Maria19642 23/01/2024
"Se o deixo, morro; então, prefiro morrer ao pé do trono da graça"
Eu assisti, uns quatro anos atrás, a história de um homem que largava tudo para seguir em peregrinação para uma cidade dourada, brilhante e que quase ninguém acreditava. Esse homem sofreu muitos ataques e perdeu muita coisa, mas, por fim, conseguiu alcançar a glória de entrar naquela cidade. Eu não me lembro muito do filme, passam apenas alguns flashes na minha memória, mas o que eu me lembro me deixa muito perturbada. (eu poderia descrever como ‘pensativa’, mas parece uma palavra muito pequena quanto à quantidade de pensamento que eu tinha sobre esse filme).
Quando eu ganhei esse livro, no final do ano passado, eu lembrei imediatamente do filme (mais das sensações do que do enredo) e soube imediatamente que ele era bom, mas assim que comecei a ler a introdução, eu soube que ele era maravilhoso.
No decorrer da leitura, eu me apaixonei pela estrada do Cristão (e do Fiel e Esperança também) e pela sua reflexão e debates filosóficos. Eu fiquei com raiva quando ele se desviava do caminho e me alegrava quando ele voltava ou continuava seguindo para o Portão Celestial. Posso dizer que fiquei muito triste com a morte do Fiel e que Esperança me encheu de esperança também. (piadocas)
Enquanto lia, eu fui tomada por um sentimento conflituoso que me machucava muito, mas muito mesmo. Comecei a olhar mais para o que eu faço, de verdade mesmo, e comecei a notar semelhanças entre minha vida e a jornada de Cristão. Quando enfim dei por mim, entendi qual era a metáfora do Bunyan e como eu, nessa vida, sou como Cristão (ou como Cristana, mas não li A peregrina ainda) que caminha para encontrar o Rei, que mora dentro do Portão Espiritual. Eu juro que desabei.
Notei muitas falhas e percebi muitos erros meus, assim como também notei a Graça em muitos momentos da minha caminhada. Eu quis (e quero) me aproximar mais do Rei e sair dos desvios do Caminho e agora, enquanto eu escrevo essa resenha, eu percebo que esse livro me aproximou mais de Deus, mais do meu Pai e do meu Senhor.
Por muitas vezes, eu fui Ignorância, Falastrão, Inveja, Covardia e Pouca-Fé, assim como Cristão já foi, eu já fui inimiga do Rei. Hoje, eu estou como o Filho Pródigo, que voltou para o Pai, pedindo apenas um serviço, só pra ficar perto Dele, e recebeu um beijo e um abraço e a promessa da herança.
Eu me sinto, como o filho, abençoada por uma graça não merecida e amada por um Rei que escolheu ser também o meu Pai. Por isso, fico com a fala de Esperança.
“Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, por que o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê, o qual foi entregue por causa de nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. Ele nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, é o mediador entre Deus e os homens e vive sempre para interceder por eles” (1Tm 1:15, Rm 10:4, Rm 4:25, Ap 1:5, 1 ™ 2:5, Hb 7:25)