PuddingPop 19/02/2017Agonia“Quero mostrar a ela que existe um outro mundo, com outras regras. Quero ensinar a ela como é viver no mar. ”
É muito difícil falar sobre este livro sem soltar spoilers, pois é um livro curto, mas muito intenso, sendo que o mote da obra, sua essência, é o que descobrimos no final.
Mas vamos lá. Primeiro temos que ter em mente que a relação do homem com o mar e a navegação é muito diferente em relação aos povos nórdicos e dos países baixos do que no restante do mundo, no caso, o autor da obra é holandês e o seu personagem também é holandês, a Holanda foi uma potencia marítima na época das grandes navegações, juntamente com Portugal e Espanha.
Tenho comigo que o personagem principal da obra é um anti-herói. Muitos irão discordar, mas na minha concepção ele é um anti-herói na essência, precisa de muita coragem para fazer o que ele fez...
Ele quer se livrar da angústia que o trabalho lhe traz, então ele se lança ao mar numa empreitada de três meses pelo Mar do Norte, o perigoso e traiçoeiro Mar do Norte. Ele é casado e tem uma filha. Ele quer ensinar a filha tudo que sabe sobre navegação e o mar. Ele pretende levar a filha junto na última perna do trajeto. Ele tem um sonho, mas a angústia continua perseguindo ele no mar...
É um livro angustiante, você termina de ler e perde o norte, você fica mareado, você fica com uma dor no coração procurando um porto seguro...
Mas não deixe de ler, embarque nessa emoção, se jogue nesse mar, enfrente essas ondas, siga as luzes do seu farol, alguém pode estar a sua espera no ancoradouro...
“A escolha foi minha. Eu queria aventura. Quando lemos aventuras, são histórias de heróis. O homem contra a água. O homem contra a montanha. O homem contra o mundo selvagem, contra a natureza. Mas agora que eu vim parar numa aventura, ela não tem nada de romântica. Faz um frio de rachar. ”
site:
https://www.instagram.com/puddingpop69/