Leon 22/04/2013
Fantástico! Um verdadeira livro de história!
Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas é o melhor livro para quem quer aprender um pouco de história da França. Eu não tenho palavras para distinguir esse livro de Os Miseráveis, de Victor Hugo, pois os dois contam histórias criativas, baseadas em fatos reais e ajudam no entendimento de guerras histórias. No caso dos Três Mosqueteiros, a história se passa no século XVII, mais ou menos lá para o ano de 1625 em diante. Nesse período, aconteceu o Cerco de La Rochelle. Sinceramente, eu nunca tinha ouvido falar de La Rochelle na minha vida e aprendi muitas coisas de História lendo esse livro maravilhoso.
Não vou explicar o que é o Cerco de La Rochelle detalhadamente (assim como fala Dumas em seu livro). Foi mais uma batalha entre os Rochelleses - que eram formados por protestantes (chamados huguenotes naquela época), e que tinham aliança com ingleses, alemães e vários outros países que queriam derrotar a França -, e os franceses católicos. Dentre os católicos tinha o rei, o cardeal, etc.
Mas, agora sobre o livro. Bem no começo conhecemos um jovem chamado D'Artagnan um "Dos Quixote adolescente". Esse jovem um dia, parte para capital da França, no sonho de se tornar um mosqueteiro dos reis, ou do Sr. Tréville, o capitão dos mosqueteiros. Depois de uma curiosa desventura, ele chega lá, e se apresenta para Sr. de Tréville. Mas este diz que não pode transformar D'Artagnan em mosqueteiro, então o coloca na Companha do Sr. de Essarts, os guardas de Paris.
D'Artagnan conhece então, os famosos três mosqueteiros, que são Athos, Porthos e Aramis e os quatro viram amigos. Muita gente faz a pergunta "Por que o livro se chama 'Os três mosqueteiros', se são quatro?" Achei duas respostas que podem ser cabíveis. Primeira, D'Artagnan é um guarda no começo do livro e a segunda, Aramis sonha em ser padre e consegue, bem no final do livro, mesmo.
Um dia, d'Artagnan conhece Constance Bonacieux, a camareira da Rainha Ana da Áustria. Constance é casada com um burguês cardinalista, chamado Sr. Bonacieux. D'Artagnan se apaixona por Bonaucieux e isso dá a primeira "confusão" da história.
Além desses personagens é preciso citar outros como o cardeal do rei, que d'Artagnan e os seus amigos odeiam, por que ele é muito acusado de várias coisas, inclusive conspirar contra a rainha. Também há a minha personagem favorita depois de Athos, Milady de Winter; uma mulher misteriosa, loira, viúva do Conde de Winter, da Inglaterra, ela é uma espiã do cardeal e faz coisas horríveis o livro todo, mas é impossível não ser cativado por ela.
Bom, é difícil fazer uma resenha desse livro, pois ele é muito complexo, histórias que aparecem, são esquecidas e reveladas depois. O livro é muito bom e eu recomendo para todas as pessoas do mundo. Mas só recomendo os livros que tem o texto integral, pois tudo, tudinho é importante.
Outra coisa que me deixou completamente maravilhado, foi a base em que o texto foi feito. Ele foi inspirado em várias "fofocas" e intrigas que realmente aconteceram no século XVII. Mas no livro que eu li, tem um prefácio dizendo que Dumas se inspirou em um livro chamado Memórias do sr. d'Artagnan. Mas em alguns capítulos é dito que ele também se baseou em um manuscrito das memórias do cardeal.
Mas é isso. O livro é perfeito, cheio de suspense, revelações que te surpreendem cada vez mais, passados cheios de mistério, personagens hipócritas e missões que podem salvar a honra da rainha ou a vida de uma pessoa.
Simplesmente fantástico!