Perdidos Por Aí

Perdidos Por Aí Adi Alsaid




Resenhas - Perdidos por aí


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Flavia 10/03/2016

Perdidos por aí, escrito pelo autor Adi Alsaid é um livro composto por um conjunto de cinco histórias curtas sobre quatro jovens ao redor do país, Hudson, Bree, Elliot e Sonia. A única coisa que eles têm em comum é Leila, uma adolescente texana que resolveu viajar em seu velho Plymouth Acclaim e acaba se esbarrando com cada um deles em sua longa viagem rumo ao Alasca a fim de fotografar a aurora boreal para, segundo ela, um projeto do colégio.

Observação: Como vocês verão a seguir, optei por separar a resenha em partes, destinando um pequeno resumo seguido da minha impressão das histórias individuais dos personagens, mostrando o que pude absorver de cada uma delas. A resenha ficou imensa (acho que a maior que já escrevi na vida), mas vale a pena ser lida, confiram:

Hudson
A primeira história é a de Hudson, um jovem mecânico que mora em Vicksburg, Mississipi e que trabalha na oficina do pai reparando carros. Ele sonha com uma bolsa de estudos para que possa fazer faculdade de medicina e ter um futuro. Na manhã do dia seguinte ele teria uma entrevista com o reitor da faculdade. Até que Leila vai até a oficina pois seu carro andava fazendo muito barulho, saindo de seu trajeto com a desculpa de que Hudson seria o melhor mecânico da região.
Obviamente o garoto não deixa de reparar em como Leila é bonita e chama atenção, e conversa vai, conversa vem, eles resolvem dar um passeio pela cidade para que ela pudesse conhecer os pontos turísticos e acabam tendo um breve envolvimento romântico que marcaria a vida dele pra sempre.

Esta primeira história, na minha opinião, faz com que o leitor reflita sobre oportunidades e acasos, pois nem sempre perder o que desejamos significa o fracasso. Às vezes, acreditamos que algo é o melhor, mas no fundo aquilo pode ser uma coisa que não queremos de verdade, só não nos damos conta até que algo aconteça para nos fazer enxergar, mesmo que de forma tardia. Temos que investir no que gostamos para vivermos os nossos próprios sonhos em vez dos sonhos dos outros...

Bree
A segunda história é a de Bree, uma jovem aventureira que caminhava pelo acostamento de uma estrada no Kansas. Eis que Leila surge com seu carro velho e vermelho na estrada e oferece a carona que Bree precisava. Ao questionar sobre sua história, Leila descobre que Bree é o tipo de garota que vive cada dia como se fosse o último, gosta da adrenalina e gosta de se sentir viva, nem que pra isso tenha que transgredir algumas leis de vez em quando.
Depois de ter fugido de casa há alguns meses por ter se desentendido com sua irmã mais velha, Alexis, Bree não pensa em mais nada a não ser se jogar no mundo e fazer o que tem vontade quando e como quer.
Quando as duas se metem em encrenca, só uma pessoa poderia ajudá-las, e, a partir daí, revelações e sentimentos enterrados há muito tempo acabam vindo à tona.

A história de Bree é triste e confesso ter ficado com os olhos cheio de lágrimas. Bree é uma adolescente imprudente que só pensa em si mesma. Ela nunca considera que suas atitudes podem magoar alguém e acredito que muitas vezes isso acontece na vida real, com pessoas próximas ou com quem nos importamos muito. Mas também acredito que, às vezes, certos tipos de comportamentos não passam de mera fachada. Há pessoas que se apegam à coisas que elas pensam que precisam ou gostam, quando na verdade estão mascarando seus sentimentos para não assumirem que são humanas e passíveis de erros, fingindo serem quem não são, e a história de Bree reflete exatamente esse tipo de situação.
Existem problemas que são reversíveis, magoar aqueles que queremos bem não é a solução pra nada, e quando há oportunidade para voltar atrás, nem que pra isso seja necessário engolir o orgulho, ser humilde e fazer um pedido sincero de desculpas, não se deve pensar duas vezes. As coisas se ajeitam, basta que os erros sejam reconhecidos...

Elliot
Elliot levou um fora de Maribel durante o baile e ficou arrasado. A velha história do "cara, eu gosto de você... como amigo". Andando pelas ruas de Minneapolis, Minnesota, ele sentia que a cidade inteira ria da sua desgraça, sua única vontade era encher a cara de uísque a fim de tentar esquecer que seu coração fora destruído e voltar para Burnsville o mais rápido possível. Até que ele foi vitima de um quase atropelamento, o desvio é rápido o bastante para não acertá-lo em cheio, mas o retrovisor do carro acaba acertando sua garrafa espalhando cacos pra todo lado e fazendo sua mão sangrar muito. A caminho do hospital ele descobre quem é a motorista que "quase o matou" mas, não deixou de prestar-lhe socorro mesmo contra sua vontade: Leila. Ela então fica curiosa por saber um pouco mais da história de Elliot e o motivo dele ter estado na sarjeta, bêbado e quase fora de si, e quando descobre que o problema era uma triste desilusão amorosa, um caso de amor não correspondido, ela decide ajudá-lo a encontrar Maribel com seus planos mirabolantes para que ele pudesse conquistá-la. E os dois partem a procura dela noite adentro com a ideia de que finais felizes existem, pois Elliot acredita neles.

Elliot representa muito bem aquele momento quando pensamos que tudo está perdido porque a pessoa por quem somos apaixonados há anos e anos não corresponde aos nossos sentimentos... Mas será que está perdido mesmo?
Penso que sofrer uma primeira e única desilusão amorosa não significa que o mundo acabou e iremos morrer encalhados depois de vivermos a vida criando gatos. Quando se é jovem e se tem a vida inteira pela frente, descobrimos que nem sempre o amor é um só, e se ele não puder ser encontrado em uma pessoa específica, não quer dizer que não será encontrado em outra, ou em outra, ou em outra... O que é nosso está guardado e quando vem, desde que seja verdadeiro, é pra ficar...
Talvez um "não" não signifique o fim. Talvez seja exatamente o que precisamos ouvir no momento para descobrimos uma força dentro de nós que é responsável pelo impulso que precisamos para lutar pelo que achamos que vale a pena. Assim podemos nos conhecer melhor, saber do que somos capazes e, quem sabe, surpreender muita gente por aí...

PS.: Nota para o fato de que Elliot é um grande fã de músicas e filmes dos anos 80, logo a história dele me trouxe uma nostalgia bastante doce sobre essa época, principalmente quando ele menciona filmes como "Curtindo a Vida Adoidado" e canta na festa se sentindo o próprio Ferris Bueller! Genial!

Sonia
Sonia não consegue esquecer Sam. Ela namorou com ele durante dois anos, mas o rapaz sofreu um colapso num jogo de basquete e não resistiu. A partir daí Sonia ficou com o coração em pedaços e os laços dela com a família de Sam se estreitaram ainda mais.
Sete meses depois, em Hope, uma cidadezinha de British Columbia no Canadá, Sonia partiu para o casamento de Liz, que era irmã de Sam, e, diante disso, se sente uma completa traidora por ter deixado Jeremiah, o irmão mais novo do noivo de Liz, entrar em sua vida depois de tão pouco tempo.
Embora os momentos que Sonia passe com Jeremiah sejam intensos e os dois se gostem muito, ela se sente culpada pela memória de Sam, incapaz de continuar a seguir com sua vida e assumir que encontrou o amor em outra pessoa por medo de ser rejeitada pela família. Jeremiah não aguenta mais manter esse relacionamento em segredo e caso Sonia não assuma em público que eles estão juntos, ele prefere por um fim nessa história.
Inconsolável e sem saber o que fazer, ela sai praticamente sem rumo e ao chegar numa loja de conveniência, se apoia num carro e começa a chorar. Leila, a dona do carro, pergunta se está tudo bem e lhe oferece ajuda. Sonia só quer ficar longe daquele lugar e Leila lhe dá uma carona, mas depois de atravessarem a fronteira de volta para os EUA, ela enfim atende as insistentes ligações de Jeremiah, que havia ligado pedindo que ela voltasse pois as alianças do casamento estavam no bolso do casaco que ela estava usando. O problema é que, quando o assunto é atravessar a fronteira de um país pra outro, as coisas não são tão simples quanto parecem e as duas acabam embarcando numa grande aventura para tentarem voltar pra Hope.

O que as pessoas vão pensar das nossas escolhas importa até que ponto? Sonia é uma boa pessoa e nunca quis magoar ninguém. Ter se envolvido com Jeremiah poucos meses após a morte de Sam não quer dizer que ela é uma vagabunda insensível. Ela perdeu o namorado mas isso não significa que ela tivesse obrigação de viver infeliz, num luto eterno, em vez de seguir em frente. Não é porque perdemos uma pessoa querida que ela deixará de ter um lugar especial em nossos corações. Dar uma nova chance ao amor quando se decide seguir em frente não fará com que o lugar daquela pessoa seja substituído. Pessoas passam pelas nossas vidas, muitas aparecem pra ficar, outras se vão, mas nenhuma delas é substituível. A vida segue e o que se vive com alguém permanece enquanto a memória permitir.

Leila
Leila é um completo mistério desde o início. Ao acompanhar as histórias de Hudson, Bree, Elliot e Sonia percebemos que a garota tem bastante curiosidade pela vida deles e se desdobra para fazer alguma diferença enquanto também vivencia momentos memoráves, mas não fala nada sobre a sua própria história. E agora os reais motivos que a levaram ao Alasca em busca da aurora boreal vem à tona.
A viagem de Leila dura alguns poucos meses, mas os momentos que ela tem com cada personagem são curtos, geralmente acontecem de um dia pro outro até ela ir embora.

Sem dar spoilers, só posso dizer que me emocionei muito com a história de Leila, por tudo o que ela precisou enfrentar sendo tão jovem. Mas se inteirar da vida de desconhecidos com intuito de preencher buracos, embora isso possa servir de exemplo e experiência, não faz com que tais vivências sejam nossas e, talvez, só nos damos conta de que temos que nos agarrar ao pouco que temos para construir nosso futuro, quando nos perdemos. Só assim podemos nos encontrar... A vida vai nos surpreender, é certeza...

Analisando o livro de forma geral
O livro é narrado em terceira pessoa e a leitura é super leve e gostosa de se acompanhar. As descrições dos cenários também são feitas com perfeição e a sensação é de estar viajando junto com Leila. Ao longo das histórias conhecemos esses adolescentes e como eles tiveram a vida mudada quando ela aparece num determinado momento em que eles realmente precisavam de ajuda para abrirem os olhos para o que estavam passando. Confesso que esse ponto me soou um pouco surreal, pois uma adolescente disposta a qualquer coisa pra ajudar um desconhecido aparecer do nada, ou estar sempre no momento e no local exato em que alguém com problemas precisa, não convenceram tanto assim, mas se analisarmos as histórias de forma individual, percebemos que, às vezes, o que acontece é exatamente isso. Pra mim isso mostrou que por mais breve que alguém passe por nossas vidas, nada acontece por acaso e talvez essa passagem aconteça só pra enxergarmos com clareza o que está diante de nós mas não víamos seja pelo motivo que for.

A capa é uma graça e mostra o carrinho vermelho de Leila percorrendo uma estrada. A diagramação é simples, cada história traz o nome do personagem da vez e pelo fato de os capítulos serem poucos, a leitura é feita em questão de poucas horas. Ao fim de cada história há um "cartão postal" enviado por Leila para alguém.

As histórias não tem tanto aprofundamento assim nos personagens a ponto de conhecermos todos eles tão a fundo, mas o pouco que conta já é o bastante pra servir de exemplo pra que a mensagem seja passada adiante. O final não foi tão previsível quanto imaginei. Ele reserva algumas boas surpresas e emociona. Só fiquei com uma leve impressão de que por mais que as histórias tragam mensagens profundas sobre perda, amor, amizade e esperança, elas têm um toque sutil de autoajuda que são capazes de fazer com que o leitor reflita sobre algumas situações reais que podem acontecer com qualquer um, inclusive com nós mesmos, mas as pessoas nem sempre param pra pensar se as escolhas e atitudes que tomam diante daquilo são as melhores.

site: http://www.livrosechocolate.com.br/2015/11/perdidos-por-ai-adi-alsaid.html
Paloma 19/09/2016minha estante
Vc conseguiu descrever perfeitamente tudo o que eu senti lendo o livro, cada historia era uma nova lição que esses personagens me ensinavam ...Amei tudo e amei muito . Chorei com a Bree também, dei muitas risadas com a Leila e a Sonia tentando entrar clandestinamente em outro país,amei o Hudson e em muitos momentos queria dar colo para o Elliot chorar ....


Bel 30/03/2022minha estante
???


Bel 30/03/2022minha estante
???




S. G. Conzatti 25/12/2022

Um livro que passa uma mensagem linda e que nos faz viajar junto a Leila. Mas além da história com o mecânico que amei e da família no acampamento achei o resto meio tedioso. Mas o final nos brinda com um belo final.
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Tami 01/03/2021

Porque às vezes é preciso se perder para se encontrar
Que livro sensacional. No início não dei muito valor pois parecia ser a história de amor entre dois adolescentes, mas é muuuito maior que isso.
O livro foi me ganhando a partir do encontro com o segundo personagem (então não desista), e me
ganhou de vez com o final surpreendente.
Com uma escrita fluida e personagens com personalidades e jeitos muito diferentes de ver a vida, Perdidos por aí deixou meu coração quentinho e com muita reflexão.
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Izabela 06/12/2015

A primeira coisa que me chamou a atenção nesse livro foi a capa, ela é tão (simplesmente) linda que eu coloquei na cabeça que precisava ler esse livro, isso tudo sem nem saber qual era a história, rs. Para minha sorte, o livro é tão bom quanto a capa e ele ganhou quatro lindas estrelinhas lá no meu skoob. É diferente de tudo que eu já tinha lido e, por mais que me lembre um pouco outro livro (Cidades de Papel, do John Green), a história é única e muito criativa. Eu li o livro em pouco menos de um dia e isso fala muito sobre ele, não é? A escrita é leve e quando você percebe já passou da metade da história. O livro conta bem mais de uma única história de um único personagem e, de começo achei que isso tinha tudo para dar errado, mas não foi bem assim. Por isso, se ficou curioso para conhecer melhor o livro é só continuar lendo a resenha!

Hudson, Bree, Elliot e Sonia não têm nada em comum, nem mesmo a cidade em que vivem. Essa era a verdade, pelo menos até Leila passar pela vida deles. Ninguém sabe muito bem de onde a menina vem, só sabem que ela chega com seu carro vermelho, bagunça tudo de uma forma muito boa e, depois, vai embora com a mesma velocidade da chegada. Hudson acreditava que tudo em sua vida estava certo, que ele sabia cada passo que daria no dia seguinte e que nada mudaria isso, mas ele não sabia na verdade o que era viver, bom, pelo menos até Leila dar as caras em sua oficina. Bree estava fugindo de tudo e de todos, não tinha medo de se meter em encrencas e não estava nem aí para as pessoas que realmente se preocupavam com ela. Ok, pode até ser legal não ter regras e viver por aí, mas em alguns momentos precisamos voltar para aqueles que realmente nos amam, e é isso que Leila mostra para ela, pelo menos depois de aprontarem muito. Elliot acreditava no felizes para sempre e numa vida com um roteiro de cinema, mas o que ele não sabia era que nem todos sabem o script para poderem seguir com as cenas esperadas. Mais uma vez, Leila aparece para mostrar que as mudanças são boas e uma troca de diretor pode ajudar o filme a fazer mais sucesso. Sonia acredita que não consegue mais amar, depois de perder o namorado, mas também acredita que não pode guardar todas as dores para si mesma. E é claro que Leila estava passando por lá quando ela mais precisava.

"Carpe diem é uma filosofia bem conhecida, mas, se fosse fácil poê me prática, não teríamos de passar o tempo todo lembrando uns aos outros." - Página 74

O livro é uma mistura de contos que tem uma personagem em comum. Me lembrou muito aqueles filmes que têm várias histórias diferentes, mas que no final são todas ligadas por um ou dois personagens. De começo achei que isso seria bem confuso, mas o autor conseguiu contar cinco histórias de uma forma muito simples e bem feita. Em alguns momentos as histórias ficavam um pouco forçadas demais, e a escrita não conseguia deixar a situação crível, foi por isso que o livro ficou com quatro estrelas, mas de forma geral é algo realmente que vale a pena. Se você gosta de histórias sobre descobertas, recomeços e que todo mundo precisa se perder um pouco para se achar de verdade, esse livro definitivamente é para você.

site: http://www.brincandodeescritora.com/
anacarolina.nic 06/12/2015minha estante
Mds! A capa é realmente lindaaaaa!!! Já está na minha lista ;)




Grazi_girassol 06/10/2021

Uma viagem e um longa história
Uma viagem, várias histórias. Tantos caminhos que se cruzam, tantas aventuras, gostei tanto da Leila, como ela mostra o lado legal da vida, mesmo com a dor a vida tem beleza. Um livro que mostra que precisamos de uma vida perfeitamente equilibrado, não perfeita. Precisamos de tds os sentimentos. Especialmente amor e esperança.
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Gustavo.Cordeiro 10/01/2022

Precisa se encontrar
Leila e seu carro vermelho vão para o Norte, atrás da Aurora Boreal, são mais de 15 mil quilômetros rodados, nesse caminho, ela encontra algumas pessoas, não qual ela ajudá-los a mostrar o verdadeiro caminho, com uma boa conversa, lealdade, amor... Conte sua história? Todos temos uma história.
O lado ruim, é que deveria mostrar mais a sequência de cada um dos personagens para ver como eles estariam sem a Leila. Mas, é um livro leve, com linguagem simples e jovial, recomendo para aqueles que querem ler.
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Iris Figueiredo 20/10/2016

Uma ideia boa, uma execução ruim
Narrado em terceira pessoa, “Perdidos por aí” é um romance dividido em cinco partes. Essas cinco partes, na verdade, funcionam como cinco contos distintos e o denominador comum entre eles é Leila, uma adolescente que segue em uma road trip rumo ao Alasca para ver de perto a aurora boreal. Ela não tem pressa em chegar lá, para em diversas cidades, desvia o caminho várias vezes etc.

Cada parte acompanha um personagem. Somos apresentados a Hudson, Bree, Elliot e Silvia. Só na última parte que conhecemos mais sobre Leila. Conforme o caminho da protagonista cruza com os personagens, ela muda alguma coisa na vida deles.

Leila é a típica “manic pixie dream girl”. Para quem não sabe, esse é um arquétipo muito comum, onde a personagem feminina é a mocinha louca e aventureira que ajuda o personagem masculino a ascender na história. Ela o tira de seu lugar comum e faz com que ele aprenda a “viver a vida”. Geralmente a construção dessas personagens é rasa, elas não se importam muito com padrões e ou outras coisas. Sua função é ser bonita, um espírito livre. Em 99,9% dos casos, eu detesto esse arquétipo – exceto quando ele é desconstruído de uma maneira legal, o que eu não senti aqui.

Logo no primeiro conto a gente percebe essa característica da personagem, quando ela cruza o caminho de Hudson. No segundo, ela encontra sua igual: Bree, que também se encaixa perfeitamente no arquétipo. No terceiro, ao cruzar com Elliot ela veste mais uma vez a carapuça de MPDG e ajuda o menino a “curtir” e aproveitar sua formatura. O melhor conto é o de Silvia, que envolve uma série de situações improváveis, mas apresenta a protagonista interagindo com uma personagem mais madura. O último é a própria história da Leila que, até aquele ponto do romance, não nos revela praticamente nada sobre ela.

É uma boa ideia – mostrar como a trajetória da personagem influencia não apenas ela, mas aqueles com quem ela cruza. Eu amo road trips e sempre sonhei em fazer uma. Mas não consegui me conectar com Leila – mesmo quando seu segredo foi revelado, não senti empatia alguma. Achei a personagem vazia e sem grandes conflitos internos. Além disso, não parecia crível a história construída ao redor dela.

site: http://irisfigueiredo.com.br
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09/03/2017

Esperava mais! :(
Sabe aquele quando você lê uma sinopse e pensa: Esse livro é pra mim? Foi exatamente assim que me senti ao ler a sinopse de Perdidos por aí. Fiquei super ansiosa para ler, já com a certeza de que iria adorar. Não posso cometer o crime de dizer que foi a leitura mais decepcionante, mas esperava bem mais da história. Leila é aquela jovem que todo mundo sonha ser (até mesmo eu, a exceção). Ela é alto-astral, divertida, companheira e, sobretudo, muito intensa. O livro é dividido em quatro partes, cada uma delas dedica aos jovens que se encontram com Leila. Em sua primeira parada, Leila conhece Hudson. Ele é mecânico, trabalha com o pai e está prestes a fazer a entrevista mais importante de sua vida. Hudson e Leila criaram um vínculo ao se conhecerem. Vínculo que até agora é uma incógnita pra mim. O relacionamento dos dois não me convenceu nem um pouco, achei muito irrelevante. Algo que marca o casal é a decepção, quando ficamos decepcionados com alguma coisa ou alguém, toda uma magia pode se apagar. É triste, mas é comum acontecer.

A segunda personagem, Bree, é uma das favoritas. Tão intensa quanto Leila, ela fugiu de casa e agora vive sozinha no mundo. Mas Bree já foi feliz, antes de seus pais morrerem e ela precisar morar com a irmã mais velha. Fiquei completamente fascinada pela história da garota e torci demais para que as coisas se acertassem em sua vida. É tão cheia de dramas, mas tão envolvente que não consegui parar de ler. Em alguns momentos as ousadias delas me deixavam com raiva, mas logo passava e me fazia querer mais. Elliot é o terceiro jovem que acaba se encontrando com Leila. A história dele foi a mais melancólica possível. Apaixonado pela melhor amiga, ele decide se declarar, mas a paixão não é recíproca e ele acaba sendo dispensado. Leila então resolve ajudá-lo a mostrar para sua amiga/possível namorada que vale a pena sim, os dois ficarem juntos. A história não me atraiu muito assim, acabei torcendo é que os dois tomassem chá de semancol para ver se desconfiavam. Quando o amor não é recíproco, não adianta insistir, o melhor é partir pra outra.

A última história, da Sonia, também não foi nada envolvente. A personagem perdeu o namorado alguns meses atrás e se sente culpada por estar se envolvendo com outro rapaz. Acaba que ela e Leila arrumam uma confusão ao saírem do país e tentam a todo custo voltar a tempo do casamento da irmã do falecido namorado (por uma infelicidade, Sonia está com as alianças do casamento).

Como eu disse, de quatro histórias paralelas, me interessaram somente duas. Uma nem tanto, a outra bastante. O livro é bom, mas eu esperava mais. Também é citado a história da Leila e de toda essa jornada em busca da aurora boreal, mas os motivos não me convenceram tanto assim. No final, acabei achando a história muito simples, com alguns momentos marcantes. Dei quatros estrelas pra ele no Skoob e fico pensando o quanto a história foi mal desenvolvida, tinha tudo para dar certo, mas acabou que seguiu por um caminho que não me agradou muito.

site: http://livro-apaixonado.blogspot.com.br/2017/03/resenha-perdidos-por-ai.html
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Monique 05/04/2017

Perdidos Por Aí, é um livro divido em cinco partes, cada parte apresenta a história dos adolescentes (Hudson, Bree, Elliot e Sonia) que cruzam o caminho de Leila em sua viagem para ver a aurora boreal.

Nas primeiras quatro histórias, Leila aparece em segundo plano, sendo sua história narrada na quinta e última parte.
Falando resumidamente da história de cada um, o primeiro a ser apresentado ao leitor, é Hudson, um jovem mecânico que faz o check-out no carro de Leila no início da viagem. Ele foi um personagem que me apaixonei logo de cara, o jeitinho dele me encantou. E encantou Leila também que logo pede pra ele mostrar a pequena cidade em que vive. Hudson tem a vida transformada em apenas um dia por Leila, e nesse curto período nasce um amor. O final da história dele não termina tão agradável como começou e logo depois Leila segue viagem.

"Hudson dava olhadas rápidas para o perfil de Leila, tentando entender o que a tornara rão atraente, mas o único pensamento inteligente que conseguia ter depois de cada olhada era: Gosto dela.?

A próxima pessoa que Leila esbarra é Bree. Uma garota que perdeu os pais num acidente e tem uma relação difícil com a irmã e por isso decidiu fugir de casa. É no meio da estrada e precisando de carona que Bree conhece Leila. O que era pra ser uma simples carona pra qualquer lugar se transforma em uma grande confusão e por causa disso Leila ajuda a Bree enxergar o modo errado em que está vivendo.

"As pessoas se machucam, [...] acontece com todo mundo. De propósito ou não, com arrependimento ou não. É parte do que fazem às pessoas. A beleza está na nossa capacidade de superar e perdoar."

A terceira parte é a história de Elliot, um garoto que tem um amor secreto por sua melhor amiga. Durante uma noite nada boa e um acidente louco é que ele conhece Leila, que tenta ajudá-lo a ter seu felizes para sempre como nos filmes dos anos 80.

?? Mas que droga, céu ? Elliot falou. ? Não é uma boa hora para parecer tão pitoresco. Estou tentando argumentar que a vida é uma porcaria.?

Sonia é a quarta pessoa que Leila acaba conhecendo durante sua trajetória. Ela perdeu seu namorado repentinamente e acha que não pode amar novamente. Leila aparece quando Sonia mais precisa e juntas elas vivem situações bem inesperadas e hilárias. Nessa parte podemos conhecer um pouco mais sobre os sentimentos de Leila (eu estava torcendo secretamente por algo do tipo).

?Você é como uma chaleira implorando para o vapor sair. Precisa deixar alguém tirá-la do fogão e despejar seu conteúdo em uma xícara. ?

Por fim, chegamos a parte narrada por Leila e o que eu não esperava com esse livro aconteceu: me surpreendi. Foi demais poder conhecer mais da sua história e as boas revelações que continha na sua parte, coisas que eu nem fazia ideia.
E apesar de o final ter sido algo que já imaginava, eu amei.

?Hora de começar a viver a vida como ela surgisse. No presente, não no passado. Era hora de ir para casa.?

Adi Alsaid escreveu um livro leve, com algumas boas mensagens e reflexões, e na minha opinião, se saiu muito bem no seu livro de estréia.
Eu gostei do livro em geral, mas faltou aquele algo mais que tornasse a leitura marcante.
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lavinia.pontes 04/07/2017

Cara, muito legal o livro. Não esperava, mas acabei lendo rapidíssimo. O título tem tudo a ver com a história, e a cada etapa somos apresentados a novas pessoas que não tem a ver com o 'capítulo' anterior, mas que fazem parte do contexto de uma forma bem legal. O ruim mesmo foi só ficar curiosa sobre o que acontece com cada personagem que passa na história, mas vamos torcer que tenha dado tudo certo pra todos. Mas no geral achei diferente, curioso e sei lá mais o que falar dele. Recomendo
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Suka 23/05/2019

É preciso se perde pra se encontrar.
Sim é uma frase meio clichê mas perfeitamente condizent3 com livro. Adorei cada história, cada personagem, jamais iria imagina q Leila terminaria com algum deles.
Adorei cada um mas meus preferidos foram o Elliot com toda aquele drama de filme adolescente q a gente no fundo achar ridículo mas adora assisti e a Sonia por todos os percalços q elas passaram rs, qndo eu pensava q elas iriam conseguir algo acontecia rs e no final nada q uma sacola de donuts não resolva, não q a história da Bree não seja engraçada teve seus momentos surreais, juro q eu queria ver algum matando com chinelos.
Que livro gostoso, de ler!
Imaginar uma reunião deles todos, Leila, Hudson, Bree, Elliot e Sônia!!? Axho q não ia dar certo não rs!
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Henriel 16/10/2020

Relaxante
Perdidos por aí é um livro perfeito para quem quer sair de uma ressaca literária, um livro calmo mas cheios de porém e aventuras. Conta a história de 5 jovens que tem suas vidas mudadas tendo em comum apenas uma pessoa, Leila. Ela nos leva a diversos lugares e várias aventuras fantásticas que nunca sonhamos fazer. Esse é um livro sobre superação, medo, amor, amizade, esperança e perdas.
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Mica 01/01/2021

Reviews on @reading.with.mica
"... and maybe the only way to find what you are looking for is to get lost along the way..."
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carina 25/01/2021

Um livro leve, bom pra ler quando está com aquela ressaca literária
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Mari 18/02/2021

Gostei
Um livro bem divertido e rápido, conta um pouco da história de 5 jovens que em algum momento tem suas histórias envolvida. Tem aquele toque de romance muito bom mas também tem foco na amizade, mesmo que seja amizade de um dia.
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