Eu Sobrevivi Ao Holocausto

Eu Sobrevivi Ao Holocausto Nanette Blitz Konig




Resenhas - Eu Sobrevivi Ao Holocausto


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annacsfraccaro 28/04/2022

Ler para não esquecer
Não tem como ler histórias sobre o holocausto e não pensar em como o ser humano conseguiu chegar nesse nível de maldade.
Não importa quantos livros eu leia sobre o holocausto eu não consigo não me impressionar com essa crueldade.
Manuelly18 09/06/2023minha estante
Simm, bastante crueldade oque eles fizeram...




Pri Paiva 16/12/2015

Comovente e impactante. Um verdadeiro soco no estômago.
Eu já li muito sobre os relatos dos sobreviventes da Segunda Guerra Mundial, mas esse livro realmente me surpreendeu. Através das palavras da Nanette eu pude, não só, vislumbrar uma visão diferente dentro de um campo de concentração, mas pude ter também, uma nova visão dentro do universo Anne Frank.

Nanette foi amiga de Anne Frank no Colégio Liceu Judaico, as duas eram colegas de turma. Por esse motivo, Nanette descreveu fatos com uma nova ótica dentro dos acontecimentos na história de Anne Frank.

“Durante o período em que Anne e eu convivemos dentro do Liceu Judaico, pude participar de seu 13º aniversário. Presenciei também o momento em que Anne ganhara seu amado – e posteriormente muito famoso – diário.”

A narrativa além de aterradora e real, é principalmente, comovente. É incrível a força que um ser humano encontra mesmo quando sobrepujado de todas as formas.

Nanette enfrentou com muito medo e obstinação o pesadelo bizarro que foi a vida no período de guerra e descreveu as atrocidades que ocorreram no campo de Bergen-Belsen, lugar onde ficou confinada com sua família.

“Estávamos em uma situação em que meus próprios pais temiam pela vida, como crianças indefesas, sem ter o que fazer.”

Bergen-Belsen era conhecido como campo da morte, e se você pensa que esse título se deve ao projeto nazista em matar judeus dentro da câmara de gás, errou. Bergen-Belsen era conhecido como o campo da morte porque cada judeu, cigano, homosexual ou qualquer minoria perseguida naquela época era exterminada de uma maneira ainda mais cruel e implacável. A morte em Bergen-Belsen vinha através das doenças como malária, tifo e principalmente, através da fome. As pessoas que ali ficaram presas durante o período da guerra, definhavam de fome!

“Era como se sua humanidade fosse arrancada aos poucos. A cada dia, todos iam enfraquecendo e ficando mais magros e doentes. Era uma situação de desesperança – todos eram entregues à própria sorte.”

“No meu período em Bergen-Belsen eu assisti a milhares de pessoas morrerem, inclusive o meu pai, sempre me questionando se eu seria a próxima. E, no entanto, eu ainda estava ali.

Ainda dentro do campo de Bergen-Belsen no norte da Alemanha, em janeiro de 1945, Nanette reencontrou Anne Frank.

‘‘Ainda é um mistério para mim como pudemos nos reconhecer”.

Anne caminhava enrolada apenas em um cobertor, pois dispensara as roupas, infestadas por piolhos. No braço, trazia um número tatuado no campo de Auschwitz, na Polônia, onde estivera presa antes de ser despachada para Bergen-Belsen.

Nanette se encontrava em melhores condições, mas também esquálida. Perto delas, pilhas de cadáveres. Nada lembrava reuniões anteriores das duas adolescentes, que frequentaram a mesma classe de um liceu judaico em Amsterdã, na Holanda.

Quando os soldados aliados chegam a Bergen-Belsen e tomaram o campo dos nazistas, encontraram ali o mais puro terror e calamidade humana. Mais de 10.000 judeus mortos ficaram jogados em meio aos vivos, que por estarem muito fraco, já não conseguiam mais enterrar seus mortos. O campo era um verdadeiro cemitério a céu aberto.

Ler sobre a segunda guerra e as atrocidades nazista, eu sei, não muda nada. Mas como a Nanette disse muitas vezes durante o livro é que o nazismo não pode ser esquecido e precisa ser falado.

“Muito sonhos foram destruídos durante o Holocausto, muitos sonhos que não tiveram tempo de serem realizados.”

“Eu escrevo minha história em nome de todos aqueles que tiveram suas vozes caladas.”

E enquanto houver sobrevivente, história ou mensagem passada pela Segunda Guerra, eu estarei aqui para ouvir.

Não consigo descrever aqui, em uma simples resenha, a emoção que senti ao ouvir o relato de Nanette. Muito da história dela deve ser lida no livro, não só nessa simples resenha.

Hoje, essa guerreira que venceu a vida, que sobreviveu de todas as formas vive perto de nós brasileiros. Ela se estabeleceu em São Paulo em 1959 e construiu família ao lado de seu marido.

Saber que a Nanette, com seus 86 anos, que viveu a realidade desse período obscuro de nossa história, está tão perto de mim me emociona. Queria poder abraçá-la e dizer … acho que não encontraria palavras para dizer nada que ela já não tenha ouvido na vida. Só queria poder abraçá-la realmente.

Espero que tenham gostado da resenha. ;)



site: www.delirioselivros.com.br e www.livroscinemaecia.com.br
Loki Sa 17/12/2015minha estante
Muito forte, irei ler com certeza.


Iago.Teobaldo 08/05/2021minha estante
Esse é um dos relatos mais dolorosos, tenso mesmo.




Vinicius39 14/04/2022

Extremamente necessário!
Esse livro foi uma leitura completamente forte,triste e cheia de esperança. Mesmo sendo um livro curto,ele conta a história de uma sobrevivente de uma das maiores atrocidades da humanidade,o Holocausto. Ela conta os horrores e todos os traumas que ela viveu enquanto estava em uma campo de concentração. É uma leitura muito necessária para que a gente enxergue o horror que foi esse período.

A Nanette conta sua vida antes de ser pegar,sua vida quando foi pega e a vida dela tentando um recomeço,é entrementes forte,porque a gente se depara com a crueldade do ser humano,a crueldade de dizimar milhares de pessoas por intolerância,acabar com famílias,memórias,de tratas as pessoas como lixo,jogadas em valas como se não tivesse valor,por puro ódio. E ela viu todo esse terror,cara a cara com a morte e ela conseguiu sobreviver para contar essa história para milhões de pessoas,para que as pessoas não esqueçam do que aconteceu,para que essa história nunca morra,para as pessoas saberem como o ser humano foi capaz de fazer essas atrocidades.

Tem um momento de livro que ela conta sobre o encontro com a Anne Frank,e é muito impactante e muito emocionante.

Todo o relato que ela dá de como ela vivia,do que ela via,de tudo que ela sentiu na pele,é de emocionar e arrepiar cada pessoa. É um livro que todos deveriam conhecer e ler,vale muito apena,serve de aprendizado para qualquer um! E eu repito,essa história nunca deve ser esquecida,sempre devemos nos lembrar do horror daquela época e para que isso jamais se repita!!

"É impossível compreender como Hitler conseguiu tal empreendimento:transformar homens e mulheres em seres brutais,sem o mínimo senso de humanidade"

"Eu lembro para poder viver,porque esquecer é morrer e perder de vez minha família "
Cantinho dos livros 14/04/2022minha estante
????




Gessyka.Loyola 04/07/2023

Superação!
Neste livro acompanhamos a história de uma das pessoas, que tanto sofreu com as barbáries do holocausto.
Nanette nos apresenta sua perspectiva dos acontecimentos que a traumatizaram para a vida toda, e como apesar de tudo ela conseguiu seguir em frente.
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dani2vi 24/03/2022

Eu sobrevivi ao holocausto
É um relato de Nanette Blitz Konig, uma judia, que sobreviveu ao campo de concentração de Bergen-Belsen. Ela conta sua realidade e nos faz refletir sobre o quanto os humanos conseguem ser podres o suficientes para destruir os sonhos de pessoas inocentes.
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Carol Martins 01/02/2022

Impactante e emocionante
Segunda Guerra Mundial, uma das maiores atrocidades já vistas pelo mundo. Sempre que penso em guerra meu estômago revira, tamanha é a destruição que esses acontecimentos deixam. É difícil acreditar que essa guerra horrenda aconteceu há menos de 100 anos, às vezes parece ser algo tão distante que muitas pessoas preferem não tocar no assunto já que é tão doloroso. Mas Nanette sabe que não é dessa forma que as coisas devem ser encaradas.

Nesse livro conhecemos a história de Nanette Blitz Konig e sua família, todas as coisas horríveis que ela e milhões de outras pessoas vivenciaram nos campos de concentração. Conhecer essas histórias e entender o impacto disso tudo deve ser um lembrete diário para que nunca mais deixemos algo do tipo acontecer novamente. Admiro muito pessoas que passam por essas experiências terríveis e ainda assim encontram forças para seguir em frente e recomeçar. Me dói muito saber que ainda hoje milhares de pessoas passam por realidades violentas. Que possamos, cada vez mais, ser mais tolerantes e sentir respeito e empatia pelo próximo.

"Não há nada mais aprisionador para um ser humano do que proibi-lo de ser quem ele é." - Nanette Blitz
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Mi Rubin 22/07/2023

Leitura difícil de ser feita, mas muito necessária para não esquecer que certas sementinhas precisam ser extirpadas sem tolerância.

Difícil ler o quanto difícil também foi o pós guerra, pq a gente imagina que quem passou por aquele horror seria recebido de braços abertos e no fim, ainda rolaram situações complicadas para passarem.

Muito triste ver o que o ser humano é capaz.

Que a gente jamais deixe histórias assim caírem no esquecimento.
Fanfinc_sf.devorador_de_livros 22/07/2023minha estante
Parabéns por mais uma leitura amiga adorei sua resenha vai pra minha lista




Mariana 06/03/2022

?????
"Eu Sobrevivi ao Holocausto", é um relato hemocionante de uma mulher que sobreviveu a tortura Nazista, Nanette Blitz.
"Eu lembro para poder viver, porque esquecer é morrer e perder de vez minha família."
Uma das amigas de Anne Frank que, inclusive, encontrou ela e sua irmã, Margô em Bergen-Belsen.
Nanette, foi separada de sua mãe, sei irmão e viu seu pai morrer, naquelas terríveis condições.
"No dia 14 de fevereiro de 1944, mais uma vez estávamos a postos para ouvir a lista de nomes que seguiriam para um lugar ainda mais desconhecido. Dessa vez, não haveria alívio momentâneo para minha família: Nanette Blitz, Martijn Willem, Helene e Bernard deveriam apresentar-se no dia seguinte no trem rumo à deportação. Essa rotina ainda seria repetida muitas vezes na nossa ausência:
seria apenas no dia 15 de setembro de 1944 que sairia o último transporte de Westerbork, também rumo ao campo de Bergen-Belsen, levando algumas pessoas e deixando menos de mil prisioneiros no campo de transição.
Enquanto outros iam embora rapidamente, eu e minha família permanecemos quatro meses ali.
Não sabia dizer se aquilo seria o fim ou o começo. A mesma cena que fora repetida tantas vezes agora era protagonizada pela minha família: nós quatro, esperando o trem, muito tensos e ansiosos.
Intimamente, torcia para que esse trem nunca chegasse e eu não precisasse partir dali. No entanto,
isso não aconteceu, e tivemos que embarcar."
"Os campos eram divididos em subcampos, que funcionavam em diferentes períodos. O campo de residência, que funcionou até abril de 1945, era dividido em quatro campos menores: Campo Especial (Sonderlager), Campo Neutro (Neutralenlager), Campo Estrela (Sternlager) e o Campo Húngaro (Ungarnlager)."
""Todos os que estavam nos outros campos não poderiam permanecer com suas roupas: deveriam utilizar aquelas vestes com aparência de pijamas listrados. Imagine utilizar a mesma roupa todos os dias, sem nenhuma outra opção? Com o tempo, a situação ficava realmente repugnante. Apesar de nunca as ter utilizado, deve ser por isso que não consigo gostar de nenhuma roupa listrada até hoje."
"A vida em um campo de concentração está além do compreensível. Apenas quem passou por essa situação consegue dimensionar com exatidão o horror, a incerteza, a insegurança e a anormalidade de tudo isso. Muitas vezes, nem quem passou por isso sabe exprimir o que vivenciou, pois faz de tudo para apagar qualquer vestígio desses tempos da memória. Um dia, sem termos cometido nenhum delito, eu e minha família fomos enclausurados e isolados da sociedade. Esse destino é concebido somente àqueles que não conseguem viver em comunidade. Qual crime havíamos cometido para estar ali? Ser judeu tornou-se um crime, e nós iríamos sofrer por isso."
"Apesar da grande ansiedade em que estávamos, dormi logo pelo cansaço da viagem. Estar naquele barracão, em Bergen-Belsen, era o começo de uma nova vida para mim. Toda a forma de vida que eu conhecia e achava que era minha, não existia mais. A ansiedade e a incerteza em relação ao futuro eram constantes. No entanto, quando você se encontra em um campo de concentração, sua principal preocupação é sobreviver ao dia. Não pensávamos mais em anos, mas no que cada dia reservaria para nós."
"Dá para perceber que o que se sucedeu no Holocausto só foi possível por causa da quantidade de pessoas envolvidas na operação. Quando se fala sobre Holocausto e Nazismo, o primeiro nome associado é o de Adolf Hitler, o líder de tudo isso. No entanto, cada engrenagem tinha um papel significativo para que tudo funcionasse corretamente. Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda, por exemplo, era também uma pessoa extremamente antissemita. Era ele quem disseminava por toda a Europa as ideias do Partido Nazista, incluindo o ódio contra os judeus. Hitler não teria conseguido fazer tudo sozinho: milhões de pessoas cegas e doutrinadas pelas ideias do Führer ? ideias que muitas vezes já tinham sementes próprias também ? foram necessárias para que todo o horror acontecesse."
"Quando uma ideologia se torna tão entranhada a ponto de sustentar barbaridades para um objetivo abominável, é algo alarmante para qualquer sociedade"
"Estávamos no escuro,
cegos, pois nunca se sabia qual era o humor dos nazistas: você poderia estar parado sem fazer nada e mesmo assim incomodá-los. Era algo inexplicável: a nossa simples existência já os incomodava."
"A religião era um aspecto que, apesar de tudo, também fazia parte do campo. Era curioso observar que havia dois caminhos que as pessoas mais religiosas seguiam: ou ficavam mais fervorosas, mantendo sua prática e devoção, ou então desacreditavam totalmente em Deus e passavam a não crer mais em um ser superior."
"Apesar de os judeus serem as principais vítimas do ódio nazista e de todo o sistema de destruição que operavam, não eram os únicos a sofrer: nessa época também foram perseguidos e enviados aos campos outros grupos considerados ?inimigos do Estado?. Hitler costumava dizer que tempos de guerra eram ótimos momentos para exterminar ?doentes incuráveis?. Os nazistas aproveitaram, então, a Segunda Guerra Mundial para avançar com as ideias de ?superioridade de raça?, que envolvia toda espécie de preconceito.
Além dos comunistas, que eram inimigos políticos de Hitler, os ciganos também eram considerados uma raça inferior. Eles também sofriam com preconceito antes da guerra, assim como os judeus enfrentavam o antissemitismo. As Testemunhas de Jeová, um grupo cristão que realiza a pregação de seus princípios de casa em casa, seguem uma doutrina que afirma que é necessária a neutralidade política, não concordando, portanto, com o serviço militar para um país, algo que desagradou o governo de Hitler.
Os homossexuais também foram enviados a campos de concentração, pois eram vistos como ?anormais?. Em junho de 1935, o Estado nazista decretou que até mesmo a amizade entre homens homossexuais seria considerada crime. É muito irônico que todas essas atrocidades tenham sido realizadas com base em leis promulgadas e acatadas. Que tipo de leis são essas?
Os deficientes físicos e mentais encaixavam-se no grupo de doentes incuráveis, que deveriam ser eliminados conforme a doutrina nazista. Por isso, muitos deficientes, considerados um fardo à sociedade, foram executados pelos nazistas, com intensa cooperação de médicos alemães. É assustador perceber que Hitler contou com um vasto apoio para conseguir executar seu plano maligno."
"No dia 8 de abril ainda chegariam mais milhares de prisioneiros em Bergen-Belsen: já não era possível receber mais ninguém, mas isso não impedia as ações desesperadas dos nazistas ? eles estavam encurralados. A população do campo já somava sessenta mil prisioneiros; sessenta mil pessoas que não seriam executadas, mas que não teriam as menores condições disponíveis para sobreviver ? não deixou esse de ser mais um método de assassinato em massa dos nazistas."
"Josef Kramer não fugiu como outros membros da SS. Ele permaneceu ali, para receber as tropas do inimigo e ?entregar? o campo, como se fosse uma cerimônia de passagem de posse. Ainda teve a frieza de explicar a situação de Bergen-Belsen, sem que nada alterasse a sua expressão facial. Era impressionante comparar a falta de empatia daquele homem diante dos horrores que praticava com a descrença dos britânicos no que viam e ouviam."
"O recolhimento dos corpos foi um trabalho intenso e difícil, porque a princípio os britânicos não sabiam como fazer aquilo. Como perceberam que os alemães já haviam começado a cavar valas imensas para isso, decidiram continuar com o trabalho. Afinal, não haveria outra possibilidade de enterrar todos os milhares de corpos.
E quem os ingleses colocaram para realizar esse trabalho? Quem não deveria nem ter começado com isso tudo: os próprios alemães. Alguns dos guardas da SS que ainda estavam lá foram obrigados a recolher os corpos e colocá-los nas valas. Era impressionante a indiferença com que eles executavam essa tarefa horrível; não demonstravam o menor remorso diante daquilo tudo."
"O Terceiro Reich havia mesmo chegado ao fim e o mundo entrava em uma nova configuração, apesar de a guerra só ter sido oficialmente encerrada em setembro de 1945, com a capitulação dos japoneses. Hitler não desejava amargar mais uma derrota alemã, fato que já havia vivenciado na Primeira Guerra Mundial como soldado, decidindo então, com uma atitude drástica ? ou covarde ?,
não ser preso pelas tropas dos Aliados, seus inimigos. No dia 22 de abril de 1945, os Aliados enviaram um telegrama recomendando que os alemães protegessem Berlim ? Hitler sabia que era tarde demais para qualquer tentativa que objetivasse evitar a derrota. Ele e sua mulher, Eva Braun,
estavam escondidos em um bunker quando deram fim à própria vida, no dia 30 de abril de 1945.
Hitler deu um tiro na própria cabeça e ela tomou veneno. Esse foi o desfecho do homem que liderou o maior massacre da história contra todos aqueles que não pertenciam à ?pura raça ariana? segundo suas convicções."
"Irma Grese, inclusive, ao ser questionada se era obrigada a torturar os prisioneiros, respondeu objetivamente: ?Não!?. Assim como também negou estar arrependida de todos os seus atos. Ela acabou sendo condenada à forca aos 22 anos de idade e, na hora de sua execução, sua última palavra foi ?Schnell!? (?Rápido? em alemão)."
"Em abril de 1945, minha mãe estava trabalhando em péssimas condições na fábrica de componentes para aviões em Magdeburg. Com o final da guerra se aproximando e toda a operação de transferência que os alemães estavam realizando, no dia 10 de abril de 1945, 2 mil mulheres que trabalhavam nessa fábrica de aviões foram colocadas em um trem sem destino. Esse trem eventualmente chegou à Suécia, mas minha mãe nunca chegou até lá. A data oficial de sua morte é dia 10 de abril de 1945. No entanto, ela deve ter falecido alguns dias depois da partida do trem, talvez por não possuir mais forças. Esse foi o relato que as senhoras fizeram ao amigo do meu pai. Não sei o que foi feito com o corpo da minha mãe, então nunca tive a oportunidade de me despedir dela.
Em relação à morte do meu irmão, eu nunca soube ao certo o que aconteceu, não tive como confirmar. Eu imagino que os militares da SS o tenham fuzilado assim que chegou ao campo de Oranienburg, local para onde foi deportado um dia antes de minha mãe partir, e seu corpo tenha sido jogado em uma vala. Apesar de ter feito pesquisas no registro do campo, nunca consegui confirmar nada: não há registro da morte do meu irmão, como se ele nunca tivesse existido. A certeza que tenho é de que eu nunca mais voltei a vê-lo. Minha família foi inteiramente destruída."
"Apesar de ter uma vida feliz em família, eu nunca consegui esquecer o que havia passado nos anos de campo de concentração. Um sobrevivente começa a sofrer os traumas desde o momento em que ele deixa o campo. Minha alimentação foi alterada para sempre devido às privações em BergenBelsen: até hoje não posso comer massas, churrasco, pãezinhos e nenhum alimento em grande quantidade. Mais tarde, fiz uma cirurgia nos joelhos, e alguns médicos disseram que o problema que eu tinha era devido a uma má-formação de ossos acarretada pelo desenvolvimento inadequado em uma idade que é tão crucial para o crescimento de um ser humano."
Nanette se casou e teve três filhos. Se mudou para o Brasil, por causa do trabalho de John, seu marido, e também morou nos EUA e retornou 8 anos após seu casamento para visitar seus tutores na Holanda.
"Infelizmente, apesar de gritarmos constantemente ?nunca mais?, a história do homem se dá até hoje pelas guerras ? guerras sem justificativa, nas quais se esquece o valor da vida. E é por isso que o Holocausto é um acontecimento tão atual, que deve ser lembrado eternamente.
Já faz mais de setenta anos desde que fui libertada de Bergen-Belsen e pude deixar aquele campo de horror e, no entanto, lembro tudo que eu sofri naquela prisão como se fosse hoje. Para que essas experiências não aconteçam com mais ninguém, deixo a minha história registrada para o mundo.
Espero que todos os jovens e todas as pessoas possam desfrutar de uma vida feliz, sempre exercitando a tolerância e o respeito ao outro."
Essas foram apenas algumas das marcações que fiz nesse livro, foram mais de 70.
Não tenho palavras para descrever, tenho apenas a minha indignação pelas pelas pessoas que ainda apoiam essa "ideologia" sanguinária.
Eu recomendo muito. É uma história que não pode ser esquecido, para que ninguém passe mais por isso.
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Vinícius Vilela 09/09/2022

Triste e emocionante
É sempre chocante ler os relatos de quem viveu os horrores do Holocausto. A autora não só os viveu, como também conviveu com a pequena Anne Frank, na escola.
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Alan kleber 08/09/2022

"Escrevo este livro em prol da liberdade e da tolerância."
Um dia me disseram que eu era inferior por ser judia, mas eu nunca acreditei nisso. Assim como fizeram com os judeus, os nazistas impuseram sua superioridade sobre diferentes grupos, como ciganos, homossexuais, deficientes físicos e outras minorias que eles acreditavam não se comparar à sua pureza racial. Nunca acreditei na superioridade de nenhum ser humano diante do outro, pois, tirando os aspectos culturais e de vida, temos todos a mesma essência. E é por isso que não quero que ninguém se considere inferior, para que nunca tenha que se submeter ao desejo de poder do outro, para que nunca perca sua liberdade.
Infelizmente, apesar de gritarmos constantemente ?nunca mais?, a história do homem se dá até hoje pelas guerras ? guerras sem justificativa, nas quais se esquece o valor da vida. E é por isso que o Holocausto é um acontecimento tão atual, que deve ser lembrado eternamente.
Já faz mais de setenta anos desde que fui libertada de Bergen-Belsen e pude deixar aquele campo de horror e, no entanto, lembro tudo que eu sofri naquela prisão como se fosse hoje. Para que essas experiências não aconteçam com mais ninguém, deixo a minha história registrada para o mundo. Espero que todos os jovens e todas as pessoas possam desfrutar de uma vida feliz, sempre exercitando a tolerância e o respeito ao outro.
Com este relato, quero dar voz àqueles que não mais a possuem para contar suas histórias de sofrimento.
Espero que, contando a minha trajetória nessas páginas, contribua para que o mundo não se esqueça do que aconteceu nesse período nefasto da história, e que toda a humanidade perceba que a coexistência é essencial para uma vida feliz e para o desenvolvimento da humanidade. Na Segunda Guerra Mundial fui eu, assim como tantos outros judeus, quem sofreu e, caso não seja tirada uma lição disso tudo, amanhã outras pessoas serão vítimas novamente. Eu não posso permitir que isso aconteça e por isso escrevo minha história em nome de todos aqueles que tiveram suas vozes caladas, incluindo meus pais e meu irmão.
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Michelly21 05/09/2023

Holocausto precisa ser lembrado pra nunca mais ser repetido
Livro com poucas páginas, mas com conteúdo extremamente triste e necessário.
Esses relatos nunca podem cair no esquecimento, pois são o lembrete do que o ser humano é capaz e devemos evitar que aconteça novamente .
Mais um livro de sobrevivência que me marcou profundamente e que vou levar vários ensinamentos.
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Nana Bastos 25/01/2022

Holocausto
Como é um assunto tão delicado, tão angustiante e não tem nem um século de vivido.
Como é importante a gente ter relatos sobre, até para que todos que tenham morrido nessa época, nesse ambiente tenham suas vozes através dos sobreviventes. Não sejam calados nunca!
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Dani Felipelli 26/10/2020

Comovente
É exatamente isso, comovente. Uma história triste e ao mesmo tempo de grande superação e de grandes ensinamentos.
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Tamirez | @resenhandosonhos 22/04/2016

Eu Sobrevivi ao Holocausto
Nanette Blitz Konig tinha um vida normal, uma família bem posicionada economicamente e, como tantas outras crianças na década de 30 viu sua vida se transformar em um inferno de uma hora para a outra. Como a primeira medida do nazismo houve o segregamento. Assim, ela e tantas outras crianças judias foram obrigadas a abandonar suas escolas e irem estudar em locais especiais, somente para essa comunidade. Foi no Liceu Judaico que Nanette conheceu Anne Frank e foi nesse período que ela viu a menina ganhar seu famoso diário.

O que sentir nesse momento, além de medo? Não há outra sensação que eu me recorde de conviver tanto nesse período; o medo havia se tornado o meu melhor amigo.

Porém a amizade não durou muito tempo, já que Anne logo desapareceu e Nanette juntamente com sua família foi levada para o primeiro de vários campos de concentração pelos quais passaria. Aos poucos a garota vê sua família sendo despedaçada e conhece a verdadeira crueldade do holocausto, quando o que eram apenas boatos no início da guerra se tornam a realidade do seu dia a dia.

Hoje, aos 87 anos, Nanette vive no Brasil e conta sua história para o mundo, assim como seu reencontro com a garota que foi sua amiga no Liceu e que emocionou tantas pessoas com seu diário e que, no meio de toda aquela tragédia e perdas que Nanette vivia, foi um sopro de vida e esperança. Elas estavam no mesmo campo de concentração, Bergen-Belsen, quando Anne morreu e ela foi uma das últimas amiga a ver a menina viva.

Minha opinião

Eu gosto bastante de ler sobre a temática do holocausto e nazismo. Sempre me emociono com as histórias, assim como cada vez que leio me surpreendo mais com a crueldade humana. Nunca é fácil ler um livro com esses relatos, é um soco no estômago, um choque, mas ao mesmo tempo é bom para nos fazer refletir sobre o que muita gente passou durante aquela época.

Eu Sobrevivi ao Holocausto possui um dos mais emocionantes prefácios que eu já li, é um daqueles textos que te tocam e enchem os olhos de lágrimas por tudo que aquela pessoa passou, e saber que tudo isso ficou marcado nela pra sempre, não há o que fazer, não há como ajudar a aliviar a dor.

E como ela estava presente, a dor. Só não mais forte que a coragem e a esperança de um povo que contava as horas sempre, como podendo ser as últimas em que estaria vivo ou que estaria com a família e aqueles que amava. Muita gente perdeu tudo e todos e sobreviveu sozinho, por persistência ou sorte. Ninguém sabia como o jogo funcionava ou como os próximos que desapareceriam eram escolhidos, era uma roleta russa, podia ser você ou podia ser a pessoa que dormia ao seu lado. Como é possível lidar com isso?

A história que Nanette conta é um pouco narrada e um pouco refletida. Conforme ela nos conduz pela sua história pessoal de luta e medo, também para pra contar como se sentia e insere os pensamentos que hoje vivem em sua mente como um corte na narrativa. Saber que ela sobreviveu e que teve uma vida depois não diminui em nada os horrores que ela passou, apenas ajuda o leitor a acreditar que há esperança, como vemos todas as pessoas mencionadas no livro acreditarem em algum momento

Bergen-Belsen ficaria marcado pela eternidade como O Campo do Horror.

Quando Nanette finalmente foi resgatada, ao fim da guerra, ainda demorou anos para se recuperar, vivendo em um hospital psiquiátrico tentando retomar o controle sobre sua vida e seu corpo. Foi para a Inglaterra morar com parentes e lá conheceu aquele que viria a ser seu futuro marido e com quem ela imigraria para o Brasil nos anos 50 para construir uma nova vida. Foi aqui, em terras tupiniquins, que essa Holandesa acabou por encontrar um pouco de paz e formou uma família, tentando se reinventar depois de tantos horrores que passou.

Nanette sobreviveu, mas jamais esqueceu aquilo que viveu e leva os anos em que esteve enclausurada, com medo, doente e sofrendo, marcados na alma e na memória. Assim, ela escreve para que nós, jovens ou não, mas simplesmente pessoas que não vivenciaram o holocausto, possam também jamais esquecer essa tragédia e batalhar por um mundo onde ela nunca venha a se repetir.

site: http://resenhandosonhos.com/eu-sobrevivi-ao-holocausto-nanette-blitz-konig
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Ana Ramos 29/08/2022

Só coloquei uma nota para pode fazer uma resenha, por que estamos falando de um livro sobre um acontecimento indescritível , doloroso e mano, sem palavras.
A algumas curiosidades que eu não sabia, por exemplo que nem todo judeu que ficou preso tinha tatuagem com seu "número" e que tinha prisões que mantinham os presos com mais "cuidado" por serem usados para trocas.

Mas é cruel demais apesar de ser um livro curto, demorei pra ler, porque não é fácil ficar lendo sobre essa crueldade, sério, não dá para acreditar nisso e em quantas pessoas morreram.
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