O silêncio

O silêncio Shusaku Endo




Resenhas - O Silêncio


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Joana 30/10/2014

Muito interessante o livro de Endo. Trata do sofrimento por que passaram os padres portugueses - e também os fieis japoneses - que primeiro tentaram introduzir o cristianismo no fechado país oriental de então. Com seu relato sempre interessante, Endo prende, pois, a atenção do leitor do começo até o fim do livro. Recomendo!
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Bruninho H. 26/12/2013

Kakure Kirishitan, o Amor Profundo versus Amor Aparente: se redescobrindo na perseguição
Estamos no séc. XVII. O Clã dos Tokugawa ascende no poder, iniciando-se o período que seria conhecido como Edo até a segunda metade do séc. XIX, quando o Japão reabre-se ao mundo.

Nesse arquipélogo do Extremo Oriente, vemos uma flor estranha de profundas raizes aparecer em meio ao bosque de crisântemos e cerejeiras: o cristianismo. Expandindo-se com sucesso no séc. anterior, agora passa por intensa perseguição. São vários os relatos da resistência e força de fé que levavam japoneses e missionários ao martírio. Entretanto, chega a Europa um boato abalador: o grande entusiasta da missão nipônica, o português Cristovão Ferreira, havia apostatado, renegado a fé conscientemente diante da tortura. Apesar de possível mentira, o fato era que não se conseguia receber mais notícias dos cristãos naquele longínquo país onde agora apenas holandeses possuíam legítima relação. Qual melhor esclarecimento do que uma visitação, ainda que mortal? Nesse intento partem para Macau três jovens padres, sendo um deles Sebastião Rodrigues, profundo admirador do suposto apóstata. Nessa viagem, eles começam a descobrir a si mesmos, vendo pelo cotidiano nas terras do xogum, o seu "estilo de cristianismo" sendo contrastado. E diante de tantas ameaças e terror, só recebem o silêncio divino. Ou é neste silêncio que o Todo-Poderoso está falando?

Leitores de diferentes experiências criticam, elogiam, interrogam, sugerem, clamam por mudança em atos e caráter, e participam sobre a vida desses padres num Japão que se apoia na exploração dos camponeses. É uma leitura envolvente e séria, e o que mais a dignifica é o fato de ser escrita por um católico japonês. É literatura, romance histórico, mas por alguém que já entrou em crise com o catolicismo e o "ser japonês". Entrem nessa viagem ao passado com Endo, conhecendo um pouco dos "kakure kirishitan", cristão escondidos, que durante mais de 230 anos de proibição conseguiram guardar sua fé de geração em geração, mudando a vida da ilha de Kyushu até hoje.

O livro, em 2015, ganhará adaptação pelo cineasta Martin Scorsese, primeiríssimo fã do livro que também dirigiu "O Aviador" (2004) e "A Invenção de Hugo Cabret" (2011). Já foram confirmadas as presenças de Andrew Garfield (Espetacular Homem-Aranha, 2012), Ken Watanabe (O Último Samurai, 2003) e Issei Ogata (O Sol, 2005).
ivanbgt 10/01/2015minha estante
A editora (Planeta, acho) bem que podia explorar esse "momentum" e re-editar o livro não? Só se consegue o dito em sebos e afins.


jota 25/02/2015minha estante
Na verdade a adaptação do Scorsese (que aguardo com ansiedade) é a segunda. O filme já foi levado às telas em 1971 pelo cineasta japonês Masahiro Shinoda com o título de Chinmoku, mas não é tão interessante - e angustiante - como a leitura do livro. Embora contenha o essencial do que Shusaku Endo colocou na obra escrita. Leia o livro e veja o filme (o novo, que virá, pois o de 1971 é bastante difícil de ser encontrado).




Jéssica (@simboraler) 30/04/2020

Até onde vai a sua fé?
O que seria a verdadeira fé? Este livro é bem impactante e conta uma história que se passa em um período que poucos conhecem.
?
Padres e missionários católicos viajavam para diversos países do mundo, catequizando diversos povos nativos e muitos sabem disso, mas este livro trás a tona uma visão diferente. Essas missões, ao chegarem a Ásia, tiveram muita dificuldade em serem bem sucedidas, exceto pelo Japão, o qual recebeu bem o cristianismo. Porém, pouco tempo depois, os senhores do Japão se sentem invadidos ou até mesmo ameaçados pela grande influência da cultura e religião ocidental em sua terra e dessa forma se inicia a caçada aos cristãos, onde os samurais os obrigam a renegar sua religião por meio de tortura.

Nesse meio histórico, o autor nos apresenta Padre Sebastião, que junto de um amigo padre vão até o Japão clandestinamente para dar apoio aos cristãos que lá vivem, pois com essa caçada não há padres para que os mesmos pratiquem o cristianismo. Mas essa missão não será fácil, e ele passará por muitas provações e o silêncio de Deus mediante aos acontecimentos irá abalar profundamente o Padre. Esse livro é acima de tudo, sobre a força da fé e o que ela realmente representa para quem crê.

Recomendo demais
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Samylle 08/06/2020

Que livro mais intenso e angustiante, nada mais que a verdade sobre a ida e a dificuldade que os cristão passaram no Japão feudal.
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lolcode 13/08/2020

Uma viagem a saga do cristianismo no Japão
Esse livro foi uma experiência única e bem interessante. Não vi o filme, mas posso imaginar pq as pessoas não gostaram: dificilmente um filme capta as angústias internas de um personagem como um livro. E essa angústia de Rodrigues é a melhor parte do livro.

Vemos a angústia do jesuíta em uma terra muito diferente da sua. Muitas vezes ele compara a sua jornada com a de Jesus, o que torna o livro, em alguns trechos, repetitivo.

Nao gostei muito do autor ter mudado as datas dos acontecimentos de alguns fatos históricos mas esta edição pelo menos nos alerta para tal.

Acho que o livro oferece uma perspectiva única para um acontecimento histórico bem obscuro e que pouco se é comentado. E ainda é mais interessante pelo fato do ator ser um católico japonês.
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Lismar 09/02/2018

Obra-Prima Japonesa
Acabei de ler esse que é considerado a obra-prima de Shuzaku Endo, além de um grande clássico da literatura japonesa: O Silêncio, em que aborda um período negro na história japonesa: a da perseguição aos cristãos na Ilha Nipônica ocorrida no século XVII.

O livro não narra o início desse conflito, mas com ele já em seu ápice. No que tange à história, três missionários portugueses decidem verificar a razão de que um respeitado padre luso ter apostatado de sua fé no longínquo Japão. Uma decisão que, por ter vindo de uma figura de grande venerabilidade entre seus iguais, causa uma grande comoção na Igreja Católica.

A obra é narrada em 1ª e 3ª pessoa ao longo da história; esta em tempo real e aquela através de cartas. Uma estrutura ousada que poderia ser prejudicada caso fosse escrita por mãos inábeis; o que felizmente não é o que acontece aqui. O japonês consegue intercalar de muito bem essas duas formas, tornando a leitura fluida e viciante. A partir do momento em que comecei a ler, não consegui mais largá-lo. Até porque o livro é tenso, já que envolve perseguições, torturas e execuções de cristãos feitas de forma implacável. Endo não poupa o leitor ao discorrer sobre a violência contida em sua obra.

Outro ponto bastante positivo é a imparcialidade do escritor ao construir seu livro. Apesar de todo barbarismo perpetrado pelos japoneses, ainda consegue balançar-nos, bem pouco é verdade, pelo lado japonês ao mostrar-nos a justificativa da autoridade japonesa em expulsar os cristãos.

Mas nada se equipara à razão do título do livro, quando o leitor descobre o por que dO Silêncio, o que nos leva a refletir sobre os limites da fé e da crença cega. Um verdadeiro soco no estômago.
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Guilherme 15/02/2022

Uma surpresa muito agradável. O que me atraiu nesse livro, anos atrás, foi o lançamento do filme do Scorsese e o prefácio escrito por ele nessa edição. Não sei o que me motivou a pegar esse livro para ler agora, mas que bom que isso só aconteceu agora, e não antes.
Não sou nada religioso, o que a princípio me distanciaria da obra, mas a acredito que qualquer pessoa madura e de mente aberta possa absorver a mensagem desse livro. Uma história muito bonita, dotada de uma delicadeza e singularidade que eu nunca li em outro lugar.
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Kamila 27/04/2017

Uma prova de fé e de resiliência
Quando o padre Rodrigues decide ir ao Japão, em busca do seu mentor, o padre Ferreira, acompanhado do amigo - e também Padre - Garpe, ele não sabe o quanto essa experiência mudará a sua vida. No Japão que persegue aqueles que praticam o Cristianismo, ele passará por uma verdadeira prova de fé e de resiliência. A sua relação com a religião também será testada, na medida em que ele é, cada vez mais, obrigado a apostatar. O silêncio de Deus diante do que ele vê, será o motivo de maior questionamento de Rodrigues, mas ele irá aprender, com o tempo, que o silêncio também é uma prece, uma maneira de demonstrar apoio e amor. Recentemente, esse livro foi adaptado para o cinema pelo diretor Martin Scorsese.
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