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Scivias Hildegarda de Bingen




Resenhas - Scivias


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Marcos Nandi 10/05/2024

No prefácio do livro é feita uma reflexão sobre a questão das divindades e o feminino. Já que na Europa Ocidental as mulheres místicas eram negligenciadas e até difamada por estudantes do místico.

As mulheres tinham suas visões explicadas como simples achaques, como enxaqueca e histeria.

Hildergada defendia uma vida monástica, de obediência e oração comunitária. E também, que mulheres não deveriam exercer ministério sacerdotal. Sendo assim, ela era uma vidente profética, cuja visões eram políticas e apocalípticas. E ao longo do livro, além das suas visões, há explicações sobre cada ponto.

Fundadora da primeira comunidade Beneditina de Bingen, ela se sentia inferior como mulher e confiante em corrigir o clero.

Enquanto autoridade religiosa, opõe-se a autoridades e ao imperador alemão, e uma bela história de lealdade a suas discípulas.

Importante mencionar, que ela não queria mudanças radicais no clero, era até bem reacionária, mas ela se opunha fortemente ao abuso de autoridade religiosa e também se opunha contra a simonia e a detenção de múltiplos benefícios por parte de um único clérigo, a subserviência dos prelados ao poder secular, e a favor do celibato clerical.

Passou a escrever aos 43 anos, mas desde cedo se enclausurou, já que seus pais a entregaram como dízimo para ficar como serva e companheira de uma moça da elite que resolveu ser freira.

Hildergada, levou 10 anos pra escrever esse livro.

É uma coletânea de três livros e ilustrações.

O título do livro significa uma abreviação de "conhece os caminhos". Ela resistiu a escrever as visões.

Com uma visão crítica quanto à reforma monástica da época, fala sobre a expulsão de Lúcifer, sobre Adão e Eva, sobre o pecado de "ler" estrelas e astros, entre outras visões, usando muitas analogias e parábolas.

É um livro que cansa em determinado momento, mas é um importante retrato de uma época racista e antissemita, já que autora, faz comentários bem problemáticos. E também, visão sacrossanta da castidade e também, alguns comentários antiquados sobre gênero (adequado a época) e claro, um puritanismo sexual.
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