Musashi

Musashi Eiji Yoshikawa




Resenhas - Musashi


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Musashi 10/03/2010

Seria impossível descrever a experiência completa do livro de Eiji Yoshikawa neste pequeno espaço...

Um dos livros mais dinâmicos que já li.
Uma história com mais de 1.800 páginas que não é cansativa em momento algum.

A história romanceada de Musashi, embora possa não ser tão fiel ao samurai original (em alguns pontos), é certamente um clássico da literatura; pouco conhecido no ocidente, infelizmente.

Acima de tudo, um livro de grande sabedoria, com personagens marcantes e um estilo descritivo sucinto e completo.

Pra finalizar, a cereja no topo do bolo: a tradução da Leiko Gotoda, respeitando a nomenclatura japonesa e as inúmeras notas de rodapé, que são praticamente um ensaio sobre a história japonesa...
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Euflauzino 08/10/2013

O aprendizado pela dor
Sou daqueles que viajam quando lê sobre outras culturas sejam elas grega, romana, nórdica e principalmente oriental. Acho que eu deveria ter nascido no oriente porque sou totalmente à favor do que eles mais prezam que é o “caminho do meio”, algo entre o certo e errado, um atenuante para os conflitos, uma força que une tudo, o “meio”, enfim uma expressão budista.

A diferença me fascina, por isso Musashi (Estação Liberdade, 1808 páginas), romance publicado em forma de folhetim entre 1935 e 1939, escrito por Eiji Yoshikawa, não poderia ficar de fora dessa minha busca insana pelo entendimento desse “meio termo”, algo que mantém o equilíbrio.

Deixemos pra lá a parte filosófica e passemos para o romance. Ele nada mais é do que a transformação do jovem e selvagem Takezo em um dos mais famosos e sábios samurais – Miyamoto Musashi – passando pelas agruras de seu autoaprendizado, pela ajuda de um monge budista, Takuan, pela grande paixão de sua vida, a jovem Otsu, culminando no grande duelo entre ele e o espetacular espadachim Sassaki Kojiro, que em seu treinamento abatia andorinhas em pleno voo com sua espada carinhosamente chamada de “Varal”, por ser tão longa que era impossível carregá-la nas costas.

O livro inicia-se num momento emblemático na história do Japão feudal, a Batalha de Sekigahara. Musashi (ainda Takezo) estava do lado perdedor, junto de seu amigo:

“... Matahachi surgiu ao lado do amigo arrastando-se com dificuldade e agarrou sua mão, dizendo bruscamente:
― Vamos fugir!
Em resposta, Takezo atraiu para si a mão do companheiro, advertindo-o:
― Não se mexa, finja-se de morto! O perigo ainda não passou!”

Quem já leu ou tomou contato com o universo samurai sabe que um guerreiro prefere lutar a se entregar e se fingir de morto é vergonhoso até para um samurai errante, imperdoável por todos, inclusive pela família. Musashi era um jovem em busca de fama e encontrou a humilhação.

Ele não era um qualquer, era imponente:

“Com quase um metro e oitenta de altura, Takezo era excepcionalmente alto e assemelhava-se a um veloz potro de raça. Tinha braços e pernas longos, lábios vermelhos e as espessas sobrancelhas, de traçado mais longo que o normal, ultrapassavam o canto externo dos olhos conferindo-lhes determinação.”

Por conta própria desenvolveu um estilo de luta com a espada. Guerreiro polêmico, nos dizeres da tradudora de sua obra no Brasil (que em menos de 2 anos de vendas já atingia 70 mil exemplares), “nunca largava as espadas, dificilmente ficava nu e tomava banho”. Musashi (1584 – 1645) escreveu “O livro dos cinco anéis”, um livro de estratégias utilizado até os dias atuais por homens de negócio do mundo inteiro.

Além de rico em ensinamentos, é um livro romântico. Otsu é a musa de Musashi, porém há relatos de que tenha morrido solteiro por causa de sua obsessão pelo aprendizado e sua peregrinação em busca do aperfeiçoamento espiritual.
Enfim, quem como eu se comoveu com o filme “O último samurai” não irá ficar indiferente à cultura, à disciplina e aos costumes deste guerreiro temperado pelo aço da espada e fiel ao bushidô – código de honra samurai.
Andrea 22/10/2013minha estante
Ó, fiquei bem interessada em ler depois da sua resenha. Apesar de não conhecer muito, também acho a cultura oriental (principalmente a japonesa) instigante.


Manuella_3 16/02/2017minha estante
é o sonho de muitos garotos essa formação recheada de aventuras, guerras íntimas e a orientação de um mentor, tendo o apoio de um amor, pelo menos me parece. Eu mesma sonhei muito com essas vitórias recheadas de dor no caminho, quando via os antigos e deliciosos filmes de Bruce Lee com meu irmão, hahaha.


Euflauzino 16/02/2017minha estante
não sei pq apareceu esta resenha como se fosse nova, a fiz há tempos rsrsrs
mas é bom prosear. sempre fui muito fã das tradições orientais, o caminho suave pelos quais navegam, então fui logo querendo saber sobre a lenda musashi e pesquisando bastante, há uma localidade no japão que afirma que a batalha final não foi vencida por musashi, mas sim por seu maior adversário sasaki kojiro. interessante né?
daí a gente vai ligando pontos, em "corações sujos", os japoneses que cá aportaram não acreditavam na derrota do japão na segunda grande guerra e por aí vai.
é muita história, todas apetitosas!


Manuella_3 16/02/2017minha estante
*-*




anne (: 29/05/2021

gigante! em todos os sentidos (:
Musashi me foi uma grata surpresa. peguei para ler por indicação de um amigo, sábio em cultura urbana belorizontina, por assim dizer e não esperava mesmo.

o romance se desenvolve em cima da história de vida e formação de Musashi, o maior samurai de todos os tempos, passando pelo seu início modesto e problemático no interior, passagem pela guerra e muitas agruras num caminho marcado pelo individualismo e dedicação. Fato é que o livro é uma mega propaganda para esse mito empreendedor do homem que se forma e sucede pelo esforço, independente do seu plano de origem; e dá pra perceber claramente no arco narrativo o papel de cada personagem enquanto referência de caráter masculino/feminino, positiva ou negativa. Porém, surpreendentemente, apesar do moralismo característico do período em que foi escrito (pré II Guerra), o desenvolvimento deles e de todo o enredo não sofre por isso; e inclusive ficamos envolvidos com cada um deles e torcendo, a favor ou contra rs. A poesia com que o autor vai diluindo esses pilares da virtude, cultura e espiritualidade tem uma beleza tão característica das histórias orientais, tão avessa ao ritmo que estamos acostumados desse lado do globo, que realmente é uma experiência muito gostosa acompanhar essa prosa leve, por vezes divertida ou reflexiva. Recomendo demais (:


?E depois de tudo, céu e terra aí estão, como se nada tivesse acontecido. A esta altura, a vida e as ações de um homem têm o peso de uma folha seca no meio da ventania... Ora, que vá tudo para o inferno!, pensou Takezo.?
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kadzar 10/01/2010

Envolvimento Literário
Um dos livros que mais me envolveu.
O livro tece caminhos fantásticos combimando romance épico, combates espetaculares, intrigas e etc.
Acredito que não tenha nenhuma pessoa que tenha lido o livro e se imaginado com uma espada na mão, caminhando por uma estrada de barro com arvores ao redor, e um belo monte com o cume nevado no plano de fundo.
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Tefis 25/07/2020

Para fãs da cultura japonesa.
Para as pessoas que costumam ler mangás ou ver animes, a melhor forma de descrever Musashi é: Um anime em forma de livro. Os diálogos pré-lutas, o drama amoroso, a busca por honra, todos esses fatores, bem comuns nos animes, são trabalhados com primazia dentro do livro.
Acompanhar o crescimento espiritual e técnico do Musashi é cativante, principalmente com os dilemas que lhe são apresentados ao longo da jornada a qual o personagem se propõe, essa evolução deixa a obra surpreendente em cada novo capitulo.
A única coisa que me impede de dar 5 estrelas é a falta de um mapa, como é um romance histórico, o autor trabalha com nomes e localidades reais japonesas da época retratada, o que dificulta para quem está lendo se localizar espacialmente.
Fora esse pequeno detalhe, o livro mesmo longo é muito ritmado, o que não o deixa cansativo, um ótimo inicio para quem se aprofundar na literatura asiática.
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Paulo 08/08/2020

Quando comeu o livro esperava algo como uma história ao estilo de Bernard Cornell, cheia de batalhas descritivas, personagens fascinantes e uma boa trama. A única coisa que foi diferente foi em questão das batalhas, muitas vezes com quase nenhuma descrição, o que no começo me desanimou um pouco. Mas livro notei que o livro não se tratava de confrontos samurais e sim dos personagens cativantes com suas linhas que desdobram cada vez mais.

Foram 900 páginas divertidas que acabam de um modo que faz desejar logo ler a continuações.

O samurai mais famoso da história aguarda seus próximos adversários.
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Jonara 23/04/2010

Que deliciosa viagem em um mundo tão diferente do nosso. Musashi é um guerreiro que decide encontrar o equilibrio e se tornar o melhor samurai do mundo. O livro tem 900 páginas mas é tão bom que eu devorei em pouquissimos dias... ele te envolve de tal maneira que por vários momentos a gente se sente no Japão, mergulhado entre tantas aventuras. Além das memoráveis passagens de luta, o livro tem momentos muito delicados e especiais, como o capítulo sobre o corte da peônia, a cerimônia do chá e os confrontos com as mulheres. Belas palavras sobre arrogância, coragem, honra, medo, vida. Imperdível este livro, não vejo a hora de ler o segundo volume. Recomendo!
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Vinicius 15/04/2010

Aos leitores acostumados com os escritores ocidentais, podem estranhar um pouco com esse livro. Bom, eu estranhei pq esperava um livro sobre um samurai q descesse a espada em todo mundo e que no final encontraria a mulher q ama e td acabaria bem. Não eh bem assim, ainda bem, pq eh bem do que eu esperava.

A historia do mais famoso samurai do Japão é bem grande, mas vale cada linha, nesse livro Takezo ainda é um jovem imaturo, que precisa aprender a domar a sua força, ele tera ajuda de amigos como o monge Takuan que o mostra força não é tudo e até mesmo os mais sábios têm duvidas e tera seu caminho prejudicado e seu nome difamado por inimigos como a senhora Osugi (desejei muito que Musashi desse um golpe nela ou que ela sofresse muito antes de morrer).

O melhor livro que eu já li, indispensavel.
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Brutal 10/05/2010

Espírito do samurai e a mente humana
Essa maravilhosa obra, alem de ser uma ótima leitura e distração, também nos mostra a vida e a mente de pessoas em um japão do inicio século XVII.
Brutal...
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Wolney.Garcias 11/06/2023

"Ai está uma oponente implacável" - Musashi falando sobre Osugi
Um livro para você ler durante um ano (Literalmente) - Que o amor que você tem por alguém seja o mesmo que Osugi tem por matahachi (e não ao mesmo tempo!). Fora esses dois elementos fundamentais nessa obra, é cada momento de reflexão que valem para a vida, além de ensinar que nem sempre tomar a iniciativa nunca é simples assim para tomar decisões. "Uns vivem na morte, outros morrem em vida." - Eiji Yoshikawa
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Rodrigo Arlindo 06/03/2024

Coisas que gostei nessa leitura:

A ambientação histórica desse tipo de romance sempre traz um apelo cultural muito forte para nós ocidentais: diminuir nossas ignorâncias sobre culturas orientais.

A relação de Musashi com a ideologia bushi numa sociedade em que ela parece não ser mais seguida tão à risca pela maior parte dos que se consideram samurais.

A diversidade de personagens que corrobora e demonstra a supracitada ambientação histórica.

site: https://www.instagram.com/p/Cewyenlrtge/
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Elba Mara 23/07/2010

Simplesmente o melhor!!
E não estou sendo exagerada, difícilmente gosto assim tanto de um livro como gosto deste. Primeiro porque ele mudou o modo como eu via os samurais, segundo porque a trama bem elaborada encanta e envolve.
O único problema mesmo dele talvez seria o tamanho, o que pode dar uma desanimada , mas para quem gosta de ler e quer conhcer o mundo facinante dos samurais leia Musashi!
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Manezera 06/11/2021

Takezo desperta ao meio de centenas de cadáveres, estes consequência da grande batalha de Sekigahara, a qual lutou ao lado do amigo de infância Matahachi. Ali se iniciava a peregrinação do homem que se tornaria o maior e mais famoso samurai de todos os tempos.

O romance de Eiji Yoshikawa apresenta em seu primeiro tomo os primeiros 5 anos aperfeiçoamento de Shimen Takezo, posteriormente rebatizado de Miyamoto Musashi.
Centrado em sua peregrinação pelo pais em crise, culminando no duelo contra a famosa academia Yoshioka, que serviria de alicerce para o estilo de espada chamado Niten Ichi Ryu, em que se combate com duas espadas.

Um romance fenomenal, que apresenta um belo retrato da sociedade nipônica no pós batalha de Sekigahara e inicio do xogunato Tokugawa.
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Adib 09/09/2010

.
Não há como medir um livro desta magnitude. Foi sem dúvida uma das três obras mais magníficas que já tive a oportunidade de ler. Uma pena ser um livro que só foi enraizado na cultura japónesa. Renderia ótimos filmes.
Eu amo cultura japonesa, logo do início ao fim; tive a oportunidade de viajar aos confins do Japão. E conhecer muito sobre a cultura japonesa, bem como as filosofias e ensinamentos.
As personagens são cativantes e singulares; que vão desde o héroi cheio de honra e preceitos, ao bêbado sem escrupulos. O rumo que a história segue é quase sempre contrário ao que pensamos. O que torna o livro imprevisivel em sua maioria. A narrativa ocorre de maneira a entrarmos na mente das mais diversas personas.
Embora o livro retrate a história de um samurai em busca da perfeição, podemos visualizar os mais variados elementos, na narrativa. O que torna o livro ainda mais interessante é que o mesmo foi baseado em alguém que de fato existiu.


Quero agradecer essa leitura a Miriã Machado que me emprestou este livro.
wolv_logan_x 29/04/2011minha estante
Adib, descobri recentemente que foi feita uma adaptação dos livros para o cinema, na forma de uma trilogia. O primeiro filme, intitulado Miyamoto Musahi, é de 1954, dirigido por Hiroshi Inagaki, com Toshirô Mifune interpretando Musashi. Não os assisti ainda, mas certamente está na minha lista de prioridades.

O que posso garantir é que o ator principal é excelente, já interpretou vários samurais em outros filmes (incluindo clássicos como Os Sete Samurais e Yojimbo, de Akira Kurosawa), é considerado um dos melhores atores do Japão até hoje, e pelo que li sobre os 3 filmes na internet, eles conseguiram ser bem fiéis aos livros.




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