Tauana Mariana 11/02/2015
Muito bom.
Sobre o livro:
Este é o típico caso do "não julgue o livro pela capa". Com uma capa incrivelmente horrível (tinhosa de feia), a obra é muito boa, muito bem escrita e me auxiliou por demais da conta sô.
Falando sobre a relação entre livro/literatura/computador, Bellei apresenta-nos uma rica articulação entre autores sobre o possível fim do livro, o que seria, segundo o autor, um trauma cultural. Isso porque, matar o livro não é simplesmente extinguir um objeto de consumo, é liquidar com um objeto simbólico, cultural, um repositório da criação humano, uma instituição que propicia uma certa ética individual e grupal.
Contudo, o autor dedica-se mais a pensar a biblioteca digital, o hipertexto e o "lautor", ou seja, o leitor de hiperlinks que tanto consome como produz a própria experiência de leitura.
Em suma, Bellei acredita que o livro não morrerá, mas se transformará. O fim do livro será o início do livro sem fim. Mas aí eu me pergunto: será que queremos mesmo que um livro nunca acabe? Será que não mais experienciaremos a leitura da última página e o suspiro profundo do fim? Espero que não.
Sumário:
A biblioteca eletrônica e o trauma do fim do livro.
Do texto ao (hiper)texto
Estudos literários e bibliotecas hipertextuais
Práticas discursivas hipertextuais
Questões de tecnologia, política e poder
Referências bibliográfica
Referência:
BELLEI, Sérgio Luiz Prado. O livro, a literatura e o computador. São Paulo: EDUC; Florianópolis: UFSC, 2002.