Júlia da Mata 28/03/2011
Resenha dupla : My Soul To Take e My Soul To Lose
Rachel Vincent está querendo me calar.
Ok, essa não é uma frase bem comum, mas é a verdade. Não que Rachel Vincent quer me matar, ou fazer com que eu não fale mais, só que os seus livros e contos me fazem querer parar de falar, cantar ou gritar. Parece que as cordas vocais é o seu alvo.
Tudo bem, eu devo estar parecendo paranóica, mas é o 3º livro ou conto dela que leio e tenho uma reação parecida. Com Farra, o conto que está no livro Imortal, eu fiquei sem cantar por uma semana. Agora com My Soul To Lose e My Soul To Take, eu não quero nem pensar em cantar. Por que?? Bem, tenho os meus motivos.
Mais uma vez acabo uma historia de Vincent e estou de boca aberta. Eu fiz a aposta certa ao ler Soul Screamers. My Soul To Lose é o livro 00. Isso mesmo, o livro 00. É como um pré-livro, um prefacio com alguns capítulos. Você não é obrigada a lê-lo se não quiser, não vai influenciar em nada no decorrer da serie. Mas como eu sou uma traça eu li My Soul To Lose. E eu gostei do que li. Nele somos apresentados aos personagens mais importantes em toda a serie, Kaylee, a nossa protagonista, Emma, a melhor amiga de Kaylee, Tia Val, a tia por casamento de Kaylee e Tio Brendon, com quem Kaylee vive desde os 3 anos de idade. Eu fiquei tensa o livro inteiro, ele é um pouco triste, mas é bom para você entender melhor My Soul To Take.
É impossível estar preparado para My Soul To Take. Em My Soul To Lose saímos cheio de perguntas: De onde saem os gritos de Kaylee?? O que os causam?? Por que ela não consegue controla-los totalmente? E em My Soul To Take temos as respostas. Elas não são jogadas de forma bruta, mas sim aos poucos, tanto que tem algumas perguntas que você nem percebe que foram respondidas.
A narração é em primeira pessoa. Antes eu sempre idolatrei as narrações em 3ª pessoa, mas agora estou cada dia mais apaixonada é pela primeira pessoa. Kaylee é a nossa narradora, nos dois livros. Vemos todos os detalhes pelo seu olhar, sentimos até as mesmas coisas que elas sentem. Uma das coisas que gostam nas narrações em primeira pessoa é que elas são mais misteriosas, nós só sabemos o que o nosso narrador sabe.
É, eu não errei em apostar em Rachel Vincent.