No mar

No mar Toine Heijmans




Resenhas - No Mar


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Rildo.Becker 27/01/2024

A leitura é legal, mas um pouco cansativa...
No Mar conta com uma narrativa de Donald. Um homem que tem uma vida um tanto frustrada e também não é um bom exemplo de pai.

Ele sai para velejar por 3 meses e na penúltima parada, devido a um acordo com a sua esposa, ele encontra com sua filha de 7 anos para velejar com ela até a última parada. (Achei isso estranho durante a leitura, mas o pior vinha depois).

É um pouco cansativa a leitura, mas é legal se imaginar com o personagem num pequeno barco, no meio do mar. A narrativa fica mais instigante quando Donald começa a ter alguns problemas no mar.

A ilusão que tive foi com o final, que fez todo sentido quando eu cheguei lá. Afinal, um homem (como ele) no mar por 3 meses sozinho não pode ter um bom resultado.

No mais, a leitura é válida se você curte livros com finais inesperados. Ele deixa o leitor bem aflito em alguns momentos, dá mais vontade de ler as páginas seguintes.
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mari 31/12/2023

Me fisgou :)
?o mar não pode ser seu amigo. a água não tem sentimentos nem história. não faz nada, simplesmente existe.?
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LuccySwan 09/07/2023

Reflexões e Existencialismo
“Sobrevive-se graças à rotina. Quando algo não vai bem, é melhor saber exatamente onde cada coisa está. Sem rotina, os pensamentos tropeçam um nos outros. Pensa-se em tudo ao mesmo tempo.”, de No Mar, Toine Heijmans.
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Beatriz.Lopes 09/04/2023

Uma história sobre ilusão própria
Emocionante história cheia de reviravoltas no mar. Contada por um narrador nada confiável, ficamos a conhecer a aventura da sua viagem com a filha através do seu diário de bordo. Para além disso, o autor vai fazendo críticas à sociedade de consumo e à insatisfação do homem moderno perante o mundo capitalista e corporativo. Ao mesmo tempo revela os medos e angústias de um narrador que sabiamente leva o leitor a uma inquietação constante. Só no final do livro pode voltar a respirar normalmente!
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Jéssica Libranumo 26/08/2022

A realidade também pode ser um sonho

O protagonista é um sonhador e o mar é sua possibilidade de contato com um mundo que pensa ser de liberdade absoluta. Somente no mar ele consegue sentir que vive e que se dirige a algum lugar - mesmo que a viajem seja curta. Ausentar-se da terra é portanto uma necessidade.

Ele não quer voltar ao trabalho - as regras da terra o aprisionam. Ele quer apenas velejar e provar a esposa que é possível. Com a sua permissão, ele faz um trajeto de 48 horas com a filha, pelo mar do norte. A entrada da criança no veleiro é sua oportunidade de provar que é possível viver livre das amarras da sociedade. E esse espírito infantil acorda no adulto a certeza de aventuras e liberdade. E essa é a razão de ser da história.

O curto período da viajem é alargada pela vigília noturna. Dias e horas parecem durar uma eternidade. E então? tudo da errado. A criança desaparece!
Perdê-la é um fracasso existencial. Se antes, na terra, ele não se enxergava no papel de pai, falhar no mar é como perder tudo de uma só vez - a filha e o sonho.

Descobrir que a solução precede o problema, é angustiante. A saída é o mar, e o mar está sempre nas nuvens. Nos ventos. Está nos sonhos.
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Mateus 09/05/2022

Mas não era ruim? kkkk
Fui somente com a bela intensão de ler alguma coisinha pequena pra compensar minha trágica rotina de leituras. Não esperava muita coisa desse livro, tinha expectativa nenhuma, da sinopse só sabia que um homem se perdia ou coisa parecida no mar e que tinha alguma coisa veraz e, jurava até dado momento da história que era real.

Primeiro livro que usei a expressão " pensei que esse livro era ruim", pq caminhava pra esse veredito, até um pouco mais da metade.
Até a metade pensava que iria ser somente uma crônica de viagem, que só fala da viagem ?. Porquê nada tinha de interessante, de destaque, era só " o mar isso, o mar aquilo, o vento, mais vento, onda", é claro que não dá pra fugir muito disso, mas  tem formas melhores de lidar tbm. O que faz da história até esse ponto, extremamente masaante.

Um pouco depois da metade, a gente entra num clímax, que não esperava (muito se deve do fato que que eu não esperava nada, em nenhum momento kkkk), então foi uma surpresa boa.

Ali pensei que o desenrolar seria somente isso, um pai em busca da filha e essa busca, mais do mesmo, nada de inovador, mas tava ali me deixando levar.
Daí pra frente a história capotou em 360°, eu tive que parar de ler, tomar uma ar, pq caralhoo que plot em cima de plot, na moral é muito gostoso ir de uma livro de fim de tarde normalzinho de ruim, pra um que consiga te surpreender e surpreender, te dá um tapa e diz " calma filhão, pensou que era só isso ? Agr que o show tá começando ?
É claro, muito se deve ao fato de eu não ter criado expectativas nehumas, não me questionar muito, de me deixar levar, mas tbm tem o merecimento do livrinho, pq já fiz isso com outros livros e msm assim a experiência foi péssima.

Enfim, leia sem nenhum comprometimento que garanto que a satisfação vai ser uma delícia.
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Jeff 27/08/2021

Reflexivo
Uma história sobre o autoconhecimento e nos faz refletir sobre se realmente nos conhecemos e estamos dispostos a fazer esta descoberta. No mar nos traz a viagem de um homem pela águas mas tambem para dentro de si.
Recomendo.
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Tiago 21/07/2021

A editora Cosac Naify 2015 fechou as portas, deixando milhares de órfãos de seus livros, que faziam parte de um catálogo que não queria preocupar-se completamente com as “estrelas” - obras e autores que vendiam comercialmente, o que poderia salvar a editora.

“Ela (a editora) vivia a vida de livros. Ela não vivia a vida editorial.”, diz Charles Cosac, em entrevista concedida à revista Piauí após o anúncio do fechamento da editora. Talvez por isso, alguns títulos publicados pela Cosac nunca mais tenham recebido reedição por outras editoras. E sabe-se lá se algum dia irão. É o caso, suspeito, de No Mar, o romance pontiagudo do holandês Toine Heijmans.

Donald decide tirar três meses de férias do trabalho como funcionário de uma empresa para fazer uma viagem sabática. Essa viagem será feita de barco, velejando pelo mar. Decide levar a filha Maria consigo, mesmo que sua mulher seja contra. No mar os pensamentos de Donald vão mergulhando em torno de sua vida - o litoral que o cerca. Com um mapa em mãos, onde anota a cada hora em seu diário de bordo a localização, Donald repensa também os rumos da vida. Sua filha, que está sempre presente, serve de âncora num mundo onde os sentidos parecem falhar.

Durante três meses eu tinha buscado tranquilidade no mar. Mas não consegui realmente encontrar calma. As pessoas com quem cruzei no caminho me faziam lembrar do pessoal do escritório. Todo porto e toda ilha estavam cheios de gente. Não tinha como escapar. Além disso, cada milha que eu velejava me levava para mais perto do mundo do qual eu fugira. E assim me sentia ficando cada vez mais pesado, até que vi Maria. Minha filha, que me amava.

Esse é um livro que vai nos guiando como se estivéssemos a bordo de um barco num mar que por muito tempo está tranquilo, mas que de repente muda o clima. Por trás do que Donald pensa, e que o leitor vai acompanhando, há a base frágil sobre a qual sua vida está sustentada.

“Maria é uma criança forte. Foram poucas as vezes que a vi com medo. De qualquer forma, ela não conhece o medo adulto, que esmaga os miolos da gente. Medo de criança é diferente. É fácil de espantar. Como uma lâmpada que você acende e apaga: você canta uma musiquinha ou inventa uma história, aí ela ri e logo dorme.

Medo mesmo a gente só sente mais tarde.”

Toine Heijmans consegue com sua narrativa criar um clima de intensa reviravolta. O faz nos servindo nas primeiras páginas os aspectos dos personagens, de modo que suas questões, tão caras ao sujeito moderno que encontra sentido no trabalho, se tornem íntimas do leitor. Depois de pegos pelo anzol, um acontecimento acelera o coração de quem lê, faz suar frio as mãos e as páginas vão sendo devoradas.

Há um toque kafkiano na história. Em algum lugar li que A Metamorfose'' é o primeiro romance que trata da loucura do trabalho, dos efeitos danosos do trabalho capitalista para o homem moderno. É em relação à saída para o trabalho que Gregor Samsa vê-se metamorfoseado em um grande inseto. Em No Mar, a metamorfose não é em inseto, mas na loucura na qual o protagonista se afoga.
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Laura Regina - @IndicaLaura 11/04/2021

Ahhh O ser humano...
Um homem viaja pelo Mar do Norte num veleiro com sua filha Maria.

“Aprendi que o mar é previsível. Ainda mais previsível que a terra firme, onde se pode cruzar com todo tipo de gente e coisas que não se espera. Quando você vai para o mar, fica sem equilíbrio por um momento, mas logo o corpo se acostuma e se acalma.
Por mais que um barco chacoalhe, é sempre mais tranquilo do que estar em casa.”

Com essa escrita poética, com um narrador em primeira pessoa cheia de fluxo de pensamento, misturando reflexões, memórias e narração de ações no presente - assim temos este pequeno grande texto de Heijmans, incrivelmente sucinto e rico ao mesmo tempo.

Acompanhamos apenas 72 horas na vida de Donald, na sua viagem com sua filha Maria num trecho entre duas cidades no Mar do Norte (entre Dinamarca e Holanda). Mas sentimos todo seu passado, sua relação com esposa e emprego, e principalmente suas ideias e emoções sobre velejar e ser pai.

Até que algo bastante angustiante acontece, e nós leitores somos empurrados numa espiral de medo, suspense, inquietação e finalmente aflição. O livro nos empurra de um lado para o outro, como se nós mesmos estivéssemos num veleiro no meio do mar numa tempestade feroz, e só podemos esperar pelo amanhecer para confirmar que está tudo bem (ou não). Eu devorei esse texto, e recomendo pra todo mundo a partir de agora!

Mais indicações no Instagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/p/CNh-uY6DSOz/
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Bárbara 31/03/2021

Livro curto, história impactante
Mais de seis meses depois da leitura e me peguei recordando essa história... as cenas vêm como se eu tivesse assistido a um filme. A narrativa é simpliscista, meio árida, sem floreios ou enfeites, mas o suspense, o horror nas situações que o personagem esteve, o fato de que poderia acontecer com qualquer um... Que livro incrível!
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