Resenhas - Paraíso Perdido

Pacaterra 28/01/2023

Aproximando cristãos e comunistas
O livro é muito interessante e apresenta a relação entre cristianismo e comunismo sob a ótica de Frei Betto e suas vivências e diálogos com líderes cristãos, socialistas e outras personalidades.

Vale a leitura pois Frei Betto levanta diversas reflexões sobre socialismo, democracia, humanismo e principalmente sobre os erros que devem ser evitados pelos que lutam pela revolução social.

Luis 23/05/2016

Os bastidores de Fidel e a Religião
Existem várias formas de apresentar este livro.
Pode ser encarado como uma viagem, uma visita a locais como Rússia, Cuba e China, repleta de curiosidades históricas e notas sobre clima e pontos turísticos.
Também pode ser visto como um grande diálogo, daqueles em que os assuntos podem transitar da política internacional para a culinária mineira.
O livro é um testemunho de quem viu a história acontecer, de perto, da posição de quem tem poder para alterar o seu curso.
E nesta viagem não faltam referências a personagens famosos, artistas, livros, filmes, escritores, e tudo o mais que apetece a alma.

Mas eu vou me ater a um ponto: sua referência a outro livro, Fidel e a Religião.
O autor conta como foi a concepção da obra, fruto de uma entrevista de 23 horas com o dirigente cubano, desde a ideia até sua repercussão. Este livro tornou-se o cartão de visitas de Frei Betto pelo mundo, e seu lançamento foi o pretexto para várias de suas viagens e conversas com dirigentes políticos e religiosos. Logo, a maior parte de Paraíso Perdido passe-se em Cuba, o personagem mais presente é Fidel e seu tema mais recorrente é a sinergia entre marxismo e cristianismo. Sempre recorrendo ao diálogo, o autor mostra que as duas filosofias são baseadas na utopia, idealismo e desejo de ver um mundo melhor, mesmo deturpadas historicamente por regimes autoritários. E no entanto, o autor não deixa de fazer críticas e autocríticas quando necessário, mostrando que o caminho da reflexão é constante e não tem descanso.