Um longo amor

Um longo amor Pearl S. Buck




Resenhas - Um longo amor


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ancamo 25/09/2011

Faz muuuuuuuuuuuito tempo que li este livro. Lembro de algumas passagens e da trama geral. Mas esqueci muitos detalhes que me fizeram apreciar muito este livro. O que ficou foi a lembrança de um romance cheio de nuances e sutilezas. Preciso reler novamente.
A história de um jovem casal no começo do séc. XX, contando como ele pediu a moça em casamento e até o nascimento do 1º neto. Como podem ver não parece nada emcionante do jeito que lembro.
Mas a trama é cheia de pensamentos sobre o que é o amor, a vida a dois, os filhos crescendo, trabalho, sociedade, moralidade. Uma passagem do livro me marcou muito, qdo um personagem fala dos sentimentos da esposa do outro. Ele diz que ela vive num jardim cercado por um muro e um portão. Ela vive feliz nesse jardim mas ela não pode sair de lá. Por quê? Por Que ela jogou a chave fora. Ou seja ela não se permite sair para não magoar o marido! Pelo menos foi isso que deduzi.
Um belo romance que fala como somos influenciados pelas aparências que a sociedade nos impõe e de como a liberdade de expressar sentimentos pode nos ttornar pessoas mais maduras. Sem culpa.
Isso foi o que ficou na minha memória.
Hoje este livro talvez soe datado (ele foi escrito nos anos 1930), mas acho que continua atual. Ou pelo menos romântico.
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Lourena2 27/05/2015

Realmente um longo amor.
Quando, comecei esse livro achei muito diferente a escrita da Pearl, mas logo me acostumei, em um longo amor Pearl conta a grande história de amor de Edward Haslatt e Margaret Seaton, uma história simples e muito romântica. O que mais me encantou nesse livro foi ver pessoas (personagens) que se amavam muito construir uma família, e envelhecerem juntos.
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Rub.88 01/08/2020

Vida a Dois
Na construção de uma narrativa literária o enredo é tão importante como o tema. Pode parecer que são coisas similares, mas não é bem assim. Enredo é a sequência de eventos, os fatos descritos e a movimentação da trama. O tema é o objetivo que o autor quer discutir, colocar em evidencia. As vezes são vários temas tratados, dependo do folego da obra, que são correlacionados ou paralelos. O sucesso pode ser medido pela clareza e simbiosidade de ambos. O talento para conseguir esse equilíbrio é raro. O mais comum é que um lado, é isso não é precisamente um defeito, se sobressaia.
No livro Um Longo Amor de Pearl Buck, publicado em 1949, o casamento com muito Love é o foco.
Edward Haslatt, jovem muito sério e austero está perdido de amor por Margaret Seaton que exibi um comportamento mais leve e menos rígido que a maioria das moças da época tinham. A estória tem início algo antes da Grande Depressão norte americana de 1929 e tem como cenário uma cidade pequena da Nova Inglaterra.
Quando digo que Ned está perdido de amores por Maggie, é porque ele não encontra palavras que traduzem minimamente o que sente. Fica envergonhado facilmente e é melindroso. Engasga sempre quando tenta, sem sucesso, declarar algo mais eloquente. Gosta de livros e sonha em transformar a tipografia que trabalha com o pai numa grande editora.
Vai pedir novamente Margaret em casamento. A terceira vez é a da sorte. Depois de um dia de preparações e circunlóquios, dispara o pedido e foi aceito com algumas condições. Ela diz que não se sujeitará a caprichos alheios e será sempre direta com ele. A vida em comum vai sufoca os dois rapidamente se segredos, ressentimentos e distanciamento excessivo virar uma constante. Claro que ele aceita os termos, pois não sabem muito sobre relacionamentos. A família dele é rígida e travada. Econômica nas palavras e pobre em gestos afetuosos. O tratamento é tão formal que pode ser classificado com ríspido. Já o pai de Margaret é um simpático falador, é tão aberto em certos assuntos que deixava Edward sempre desconcertado. E o fazia de propósito.
O foi casamento marcado para o natal, data importante em futuros eventos do livro. Tudo ocorreu sem drama, até um tanto chato. Vão começar a convivência marital com a promessa de priorizarem um ao outro em tudo que lhes acontecer. Será uma provação que pequenos e causticantes percalços, todos eles de certa maneira comuns, tentará corroer. Ano após ano.
A estória de Um Longo Amor é pouco variada. Dividido em três fases com a primeira tratando das ansiedades pre-casamento, o modelo familiar e social do período e a inocência não de toda perdida quando se chegar falsamente à maturidade, devido ao matrimonio. A parte dois é a consolidação do negócio de impressão de livros. A expansão da família com o nascimento periódico das crianças saudáveis e espertas. Os problemas com e dos parentes. E o escritor talentoso, que sendo das camadas mais simples dos morados da cidade, vem com sua genialidade colocar a nu a hipocrisia dos moradores e dá uma estremecida no casamento de Edward e Margaret. No último ato, a vida estável e bem sucedida. Os filhos crescidos e donos dos próprios narizes. Um pouco de conflito de gerações e preocupações com os tempos que correm. Finda a segunda guerra mundial e a advento da bomba atômica. E o arremate é a pior coisa que pode acontece para um pai e uma mãe.
Essa obra é de ideias, que a trama dá oportunidade de pensar. São basicamente reflexões da escritora sobre a vida em comum. A mudança de atitude entre as gerações e novos anseios que naturalmente surgem. A procura no outro daquilo que lhe falta ou que não conhece. A pergunta que fica é se essa necessidade pode ser suprida. E a que custo?
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