Phelipe.Pompilio 19/09/2015Resenha feita pelo blog Bravura LiteráriaO Trono de Diamante, lançado em Agosto desse ano, foi o primeiro livro do gênero Fantasia publicado pela Editora Aleph, que é famosa por seus lançamentos do gênero de Ficção Científica. Grande admirador de Tolkien, o autor David Eddings foi um dos mais bem sucedidos escritores de fantasia do século XX. A Aleph apostou, e eu posso afirmar que o tiro foi certeiro!
No livro somos apresentados a Sir Sparhawk, um cavaleiro da Ordem Pandion, uma das quatro ordens de cavalaria que servem à Igreja, que foi exilado pelo falecido rei Aldreas. Após 10 anos exilado em Rendor, Sparhawk decide voltar para Elenia.
"? Esse é o campeão da rainha ? exclamou o segundo guarda. ? Nunca fique no caminho dele."
Chegando em Cimmura, uma cidadela de Elenia, Sparhawk toma conhecimento de que a rainha Ehlana, filha do rei Aldreas, foi acometida por uma misteriosa doença que a deixou à beira da morte, sem condições nenhuma de subir ao trono. Dessa forma, Annias, um clérigo da Igreja e membro do Conselho Real que deseja muito mais do que somente o trono de Elenia, colocou seu protegido Lycheas, um jovem de 16 anos e filho da princesa Arissa (irmã do rei Aldreas), como príncipe regente.
Com a saúde precária da rainha e a tentativa de tirar o poder das mãos de Annias para não deixar que seus planos para com o reino se concretizem, um grupo de doze cavaleiros Pandion e a feiticeira styrica Sephrenia tiram a rainha de seu leito, colocando-a em seu trono. Com a ajuda dos doze cavaleiros, a feiticeira realiza um feitiço que envolve a rainha e seu trono em uma barreira de diamante, mantendo-a desse modo viva por um pouco mais de tempo, ou até que a cura para sua doença seja encontrada.
Mais adiante seremos apresentados à Sir Kalten, o cavaleiro Pandion amigo de Sparhawk; Kurik, escudeiro de Sparhawk; Sir Vanion, preceptor da Ordem Pandion; Berit, o noviço aspirante a cavaleiro; Talen, o pequeno ladrão; Martel, ex-cavaleiro Pandion e muitos outros personagens.
Sem mais história, pois corro o risco de contar spoilers e ser fortemente apedrejado! Hahahahaha.
O autor David Edding nos apresenta um mundo medieval fantástico, onde a magia existe de forma sútil, e nem todos a conhecem.
O autor caprichou no detalhamento de lugares e personagens, tornando dessa forma a construção de seu mundo muito mais fácil para nós leitores.
O continente de Eosia, onde a trama ocorre, nos traz referências a povos já conhecidos por nós, como: vikings, árabes e muitos outros.
Com poucas partes de ação, os pontos fortes do livro são os conflitos políticos, religiosos e raciais que foram muito bem colocados e explorados durante o decorrer da história, tornando tudo muito intrigante, deixando o leitor com aquela ansiedade para descobrir o que acontecerá a seguir.
Na questão da religião, o autor se aprofundou bastante em diversas crenças, onde os elenos acreditam em somente um deus, enquanto outros povos possuem deuses e deusas novos e antigos, muitíssimo poderosos e que podem ser invocados pelo povo que os servem.
A narrativa é em terceira pessoa, em uma linguagem não muito simplificada, mas também não tão arcaica, com algumas partes de humor, tornando desse modo a leitura gostosa e muito bem fluída.
Vale destacar que o livro nos lembra em todos os sentidos uma Quest Épica de jogos de RPG. Os personagens variam entre Paladinos, Magos, Ladinos e muitos outros.
A edição é simplesmente belíssima! A capa chama muito a atenção, a diagramação é excelente, e a editora caprichou (e muito!) na revisão ortográfica!
Estou ansioso para a leitura do segundo livro da trilogia, e espero que Aleph não demore para lançá-lo para nós hahahaha!