Festim das 12 cadeiras

Festim das 12 cadeiras Elvis DelBagno




Resenhas - Festim das 12 cadeiras


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Tamirez | @resenhandosonhos 31/08/2018

Festim das 12 Cadeiras
Há uns dois meses eu anunciei por aqui o lançamento desse livro e realmente me mostrei empolgada, pois a premissa é muito bacana e como são poucas páginas, imaginei que a narrativa seria rápida e cheia de reviravoltas, porém não foi bem isso que aconteceu.

O livro começa bem, ao longo da história são introduzidos capítulos falando sobre a vida de cada um dos convidados, o que se apresenta interessante num primeiro momento, pois todas as tramas são divertidas, porém alguns deles não são importantes para a história e parece perda de tempo saber sobre todos eles, quando o foco poderia ser em apenas alguns. A narrativa parece novelística e se você é adepto do estilo, provavelmente vai curtir. No meu caso, achei o livro bem arrastado. Como mencionei no início, achei que as histórias dos convidados davam uma dinâmica a história principal, porém com a repetição constante, acho que acabou surtindo o efeito contrário a partir da metade do livro.

Achei que o tal jantar iria ocorrer logo nas primeira páginas, já que a sinopse já entrega isso, e que a trama se desenrolaria realmente no que os convidados fariam ao descobrir o tesouro. O que acontece porém, é que na página 140 de um livro de 180, o fatídico jantar sequer começou. É nessa hora que uma das bem colocadas “nota do editor” entra no meio da narrativa e pede para o autor voltar pra história real e posso dizer que traduziu completamente meu sentimento: vamos parar de enrolar e ir direto ao que interessa?

O fim do livro contém uma surpresinha bem narcisista e talvez tenha salvado um pouco da história pra mim, pois não é algo usual de acontecer, o que pode ser um diferencial para o livro, já que para muitas pessoas um final surpreendente define um bom livro.

Festim das 12 Cadeiras é uma paródia ao conto russo 12 Cadeiras, de Ilf and Petrov e ao filme de Alfred Hitchcock, Festim Diabólico. E sim, eu sei que em Festim Diabólico a trama é em volta do tal baú e que corre um certo tempo até a descoberta, porém, mesmo sendo uma paródia, esperada um twist no meio da história, que distanciasse um pouco a trama de delBagno, da trabalhada por Hitchcock.

Mas antes de tudo isso, a primeira coisa que me incomodou foi a forma como os gays são estigmatizados. Num momento onde a comunidade LGBT está cada vez mais em foco em função de suas lutas por igualdade, é necessário ter muito cuidado na forma como eles são representados. Afirmações como “ele sabe que tom de azul é esse porque ele é gay” pra mim são completamente desnecessárias e sim, estigmatiza, e não de forma positiva. E não querendo ser injusta, apresentei o trecho a amigos homossexuais e vi no rosto deles o quanto foi uma escolha ruim de palavras nessas comparações. Em dias da sutileza de David Levithan ao abordar esses temas, é perigoso escrever e ver o tiro saindo pela culatra. Resta saber se esses “drops” na história fazem parte de toda a proposta com a qual a obra foi divulgada, de que seria uma crítica a sociedade e ao preconceito. Fora isso temos questões sociais e religiosas debatidas ao longo da narrativa, além de histórias bem bizarras de alguns dos personagens.

Como mencionei lá em cima, me senti lendo uma típica novela brasileira, e como uma pessoa não muito adepta de novelas, acho que o livro acabou abaixo das expectativas pra mim. Mas como sempre digo por aqui, talvez esse seja um título pra entrar no seu top 10, se houver inclinação para o estilo e história, portanto é sempre válido dar uma chance ao livro e tirar suas próprias conclusões.

site: http://resenhandosonhos.com/festim-das-12-cadeiras-elvis-delbagno/
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Sergio 06/01/2016

Postado originalmente no blog De Cara Nas Letras
Festim da 12 Cadeiras nos traz a história de Laerte e Carlos, um casal homossexual riquíssimo e badalado, que todo ano realiza um jantar especial para convidados da high society. Para um desses jantares, o casal decidiu comprar um conjunto de doze cadeiras russas, as únicas que existem em todo o planeta, simplesmente para 'ostentar'. Entretanto, ao receberem o conjunto, constatam que há algo de errado com uma das cadeiras: o assento está duro, como se houvesse algo dentro do assento. Decidem então investigar e, entre várias teorias e possibilidades, resolvem abrir o estofado para verificar o que realmente está ali dentro.

Descobrem então um tesouro. Já estando saturados de tanto dinheiro, decidem fazer uma espécie de sorteio: o convidado que sentar na cadeira premiada poderá ficar com a fortuna que há nela. Todavia, não poderia ser tão fácil, não é mesmo? Que graça teria? Sendo assim, decidem colocar apenas onze cadeiras na mesa do jantar e, aquele convidado que for altruísta o bastante para ceder seu lugar aos outros convidados e acabar de pé, tendo que arrastar a cadeira isolada, ganharia o tesouro, avaliado em R$100.000,00.

Com uma escrita ritmada, simples e cativante, delBagno nos oferece um enredo recheado de passagens irônicas e com humor pesado. Entretanto, em muitos momentos senti que o autor se perdeu na narrativa. Seus personagens, embora bem construídos e descritos, são excêntricos até demais, principalmente se for levado em consideração que eles são da alta sociedade. Creio que sua intenção era a de explicitar que, mesmo com todos os títulos, a nobreza é tão humana como todos nós, tendo suas qualidades e, especialmente, seus defeitos. De toda forma, essa construção deu a obra um toque de "forçação", deixando tudo um pouco 'artificial' demais.

Devo admitir que fiquei até o último capítulo roendo as unhas (literalmente) para saber qual dos convidados ficaria com o prêmio. O autor consegue nos deixar em desespero, a ponto de querer pular rapidamente para a última folha para saber o desfecho da obra. Porém, para ser sincero, me decepcionei com o encerramento. Creio que esse seja um daqueles finais que ou você ama, ou você odeia. Há também, de forma sortida entre as 164 páginas do exemplar, notas e comentários do próprio autor, dando à história um tom leve e descontraído.

Imaginei que o enredo se desenvolveria de outra forma. Esperei, durante o decorrer da narrativa, que o autor abordasse um pouco a história do casal protagonista ou até mesmo escrevesse sobre temas relacionados à sexualidade, mas delBagno foi bastante superficial nesse quesito. De resto, admito que esta não foi uma das leituras mais proveitosas que tive durante o ano, mas com certeza foi uma das que mais me arrancou risadas e me fez refletir acerca da sociedade moderna e louca em que vivemos.

Nunca havia tido a oportunidade de ler um livro publicado pela Editora Schoba, embora tenha um outro em minha coleção. Fiquei admirado com o trabalho da editora: toda a arte gráfica do exemplar está impecável, sem falar do material de primeiríssima qualidade utilizado na obra.

Para todos os efeitos, é mais que recomendada a leitura de "Festim das 12 cadeiras". Um livro leve, surpreendente e tragicômico, com pitadas de ironia, críticas sociais e de humor, capaz de fazer qualquer leitor dar belas gargalhadas.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Thais 26/12/2015

Livros de críticas sociais com certeza não é um dos meus favoritos, porém, uma vez ou outra sair da zona de conforto, deixar os romances e fantasias de lado, e partir para algo mais sarcástico, é totalmente necessário.

Nunca li o conto russo '12 Cadeiras' de Ilf and Petrov, muito menos assisti ao filme 'Festim Diábolico', de Alfred Hitchcock, mas quando coloquei o olho na sinopse deste livro, a ideia de Elvis Delbagno, me pareceu bem tentadora. Então, porque não?

Em 'Festim das 12 Cadeiras', Laerte e Carlão, um casal de homossexual podre de ricos, descobrem um tesouro dentro do estofado de uma das cadeiras do jogo russo que acabaram de comprar. Vendo que não precisavam de mais dinheiro além do que já tinham, ambos decidem fazer mais uma das extravagantes festa de Laerte, tendo apenas 10 convidados. A ideia era que cada um, contando com os anfitriões, sentassem em uma das doze cadeiras, de modo que não sobrasse nem faltasse lugar a mesa. Cada convidado escolheria seu lugar, e aquele que sentasse na cadeira premiada, seria o dono da fortuna. Mas nem sempre tudo sai como planejamos, não é mesmo? E o plano do casal sai totalmente do rumo, quando um dos convidados não poderá comparecer ao jantar.

Com uma narração repleta de humor ácido, diferente de tudo que já li até o momento, Delbagno me tragou para dentro de um enredo cheio de criticas sociais, usando referências bem populares, que vão desde 'vai ralando na boquinha da garrafa' de 'É o Tcham', até o final inconformante da série 'Lost'. Além de seus personagens totalmente peculiares e ao mesmo tempo bizarros. O que no começo me pareceu um pouco louco, mas que no final das contas me arrancou boas risadas.

Ao contrário do que eu imaginei, o livro com apenas 164 páginas, descreve a personalidade de cada um de seus personagens de forma rápida e objetiva, o que para mim foi suficiente, caso contrário o enredo poderia se tornar cansativo e arrastado. No entanto as ironias e palavras sujas em excesso me deixaram um pouco desnorteada, mas minha ânsia em chegar ao ápice da estória era tanta, que quando terminei a leitura achei o fim tão inusitado e original, que acabou sendo uma boa leitura.

Apesar de eu achar que o mistério do tesouro se destacaria de uma outra maneira, a leitura valeu super a pena. A forma como o autor deu notas próprias e entrou no meio da narração foi ainda mais hilário, ele deu um toque especial ao livro e eu gostei disso.
Com tudo recomendo essa leitura para aqueles que leem de mente aberta, já que o livro cumpre com o prometido e não poupa alfinetadas, é totalmente uma critica a sociedade. A narração é curta e objetiva, escrito de forma semelhante a um roteiro cinematográfico, com bastante diálogos preconceituosos e vocabulário sujo. Então, para aqueles que não se incomodam, o livro é um prato cheio!

Confira minha resenha no blog - http://migre.me/swJtm

site: www.amigadaleitora.com
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Markus 05/09/2015

O chão não é o limite!
Sabe o chão? Pois é! Eu tô nele. E vou ficar por um bom tempo até passar o impacto que foi ler esse livro.
Já na sinopse percebemos que o livro aborda uma temática recheada de humor e sarcasmo.
Em "Festim das 12 Cadeiras", conhecemos o descontraído casal Laerte e Carlão. Super bem sucedidos financeiramente, formam uma dupla da alta sociedade que gosta de se exibir e aproveitar do melhor.
Ressaltando: O livro é narrado de uma forma cinematográfica, onde o autor descreve as cenas como num filme. O cenário inicial é a poderosa mansão do casal, descrita com diversas referências do cinema e características típicas de um casal gay.
Por falar em referência, preciso dizer o quanto fiquei impressionado com as diversas existentes nesse livro. Além de parodiar o clássico Festim Diabólico e o conto das 12 cadeiras, temos referências a Noviça Rebelde, 50 tons de cinza, Senhor dos Anéis, Lost, e muitos outros filmes ou séries famosas de uma forma hilária. Palmas pra esse autor. Só Palmas, não. Vamos dar Tocantins inteira!!

Para um típico jantar (de pura exibição), o casal comprou um conjunto de 12 incríveis e luxuosas cadeiras russas. Ao ajeitá-las na sala de jantar e testar a maciez das cadeiras, Laerte percebe que há algo de errado com uma das cadeiras. Eis que somos apresentados aos primeiros diálogos com conteúdo sarcástico sexual do livro. Já aproveito pra alertar: quem não gosta de uma pitada de sacanagem nos livros, não aproxime desse.
"__ Tem algo estranho aqui. Tá duro.
Carlão gargalha com a atitude do parceiro.
__ Tá rindo do quê, Carlos?
__ Achei engraçado você reclamar de algo duro." Pg. 20
Após analisar a cadeira, eles percebem que realmente há algo duro na cadeira e, fazendo referência ao filme de Mel Brook, The Twelve Chairs (1970), Laerte acredita que há um tesouro escondido dentro do estofado. Tomados pela curiosidade, eles começam a rasgar a cadeira com delicadeza e ... sim. Ele estava certo.
"__ Eu sabia! Eu sabia! - Laerte sobe em cima da mesa em completa excitação. - Eu te disse! Meu cu é quase um leitor em braile." Pg. 22

A cadeira estava recheada com um tesouro com um valor de, aproximadamente, 100 mil reais. Porém, esse valor era micharia, comparado à conta bancária do casal. Seria irrelevante eles ficassem o com dinheiro. E, para tornar o jantar mais divertido, eles decidem deixar o tesouro na cadeira e o convidado que sentasse nela levaria o dinheiro.

Passamos então a uma breve e longa apresentação de alguns dos convidados. Seria a "parte chata" do livro, se não fosse pela narrativa humorada e repleta de conotação sexual que arranca risos e impressiona o leitor. Cada descrição é mais hilária que a outra. Cada um explicado com uma apresentação de cenário no estilo cinematográfico. Cada capítulo, é claro, com uma referência.
Não vou falar muito sobre cada personagem em si, porque ficaria enorme, mas cada um foi muito trabalhado e descrito de forma completa, justamente pra dar esse ar de filme mesmo.
Por cima, temos as "Três Marias", Ana, Zetinha e Dolores. Três irmãs da zona mais pobre de São Paulo com o vocabulário repleto de besteiras e conteúdo sexual. (nenhum trecho da descrição dessas personagens tem conteúdo saudável pra ser incluído aqui)
Adriano e Abigail são o "casal perfeito". Bonitos e bem sucedidos.
"É um casal realmente bonito, mas que não inspira confiança. É como a cidade de Brasília - uma cidade modelo que esconde por debaixo das mangas toda a falcatrua." Pg. 34
Padre Samuel é o próximo e não tenho muito o que dizer dele. Só que é um tipo de padre que a gente não está acostumado a ver. (deixo em aberto para causar curiosidade).
Pedro, o vizinho do casal, é convidado depois de um incidente que impediu a presença de outro personagem. Ele é um visionário que quer acabar com a religião. Marido da gigante Zélia (a quem se refere o nome do capítulo XI - foto). Junto com eles vem o ser Blue Suede Shoes. Ele recebe esse nome pois, em um ritual de invocação, o espírito de Elvis Presley baixou sobre ele e o garoto começou a cantar e dançar a música.
Os Isaías e Ezequiel são os próximos convidados. E ainda aparece um detetive para participar do jantar.


Com diversos imprevistos, sacanagens e muito, muito conteúdo sexual, o livro lembra filmes de comédia absurda e surreal como "Todo Mundo Em Pânico" que, de tão besta fica engraçado.
O jeito rápido e sem censura da escrita do DelBagno ressalta críticas ácidas a todo tipo de padrão da sociedade. O enrendo cinematográfico transporta o livro de paródia à originalidade, sem perder o foco.
O final, imprevisível e surpreendente, só mostrou que a criatividade do autor foi além do esperado e não se esgotou nem na última frase.
Com confiança e humor, ele finaliza o livro com a mesma conclusão que eu tive ao terminar a leitura: Festim das 12 cadeiras: uma reunião familiar cheia de lamentações pornográficas.
Ponto negativo: Não recomendo a qualquer tipo de leitor. O conteúdo sexual e críticas sociais podem ofender ou se tornarem desagradáveis.
Nota final: O livro que me causou mais risadas, que quebrou todos os padrões sem limitar a ousadia. Se tornou, é claro, a melhor leitura do ano!

site: http://www.mundoemcartas.blogspot.com.br/2015/08/resenha-festim-das-12-cadeiras-elvis.html
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Thamires 04/08/2015

Escolha sua cadeira e prepare-se para o festim
Uma noite que reúne em uma só casa as pessoas mais improváveis e que tem de tudo para dar errado. Preparados para conferir?

Um tesouro. É a partir daí que começa a história na casa de Laerte e Carlão, um casal um tanto esnobe que gosta e mostrar o que tem. De uma ideia simples, que seria presentear o convidado que se sentasse na cadeira premiada com esse singelo tesouro, se tornou a cada minuto que se passa em uma confusa dança das cadeiras. De fato um festim das doze cadeiras.

A cada instante que se passa uma novidade que pode estragar o não tão elaborado plano de Laerte e Carlão aparece no enredo. Intercalando capítulos entre a noite do jantar e a vida de cada convidado, recheado com os segredos mais sórdidos e inconfessáveis. Nessa roda até temos um padre que há muito para revelar.
Personagens extremamente sem noção -a única forma que achei para descrevê-los- um leque que há de tudo, mistura diversos preconceitos em uma história que se encontra o casal gay, o padre, a religiosa extrema, o depravado, a tia gorda e virgem entre outros, cada um com o seu nome e que ao ler o leitor irá conhece-los mais de perto.

Insano e irreverente, tudo isso em um só livro de poucas páginas. Uma história narrada pelos olhos de um cineasta, cheio de detalhes e referências da cultura contemporânea.Com ironia e sarcasmo o autor trás essa história até nós e que ao fim pensamos: - Peraí, ele pode fazer isso mesmo? Vai terminar assim? Surpresos? Pessoalmente recomendo para maiores de 18 anos.

A capa me chamou bastante atenção, eles capricharam na arte. Muito linda.
"É sempre bom ver seres inferiores para saber o quanto evoluímos até o momento - por isso os franceses visitam o Brasil, para admirar as favelas, por exemplo."

site: http://memoriasdeumaleitoraa.blogspot.com.br/
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Vanessa Meiser 21/07/2015

Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar a Editora Schoba pela excelente diagramação neste livro, estão mesmo de parabéns, a capa é linda e a revisão está muito boa, sem dúvida um dos livros mais lindos da minha estante.

'Festim das 12 Cadeiras' inicia com Laerte e Carlão recebendo a encomenda das 12 belíssimas cadeiras russas que compraram para o jantar anual que já é tradicional na mansão. Tratasse de um casal homossexual que gosta muito de ostentar, nada pode ser menos do que o melhor para eles e assim é que esperam que seja o tal jantar.
Assim que chegam as cadeiras, eles logo notam que em uma delas há um volume estranho, ao constatarem que trata-se um montante em dinheiro, resolvem fazer uma brincadeira com seus 10 convidados para que, aquele que sentar-se na cadeira premiada fique com todo o dinheiro pois, como o casal é muito rico, aquela quantia não fará diferença para eles. Estão muito entusiasmados com o evento.
Porém, o que eles não contavam é que um dos convidados pudesse não comparecer ao jantar e pusesse a baixo os planos de se divertirem naquela noite.

O mestre do suspense dizia que crimes perfeitos não existem, já que somos incapazes de ter o controle sobre os imprevistos que nos cercam. Laerte sabia que o não comparecimento de um dos convidados seria um problema grave. - Pág. 53

E agora, como lidar com a situação inusitada?

Depois de apresentado a ideia central da brincadeira no jantar, o autor nos apresenta um por um dos convidados, cada um com suas particularidades e nós podemos fazer uma ideia do que iria ocorrer no jantar pois, são todos únicos, figuras raras, hehe. Laerte e Carlão são os personagens principais e só eles já rendiam uma boa história pois, são dois malucos. O jantar acaba saindo mais para o final do livro, portanto, temos que segurar a curiosidade quase até o final da leitura... é de roer as unhas.

Antes de pegar o livro para ler eu já imaginava me deparar com uma obra totalmente diferente do que costumo ler no dia a dia, já li alguns outros neste mesmo estilo e confesso que gosto deste humor 'despudorado', 'desbocado', sem limites e alheio a qualquer tipo de julgamento. Os personagens desta trama são pessoas ímpares, sem papas na língua, falam o que pensam e sem se importar com o que vão falar. Gosto de pessoas assim, diretas e sinceras.
O livro faz boas referências à críticas sociais, coisas bem atuais e que são bastante discutidas no dia a dia. O autor possui um jeito todo seu de narrar a história, ele sabe que pode chocar o leitor mais desavisado e não se importa com isto, esta é mesmo a sua intenção (acredito eu). A narrativa é bem direta e de fácil compreensão, além de divertida.

Nem tudo sai como planejamos, mas no fim das contas o destino sabe o faz... Preparem-se para um livro imprevisível!!!


site: http://balaiodelivros.blogspot.com.br/
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 21/07/2015

Festim das 12 Cadeiras
Narrado em terceira pessoa, o livro conta a história de Laerte e Carlos, um casal homossexual rico, que costumava organizar festas e jantares em sua casa luxuosa. Para um desses jantares, Laerte comprou um novo conjunto de 12 cadeiras russas, e o casal se surpreendeu ao descobrir que havia um tesouro dentro do estofado de uma delas. Como eles já eram muito ricos e não precisavam do tesouro, decidiram que quem se sentasse naquela cadeira e descobrisse que tinha algo estranho nela, levaria a fortuna.

"Mas as coisas às vezes não precisam de intervenção. Deixe o destino escolher. O destino é bom nessas escolhas." (página 117)

Parecia um plano perfeito, que tornaria a noite inesquecível, mas as coisas começaram a dar errado quando um dos convidados ligou avisando que talvez não chegasse em tempo para o jantar, e depois o casal descobriu que outro convidado estava numa cadeira de rodas... e assim Laerte e Carlos viram seu plano maravilhoso desmoronar!

O que o casal faria para colocar a situação nos eixos? Quem ficaria com a cadeira premiada? Quais loucuras aconteceriam até o final da noite? Para descobrir, só lendo Festim das 12 cadeiras!

"E não era a maldita hora de servir a champanhe Veuve Clicquot? Requintado, o garçom muito bem trajado traz em sua bandeja a garrafa. Olha aquela zona no meio da sala. Abriram as portas do zoológico e não lhe avisaram. A situação estava pior que festa de rodeio em cidade pobre do interior. Mula, vaca, viado, cabrita e até morsa saltitavam ao som de Tchakabum." (página 128)

Pela capa e pela sinopse, eu esperava uma história um pouco mais refinada, e me surpreendi ao ver que o livro tende mais para o lado do humor escrachado, quase trash. Tanto os anfitriões quanto os convidados são personagens caricatos, que vão tendo partes de suas vidas e características descritas ao longo dos capítulos. Passado esse choque inicial, fui achando o livro e os personagens mais interessantes conforme a história foi se desenvolvendo, e dei algumas risadas.

"A arte em geral transpõe o telespectador para outra realidade. Traz pensamentos novos e se for uma história bem contada, não importa a realidade em que esteja, ela vai possibilitar uma interação." (página 139)

Alguns fatos interessantes: o autor de Festim das 12 cadeiras também é cineasta, e usou no livro uma narrativa que visa fazer com que o leitor se sinta como se estivesse vendo um filme; há várias referências culturais na trama, além de algumas "notas do editor", como a da imagem abaixo, presente na página 133.

https://farm1.staticflickr.com/290/19698280518_f41d2f3d3f_o.jpg

As 164 páginas da obra podem ser lidas rapidamente; talvez pelo tamanho reduzido do livro eu não tenha tido tempo para me apegar a nenhum personagem a ponto de torcer para que ele conseguisse a cadeira premiada, ou talvez tenha sido por eles serem tão peculiares. Festim das 12 cadeiras é um livro bem diferente do que eu já li e diferente do que eu esperava, tanto que alguns trechos jamais poderiam ser citados fora do contexto e de um enfoque bem humorado da obra.

"Às vezes, somos crianças em corpos de adultos. Temos que caçoar do próximo para não nos sentirmos tão deslocados no mundo com nossa ferida interna." (página 123)

Sobre a parte visual: a capa é linda! O título e a imagem da cadeira estão em alto relevo. As páginas são amareladas, com margens, espaçamento e letras de bom tamanho.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2015/07/resenha-livro-festim-das-12-cadeiras.html
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Jooy 17/07/2015

Tudo começa com o casal homossexual Laerte e Carlão, eles eram donos de uma imensa fortuna, e não se importavam com os gastos, compravam as coisas mais finas e caras sem ao menos se preocupar. Então, decidem comprar as mais luxuosas e caras cadeiras Russas, no total eram 12.


"- Está na moda comprar cadeiras russas? - indagou o companheiro com a mão no queixo, observando a sala no geral. - Não acha que está meio esquisito? Carlão se senta numa delas e diz:- Ela é mais baixa que a mesa.- Não importa. Importa que sejam caras e que queremos chamar a atenção..."

Laerte ao se sentar em uma das cadeiras sente algo estranho, então eles decidem abrir a cadeira para ver o que tinha dentro dela, ao abrirem se deparam com o inesperado. Dentro da luxuosa e belíssima cadeira havia um tesouro (SIM UM TESOURO)...

O casal resolve dar uma festa divina para seus amigos ricos, onde adoravam se exibir, era quase "uma competição" para ver quem podia mais, e como já tinham dinheiro o suficiente resolveram "premiar" o sortudo que escolhesse se sentar na cadeira, ele(ou ela) passaria a ser dono de preciosidades.

" - Se a vida realmente imita a arte, vamos transformar isso numa trama de Hitchcock. Vamos esconder o tesou na cadeira e ver se alguém realmente desconfia ..."
Dai em diante o casal passaria a planejar em como colocar na prática o que tinham em mente. Entretanto, imprevistos vão surgir...

Qual dos convidados seria o sortudo? O plano do casal daria certo?

" Carlão mantinha a etiqueta e não colocava o pé para fora até que o convidado entrasse. A demasiada demora fazia com que as pernas do anfitrião tremessem de ansiedade aguardando o recém-chegado a compartilhar o rango. A ansiedade era como uma meia molhada em um dia frio que precisava ser retirada de dentro do sapato de Carlão, que, como uma criança que faz arte às escondidas, coloca a cabeça no vão da porta até ver algo que não lhe agradasse muito." ....

(RESENHA COMPLETA NO BLOG)

site: http://intoxicadosporlivros.blogspot.com.br/2015/07/resenha-festim-das-12-cadeiras.html
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Dani 08/07/2015

Resenha e Sorteio: Festim das 12 Cadeiras
Laerte e Carlão, um casal homossexual, são riquíssimos. Eles não poupam gastos quando o assunto é dar festas (e se exibir!) para seus amigos também endinheirados, ainda que desprovidos de classe e pudores. Os gastos são tantos que eles decidem encomendar 12 cadeiras russas, muito luxuosas, para um jantar com apenas dez convidados. O estimado é que cada convidado, incluindo os anfitriões, ficassem em uma das cadeiras, sem nenhum a mais, nem a menos.
Mas então um imprevisto surge, quando as cadeiras tão caras chegam. Laerte, ao se sentar em uma delas, acaba notando algo duro e estranho. Além do acabamento e estofado, a cadeira possui um tesouro, após remover o tecido, o casal realmente comprova isso.
Como Laerte e Carlão são podres de ricos, o tesouro, avaliado em 100 mil reais, não é grande coisa...Ei que Laerte tem uma ideia: esconder o tesouro novamente na cadeira e dá-lo ao convidado sortudo que se sentar nela. Os dois começam a arquitetar toda uma estratégia para que o plano funcione, entretanto, quando um dos convidados falta ao jantar, todo o plano desmorona e os homens precisarão dançar conforme a música.

O mestre do suspense dizia que crimes perfeitos não existem, já que somos incapazes de ter o controle sobre os imprevistos que nos cercam. Laerte sabia que o não comparecimento de um dos convidados seria um problema grave. - Pág. 53

Festim das 12 Cadeiras foi uma grande surpresa para mim. Pela sinopse, já pode-se ter uma ideia de como a obra é; algo com humor, críticas sociais, referências populares, perversão e um mistério. E, de fato, o livro tem tudo isso, mas muito mais. Logo no começo fui tragada para dentro da estória, com uma apresentação tão diferente. O autor, Elvis delBagno, tem um jeito de escrever leve e ao mesmo tempo ácido. Ele não poupa descrições, ironias, até mesmo, palavras sujas em suas frases. Desde as primeiras páginas há críticas e citações de filmes, personagens e personalidades mais populares, como Avatar, ou outras que eu não conhecia tanto. Essas descrições e citações, no entanto, não deixam a estória cansativa de forma alguma pois a narrativa é de fácil compreensão, não sendo arrastada.
Pela sinopse, pensava que seria algo realmente corrido, atropelado, mas não é bem assim. É mais como algo sem rodeios, algo objetivo. Além disso, o autor tem uma forma dramática de escrever, cheia de expressões e contada de uma forma como se estivéssemos assistindo a uma obra cinematográfica.
Outra coisa que me surpreendeu foi o fato de este livro trazer várias estórias dentro de uma. Cada personagem possui sua história, suas peculiaridades e interesses. A cada personagem que entra em cena, o autor toma o cuidado e sensibilidade de nos apresentar sua história características mais relevantes - algumas sendo muito importantes no desfecho da estória. Laerte e Carlão são os personagens de maior destaque, claro, e os que gostei mais. Os dois são figuras muito peculiares e as cenas que eles protagonizam junto aos convidados são impagáveis, com diálogos muito bem feitos.
Sobre o mistério envolvendo o jantar e as cadeiras, foi impressionante com o quanto as coisas podem dar errado e certo ao mesmo tempo. Esta parte foi muito interessante, a questão de como o destino é brincalhão mas, no final, faz o certo. O jantar demora um pouco para começar, se não me engano, creio que mais da metade do livro, mas isso não significa que o começo tenha sido enrolado, uma vez que o autor apresenta cada personagem e suas histórias. As histórias são bem absurdas e algumas hilárias, mas cada uma tem um papel fundamental e serve para conhecermos bem cada convidado.
O final, de fato, foi bem corrido mas a ideia foi tão brilhante que eu mal acreditei. Fico curiosa para saber se o autor pensava neste desfecho desde o começo ou foi meio que um improviso, pois admito que nunca pensaria que algo assim aconteceria. Simplesmente brilhante!
Esta é uma leitura mais que recomendada para todos que gostam de uma ótima e leve narrativa, personagens cativantes sem pudores e vergonhas, críticas bem elaboradas (há muito espaço para reflexão nas entrelinhas), estórias divertidas e um mistério com uma resolução totalmente imprevisível!
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