O silêncio

O silêncio Shusaku Endo




Resenhas - O Silêncio


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Nanda 08/06/2020

Para conhecer a história
Bom livro pra conhecer e entender a influência do ocidente no oriente e a sua resistência a essa influência.

Desenvolvido em forma de carta, prende o leitor e leva para o momento em que está sendo contextualizado
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Lusia.Nicolino 09/01/2020

Aventure-se pelo desconhecido
Sem querer entrar no mérito conceitual da atual expressão “lugar de fala” – o que faz os crentes de uma doutrina atravessarem o mar para perpetrá-la a quem não está interessado?
Ou que pode interessar-se dependendo das angústias que enfrenta. Mas, a que custo e a que recompensa estará sujeito?
O Silêncio nos conta um pouco de história, de verdade, suavizada aqui, passando do ponto ali, mas é para ser lido como um romance e não como um livro de História. Endo, profundo observador dos dramas humanos, narra a saga de missionários portugueses no Japão do século XVII, quando os que se tornavam cristãos eram perseguidos, torturados, obrigados a abrirem mão da vida pela fé, sob os olhos dos jesuítas, também eles obrigados a renunciar sua crença, seu Deus, que fica em silêncio. Fica?
É preciso fechar os olhos para abrir o coração? Embarque nessa viagem, eu tenho um interesse acima da média pelos autores orientais de forma geral e você pode não gostar do estilo. Mas eu recomendo: aventure-se pelo desconhecido.
Martin Scorsese adaptou a obra para o cinema e retratou a força da fé em tempos perigosos, mas eu não vi o filme.

Quote: “Pecado, refletiu ele, não é o que se costuma imaginar; não é roubar, não é mentir. Pecado é um homem pisar brutalmente na vida do outro e ficar bastante alheio às feridas que deixou.”

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Lismar 09/02/2018

Obra-Prima Japonesa
Acabei de ler esse que é considerado a obra-prima de Shuzaku Endo, além de um grande clássico da literatura japonesa: O Silêncio, em que aborda um período negro na história japonesa: a da perseguição aos cristãos na Ilha Nipônica ocorrida no século XVII.

O livro não narra o início desse conflito, mas com ele já em seu ápice. No que tange à história, três missionários portugueses decidem verificar a razão de que um respeitado padre luso ter apostatado de sua fé no longínquo Japão. Uma decisão que, por ter vindo de uma figura de grande venerabilidade entre seus iguais, causa uma grande comoção na Igreja Católica.

A obra é narrada em 1ª e 3ª pessoa ao longo da história; esta em tempo real e aquela através de cartas. Uma estrutura ousada que poderia ser prejudicada caso fosse escrita por mãos inábeis; o que felizmente não é o que acontece aqui. O japonês consegue intercalar de muito bem essas duas formas, tornando a leitura fluida e viciante. A partir do momento em que comecei a ler, não consegui mais largá-lo. Até porque o livro é tenso, já que envolve perseguições, torturas e execuções de cristãos feitas de forma implacável. Endo não poupa o leitor ao discorrer sobre a violência contida em sua obra.

Outro ponto bastante positivo é a imparcialidade do escritor ao construir seu livro. Apesar de todo barbarismo perpetrado pelos japoneses, ainda consegue balançar-nos, bem pouco é verdade, pelo lado japonês ao mostrar-nos a justificativa da autoridade japonesa em expulsar os cristãos.

Mas nada se equipara à razão do título do livro, quando o leitor descobre o por que dO Silêncio, o que nos leva a refletir sobre os limites da fé e da crença cega. Um verdadeiro soco no estômago.
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Kamila 27/04/2017

Uma prova de fé e de resiliência
Quando o padre Rodrigues decide ir ao Japão, em busca do seu mentor, o padre Ferreira, acompanhado do amigo - e também Padre - Garpe, ele não sabe o quanto essa experiência mudará a sua vida. No Japão que persegue aqueles que praticam o Cristianismo, ele passará por uma verdadeira prova de fé e de resiliência. A sua relação com a religião também será testada, na medida em que ele é, cada vez mais, obrigado a apostatar. O silêncio de Deus diante do que ele vê, será o motivo de maior questionamento de Rodrigues, mas ele irá aprender, com o tempo, que o silêncio também é uma prece, uma maneira de demonstrar apoio e amor. Recentemente, esse livro foi adaptado para o cinema pelo diretor Martin Scorsese.
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Marcus.Tullius 14/03/2017

De quem é o silêncio?
Em O Silêncio, Shusaku Endo nos envolve com a sua escrita. A relação silêncio e palavra, força e fraqueza permeia todo o romance e faz revelar elementos importantes do cristianismo e do budismo, levando o leitor a perguntar-se constantemente: de quem é o silêncio? Onde está o silente? Por que está silente? É uma obra que, sem dúvidas, merece releituras.
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Gabriel.Eliabe 10/04/2016

Arrasando Dúvidas conceituais sobre onde depositamos nossa fé.
Onde depositamos nossa fé? Símbolos corruptíveis e quebráveis, ídolos humanos... A fé demonstrada por Endo em Rodriguez , transcende figuras representativas. A fé retratada em seu livro é o amor incondicional para com Cristo em sua essência imaterial. "O Silêncio" em seu ápice da leitura questiona o silêncio de Deus para com a perseguição ao cristianismo, quando ao mesmo tempo, dá voz a razão de ser cristão na negação da fé. O livro cativa e entristece ao mesmo tempo. Angustiante, impactante,Verdadeiro. Vale cada segundo de leitura.
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CleuzaFaustino 01/01/2015

Magnífico
Difícil encontrar palavras que descrevam a emoção que essa história despertou em mim. "Senhor, por que estais calado?" É com essa pergunta que o personagem, um padre europeu em terras nipônicas, se debate ao longo de toda a narrativa. O autor consegue, muito habilidosamente, fazer com que nós, leitores, nos indaguemos também. E, junto com o personagem, nos angustiamos com o (suposto) silêncio de Deus.
Diversas vezes tive que parar para refletir, mas na verdade o que eu precisava mesmo era dar um tempo para desfazer o nó na garganta.
Perturbador, instigante, profundo, bem elaborado... uma obra magnífica!
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Joana 30/10/2014

Muito interessante o livro de Endo. Trata do sofrimento por que passaram os padres portugueses - e também os fieis japoneses - que primeiro tentaram introduzir o cristianismo no fechado país oriental de então. Com seu relato sempre interessante, Endo prende, pois, a atenção do leitor do começo até o fim do livro. Recomendo!
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Doug Cavalcante 25/05/2012

Uma Jornada para Escutar a Verdade
O autor católico usa como pano de fundo a presença portuguesa no Japão no contexto tardio (séc. XVII) da Era dos Descobrimentos e das Grandes Navegações.

Ele utiliza um episódio real dessa época para iniciar sua história: a apostasia do padre Cristóvão Ferreira. Missionários portugueses, que vinham nas embarcações, iniciaram o trabalho catequizador com bastante sucesso em terras nipônicas.

Os japoneses, que no início se mostraram bastante receptivos ao catolicismo com um considerável número de conversões, inclusive contando com a adoção da religião por poderosos senhores feudais, passaram a ser perseguidos pela mudança de atitude por dirigentes japoneses quanto à tolerância religiosa, que viam na doutrina católica uma ameaça externa.

Os fiéis japoneses continuaram a praticar o catolicismo, mesmo em segredo, junto ao trabalho dos missionários estrangeiros. Durante essas perseguições feitas pelo governo japonês, existia uma prática que consistia em torturar o cristão até ele negar Deus, isto é, cometer apostasia. Era uma forma de intimidar e abalar psicologicamente os outros cristãos, principalmente quando se tratava de uma autoridade importante.

Em uma dessas perseguições, o padre Ferreira, depois de duradoura seção de tortura, renunciou a sua fé. Na época existiam diversos mártires que aguentavam a tortura até a morte, sem renunciar suas crenças. Como ele se tratava de uma figura importante na nascente igreja católica do Japão, esperava-se que ele morresse como um mártir. Com sua apostasia, nem é preciso dizer que a notícia chegou na Europa como uma bomba... Além desse triste fato, ficou sabendo-se que Ferreira tinha casado com uma mulher japonesa (o que era normal), mas que agora colaborava com as perseguições do governo, como um intérprete!

Shusaku Endo usa esse fato histórico para a aventura de seu protagonista, o jovem padre Sebastião Rodrigues, que parte para o Japão atrás de respostas sobre seu antigo professor e para ajudar organizar a resistência da igreja católica no Japão.

O livro mostra o protagonista passando por diversas adversidades que o autor e o personagem vão pontuando com metáforas bíblicas. A narração começa em primeira pessoa, como cartas do Sebastião, depois passa para a segunda pessoa. O título "Silêncio" é referência à crise religiosa enfrentada pelo padre durante seu percurso, que diante das grandes dificuldades, ele se questiona do porquê Deus se manter tão silencioso diante dos sacrifícios dele e dos cristãos japoneses.
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