Fran Ferreira 21/11/2021Uma leitura gostosa e rápida de fazer, com uma escrita fácil de entender. Para um primeiro contato com o autor, foi uma surpresa boa. Esse é o tipo de livro que você lê me uma tarde tranquilamente, acho que posso dizer que foi o primeiro livro de fato que li mais de 100 páginas em um dia (o que pra mim não é meu habitual) e não me senti cansada, pelo contrário, se pudesse, teria lido em 1 dia apenas.
Se tem uma coisa que andei confirmando de fato esse ano, é que ler com expectativas não ajuda muito hahaha. Como sempre tive e ainda tenho vontade de ler Belleville do autor, acabei colocando muita expectativa nessa leitura, ainda mais que a pessoa que me emprestou, ganhou de alguém que amou a história. Eu tenho um misto de emoções com esse livro que nem sei explicar direito, tive momentos que senti raiva, outros achei a história era mais do mesmo, outros que eu achei que poderia te mais explicações/desenvolvimento, foram mistos de sentimentos até controversos.
Eu precisei buscar na mente a data de publicação do livro e como eu pensava na época, além de tentar lembrar como as pessoas ao meu redor se comportavam em certos assuntos, como a forma de "brincadeira" que é usada no livro (me senti desconfortável por pessoas que conheço), lembrar dessa época me ajudou a entender melhor o livro e não sair julgando e até abandonando.
Sobre a história, Leonardo seria um "cara comum" de 20 anos na faculdade, se não fosse a sua doença no coração que não o permitia ser tão comum assim. Com pais que sempre estavam em alerta para protegê-lo, cuidando e amando o filho (aliás, as vezes me sentia sufoca por Leonardo com tanta proteção deles - pais sendo pais kkkkkk) e um melhor amigo que olha, esse me irritou boa parte com as falas sem noção dele e uma ex namorada Malu que reencontra um belo dia saindo da faculdade. Um belo dia comum, Leonardo encontra Ayako no metro, teve um curto momento com ela, dali em diante seu coração volta a ter esperança de amar novamente, agora, a forma que ele dá um jeito de saber quem ela é da segunda vez que a encontra é bem assustador, eu fugiria sem dúvidas.
Ayako, uma descendente de Japonês, moradora do bairro da Liberdade, abriga no porão da casa e a loja de luminárias japonesas com um diferencial do de costume, ela e o avô mantêm as chaves do que significa o que tem no porão. Ao meio disso, cuidam e Ho, um jovem com uma deficiência intelectual, que foi acolhido por Ayako e o avô ainda novo, um jovem que nutri um amor verdadeiro pela jovem, será que esse amor tão puro pode trazer marcas/cicatrizes que o tempo poderá apagar?
Eu sinceramente com tudo que senti e pensei sobre a história no todo, foi uma história boa mas ok, que eu recomendaria sim sem problemas, ela me ajudou a dar um gás nas leituras (não estava de ressaca literária, mas andava desanimada pra ler mesmo querendo), como disse, é rápida de ler e fácil de entender. Tem um romance leve, nada complicado ao me ver, um aprendizado sobre a doença de Léo, mas que dá um aperto no peito com o desfecho que pode sim acontecer na nossa vida real.