No mar

No mar Toine Heijmans




Resenhas - No Mar


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ElisaCazorla 09/12/2016

Balanço do mar em cada página
Por que comprei este livro? Porque parecia interessante, autor desconhecido, boas críticas e editora prestes a fechar as portas. Não podia esperar muito. Não queria arriscar um possível esgotamento da edição. As chances de outra editora manter um autor desconhecido no mercado são mínimas. Comprei e li logo depois para saber se fiz uma boa compra. Fiz!
O que mais me chamou a atenção é a maneira como as páginas do livro tentam 'imitar' o balanço do mar. Em cada página o parágrafo se inicia num lugar diferente. Ora alto, quase no limite da folha; ora bem baixo, quase no rodapé, em outros momentos simula uma calmaria e os parágrafos começam no meio da folha por algumas páginas. Lemos e sentimos o balanço do mar junto com o protagonista-narrador.
Um livro simples mas intenso ao mesmo tempo. Acho que deveria ter mais umas 200 páginas. Saio do livro querendo um pouco mais. E depois?? E agora?
Diferente do que geralmente leio. Ambiente diferente. Narrador diferente. Seguimos com o protagonista como se estivéssemos dentro de sua mente. Como se fôssemos os seus pensamentos.
O mistério sobre o sumiço da filha não é o mais importante (para mim, pelo menos não foi) pois durante a leitura o narrador dá pistas sobre o que pode estar acontecendo. O melhor do livro é a leveza e a intensidade da narrativa. Foi uma ótima leitura!
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Thiago 23/04/2019

Impressionante. Até a metade estava pensando: se continuar nessa levada, essa leitura não vai passar de uma coisa bem banal. E então acontece o primeiro bum. Você é pego de surpresa. E aí surge outro. E outro mais. Não queria mais soltar o livro até que terminasse. Ele tem um dos fins mais deslumbrantes e poéticos que já vi até agora.
Gustavo.Martins 03/11/2019minha estante
SPOILER !!! Qual foi a sua interpretação do final? Achei simplesmente sem graça e gostaria muito de saber se teve algo mais profundo que nao fui capaz de captar... Teve algo alem dele ser doido imaginando que estava com a filha no barco? Me senti trapasseado pelo autor...


Thiago 25/12/2019minha estante
"gostaria muito de saber se teve algo mais profundo que nao fui capaz de captar".

Sim, teve.




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Gleidson 14/10/2016minha estante
Vc descreveu exatamente o que eu senti quando li.


Dani.Peghim 14/10/2016minha estante
Olá Gleidson! Que ótimo, pois após terminar fiquei meio sem entender direito o que havia sentido, bom saber que não fui a única que senti isso! =)




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Bela 09/08/2020

repleto de metáforas bem construídas, que comparam os desafios em terra firme aos desafios da vida ao mar, o livro nos guia por uma história que tem ação, reflexão e, como cereja do bolo, um suspense psicológico.
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Na Calzado 18/11/2015

Um narrador nada confiável leva o leitor em uma viagem introspectiva e cheia de imprevistos.
Aos poucos vamos conhecendo melhor Donald e muito da sua história e personalidade é falado nas entrelinhas.
A história é narrada como se fosse pensamentos aleatórios do Donald. Ele reflete sobre as experiências dele com o veleiro, sobre a relação com a família, sobre expectativas em geral e sobre o por que ele resolveu fazer essa viagem.
Esse fluxo inconstante ajuda a levar o leitor para dentro do veleiro junto com Donald. Durante a leitura é como se a gente sentisse também o movimento das ondas e as instabilidades do tempo em alto mar.

Apesar de ser curtinho esse livro é muito intenso. O personagem é muito bem construido e aos poucos vamos entendo onde a história vai acabar.

Gostei bastante e recomendo a leitura!

(Caso você queira ler mais a respeito, confira a resenha completa no blog)


site: https://literateca.wordpress.com/2015/11/18/sente-a-maresia-no-mar-toine-heijmans/#comments
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PuddingPop 19/02/2017

Agonia
“Quero mostrar a ela que existe um outro mundo, com outras regras. Quero ensinar a ela como é viver no mar. ”
É muito difícil falar sobre este livro sem soltar spoilers, pois é um livro curto, mas muito intenso, sendo que o mote da obra, sua essência, é o que descobrimos no final.
Mas vamos lá. Primeiro temos que ter em mente que a relação do homem com o mar e a navegação é muito diferente em relação aos povos nórdicos e dos países baixos do que no restante do mundo, no caso, o autor da obra é holandês e o seu personagem também é holandês, a Holanda foi uma potencia marítima na época das grandes navegações, juntamente com Portugal e Espanha.
Tenho comigo que o personagem principal da obra é um anti-herói. Muitos irão discordar, mas na minha concepção ele é um anti-herói na essência, precisa de muita coragem para fazer o que ele fez...
Ele quer se livrar da angústia que o trabalho lhe traz, então ele se lança ao mar numa empreitada de três meses pelo Mar do Norte, o perigoso e traiçoeiro Mar do Norte. Ele é casado e tem uma filha. Ele quer ensinar a filha tudo que sabe sobre navegação e o mar. Ele pretende levar a filha junto na última perna do trajeto. Ele tem um sonho, mas a angústia continua perseguindo ele no mar...
É um livro angustiante, você termina de ler e perde o norte, você fica mareado, você fica com uma dor no coração procurando um porto seguro...
Mas não deixe de ler, embarque nessa emoção, se jogue nesse mar, enfrente essas ondas, siga as luzes do seu farol, alguém pode estar a sua espera no ancoradouro...
“A escolha foi minha. Eu queria aventura. Quando lemos aventuras, são histórias de heróis. O homem contra a água. O homem contra a montanha. O homem contra o mundo selvagem, contra a natureza. Mas agora que eu vim parar numa aventura, ela não tem nada de romântica. Faz um frio de rachar. ”


site: https://www.instagram.com/puddingpop69/
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Hildeberto 31/12/2016

Último livro de 2016!!!

"No Mar", de Toine Heijmans conta em primeira pessoa a história de Donald em primeira. Holandês de meia idade, casado e pai de uma filha de sete anos (Maria), decide tirar três meses sabáticos para navegar sozinho pelo Atlântico e o Mar do Norte. No último percurso de sua jornada, encontra-se com sua filha para com ela navegar de volta a Holanda.

O pano de fundo é esta viagem solitária pelo mar. Mas, para mim, trata-se também de uma narrativa sobre confusão psicológica, alguém tentando se encontrar, uma pessoa que se sente por várias vezes abalado pelo quotidiano, pela vida. Alguém que tenta desesperadamente se reencontrar após ter se perdido na rotina do trabalho e nos desafios da paternidade.

Mas o problema em tentar se encontrar é que no caminho nós podemos nos perder. E é disso que também trata o livro: o que nós faz querer voltar e enfrentar os desafios do dia a dia. Se não fosse isso, algo ou alguém, será que voltaríamos ao lar ou apenas iríamos em frente, sem fim determinado?

Enfim, trata-se de um livro introspectivo, psicológico. Uma reflexão pertinente a todos.

Sobre a edição, devo destacar o cuidado da Cosac Naify (toda vez que menciono essa editora, fico triste ao lembrar da sua falência) em editar cada capítulo com alturas diferentes. Alguns possuem mais linhas, outros menos, dando o efeito do vai-e-vem das ondas do mar.
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Valério 15/09/2017

Diferente
Livro diferente. O título não poderia ser mais explicativo. 98% se passa no mar. Donald é um funcionário desgostoso com seu trabalho que resolve velejar por 3 meses nos mares do norte europeu. Um livro que me deixou bem tenso no meio. E perdido no final, de várias formas. Daqueles livros que terminam no papel, mas continuam na sua cabeça. Você tem que terminar a história..
Como gosto de livros diferentes... Acho que valeu a pena
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Compre pela capa 07/01/2018

A SINGULARIDADE DO LIVRO "NO MAR", DE TOINE HEIJMANS
"No Mar" é um livro para se ler em algumas horas, como aconteceu comigo. Ele te impede de respirar antes de terminar a leitura.

Quase que literalmente.

A angústia sentida lendo ao livro é indescritível, mas mesmo assim, merece ser lido, com toda certeza.

ENREDO

A história nos conta sobre um homem na casa dos 40 anos, que se sentindo fracassado na empresa em que trabalha, resolve realizar seu sonho de velejar sozinho.

Ele diz a mulher que recebeu da empresa 3 meses sabáticos, para viajar e recolocar-se no lugar, pois sentia-se desvalorizado, em meio a colegas jovens que recebiam promoções que deveriam ser dele.

Partindo por 3 meses em seu veleiro Ishmael - homenagem ao personagem principal do clássico Moby Dick - nosso protagonista passa por inúmeros lugares diferentes e têm a oportunidade de conhecer muitas pessoas novas, mas prefere a solidão de seu veleiro, no mar.

"Se não fizer como combinado, eles arrastam meu barco para dentro. De volta às pessoas e suas coisas. Um barco pode zarpar, mas no fim tem que retornar a um porto. O mundo é assim. Os únicos barcos que permanecem no mar são os que naufragaram".

O enredo alterna entre presente e passado. No presente, podemos perceber que são as últimas 48 horas dessa viagem, em que a filha de sete anos do protagonista embarca com ele nessa aventura. Só os dois, pai e filha velejando da Dinamarca para a Holanda, onde ambos residem junto com a mãe e esposa, Hagar.

Desejando passar um tempo a sós com Maria, a filha de longas tranças loiras, ótima nadadora e muito inteligente, e sentindo a necessidade de ensiná-la a vida no mar longe das mesmices da terra firme, Donald, nosso protagonista, encontra uma forma para convencer sua mulher Hagar a concordar com essa "loucura", afinal, nunca havia velejado antes...

OPINIÃO

Mas porque então o livro te tira o fôlego e lhe proíbe de abandoná-lo antes de chegar ao fim? Por que no meio da viagem dos dois, a criança desaparece misteriosamente durante a noite.

Donald então, que seguia metodicamente passos para velejar corretamente, se vê numa situação inacreditável e aterrorizante: a perda de sua filha, que provavelmente caiu no mar.

A leitura se torna então, desesperadora, pois nos colocamos no lugar do pai que corre contra o tempo para tentar salvar a vida de sua filha de sete anos. Imaginamos o pior e depois o melhor, nos desesperamos e depois nos tranquilizamos, a leitura parece o balanço de um barco no mar.

Um detalhe interessante é que Donald foi inspirado em Donald Crowhust, um velejador inexperiente que acabou ficando louco depois de passar oito meses sozinhos no mar e morrendo, durante uma competição.

"Quando você não consegue mais raciocinar com clareza, o mar te arrasta com ele".

O que Donald mais queria era que essa viagem o mudasse, como marido, como pai, e como homem. E de um modo totalmente inesperado, isso aconteceu, a viagem o mudou completamente.

site: comprepelacapa.wixsite.com/home
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NazaSicil 20/10/2016

Reflexivo e impactante
Que livro maravilhoso, simplesmente sensacional !
Donald está estressado com a vida que leva, resolve então, tirar uma licença de 3 meses do trabalho e velejar. Queria levar sua filhinha de 7 anos com ele, mas sua mulher não concorda. Entram em acordo e resolvem que Maria iria com o pai nos ultimos 3 dias da viagem, no veleiro.
Só que, de repente, Maria some. Não está em parte alguma da embarcação e vc sofre junto com a angústia desse pai, querendo encontrar a sua filhinha.
Inicialmente contado em primeira pessoa, depois em terceira pessoa.
Comparo com uma Montanha Russa, subida lenta, no início, mas ao atingir o pico que é o desaparecimento de Maria, a leitura toma proporção vertiginosa e a gente não sossega enquanto não devora toda a narrativa.
Autor holandês que me conquistou demais !
Livro reflexivo que te dá aquela sacudidela e te deixa pensativo.
Adorei !
Super recomendo !
NOTA : 10
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