, não é que eu tenha dormido, eu viajei em pensamentos distantes acordado, como todo bom livro nos proporciona. E sem dúvidas esse é um livro muito bom.

A Magia de Holy Wood foi o primeiro livro que eu li da série Discworld, e posso dizer que fui muito bem introduzido ao seu mundo fantástico. Hilário, emocionante, e muito bem escrito, Terry Pratchett consegue juntar os três elementos mais desejados: ação-aventura, comédia e ensinamentos. Ensinamentos para o nosso mundo, fazendo analogias com as coisas da sociedade de hoje. Podem ter achado que escrevi errado o nome da Cidade dos Filmes antes, não? Mas no livro está exatamente assim. Para não usar os nomes verdadeiros, o autor só mudou a estrutura da palavra Hollywood para Holy Wood, como também teve o caso de substituir o nome do Oscar – o prêmio – por Osvaldo; que só lendo mesmo para entender por que ele é chamado assim.

A história se passa também em Ankh-Morpork, mas gira em torno de Holy Wood. Depois que os alquimistas descobriram como colocar as imagens em movimento, criando assim o filme, muitas pessoas tentam procurar uma vida nova em Holy Wood. Mas não só pessoas, como trolls, anões e até animais tentam a vida lá, pois devido à magia do lugar, trolls passam a se comportar – ainda que com dificuldade – que nem humanos, e os animais passam a falar e raciocinar. É simplesmente incrível como o cão Gaspode (melhor personagem do livro para mim) pensa sobre as coisas, sem falar também nas suas falas. Ri muitas vezes quando ele tinha de disfarçar que podia falar para alguém, e assim dizia “Late, late”, ou então “Au, au”; e, parando para analisar, em inglês latido ou “late” é “bark”, e “Au, au” (creio eu) seja a onomatopeia traduzida de “Arf, arf”, que se parecem mesmo com um som que um cachorro faz, porém, mesmo assim, causava intriga em quem o ouvia falar. Não só Gaspode, como também tem um gato, um pato e um rato, que mudam de nomes constantemente, que estabelecem diálogos interessantes.

Se tiver algum personagem principal no livro, esse seria Victor Tugelbend, que é um estudante de magia, futuro mago, da Universidade Invisível, regida pelo arqui-reitor exêntrico Ridcully. Só que há um porém: ele não quer se tornar um mago devido a herança do tio que não permite dar o dinheiro para um mago. E mais: Victor também não pode relaxar e tirar notas baixas, pois no testamento diz também que o sobrinho não pode reprovar. Assim, Victor tem que se esforçar muito para acertar as questões necessárias para tirar acima de 84, mas nem tão acima, para não se tornar um mago. Até então o adolescente não sabe o que quer ser na vida, já havia tentado muitas coisas, mas nenhuma o agradou. Sua oportunidade muda quando ajuda Thomas Silverfish, o alquimista pioneiro dos filmes, ele então recebe um cartão e decide ir para Holy Wood. Lá ele conhece Ginger, uma garota que tem o sonho de ser muito famosa (e que a beija por acidente algumas vezes), trolls como Rocha e Detritus, e, claro, Gaspode o Cão Prodígio.

As coisas começam a ficar ruins quando percebem que há alguma coisa errada com a magia de Holy Wood, a realidade não parece muito sólida por lá, possibilitando coisas das profundezas saírem.

No geral, posso destacar algumas coisas que o livro faz paródia, como o fato da pipoca ser comida nos cinemas; por quê a pipoca? Quando um alquimista estoura um grão de milho, ele conta que simplesmente deu vontade de fazer isso, e achou uma boa ideia para comer enquanto passava o filme. Afinal, não é assim mesmo? O que é que tem de especial na pipoca? (Ok, eu também gosto), mas, utilizando as palavras do alquimista: “parece isopor”. Outra parte interessante é quando descobrem que um quadrinho de filme, que é imperceptível aos olhos, fica armazenado na nossa mente – as tais mensagens subliminares (Coca-Cola é mestre nisso). Como quando também no final as pessoas ficam vidradas diante das telas do cinema, completamente perdidas; e não é exatamente o que acontece hoje com muitos de nós? Ficamos hipnotizados pela magia das telas. (Não ache que sou uma exceção, só que reconheço isso e tento evitar).

Tenho muito mais palavras sobre o livro, mas acho que já é o suficiente. Livro ótimo, intertextualidade sem erros, personagens adoráveis em um mundo muito louco que se parece bastante com o nosso.

http://homemnoturno.blogspot.com.br/
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Filip 12/02/2013

Um disco inclinado...ao fracasso...
Comecei a ler esse livro com um grande entusiasmo,como se estivesse segurando meu próximo livro favorito nas mãos...nunca estive mais enganado.DiscWorld apresenta todo um grande universo,com seus toques únicos,muito colorido,diferente e intrigante.Se tivesse sido tomado o devido cuidado com o desenvolvimento de uma boa história e da exploração desse universo,tenho certeza que eu teria adorado.Coisa que passou longe de acontecer comigo.O livro te da todo um arsenal literário,muito bom,como a própria forma do mundo,que,como denúncia o título,é um disco,mas nada disso é explorado.Acompanhamos a história de um protagonista fraco e sem grandes pontos fortes,que já nem me lembro o nome,e temos que aturar pequenas tramas sem graça sobre o tal livro.Não recomendo mesmo.Passe longe desse livro se quer começar no universo DiscWorld.
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megestalt 14/06/2013

Demorei umas cinquenta páginas para gostar do livro, foi o primeiro do Terry Pratchett que li e adorei, após acostumar com o estilo. Muita gente falando que foi um dos mais fracos da série, neste caso, quero ler todos o mais rápido possível.
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Leonardo Gomes 04/11/2013

Discworld Brasil
Nova fan page criada para todos que gostam da série Discworld e outros trabalhos do genial Terry Pratchett! Visitem, curtam, compartilhem, participem!

site: facebook.com/pages/Discworld-Brasil/654211031285752?fref=ts
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Victor Vale 29/09/2016

A sátira de Terry Pratchett chega no auge com "A Magia de Holy Wood" onde se debate a fama, o poder das celebridades, a "magia" do cinema, a arte contra o comércio, e as idéias "brilhantes" por trás dos filmes de sucesso. Pratchett nunca deixou sua Disco World tão próxima do nosso mundo!
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Rafaela B 01/03/2017

A Magia do Cinema
Meu primeiro contato com os livros do Discworld foi numa biblioteca há mais de 10 anos. Procurava uma leitura quando as capas, extremamente coloridas e desenhadas da série, me chamaram a atenção. O primeiro que peguei para ler foi A Luz Fantástica e me apaixonei. Li vários da biblioteca e comprei uns pra mim. Quando vi que já havia lido quase todos os lançados em português comecei a me preocupar, apesar de ser uma série com mais de 40 títulos (não se assuste, são independentes uns dos outros) no Brasil tinha apenas 14, lançados pela editora Conrad, que na época estava em processo de venda. Eu ainda tinha A Magia de Holy Wood para ler e resolvi guardá-lo, afinal não sabia quando teria outro da série para ler.
Muitos anos depois a editora Bertrand anunciou que lançaria os livros da série Discworld e finalmente eu poderia ler o que tinha guardado por tanto tempo (não sou boa em inglês e não tenho paciência para ficar lendo livro e traduzindo ao mesmo tempo) e que bela surpresa quando descubro que esse é um dos mais engraçados da série!
Apesar dos livros não serem uma continuação os personagens podem ser os mesmo, sendo os principais: Mort, o mago Rincewind (meu favorito até agora), os magos, as bruxas e os guardas de Ankh-morpork, entre outros.
Em A Magia de Holy Wood, os personagens principais são os magos da Universidade Invisível e um personagem que aparece em várias histórias e que adoro: Dibbler Cava-a-Própria-Cova, o melhor comerciante do Mundo Disco, capaz de vender salsichas para quem já as provou antes (não entendeu? Leia e vai morrer de rir). Tudo começa quando, no bairro dos alquimistas um deles descobre como fazer as imagens se moverem (filmes), algo que parece magia, o que pode causar problemas com os magos mas que na verdade não passa de um truque ótico. Eles precisam de claridade para produzir seus "cliques" (filmes) e para isso escolhem um lugar quente no meio de um deserto e o nomeiam de Holy Wood, uma cidade quente, em construção permanente e para onde todos vão sem saber ao certo o por quê, em busca de sonhos, que é o que alimenta a cidade deixando-a menos real e suscetível a criaturas inimagináveis que querem adentrar o nosso mundo e encontram em Holy Wood uma passagem podendo trazer a destruição ao Discworld. Os únicos capazes de impedir isso são o jovem Victor, futuro mago que faz de tudo para continuar apenas como futuro e não correr risco de pois vida de mago pode ser muito perigosa, tirando sempre uma nota nas provas de admissão da Universidade Invisível de 84, número que não o classifica nem desclassifica, até sentir o chamado de Holy Wood e se tornar o herói de vários "cliques" e futuro herói da cidade. Ginger, uma garota de fazenda que não quer o futuro reservado a ela, deseja ser famosa mesmo sem saber direito o que isso significa e Gaspode, um cachorro SRD e velho que levava uma vida normal nas ruas até ser afetado pela magia de Holy Wood e começar a falar e pensar, o que é uma complicação pois ele começa a refletir na vida servil do cachorro ao ser humano de forma engraçada mas crítica. No meio de muita confusão que nos faz rir - e passar vergonha nos locais públicos - acompanhamos os desenrolar da história com críticas à fixação que o cinema e a TV causam, à propaganda sugestiva colocada nos filmes de forma despretensiosa e que nos faz desejar algo sem nos tocarmos o por quê disso, a forma como veneramos atores e atrizes e várias referências a filmes, atores e frases famosas, além de uma referência ao Oscar, aqui Osvaldo; prato cheio para cinéfilos com direito a criaturas que lembram muito da obra de Lovecraft.
Tem tanta coisa para falar desse livro, mas ler é a melhor forma de entender porque essa história é tão boa e inteligente. Terry Pratchett com certeza é um dos autores que melhor sabe brincar com as palavras, de forma inteligente mas hilária, com muitos clichês que só ele sabia usar.
"(...)- Sabe qual é a maior tragédia no mundo todo?...São todas as pessoas que nunca descobrem o que realmente querem fazer ou no que são realmente boas. São todos os filhos que se tornam ferreiros porque seus pais eram ferreiros. Todas as pessoas que poderiam ter sido flautistas fantásticas, mas envelheceram sem nunca ter visto um instrumento musical e acabam se tornando péssimas agriculturas. Todas as pessoas com talentos que sequer descobrem que os tem. Talvez nunca nasçam numa época e que seja possível descobrir."
"(...) Toda a vida é como assistir a um 'clique', pensou. Só que é como se você sempre chegasse dez minutos depois que a longa história começou e ninguém quisesse contar o que aconteceu, de modo que você tem que descobrir tudo sozinho, a partir dos indícios. E nunca tem a chance de ficar na sua poltrona para a sessão seguinte"
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