Tia Julia e o escrevinhador

Tia Julia e o escrevinhador Mario Vargas Llosa




Resenhas - Tia Júlia e o Escrevinhador


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julanci 11/03/2024

Escrita refinada e ácida!
O livro é genial, intercalando a história semi-biográfica do autor e os contos das novelas de rádio. Os personagens são muito cativantes. É bizarramente engraçado, sensual e delicado, tudo ao mesmo tempo! Llosa é brilhante, viva a América Latina!
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Alexandra153 16/01/2024

Este foi o segundo livro do autor.
Demorei algum tempo de leitura a perceber o ritmo da história e os capítulos alternados.
A escrita de Vargas Llosa é interessante, no entanto, a historia não surpreendeu e o romance autobiográfico com a Tia Julia ficou aquém da expectativa.
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Guilherme Amin 03/09/2023

Para morrer de rir
Neste romance semi-autobiográfico, Mario Vargas Llosa desenvolve o amor secreto entre um jovem jornalista peruano, Varguitas, e sua tia boliviana mais velha, Julia, que escandalizam a Lima dos anos 1950 com seu namoro audacioso.

Os capítulos alternam a história de amor com os folhetins escritos por Pedro Camacho, um excêntrico amigo de Varguitas que redige as radionovelas da emissora em que trabalham.

É notável a habilidade de Vargas Llosa para a montagem paralela da trama e dos folhetins. O namoro dos protagonistas é desenvolvido num clima sereno e previsível, enquanto as novelas têm os enredos mais rocambolescos e absurdos imagináveis. O autor se reveza também na forma, pois emprega no romance sua tradicional escrita elegante e agradável, e escreve os folhetins em linguagem pomposa e melodramática. A alternância de conteúdo e tom dá equilíbrio à obra, que é já por si bastante diferente, por ser um romance intercalado com "contos".

Neste ponto, tenho de mencionar como é divertida a leitura do livro. Quando Pedro Camacho, sobrecarregado de trabalho, começa a confundir seus enredos e personagens, as novelas vão ficando caóticas e cada vez mais engraçadas. Devido a isso, é recomendável não se demorar na leitura de "Tia Julia e o escrevinhador", para que a mistura (intencional) dos muitos personagens e episódios das novelas não acabe por desorientar, sem querer, o próprio leitor.

No mais, sempre que nos leva a visitar lugares, Vargas Llosa oferece descrições apuradas e interessantes, fruto de pesquisa e do seu comedimento, pois sabe conter os excessos e chatices que muitos escritores cometem nas suas descrições.
Gustavo Kamenach 03/09/2023minha estante
Adicionado à lista de "quero ler" com sucesso! Acho que estou precisando de um livro assim que faça rir, obrigado pela resenha e dica, Guilherme!




ellensias 10/05/2023

Estranhamente bom
Apesar da premissa absurda (e o fato preocupante de ser uma obra autobiográfica), o livro é realmente muito bom. A alternância entre a história propriamente dita e os contos narrados na rádio é genial. Certamente vou reler em algum momento.
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Marcus 05/05/2023

Muitas histórias em uma
Uma história ?mezzo? biográfica do autor quando jovem apaixonado por uma tia mais velha, entremeada por várias histórias deliciosas escritas pelo escrevinhador do título.

Mais uma obra deliciosa de MVL.
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Marcianeysa 18/03/2023

Maravilhoso
Que livro! A leitura foi uma jornada divertida e muito prazerosa. Já havia lido dois livros muito bons do autor, mas esse acredito que seja o melhor.
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Eric 13/08/2022

Uma belíssima homenagem às radionovelas
Minhas experiências com as obras do Llosa sempre foram surpreendentes. A cada livro que leio do autor, tiro o chapéu para tamanha criatividade, domínio de escrita e estruturação do texto. Com um Tia Júlia e o Escrevinhador não foi diferente. Aqui, o que me chamou mais atenção foi a competência do autor em trazer diversas novelas com enredos totalmente absurdos que dão substância ao romance.

A deliciosa narrativa, com fortes traços autobiográficos, transporta o leitor para a Era das radionovelas, aquelas que lembram enredos como de A Usurpadora. Acompanhamos o romance polêmico entre sobrinho e tia, Varguitas e Júlia. Com 18 anos, o menino se apaixona pela cunhada do seu tio, a qual está divorciada. Ambos começam a se relacionar e geram muita revolta na família, pois Varguitas ainda é adolescente perante a lei de Lima. Em paralelo, a partir de capítulos que intercalam a rotina dos apaixonados, vamos mergulhar nas radionovelas do incrível Pedro Camacho, as quais sustentam enredos bombásticos, repletos de criatividade e que deixam as tardes das senhoras de Lima muito mais empolgantes.

Cada novela de Pedro Camacho consegue ser bem instigante. O personagem cria enredos bem mirabolantes, alguns inusitados e outros polêmicos. Cito alguns que marcaram muito, como a do homem que tem sua irmã comida por ratos, a do padre nada convencional que cria uma legião da fiéis só pregando coisa errada como ajudar no tráfico e influenciar mulheres a serem prostitutas e a do julgamento de uma menina estuprada por um homem religioso. Além disso, Pedro Camacho também possui uma personalidade única e de fortes posicionamentos que traz bons momentos de humor!!

Por outro lado, Llosa retrata muito bem o romance entra Varguitas e sua tia. É muito gostoso de ler esse relacionamento aflorando e também acompanhar o amor intenso que o narrador nutre pela sua tia. Um romance doce e sincero, escrito de forma bem romântica, o qual além de gerar muito humor, também deixa o coração quentinho.

Tia Júlia e o Escrevinhador é uma obra muito bem escrita. O texto do autor é muito rico e marcante, é encorpado e de uma competência lexical sem igual. Domínio de escrita muito exemplar, que consegue transformar uma história simples em uma obra de arte.

Ler esse livro é tão bom quanto tomar um chá no fim da tarde. Uma belíssima homanagem de Llosa a um arte que já não é tão presente em nosso cotidiano.

????/5
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Rodrigo 26/01/2022minha estante
Interessante... eu já tinha lido 2 livros dele na vida, ambos favoritados... até que li o elogio da madrasta, e achei meia boca. Para o seu próximo Llosa, caso ainda não tenha lido, recomendo as Travessuras da Menina Má. Uma obra de arte literária.


Sarah 26/01/2022minha estante
Muito obrigada pela sugestão, Rodrigo! Vai ser o próximo dele que vou ler, já está até aqui em casa! :)


Rodrigo 27/01/2022minha estante
Não esqueça de me avisar sobre as suas impressões




Marilia 03/01/2022

Delicioso
Sabe um livro gostoso, que te leva pra outros lugares, com histórias dentro da história. Uma escrita ímpar.
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Mary Manzolli 11/07/2021

Viagem ao Peru dos anos 50
Um dos livros mais conhecidos e lidos do autor. Autobiográfico mas sem grande apego em ser, completamente, verídico, porém com muitas lembranças da sua juventude na Lima dos anos 50, em que aos 18 anos, é um estudante de direito, desapegado e desinteressado, na melhor universidade do Perú, com pretensões literárias e trabalhando em uma emissora de rádio.

São duas histórias que se alternam:

1° História - é o seu romance com tia Júlia, a irmã da esposa de seu tio, uma mulher divorciada com o dobro da sua idade.

2º História - é a de Pedro Camacho, um talentoso e excêntrico escritor de radionovelas boliviano, cujos enredos mirabolantes fascinam os peruanos, e que é contratado na radio onde Mário trabalha. A partir de certo ponto na história começa a perder o controle de suas novelas, fazendo com que seus personagens transitem de uma novela a outra, confundindo enredos, personagens, profissões e parentescos. Como os capítulos da história de Mario são intercalados com trechos das novelas de Camacho, possibilita que o leitor acompanhe e participe da evolução desta confusão mental.

Mesclando humor e romance, o livro é uma sátira aos melodramas radiofônicos em que a própria autobiografia se torna um melodrama recheado de clichês e esteriótipos. Um livro interessante, surpreendente e original que, com muita sutileza, nos insere na cultura, hábitos, músicas, danças e gastronomia peruanos, mostrando o lado popular e também ou outro mais elitizado.

Uma obra madura, bem escrita e pouco convencional, cujo final foge do lugar comum.
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luizguilherme.puga 09/07/2021

Livro autobiográfico e um dos mais famosos do Nobel de literatura Mario Vargas Lhosa , narra a história de Varguitas, jovem de 18 anos que trabalha em uma rádio em Lima que inesperadamente se apaixona por sua tia Júlia, de 32, na mesma época em conhece o famoso escritor de novelas Pedro Camacho . A narrativa intercala sua história com episódios escritos pelo novelista de uma forma original e muito bem elaborada. Vale muito a pena a leitura.
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Luigi Gaino 07/05/2021

Que delícia!!
Delicioso. Parece café coado com bolo quente! Rsrsrs
Leia as outras resenhas pq eles são melhores nisso, mas saiba que você vai saborear um livro delicioso, engraçado. Inteligente, rápido, nada difícil nem afetado!
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Candido Neto 02/04/2021

Bem bonitinho, engraçado demais.
Precisa de uma leitura leve, inteligente e divertida?
Achou o que procurava.
Varguitas, Pedro Camacho, Tia Julia, a Panamericana e todas as novelas do escrivinhador... Vou sentir saudade.
Já quero reler.
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Zuca 26/01/2021

A alternância de focos narrativos em Tia Júlia e o escrevinhador tanto impede o livro de fluir livremente em seu potencial máximo quanto o salva de si mesmo: por um lado a linha semi-biográfica sempre soa maçante após os arroubos devaneados dos capítulos (literalmente) novelescos; por outro lado essa mesma âncora trata a esquizofrenia do autor dentro da obra em doses homeopáticas – enquanto, ao mesmo tempo, devolve ao leitor um fôlego providencial antes de cada próxima viagem.

Navegando pela vertente realista (romântica, previsível, plausível, etc) Vargas Llosa cria uma ambientação surpreendentemente leve e agradável – como se talvez a Lima dos anos 50 fosse uma versão peruana do nosso Rio de Janeiro da qual não tivéssemos consciência aqui (ou, no mínimo, que essa fosse a verdade do ponto de vista do aristocrata local, o que é o caso); porém esta vertente por si só não sustentaria o romance – ou ao menos não um bom romance (o que também é o caso).

Felizmente quando se trata de realismo fantástico (exercido nos capítulos fictícios com mais e mais potência a cada volta), o autor sobra – e muito. A densidade criativa desses momentos aliados à uma virtuose linguística sem os freios do ambiente literário formal anterior fazem a obra se elevar acima de qualquer expectativa que o leitor tenha (especialmente em contraste com a linha realista do ponto de vista que se intercala a esta outra, diversa) e validam a obra – ainda que, na pior das hipóteses, por só metade do tempo da jornada.

site: https://sucintandoresenhas.blogspot.com/
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